Charles Baudelaire Relógio Amor

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perguntai ao vento, à onda, à estrela, ao pássaro, ao relógio,
a tudo o que foge, a tudo o que geme, a tudo o que rola,
a tudo o que canta, a tudo o que fala, perguntai-lhes que horas são;
e o vento, e a vaga, e a estrela, e o pássaro, e o relógio,
hão de vos responder: É hora de se embriagar!
Para não serdes os martirizados escravos do Tempo,
embriagai-vos; embriagai-vos sem tréguas!
De vinho, de poesia ou de virtude, a vossa escolha...

Charles Baudelaire

Nota: Trecho do poema "Embriagai-vos!", trad. de "Enivrez-vous".

O mais irritante no amor é que se trata do tipo de crime que exige um cúmplice.

Não podendo suportar o amor, a Igreja quis ao menos desinfectá-lo, e então fez o casamento.

O amor é um crime que não pode acontecer sem cúmplice!

Que é o amor?
A necessidade de sair de si.
O homem é um animal adorador
Adorar é sacrificar-se e prostituir-se
Assim, todo amor é prostituição.

Valorize acima de tudo o amor que você recebe. Ele continuará a existir muito depois do seu ouro e da sua saúde terem acabado.

⁠Pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: É hora de embriagar-se!

Charles Baudelaire
O Spleen de Paris: Pequenos poemas em prosa. Rio de Janeiro: Imago, 1995.

Nota: Trecho do poema Embriagai-vos! (ou Enivrez-vous, no título original).

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Inserida por jorge_henrique_elias

⁠"O amor pode derivar de um sentimento generoso (...) mas depressa é corrompido pelo gosto da propriedade"

Uma vez, perguntou-se, em minha presença, em que consistia o maior prazer do amor. Alguém naturalmente respondeu: "em receber". E um outro: "em dar-se". Um outro ainda: "prazer de orgulho". E mais outro: "volúpia de humildade". Houve, por fim, um descarado utopista que afirmou que o maior prazer do amor era o de formar cidadãos para a pátria.
Quanto a mim, digo: a volúpia única e suprema do amor está na certeza de fazer o mal. E o homem e a mulher sabem, desde o nascimento, que no mal se encontra toda a volúpia.

O amor é um crime que não se pode realizar sem um cúmplice.

⁠"O homem ama tanto o homem que, quando foge da cidade, ainda é para procurar a multidão, isto é, para refazer a cidade no campo"

Mesmo uma cômoda entulhada com lembranças,
Notas velhas, cartas de amor, fotografias, recibos,
Deposições judiciais, cachos de cabelo em tranças,
Esconde menos segredos do que o meu cérebro
[poderia produzir.
É como uma tumba, um cemitério de indigentes
[cheio de corpos,
Uma pirâmide onde os mortos deitam-se às
dezenas.
Eu sou um cemitério que a lua abomina.