Chegada
08/08/2016
O sonho que antes era sonho hoje se concretizou. Às 14h28 conheci o rostinho com o qual eu sonhei a vida inteira. Minha flor, minha menina, minha princesa, minha vida, minha Rebeca!
Em determinadas fase da vida, o homem também floresce. Somos como o botão de uma rosa, onde cada um desabrocha; quando é chegada a sua hora.
A Felicidade
O vida que levo, desfruto e saboreio.
Quão meigos são os teus traços
Quão frios teus abraços.
Se te envolvo e me prendo a ti, sinto o amargo sabor daquele que pouco a pouco a tentam roubar de mim.
Roubar a vida? Me pergunta o tempo...
Digo eu:
- Sim. Roubar-me a vida. Vida essa que sofro, que lamento e me sento a observar o encanto dos desencantos dos teus algozes.
Mas que tem o tempo com a vida?
Já dizia a sábia experiência:
- O mesmo que a saudade com a partida!
E assim é a vida!
Cara, longa e sofrida!
Mas ainda que sejas assim tão restrita, a felicidade que fora outrora dita; diz o poeta:
- É apenas um estado de espírito.
Ser feliz é ser cônsul de quem és, donde vens, aonde vais e onde se quer chegar.
Independe de tempo, dinheiro, amores e desamores encontros e desencontros.
Ser feliz é saber que em cada partícula de vida, há uma oportunidade de plantar uma semente de sorriso um diálogo, um abraço, uma surpresa escrita em uma folha com pautas.
Ser feliz é contentar-se com o que tens e não ambicionar o que não tem
Ser feliz é simples.
É claro.
É belo.
É dizer bom dia sem ter a obrigação de dizê-lo.
É sorrir para alguém que, por um desacerto, tropeçou e caiu sentado, sem esquecer de estender-lhe a mão para que o dito se ponha de pé.
Em suma é isto:
Ser feliz é ser
Ser feliz é querer
Ser feliz é viver.
Na madrugada passada estive pensando que sempre imaginamos encontrar o amor como nos contos de fadas, com uma princesa e o seu príncipe ou até mesmo acreditamos no amor à primeira vista. Mas a verdade é que nunca estamos preparados pra chegada do amor.
Ele nem sempre vem e nos aborda com flores, muito menos chega em um cavalo branco, ele pode até ser um príncipe, mas não como nos contos. Ele pode ser até aquele que há anos passou por você, e o tempo o trouxe pra mais perto, enfim.., não sei. Só sei que nunca estamos inteiramente preparados pra chegada do amor.
Ele chega como um tapa de luva e te faz perder as estribeiras, mexe com teu coração e te faz indagar que reviravolta foi essa que aconteceu? No momento você esquece até quem és, quem dirás o que está sentindo. A mente fica confusa e o estômago com borboletas dançantes.
O lado de dentro vira um caos e eis que surgem as dúvidas. Se doar ou não? Se apegar ou desapegar? A felicidade se confunde com uma melancolia. O vôo é alto. Aliás, tudo no amor é extremo, principalmente o medo da entrega.
O medo vem e com ele o receio de não saber o que te espera, voar sem ter idéia de qual lugar está destinado o pouso. Mas ainda assim a gente embarca. É tudo tão novo, tão bom. Novos horizontes surgem às vistas. A alegria de uma mensagem recebida.
Ainda assim o medo de entrar no jogo e sair perdendo não some, mesmo que não seja a primeira vez que a gente se apaixone. Por isso a verdade deve ser dita: Nunca estamos preparados pra chegada do amor.
Entre a partida e a chegada
Entre a partida e a chegada,
a concretude do encontro
ou a expectativa na certeza
de que o tempo transforma.
Na despedida a promessa
do que se espera cumprir,
porém o tempo é mestre
na diluição da esperança,
invisível ponto na opacidade do nada.
Entre a partida e a chegada,
na metafísica do nada
a indecisão, o temor
do vão e do desnível,
preenchível e retificável
ou então a expansão do vazio.
No contraponrto entre princípio e fim,
na inédita chegada ou no retorno
a mão da alegria ou da tristeza...
Convém desvencilhar-se das inúteis certezas,
das altivas convicções,
já que segundo após segundo
o tempo talha novos sulcos na pele
do corpo e da alma.
Uns amam a chegada eu, no entanto, amo a partida. A chegada cura as feridas a partida as faz sangrar.
Soneto da chegada
O amor é fruto do sentimento
É dor absorvida com prazer
Às vezes, dificil de entender
Pois compensa grande sofrimento
Veio curar o meu lamento
Minhas vontades satisfazer
Veio você pra me entender
E me libertar do aborrecimento
Um anjo, sutil e perfeito
Que cai em meus braços
Ocupa e aquece meu peito
Sem incógnita nem embaraços
Com afeto, carinho e respeito
Resultando em beijos e abraços
Poesias que hão de caducar um dia
Ponto de ônibus
Brilha, estrela, brilha!
Brilha no azul do céu condenado
abraça o espaço/tempo e brilha
nesse agudo gueto urbano desalinhado.
Rasga o vento a face fria
dos sujeitos por hora tornados ilhas
em sinuosas filas aleatoriamente formadas
e organicamente organizadas.
Vagos olhos brilham
vago olhar, vaga... triste
sem referências e sem brilho
pela falta de nexo desse lugar.
Nuvens cinza vagam
num horizonte (azul) disforme
vagam os olhos perdidos
na vastidão deste vazio enorme.
Advento
Como ato e consequência
Teu olhar e meu sorriso
Teu cheiro em meus pulmões
Ao sentir eu paraliso
Como à soar um aviso
Que o amor está por vir
Impetuoso, árduo, e viril
Doce, suave, febril à tinir
Consuma-se a esperança ardente
E o coração pulsa latente
Sua chegada à almejar
Sua constância à desejar
Vem amor
pode entrar
Espero que goste,
e queira ficar.
Ana Luiza Cirqueira
Inexplicável o doce impacto que sua chegada me proporcionou. Andava meio perdida e em um momento de reconstrução pessoal, mas o seu olhar... Seu sorriso sincero e inocente me resgatou e silenciosamente me fortaleceu. Sonho em acompanhar e participar do seu crescimento, sempre. Maria, você é um anjo que chegou para abençoar e iluminar esse mundo!