Chato
Irmão
"Chatos, imbecis, idiotas", é o que dizem
Mas quando você tá na pior
É pra eles que você toca, eles vão correndo te ajudar
E você fica bravo, e grita com eles,
Mas depois pede desculpas e tudo volta ser o que era antes
Mas assim é a vida
Brigas de irmãos são normais
Ninguém é perfeito.
Se marcar algo para um horário específico, cumpra esse horário, é muito chato marcar um horário para executar a ação em outro.
Eu tenho achado tudo chato, tudo ruim
Será que o chato aqui sou eu?
Será que fiquei viciado em novidade
E agora o tédio me enlouqueceu?
Resumo do hoje é chato igual caneta sem tinta,
mais pra eu sentir alegria tem que ter você no meu dia-a-dia.
...já eu queria um mundo chato, até plano
onde de tudo tudo se saberia
nenhuma surpresa possível seria
e pra nenhuma desilusão se passasse o pano
...o que fiz nunca foi o que poderia
não cuidei de mim nem de quem deveria
não deu para ser feliz, nem ao menos
...os planos furaram, de a a z
além de vc aqui nem mais estou...só vc
piu amaro
O meu modo metódico é muito metódico e chato, ordenador, profundo e quer domínio. É demais para os outros. É difícil de implantar no mundo. não sabe sambar.
O meu modo caótico é caótico demais. bagunçado, é bagunçado demais. Abstrato e sem lei. é orgia.
Ai um problema central: não posso ser um gestor, um lider, um chefe. para outros, apenas para mim mesmo.
O meu modo comedido, é frio, é blasé. é o não se importar. não esquentar a cabeça em ter que mediar o metódico e o caótico. é o deixa pra lá. e não deixar se tocar. alheio. e apenas obediente.
O curioso caso
O curioso caso da pessoa que se interessa nos seus interesses chatos,
E escolhe assuntos que a anulam: os teus simples fatos.
Senta-se à mesa da empatia, à espera do instante em que sairá de sua própria apatia.
Ela se inteira, mais outro fato.
Ora escuta sua música favorita, ora lê o livro que você indicou, ora maratona a série que você tanto se amarrou.
O curioso caso da pessoa que quer ser um bom ouvinte.
Mesmo quando o assunto de outrem passa para o dia seguinte.
Vive disponível à porta de quem quer tanto escutar e senta-se sozinho à mesa da dona empatia, portanto se importar.
Olha a cadeira vazia e não encontra quem há de querer se anular.
Descobrira, por fim, que há o curioso caso de quem não se interessa, enfim.
Tudo que se torna óbvio passa a ser chato aos olhos do observador, portanto saber tudo a respeito de algo ou alguém não é vantagem, é problema.
Os dias chatos passam rápido, os dias bons duram bem mais quando estou com na cabeça, cê nem faz ideia do bem que me faz.
Chato, chatíssimo, chatérrimo.
Esses dias que estamos vivendo, onde a discussão de quem pode opinar com razão, inteligência e sabedoria é contraposta com a de analfabetos funcionais, e minorias que desejam fazer direitos que só podem ser adquiridos com mérito, apelando para o pseudo preconceito, o sexismo e outras alegações que vem destruindo carreiras e vidas, execradas que são por uma grande parte dos que fazem dos programas policialescos e dos BBBs que qualificam a audiência por simples números.
Chato, chatíssimo, chatérrimo! Insuportável ligar a televisão que vende caro aos anunciantes os consumidores de qualquer porcaria anunciada.
Prá mim é o anúncio, isso sim, do caos.
As baldeações de Magé
Dizem que o saudosismo é algo triste, chato ou “coisa de gente velha”, porém nem sempre as coisas são como pensam. Digo isto, pois, muitos consideram estes sintomas derivados do tal saudosismo e talvez isso soe mais como uma nostalgia – o que não é exatamente igual, ambos podem se encontrar, contudo, não seguem sempre a mesma “linha”. Talvez a cidade de Magé possua uma conexão entre ambas as palavras e muitos já devem ter ouvido histórias sobre este local, no entanto, existe um aglomerado de pessoas neste município que não conhecem as grandezas dos distritos e caso conheça provavelmente ouviram dos familiares ou foram obrigados a estudar para um concurso público. (risos)
Pois bem, Magé já foi muito importante no Brasil e isto vem com muito pioneirismo da primeira estrada de ferro carinhosamente batizada de “A baronesa” cujo qual está conservada em Petrópolis – o que acho um absurdo, pois pertence à Magé, mas dizer o quê quando não se têm os mesmos recursos ou, infelizmente, governantes reais para fazê-lo. Havia a produção de cana de açúcar, mandioca, milho, café, pólvora, tecidos e rendas – a maioria teve seu valor tanto no país quanto na América do Sul! -, mas como pode-se ver, Magé já não é uma grande referência industrial e muito menos cidade turística. (Percebe a conexão entre saudosismo e nostalgia?) (risos)
Bom, sabe aquelas conversas entre família no final de semana que remetem ao passado? Já ouvi tantas que fui atrás da veracidade dos contos e Magé é tão turística quanto Petrópolis ou outra cidade da região. Houve um tempo não muito distante onde o Carnaval era tão popular que tinha desfile entre escolas de samba da região e estimava-se mais ou menos vinte mil pessoas por noite misturados entre expectadores e foliões! Isso sem contar os outros festivais, eventos e exposições que paravam ruas, no entanto, é inegável que Magé sempre teve seus altos e baixos – mesmo tendo fé, santos e o “anjo das pernas tortas” – porém, não vem fazendo um bom proveito das riquezas desse município e está mais em baixa do que em alta.
Embora ao falarmos sobre Magé, automaticamente, cria-se uma “baldeação” entre saudosismo e nostalgia, o município tem salvação e potêncial, consequentemente, não há a necessidade de se manter na nostalgia, pois, há tantos meios de reerguer a cidade... como: recuperação dos pontos históricos, construção de museus sobre a cidade e o Garrincha – por favor, há dê-se exaltá-lo, né? – e claro sem esquecer do básico!
Por vezes penso em como seria Magé a todo vapor, sabe? Uma cidade turística e industrial... Talvez, um dia, possamos ampliar essa “estrada” que chamamos de Magé e enfim sair das estações do saudosismo e nostalgia – especialmente a da nostalgia - fazendo a baldeação para uma nova estação que a torne uma cidade melhor.
Parabéns e viva Magé!!
#Magé453anos
06/06/2018.