Certeza
Ter certeza da dúvida, talvez seja mais favorável de que acreditar em certas certezas, porque dúvidas sempre há, já a certeza, dessa eu ainda desconfio, pois, a única evidência que tenho é que sou confuso a tudo isso...
Em meio as dúvidas concretas e incertas convicções, eu me sinto em paz, só não sei ainda se duvido ou se acredito!?..., mas talvez a criativa elaboração da questão seja mais sábia de que a solução propriamente dita...
Nessa imensurável necessidade de explicar tudo ou se explicar em tudo, seguimos sem encontrar definição para o nada. Ainda temos certezas demais, sem entender que a dúvida também nos traz razões para viver, e mais uma vez esquecemos que saber como se faz, não é saber fazer.
"Meu AMADO PAI como eu poderia esquecer deste teu lindo sorriso...
AMO MUITO VOCÊ, mesmo você tendo voltado aos braços do Pai Celestial..
Meu Pai, quando penso em Ti
Meu coração se alegra de uma forma que jamais senti algo parecido.
Saber que Tu nos amou, me ajudou e nos ensinou o caminho das pedras...
Quero expressar minha gratidão
Seu julgamento sempre foi justo e verdadeiro
Tua disciplina até hoje me mostra como proceder
Corrigia-nos porque nos amava.
Tua voz sempre permeadas com lindos sorrisos muita saudades nos traz
Hoje ainda posso dizer o que é ser guiado pelo Teus conselhos
Ainda busco seu conselho, teu Amor e suas sábias palavras em minhas lembranças que aicerçaram a minha vida e de toda nossa Família!!!
Neste momento volto a ser criança inocente e, atentamente te escuto.
Meu coração se alegra quando me lembro que você me ensinou que somos apenas peregrinos neste mundo buscando a pátria celestial.
Pai saiba que mesmo você estando do outro lado do caminho e jamais deixarei de te AMAR e sentir sua presença sempre do meu lado.
PAI sei que este DIA DOS PAIS sem sua presença aqui para eu poder te abraçar eu quero te dizer que te amo muito....e....tenho certeza que a energia do meu AMOR chegará até você!!!
(Hélia Michelin)
Nada é certo, nem a certeza de que há incertezas.
Somente uma coisa é certa.
A de que tudo é perfeito e nada é errado.
"As únicas coisas que são certezas no mundo é que vai anoitecer e amanhecer o restante é uma surpresa nova a cada dia"
Imaginar é deixar o pensamento voar entre as encostas das incertezas e aterrizar na planície da certeza.
Para onde estamos indo? A cada Segundo que se aproxima choramos ou sorrimos? A cada minuto e hora o que fazer? Estamos mais perto ou mais longe? Depende: Mas longe estamos de viver ou mais perto de morrer? Não sabemos, mas temos a certeza que para quem ama a vida a cada Segundo, Minuto, Hora, Dia, Mês ou Ano tudo se repete, e vale a pena viver cada piscar de olhos.
Eu tenho certeza que existem pessoas que sabem como viver a vida. O problema é que nunca as encontro...
Durante toda nossa vida aprendemos a lidar com o sucesso e o fracasso. Cada situação que ocorre nos leva a um destes dois resultados. Em ambos tiramos lições que com o tempo mostram seu verdadeiro significado. Às vezes aprendemos,às vezes questionamos, às vezes até discordamos. Mas no fim, teremos que ter sempre a certeza que demos o nosso melhor.
Eu nao desisto porque acredito que tudo vai dar certo, mesmo que tudo pareça ter acabado, vou nadar contra a correnteza e ao chegar na margem deste rio, vou ser feliz com certeza!
