Chamas
As gotas de cera derramadas por uma vela em chamas são, na verdade, suas lágrimas a premeditar que o seu fim está próximo.
Me tornei uma muralha, cujo as chamas pelas duas pernas não me queimarão. A razão diz quem faz... fez
Meu Ar
Meu Ar se perdeu
Quando meus olhos
em sua direção, em chamas se ardeu
Meu Ar se perdeu
Quando minha boca
na tua, por sede bebeu
Falte-me Ar
E não volte
Mate-me sem Ar em teus braços
Mas não me deixe sem o teu cais
Ares fatais
Meu cálido coração
Torna-se cálice em teus abraços
"Envolvam-se amante corpos
Sem procurar razão alguma"
Disse o Amor
"Não durma".
Ao meu maravilhoso amor
Amo-te em chamas
pelo meu corpo
que me amas
até pela minha alma
Quero-te porque não me enganas
pelo amor verdadeiro
desejo por inteiro
minha pele
tua pele
um calor
um amor
Amo-te em chamas!
Meus lábios ardentes em chamas à morrer da ausência dos seus. Simplesmente em seus lábios vivaceria essa chama, esse viver, esse amor de um flash eterno que me habita.
Minhas mãos
- duas chamas débeis de vela
unidas no mesmo destino.
Minhas mãos
derretidas em cera
que vai escorrendo,
gota a gota,
ao longo do corpo hirto
da vela moribunda.
Que vai escorrendo,
lenta,
na calmaria falsa e densa
da luz delida e mortuária do meu quarto.
E o livro de Anatomia,
grave e inútil,
aberto em frente.
E todo o mundo,
que me espera
e desespera,
nas páginas inúteis e graves
do livro de Anatomia.
E as horas
morrendo, morrendo,
como uma vela que se vai derretendo
no quarto frio de um morto.
Ai! minhas mãos, minhas mãos
- duas chamas débeis de vela
unidas no mesmo destino!
- Que horas serão?
A vida
é uma vela de corpo hirto
que se vai derretendo, derretendo,
na calmaria falsa e densa
de um quarto de morto.
FIM DA TERRA
Poder inimigo da paz
Casou-se com a guerra
Poder navega em chamas
Poder navega em sangue
Poder envenena o homem
O homem esplode a terra .
Joelhos amolecidos dobram-se,
mãos espalmadas antecedem o suor que colherão da epiderme as chamas,
mas é na concavidade em flor,
que pétala a pétala se dá a oração!
Chamas por mim, ouço a tua voz. Apenas o que meu ser alcança além dos objetivos pode estender o que ainda não compreendo. Mas entendo.
Como Deus, nossas almas nunca tiveram início. Dele saíram como raios, chamas e centelhas. E têm todas as características da Fonte.
Posso levantar ao som do mar
Ouvir o calor das chamas
Tocar o orvalho nas rosas amargas
Sentir o frescor das ondas quebrando
Ver a empolgação dos pássaros
O que posso querer?
Do outro lado do rio
Crianças brincam com a inocência singular
Os momentos são únicos
Devem ser vividos
Sem serem despercebidos
O que devo fazer?
As lágrimas correm
Sem que eu saiba se são de alegria
Ou se ocorrem por saudosismo
Tempos bons ficam
Os ruins servem para ensinar
O que posso fazer?
O tempo corrói tudo
Destrói o que o homem ergue
Acaba com o que o criador originou
Implanta rugas em faces vigorosas
Mas os sentimentos permanecem
O que quero fazer?
Quis desvendar todos os mistérios
Aprendia a cada olhar
Cada gesto era muito pra mim
Alguma coisa a gente tem que amar...
Mas o quê? Eu não sei mais.
Ergam se oh chamas da loucura,
mostre nos toda a sua sabedoria.
Façam os reis tremerem e seus castelos de mentiras desabarem.
Deixe nos provar de teu vinho,
o tão esperado vinho, que a tanto tempo nos és prometido.
Deixe nos embriagarmos em teu útero,
em vossa insanidade até que o terceiro olho se ilumine
e possamos caminhar sobre o céus
e os nossos sonhos cavalgarem sobre essa triste realidade.
Deixe nos provar de teu veneno,
que a tanto tempo aterroriza esses pobres homens sem fé,
incrédulos, amaldiçoados por sua cegueira...
Oh chamas da loucura mostre nos o caminho,
ensine nos a caminhar sobre os espinhos.
Para que nossas palavras possam cortar um dia
o vento como as laminas de um moinho.
Palavras estas escritas em um velho papel manchado de vinho tinto,
sobre um escrivaninha que hora aqui outra ali
servia tanto de cama como de esconderijo...
Sinto arder em chamas meu coração;
Será mais uma vez, tola ilusão?
Essa paixão complexa e perfeita volta a renascer;
Novamente sinto meu coração leve, como brisa ao entardecer.
O tempo brincou comigo, com os meus sentimentos;
Outrora gostaria de lhe esquecer, de tirar-te dos meus pensamentos.
Será este meu inebriante destino? Viver a sombra desta paixão?
Pois se comigo não está, como irei saciar esse amor no coração?
Sua presença afetuosa me fez renascer...
Basta ouvir a tua voz, para o meu dia resplandecer.
E assim se sucedem meus dias, amor à distância que toca e alucina;
Com essas poucas frases sucintas sonho idealizar esse amor que me fascina.
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