Cético
um homem cético
só
alimenta-se da sórdida solidão
disfarçando este seu tanto de querer viver
só
lamenta sozinho o todo que se lhe aprisiona.
Tornei-me um cético pois perdi a fé na humanidade, meu consolo é que acredito no Criador, senão tava perdido.
O difícil é acreditar. Quando se desacredita, algo te diz para não ser tão cético, algo te diz que vale a pena acreditar mais uma vez. Acreditando de novo e desacreditando em seguida... Percebo que não tem cura. Palavras são extremamente banalizadas e facilmente pronunciadas, para um romântico sem cura, acreditar nelas e depois, por elas próprias, ser desacreditado, já é rotina. Uma rotina que, no momento, não me faz bem.
Prefiro um cético ético a um crente incoerente. A incoerência deste pode ser responsável pelo ceticismo daquele.
A fé surge quando não há mais esperança para algum desfecho possível. Ninguém é cético o bastante para não admitir isso.
“Quando comecei minha pesquisa sobre experiências de quase-morte em 1968, eu era um cético e ateu. Agora eu não sou nem uma coisa nem outra.”
(...) Ainda prefiro sapear o momento cético do poeta Drummond que com sapiência dizia: " tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo", a parafrasear como um jurista dizendo: "tenho em minhas mãos sofrimento do mundo" apenas para integrar sofrimento a valores humanos...
“sou cético quanto a sorte. Mas creio na oportunidade, no alcance dos objetivos pela busca recheada de bons valores, preparação, conhecimentos e a fé que constrói a certeza de que quem busca encontra, quem dá recebe, quem planta colhe e quem ama é feliz”
"Se um dia eu tivesse de escolhe entre dá atenção a um Cético e uma Criança, eu escolheria a Criança, por apresentar maior grau de pureza de pensamentos."
Sou cético quanto às questões mundiais, a única certeza que tenho, é relativo às coisas que vivo e naturalmente posso comprovar por minha própria experiência e mediante minha percepção! O que vier, além disso, não sei se devo acreditar! Pois sei que somos bombardeados no mundo moderno de informações, e muitas delas têm propósitos escusos!
Com um ar cético nem tão alto quanto a inflação, nem tão baixo quanto o dólar em período de impeachment, assim você chegou e se fez presente. Meu coração nem abriu licitação e muito antes de conhecer as regras você eliminou todos os concorrentes.
Eu poderia aqui proferir um discurso bonito, problematizar as questões mundiais, romantizar as desigualdades promovidas pelo capital. Mas não, isso não é legal. Prefiro ser realista, conversar sobre dinheiro, rir das histórias ditas, mostrar com meus lábios todas as virtudes de um pensamento egoísta.
Diante da minha liberdade individual de ir e vir, vou ao seu encontro com o pleno desejo consciente do seu oprimir. A agressividade mansa, a trilha sonora perfeita, a barba bem desenhada e até mesmo a espuma da cerveja tornaram quase que imposto o meu querer de privatizá-lo.
De fato é um desafio, me sinto como Atlas com o peso nas costas em sair de todo um histórico de relacionamentos baseados em filantropia forçada. Mas bem longe do Estado, não há nada que o mercado não regule de forma positiva. Os vigilantes? Eu não sei, mas quem vigia o seu olhar sou eu.
Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de dizê-las só para escutar a sua voz.
o dogmático
se sente
iluminado
pela sua
falaciosa
verdade
absoluta
o cético
se protege
destes raios
na sua
sombra
de dúvidas
