Chantagem Arma dos Fracassados
Um homem só se conhece em duas situações: quando está sob a ameaça de uma arma ou quando quer conquistar uma mulher.
Você pode argumentar que ambas são situações de descontrole emocional.
Errado: o descontrolo é o homem. O controle é um disfarce.
Você deve se julgar pelo seu comportamento quando enfrentou
a possibilidade de morte ou quando estava a fim da (o nome é hipotético)
Gesileide. Aquela vez que você se escondeu atrás de um poste para ver se
ela chegava em casa com alguém.
Meia-noite e você atrás do poste,
sob o olhar curioso de cachorros e porteiros,
fingindo que lia a lista do bicho no escuro.
Aquele imbecil - e não esse cidadão adulto, respeitável,
razoável, comedido, talvez até com títulos - é você.
Tudo o mais é a capa do imbecil essencial.
Tudo o mais é fingimento.
Você nunca foi tão você atrás daquele poste.
Pense em tudo o que você já fez para conquistar uma mulher.
Os falsos encontros casuais, cuidadosamente arquitetado.
Os falsos telefonemas errados, só para ouvir a voz dela.
As bobagens que você disse, tentando impressioná-la.
Pior, as bobagens que você ensaiou em casa e disse como se
tivesse pensado na hora.
O que você escreveu, sem revisão ou autocrítica.
Aquele ridículo era você.
Os dias e dias que você passou só pensando nela.
O país desse jeito, e você só pensando nela.
Sem dormir, pensando nela.
Tanta coisa pra fazer, e você escrevendo o nome dela sem parar.
E as mentiras?
E aquela vez que você inventou que era meio-primo do Julio Iglesias?
E o que você sofreu quando parecia que não ia dar certo?
Como um adolescente. Aquele adolescente era você.
Isso que você é agora é o disfarce, é o imbecil essencial em recesso provisório.
Só o vexame é autêntico num homem.
O desprezo não incomoda, embora seja uma arma poderosa. O que realmente me incomoda, é nunca chegar a saber o que o frio da indiferença, grita nas entrelinhas do abismo de silêncio que ele mesmo cavou. É o não saber da interpretação feita sobre minhas palavras. O medo das possíveis ambiguidades escondida nas linhas dos meus textos.Isso me incomoda.
A maior arma que nós mais pobres temos... É o conhecimento, a sabedoria e a humildade. Ninguém pode nos tirar estas virtudes!
MONOLOGO DO DIABO...
Jura? Você vai tentar me matar com essa arma? Logo essa?! Você acredita em Deus? Porque caso acredite, também acredita em mim... ainda não sabe quem sou? Atira, tenta, creio que não vai funcionar!
POW e a arma disparou
Tenho muitos nomes, sou mais conhecida como Diabo. Eiiii, não corre, só porque sua arma não me mata tu tens medo? É bom sentir o gosto do seu medo...tão...doce!
Ou seu desespero foi por descobrir na verdade que o Diabo é uma mulher? Sente-se aqui vamos conversar... permita-me ver a cor do seu sangue!
Fale-me das suas fraudes, frustrações e desejos. Deixe-me entrar, juro que serei bem breve... sua alma é minha, tenho planos para você.
Tínhamos um acordo, chegou sua hora de acertar as contas meu anjo... conte-me suas tristezas, suas lágrimas... vai que encontra seu Deus em mim.
Sabia que um simples "OI" pode mudar uma história? Não é só arma que mata: Desprezo mata muito mais...
A língua é uma arma com munição infinita até que seja disparada contra o próprio dono, pois o peixe morre pela boca e o homem pela língua.
Um revólver não é uma arma, Marge. É uma ferramenta, como a face de um açougueiro, ou um arpão, ou... ou um crocodilo!
Capitania Bahia
No tabuleiro da baiana
arma-se o xadrez dos orixás
e na sua vez de jogar
Oxalá respeita o bispo
e põe seu cavalo a se movimentar.
É essa a essência da Bahia:
a convivência em harmonia.
Terra onde o filho de santo
passeia no Jardim de Allah.
Onde cada canto tem seu canto
e até o morro é da paciência.
Mas se alguém te provocar
não vatapá o sol com a peneira.
Espere a hora que a maré da Cidade Baixa
e vá andar na Ribeira do mar
De ponta a ponta
Humaitá essa fome de oceano
e de sobremesa água-doce
Abaeté te lambuzar
Depois dance até capoeira subir
Deixe a Bahia te invadir
com sua gente de cor
que a paleta do pintor
fez tela à óleo de dendê.
Numa beleza de até Mestre Calá a fala.
Difícil será fazer a mala
quando a viagem chegar ao Bonfim.
Mas não deixes a saudade se arvorar
pega o Caminho das Árvores
sempre que quiseres voltar.
E onde queres que vá
Todos os Santos
irão te acompanhar.
Pois a Bahia vai contigo
costurada em um patuá.
E eu que pensava que a arma de um guerreiro era a espada, na verdade, é a determinação, que se um pouco mais afiada retalha aquilo que para ele é digno de sua proteção.
A INVEJA.
A inveja é a arma dos incompetentes.
Podemos medir o tamanho da inveja, pelo nível de incompetência de cada invejoso.
E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido.
Quando você não se cura das armas que te feriram, você se torna uma nova arma que irá ferir outras pessoas.