Chefe
O Chefe Político
Possuímos, segundo dizem os entendidos, três poderes: o Executivo, que é o dono da casa, o Legislativo e o Judiciário, domésticos, moços de recados; gente assalariada para o patrão fazer figura e deitar empáfia diante das visitas. Resta ainda um quarto poder, coisa vaga, imponderável, mas que é tacitamente considerado o sumário dos outros três. (...) Aí está o rombo na Constituição quando ela for revista, metendo-se nela a figura interessante do chefe político, que é a única força de verdade. O resto é lorota.”
(Graciliano Ramos, em artigo de 1915, no Jornal de Alagoas)
Apresente um problema ao seu superior. Se ele responder: “Quero solução, se vire!”, ele é um chefe!
Mas se a reposta for: “Vamos resolver”, parabéns! Você tem um líder.
Toda a humanidade se ordena a um fim único. É preciso, então, que um só coordene. Tal chefe deverá chamar-se o monarca ou imperador. Torna-se evidente que o bem-estar do mundo exige a Monarquia ou Império.
É mais fácil apontar os erros do próximo para diminuir a sua incompetência do que aplaudir o sucesso e torná-lo exemplo.
Colocamos cargas desnecessárias de peso nas nossas costas através de cobrança, ansiedade, medo e pressa. Vivemos de uma forma onde o tempo é o chefe e você é o estagiário perdido entre multitarefas. Não seja seu próprio inimigo, não seja estagiário, seja apenas você sem acréscimos de amedrontamentos.
O homem não tece a teia da vida; é antes um de seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio.
De uma coisa temos certeza: a terra não pertence ao homem branco; o homem branco é que pertence à terra. Disso temos certeza. Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une uma família. Tudo está associado. O que fere a terra, fere também os filhos da terra.