Certas Coisas
Amigo
Meu amigo, eu te mando esta carta, pois sinto no coração que você precisa de certas palavras.
Na verdade eu queria dizer que Deus é o dono do tempo, e para ele o tempo passa no inexistente.
Ele é ETERNO e vive na sua eternidade, e um dia ele se fez carne para entrar no nosso tempo e nos tirar do tempo e levar-nos para a sua eternidade!
E o que eu acho mais incrível é que ele chegou ao extremo do AMOR morrendo numa cruz...
Entrando no nosso tempo ele sentiu fome, sede, dor...
Sofreu!
Uma vez ouvindo um programa de rádio eu ouvi uma musica assim: "Ou Jesus era louco ou REAMENTE ELE NOS AMOU!”
Ele entrou no nosso tempo para nos levar para sua eternidade!
Sofreu!
ACHO QUE NEM PRECISO DIZER ISSO, POIS VOCÊ DEVE ESTAR CANSADO DE OUVIR!
Ele sofreu por você...
Amigo saiba que tudo o que está acontecendo está no tempo e na vontade de Deus...
Tudo sairá bem, pois DEUS te ama (e eu também)♥
Te ama pela eternidade e não só no nosso tempo!
Amigo,
Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado, sem nada dizer...
Não é exatamente a roupa que deixa a mulher vulgar.
Certas mulheres são vulgares até debaixo dos lençóis e com a cabeça coberta pelo travesseiro.
Eu sou
Uma infinita exclamação
Uma pausa em certas ocasiões
Vírgulas em momentos possíveis
Interrogações em dias passíveis
Reticências em histórias boas.
E por fim...
Pontos finais onde mais nada me interessa!
O problema é que certas pessoas só esperam valorizar depois de perder, mas sê diferente de tais pessoas » valorize hoje, valorize amanhã, valorize toda gente sempre que puderes «
.
Obs: Somos todos importantes e merecemos valor «
Certas expressões faciais delineadas com solidariedade e alegria chegam a influenciar, com o mesmo brilhantismo, outros rostos que vivem apagados.
Preferimos ouvir o "te amo" vazio de certas pessoas a sermos verdadeiramente amados, só que em silêncio.
Certas palavras tem o significado errado. Falácia, por exemplo, devia ser o nome de alguma coisa vagamente vegetal. As pessoas deveriam criar falácias com todas as suas variedades. A Falácia Amazônica. A misteriosa Falácia Negra.
Hermeneuta deveria ser o membro de uma seita de andarilhos herméticos. Onde eles chegassem, tudo se complicaria.
- Os hermeneutas estão chegando!
- Ih, agora que ninguém vai entender mais nada…
Os hermeneutas ocupariam a cidade e paralisariam todas as atividades produtivas com seus enigmas e frases ambíguas. Ao se retirarem deixariam a população prostrada pela confusão. Levaria semanas até que as coisas recuperassem o seu sentido óbvio. Antes disso, tudo pareceria ter um sentido oculto.
- Alo…
- O que é que você quer dizer com isso?
Traquinagem deveria ser uma peça mecânica.
- Vamos ter que trocar a traquinagem. E o vetor está gasto.
Plúmbeo deveria ser barulho que um corpo faz ao cair na água.
Mas, nenhuma palavra me fascinava tanto quanto defenestração.
A princípio foi o fascínio da ignorância. Eu não sabia o seu significado, nunca me lembrava de procurar no dicionário e imaginava coisas. Defenestrar deveria ser um ato exótico praticado por poucas pessoas. Tinha até um certo tom lúbrico. Galanteadores de calçada deveriam sussurrar ao ouvido de mulheres:
- Defenestras?
A resposta seria um tapa na cara. Mas, algumas… Ah, algumas defenestravam.
Também podia ser algo contra pragas e insetos. As pessoas talvez mandassem defenestrar a casa. Haveria, assim, defenestradores profissionais.
Ou quem sabe seria uma daquelas misteriosas palavras que encerram os documentos formais? “Nesses termos , pede defenestração..” Era uma palavra cheia de implicações. Devo até tê-la usado uma ou outra vez, como em?
-Aquele é um defenestrado.
Dando a entender que era uma pessoa, assim, como dizer? Defenestrada. Mesmo errada era a palavra exata.
