Certas Coisas
As coisas só começam a fluir, quando a gente permite que isso aconteça. Eu estou confiando em mim de novo, me permitindo, porque eu sei que posso muito, mereço muito! E como é bom eu finalmente me dar essa segunda chance, depois de ter dado tantas pra quem nem valia a pena.
Não é tristeza, não é nada.
É que as vezes a gente cansa sabe?
cansa das pessoas, das coisas.
cansa de tudo.
Às vezes, tem que se cometer o maior erro pra descobrir como acertar as coisas. Erros são dolorosos, mas são a única maneira pra você descobrir quem é.
O tempo lança à frente todas as coisas e pode transformar o bem em mal e o mal em bem.
Metamorfose
Mutação
Vida pulsando
Transformação
Estou em processo
Há coisas a aprender
e há coisas a reprogramar.
Há coisas que sou,
e não quero ser.
Há coisas que ainda não sou,
e quero ser.
Há coisas que sou,
e ainda não sei,
mas estou buscando saber.
Estou em construção.
Mas já estive em demolição.
Sou desses que não entende indiretas. Que não percebe as coisas à sua volta, o que está bem na sua cara. Sou desligado, desleixado. Presto atenção em quase nada. Desculpa o meu jeito, o meu mau jeito, a minha falta de jeito.
Esperar pelo tempo das coisas é um aprendizado necessário. O rio tem o seu remanso. Quando apressado ele faz desastres!
Uma hora a gente tem que amadurecer. Ter as coisas de mão beijada é muito cômodo, mas a vida real é bem diferente. Nada cai do céu.
As bruxas em geral são assim. Não estão jamais interessadas nas coisas ou nas pessoas, mas na utilidade eventual destas.
A coisas lindas na vida, poesias, sonhos, você:
Poesia não entendo!
Sonhos não compreendo!
Mas sei que amo você!
Percebi há muito tempo que as pessoas realizadas raramente relaxaram e esperaram que as coisas lhes acontecessem. Eles foram à procura e as coisas aconteceram.
E, no meio de tantas mudanças, muitas rupturas. Algumas coisas foram encaminhadas pro novo destino, outras se perderam irremediavelmente. O que sobrou posso contar nos dedos, antes eu mal conseguia fechar as gavetas_ tão abarrotadas de coisas, pessoas, lembranças. Mas o que houve afinal, além de um processo íntimo, pessoal, intransferível? Uma mudança externa também, porque há sempre um desconforto em quem se acostuma com o nosso comportamento mais antigo. E além de lidar com o luto da morte do que éramos, ainda o estranhamento dos que não aceitam o que nos tornamos. Porque mudam os gostos, a disposição e os planos. E alguns reagem como se você os tivesse abandonado no meio de uma viagem a dois por outro continente, quando só você sabia falar a língua local mesmo que os impedisse de aprender o idioma .
E, no meio de tantas mudanças, algumas desavenças. Só porque aqueles mesmos não entendem, não entendem, não entendem, porque não querem aceitar, que tudo é tão dinâmico e que nem deve ter sido tão brusca essa mudança, mas que a coisa maturou durante um tempo em que só queriam que você se envolvesse numa história DELES, que se misturasse nas emoções DELES, que traduzisse o mais íntimo DELES. E, ao mesmo tempo, você estava amadurecendo uma mudança sua e a coisa toda doía, doía. Mas eles não perceberam. Porque a demanda sobre a vaidade deles era grande demais, importante demais, imprescindível demais pra sua poesia.
E, de repente, a minha poesia não queria falar mais sobre nada disso. Minha poesia queria ser uma carta anônima, um silêncio, uma brincadeira. Minha poesia não queria ser nada além de uma frase jogada do mais íntimo de uma iluminação sobre um determinado assunto.
Porque, no final das contas, o que escrevo nem é poesia... é prosa, é carta, é desabafo, é qualquer coisa. É um bilhete manuscrito pregado no espelho só pra desejar “Bom Dia!