CER TE ZA (crônica)
Tem anfetamina nos armários. Há pó branco na geladeira. No canto. Há. Há fumaças entrando pela janela da sala. Pela janela da sala. Há fumaças. Não consigo identificar. Não há o que identificar. Há pó branco. Nos armários. Está tudo misturado neste pequeno apartamento. Só o apartamento que é pequeno. Não me pergunte o motivo. Por ventura, os motivos não são obrigados a ser contados. Está tudo misturado. Pó branco. Anfetamina. Fumaças. Meu cigarro está aceso. Fumaças do cigarro. Talvez? Talvez. Trago cinco fumaças. Uma, duas, três, quatro, cinco. Poderia ser seis. A metade do tabaco coube seis fumaças. Minhas pernas começam a tremer. Ansiedade. Talvez? Talvez. As fumaças estão entrando pela janela da sala. O apartamento é pequeno. Grande são os pensamentos que me invadem, enquanto o ponteiro do relógio registra duas da madrugada. Duas. Da Madrugada. Os carros não estão na avenida. Nem as pessoas. Há pessoas nas ruas. Há carros nas casas. E o ponteiro está no número dois. O céu estrelado. Trago mais uma fumaça. A sétima. Contei. O conhaque está no balcão, a preguiça, debaixo do meu sofá e eu, no sofá. Não lembro quando chamei a solidão para dançar, mas todas as noites ela tira os sapatos e fica bailando no carpete da minha sala. Baila com passos descompassos. Não precisa saber dançar para se ser só. Ser só é uma arte. Já é uma arte. A oitava fumaça do cigarro se mistura com as fumaças da janela. As fumaças da janela são misturas dos cigarros de alguns adolescentes na rua. Eles também tragam fumaças. Não contam. Tragam. Eles riem. Mas eles riem. Eu não. Apenas fito paredes assentado no sofá sobre a preguiça ciente de que há anfetamina nos armários. Quadros estão nas paredes. Manet, réplica. Van Gogh, réplica. Vinci, réplica. Britto, original. O último está guardado. Minhas paredes pedem arte. As paredes pedem tudo. Toda vez que a solidão baila no carpete, as paredes pedem meu olhar. Talvez porque não enxergo a dança. Em um dos quadros está a sua fisionomia. Fisionomia. Rosto. Face. Cara. Teus cabelos enrolados. Encaracolados. Ondulados. Modelados. O sorriso rasgando a fisionomia. Rosto. Face. Os olhos decorando o rímel. O castanho decorando o glóbulo ocular. Infiltra-me. Decora e infiltra-me. As paredes pedem meus pensamentos, também. Agora eles estão te focando. Te focam. Devoram. E rasgam. Rasgam como o sorriso. O teu sorriso. Causam um estrago mordaz. Voraz. Alcatraz. A solidão saiu do carpete e tu entrou. Coreografia seguinte. Tuas pernas vão bailar no carpete. Teus dentes ranger felicidades. Ranger. Morder. Ranger. Meu olhar irá te encontrar. E não te largar. Ele nunca larga. Ele não quer largar. Ele não irá largar. Ele não pode largar. Teus pés pisam o chão. O chão. Imaginação. O chão da minha imaginação. Inquietação. Sob o meu corpo há uma inquietação. Agora. Sem demora. Mais uma fumaça do meu cigarro entra no ambiente. Ambienta o clima belo. A solidão volta a dançar. Tu foras embora. Voltou para o quadro. Ao lado de Manet. Pela manhã, o padre falou que as pessoas morrem. Que todos morrem. Que a morte é a única certeza da vida. Que a vida há uma certeza. Uma certeza. A morte. Morte. Mas ele mentiu. O padre mentiu. Men-tiu. A única certeza da vida não é a morte. Ontem eu te matei e hoje tu me devoras com o olhar. Não é certeza. Alguém deve estar certo, mas eu te matei. Ma-tei.
A única certeza é que há anfetamina nos armários, pó branco na geladeira e cigarros no meu bolso. O resto é balela. O ponteiro marca duas e cinco da madrugada, outra certeza. Talvez? Talvez.
- João Guilherme Novaes
"Contemplo-te"
Da costela de Adão nunca vieste;
Pois não podes provir de uma parte tão insignificante à vida
Também não vieste de nenhuma explosão cósmica;
Pois o pó das estrelas já é natural de ti.
Não vieste de qualquer ventre humano;
não vieste de qualquer acaso;
também não vieste de religiões por dois motivos:
Religiões são incertas e tu vens de emoção.
Definir de onde vens não é trabalho para um simples leigo,
mas aqui vai meu simplório achismo:
Tu vens do mais nobre e detalhado desenho;
vens do mais engenhoso e incidente projeto deliberado.
Cabe agora às autoridades da ciência, explicar-me de onde vens tu.
Mas independente de onde vens uma certeza tenho:
És sinônimo de benevolência, simpatia, ternura e afeição...
És complexa, mas acima de tudo, és você.
E então, seu coração tem dono? Espero que sim, mas pode ser que não. E quem sabe? Acho que somente o tempo...