Um dia, finalmente, procurei no dicionário. E aí está o Aurelião que não me deixa mentir. “Defenestração” vem do francês “Defenestration”. Substantivo feminino. Ato de atirar alguém ou algo pela janela.
Ato de atirar alguém ou algo pela janela!
Acabou a minha ignorância, mas não minha fascinação. Um ato como esse só tem nome próprio e lugar nos dicionários por alguma razão muito forte. Afinal, não existe, que eu saiba, nenhuma palavra para o ato de atirar alguém ou algo pela porta, ou escada a baixo. Por que então, defenestração?
Talvez fosse um hábito francês que caiu em desuso. Como o rapé. Um vício como o tabagismo ou as drogas, suprimido a tempo.
- Lês defenestrations. Devem ser proibidas.
- Sim, monsieur le Ministre.
- São um escândalo nacional. Ainda mais agora, com os novos prédios.
- Sim, monsieur lê Mnistre.
-Com prédios de três, quatro andares, ainda era possível. Até divertido. Mas, daí para cima vira crime. Todas as janelas do quarto andar para cima devem ter um cartaz: “Interdit de defenestrer”. Os transgressores serão multados. Os reincidentes serão presos.
Na Bastilha, o Marquês de Sade deve ter convivido com notórios defenestreurs. E a compulsão, mesmo suprimida, talvez ainda persista no homem, como persiste na sua linguagem. O mundo pode estar cheio de defenestradores latentes.
- É essa estranha vontade de jogar alguém ou algo pela janela, doutor…
- Humm, O Impulsus defenestrex de que nos fala Freud. Algo a ver com a mãe. Nada com o que se preocupar – diz o analista, afastando se da janela.
Quem entre nós nunca sentiu a compulsão de atirar alguém ou algo pela janela? A basculante foi inventada para desencorajar a defenestração. Toda a arquitetura moderna, com suas paredes externas de vidro reforçado e sem aberturas, pode ser uma reação inconsciente a esta volúpia humana, nunca totalmente dominada.
Na lua-de-mel, numa suíte matrimonial no 17º andar.
-Querida…
- Mmmm?
-Há uma coisa que preciso lhe dizer…
-Fala amor.
-Sou um defenestrador.
E a noiva, na inocência, caminha para a cama:
- Estou pronta pra experimentar tudo com você. Tudo!
Uma multidão cerca o homem que acaba de cair na calçada. Entre gemidos, ele aponta para cima e balbucia:
- Fui defenestrado…
Alguém comenta:
- Coitado. E depois ainda atiraram ele pela janela.
Agora mesmo me deu uma estranha compulsão de arrancar o papel da máquina, amassa-lo e defenestrar essa crônica. Se ela sair é porque resisti.
O mais importante do viver é que a própria vida se encarrega de colocar as pessoas certas nos caminhos certos, È só esperar, jamais sair por ai procurando por algo que já está escrito em algum lugar do nosso futuro. Se não chegou até agora, quando mais precisar, chegará. Como alguém que embarcou no trem do destino e nunca conseguiu descer em estação alguma.
É, cada dia eu tenho mais e mais certeza de que certas pessoas nasceram tão ridículas e fazem questão de continuar sendo. Não há nada que as faça ser belas, não há aparência ou atitude que as transformem em uma pessoa digna. Quem é feio é feio e ponto. Eu não tô falando de beleza física não... tô falando de integridade, de vergonha na cara, de respeito, de atitudes. De que adianta demonstrar ser muito, e no fundo não ser nada? É, ainda bem que o mundo gira, e a vida nos mostra quem é quem!
Algumas frases são falhas. algumas pessoas são falsas, outras fazem falta. certas situações são fáceis, algumas difíceis. os gráficos sobem e descem todos os dias. economicamente falando e emocionalmente também. não pule fases, não seja falho consigo mesmo. só seja feliz.
B.
Ignorar é muitas vezes uma atitude preciosa.
Analisar certas situações que nos desagradam e posicionarmos de maneira passiva e serena pode ser positivo. Muitos fatos não podem ser modificados somente porque desejamos. Há coisas na vida que não dependem de nós. Elas simplesmente acontecem, existem. Cabe a nós saber conviver e não absorvê-las. É o filtro da vida. Ligue-o! E dele a paz interna será extraída.