Certas Coisas
Corro atrás, enfrento barreiras, abro mão de muitas coisas, saio da zona de conforto, arrisco, espero, confio, me encho de esperança, saio do lugar, mas no fundo percebo que pairo num mundo de ilusões e a vida vai me mostrando a cada atitude, ou melhor, a falta dela, que de fato não sou merecedor de quem acho que pode ser o meu futuro. A cada passo que dou para frente com o anseio de tentar resgatar algo tão lindo que certamente mora nos nossos corações, dois é dado para traz por ela. É como se eu estivesse numa estrada de espinhos descalço onde eu estou numa ponta e ela em outra. No meio, está a nossa recompensa: um caminho livre de espinhos e repleto de felicidade nos esperando. É como se somente eu fosse rumando a frente ao seu encontro enquanto ela me espera do outro lado sem dar sequer um passo. Enquanto vou seguindo e sendo perfurado pelos espinhos, ela continua inerte se justificando e dizendo o porquê não sai do lugar. Simplesmente não age. Apenas fala que quer sair do lugar, percorrer o caminho espinhoso, mas não se mexe e encontra desculpas para que fique no mesmo lugar...
Não posso compactuar com isso. É uma luta desleal e que foge da simples distância que tanto nos separa, pois quem quer realmente faz acontecer, se arrisca, independente da situação. Até agora só eu me mexi. Inclusive no momento em que ela deveria assim ter feito.
De que adiantaria eu lhe dar a resposta que ela tanto queria saber sabendo que isso seria a forma mais fácil para ela lidar com as coisas? Sou errado por querer respondê-la pessoalmente? Ainda mais sabendo que ela apesar de deter o meu mais puro e verdadeiro sentimento, não está em uma posição de exigir de mim mais nada, pois tudo já fiz e nada ganhei em troca a não ser apenas palavras escritas por um teclado de computador. Algo absolutamente vago... Mesmo assim tentei por vezes ir ao seu encontro, mas sempre as desculpas e justificativas arrumavam jeitos de nos impedir. Parece que ela só quer o mais fácil para ela pois ainda se abriga em seus medos que a impede de seguir seu caminho. Talvez porque de fato eu não seja seu caminho e ela ainda não tenha percebido isso, ou talvez tenha, sei lá.
O que eu percebo é que na verdade pouco mudou e frustrei-me novamente. Contudo sempre tento tirar uma lição do meu lado otimista e enxergar o lado bom das coisas e, esse lado se resume simplesmente no fato de que meu sentimento apesar de se manter o mesmo, não merece mais sofrer... Não há reciprocidade e por isso, não posso mais seguir na estrada de espinhos para chegar sozinho ao caminho livre, pois quando lá chegar, posso ficar por muito tempo esperando alguém que pode não vir...
Não sou merecedor de alguém inerte que não é capaz de corresponder o que tanto diz nas palavras e que se perde em seus próprios argumentos. Não sou merecedor de medo, insegurança, comodismo e tantas promessas furadas. Não sou merecedor de algo morno. É tão difícil assim abrir o coraçã para alguém que realmente te ama? Não, não é... Não se pode gostar de alguém pela metade e vejo que isso é o que parte do coração dela. Somos diferentes e isso talvez seja o pilar do qual tentarei me agarrar para tentar de uma vez por todas deixar essa saudade, decepçao, frustração, solidão e tristeza de lado.
Não tenho mais o direito de derramar lágrimas por alguém que pouco faz para demonstrar de fato sua suposta intenção de tentar algo novo, mesmo sabendo de tudo que sou capaz de fazer para ganhar o seu amor e até onde posso chegar. Não dá mais. Não mereço isso e preciso da ajuda de Deus para me livrar de uma vez por todas dessas pontadas do coração que ainda doem muito. Não sei como e ainda não tenho meios para isso e, a menos que eu seja surpreendido por uma atitude partindo dela, não mais ficarei nesse poço de esperanças parado esperando algo que no fundo não tenho a certeza se virá. Prometo que essas lágrimas que enxugo da minha face enquanto redijo esse texto serão as últimas e que daqui para frente, só me deixarei ser surpreendido por ATITUDES. VEM PRA BAURU. Que assim seja, amém.
