Ceu Estrela Saudade
Mater Dolorosa
Meu Filho, dorme, dorme o sono eterno
No berço imenso, que se chama - o céu.
Pede às estrelas um olhar materno,
Um seio quente, como o seio meu.
Ai! borboleta, na gentil crisálida,
As asas de ouro vais além abrir.
Ai! rosa branca no matiz tão pálida,
Longe, tão longe vais de mim florir.
Meu filho, dorme Como ruge o norte
Nas folhas secas do sombrio chão!
Folha dest'alma como dar-te à sorte?
É tredo, horrível o feral tufão!
Não me maldigas... Num amor sem termo
Bebi a força de matar-te a mim
Viva eu cativa a soluçar num ermo
Filho, sê livre... Sou feliz assim...
- Ave - te espera da lufada o açoite,
- Estrela - guia-te uma luz falaz.
- Aurora minha - só te aguarda a noite,
- Pobre inocente - já maldito estás.
Perdão, meu filho... se matar-te é crime
Deus me perdoa... me perdoa já.
A fera enchente quebraria o vime...
Velem-te os anjos e te cuidem lá.
Meu filho dorme... dorme o sono eterno
No berço imenso, que se chama o céu.
Pede às estrelas um olhar materno,
Um seio quente, como o seio meu.
O céu, o chão. Nunca vejo o meio. Qual a razão de ser o meio termo. Na minha mão, guardo o meu destino. Eu abro e vou.
Eu só sei que não quero viver uma vida dedilhada. Cansei de pensar demais e os erros meus não são iguais aos erros que deixei pra trás. E aqueles velhos medos não assustam mais.
Meus passos vão, firmes no caminho, em direção ao que não foi escrito. Intuição, sopra em meu ouvido. Escuto e vou.
Deus, o que nos prometeis em troca de morrer? Pois o céu e o inferno nós já os conhecemos - cada um de nós em segredo quase de sonho já viveu um pouco do próprio apocalipse. E a própria morte.
O “garoto perfeito” não vai simplesmente cair do céu e se apaixonar por você. O nome é amor, não milagre.
Canção de Pedroca
Quando nos apaixonamos
Poça d'água é chafariz
Ao olhar o céu de Ramos
Vê-se as luzes de Paris
No verão é uma delícia
A brisa fresca de Bangu
Mesmo um cabo de polícia
Só nos diz merci beaucoup
Eu ouço um samba de breque
Com Maurice Chevalier
Bebo com Toulouse Lautrec
No bar do Caxinguelê
Daí ninguém mais estranha
O Louvre na Praça Mauá
E o borbulhar de champanha
Num gole de guaraná
Cascadura é Rive Gauche
O Mangue é Champs Elisées
Até mesmo um bate-coxa
Faz lembrar um pas-de-deux
Purê de batata roxa
Parece marron glacé
As nuvens são sombrias
As nuvens são sombrias
Mas, nos lados do sul,
Um bocado do céu
É tristemente azul.
Assim, no pensamento,
Sem haver solução,
Há um bocado que lembra
Que existe o coração.
E esse bocado é que é
A verdade que está
A ser beleza eterna
Para além do que há.
Sem tempo pra ler, pra escrever, pra olhar pro céu, um olho nos jornais, outro no coração das pessoas. E tudo tão rebentado - ou arrebentando.
Eu simplesmente não suporto mais pintar o céu de cor-de-rosa para achar que vale a pena sair da cama.
Sobre procurar qualquer coisa pra preencher esse vazio. Esse vazio da sua falta. Sobre tentar achar alguma coisa que te faça presente de novo. Que faça você voltar, por um momento, pra perto de mim. Eu, você é mais ningu
ém. Sobre reviver o passado na minha memória e sentir tanta falta. Sobre reler textos que um dia eu tive um motivo pra escrever. Sobre amar tanto alguém que você sente que nunca mais conseguirá se entregar pra outra pessoa da mesma maneira. Sobre amar. É uma dor que corta o coração. Amar alguém, sentir sua falta, e não ter.
Hoje eu acordei pensando em você,
princesa linda,
a mulher mais linda de se ver.
Nada é mais lindo que o seu olhar,
nem o brilho das estrelas,
nem o azul do mar...
É que de vez em quando dá uma saudade na gente dessas coisas. São todas coisas simples. Meio bobas muito bonitas. (...) Mas tudo bem.
"Eu tenho saudade de mil coisas e todas essas mil coisas sempre caem na mesma única coisa de que eu tenho tanta saudade.
Eu tenho saudade de tudo.
Não é um sentimento egoísta e muito menos possessivo. É apenas uma saudadezinha. Gostosa, tranqüila, bonita, saudável, de longe."
"Você me disse e me olhou de formas terríveis mas o que sobrou colado em cada parte do dia e de mim é a maneira como você sorri."
"Meu cupido deve ter mal de parkinson."
"Fernanda aguarda pacientemente pelo seu príncipe encantado, enquanto plebeus passam pela sua vida mas ela, com medo da realidade, continua os expulsando da história."