Seja forte, prossiga firme, você já superou tantas coisas até aqui, não será nada que vai te abalar agora.
Fé, criatura de Deus, Ele te ama e jamais te abandona!
Não vivemos como mortais, porque tratamos das coisas desta vida como se esta vida fora eterna. Não vivemos como imortais, porque nos esquecemos tanto da vida eterna, como se não houvera tal vida.
Olha, você se incomoda de deixar pra fazer as coisas estúpidas quando eu estiver por perto? Eu não vou ser capaz de me concentrar se eu pensar que você está pulando de penhascos na minhas costas.
As pessoas podem ser muitas coisas. Às vezes o seu pior inimigo pode ser o seu maior aliado.
"Não vivo no mundo da lua,
mas prefiro não verbalizar as coisas ruins.
As palavras que proclamo, digo-as primeiro a mim.
É um mundo melhor que tento construir. Sim, começa-se assim!
A palavra tem muito poder de atrair, de convencer, de concretizar!
Somos muito do que vivemos a falar,
do que deixamos entrar e sair de nosso coração,
do que costumamos agradecer ou reclamar."
Os Estados que surgem rapidamente, como todas as demais coisas da natureza que nascem e crescem depressa, não podem ter raízes e estruturação perfeitas, de forma que a primeira adversidade os extingue.
- É claro - ele disse sem arrogância ou pretensão -, mas eu sempre pensei que as coisas desse jeito, com a gente. Você sabe.
Ela se mexeu para encará-lo, confusa.
- Como assim?
- Quero dizer - Simon murmurou, como sem parecesse surpreso por ter de explicar algo que deveria ser óbvio -, eu sempre precisei mais de você do que você de mim.
- Isso não é verdade - Clary estava perplexa.
- É sim - disse Simon, com a mesma calma inabalada. - Você nunca pareceu precisar de ninguém, Clary. Você sempre foi tão... controlada. Precisava apenas de seus lápis e mundos imaginários. Várias vezes eu já tive de dizer as coisas seis ou sete vezes antes de você responder, e você estava tão longe. Depois virava para mim e sorria daquele jeito engraçado, e eu sabia que você havia se esquecido de mim, e tinha acabado de se lembrar. Mas eu nunca fiquei chateado com você por isso. Metade da sua atenção é melhor do que toda a atenção de qualquer outra pessoa.
Nessa minha caminhada, quantas coisas eu vivi, fiz tantas coisas boas, e também muitas coisas ruins.
Já ensinei muitas coisas e também aprendi, caminhei diversas vezes acompanhado, e algumas vezes me peguei caminhando sozinho.
Já chorei, mas também sorri.
Já chorei por amor, e também por não conseguir amar.
Já deixei de chorar para não preocupar alguém, mas já chorei por ninguém se importar.
Já dormi chorando, mas acordei sorrindo.
Já tive muitos motivos para desistir, mas decidi continuar a lutar.
Já me senti sozinho mesmo com muitas pessoas ao meu lado, e já me senti bem ao estar sozinho sem ninguém pra me machucar, simplesmente só precisava de mim mesmo para me ajudar.
Já tive amores não correspondidos, e também já deixei de amar.
Já me disseram “te amo” sem ao menos me amar, porque quando eu precisei, não estavam lá
Já chorei por palavras me ditas, e também já fiz pessoas chorarem por palavras ditas por mim.
já conheci muitas pessoas, fiz muitos amigos e também perdi muito deles.
Já estive em lugares lotados, quando na verdade queria estar só, com meus pensamentos.
Já quis sair de casa, mais um vazio me deixava preso em pensamentos
Já procurei alguém pra desabafar, e quando me dei conta ninguém estava por perto.
Mas já fui ombro amigo, pra alguém desabafar.
Já fui um bom amigo, mas também já deixei a desejar.
Já estive presente, mas se estive ausente quando alguém mais precisava.
Já tive bons momentos da minha vida, porem já tive momentos terríveis a se lembrar.
Já pensei em sumir sem destino, somente pra esquecer de todos e do mundo.
Quando na verdade o mundo estava dentro de mim.
E nessa vida todos os dias é um novo recomeço novas lições, cada dia uma pagina em branco, a ser escrita uma nova historia a ser contada.
Um novo aprendizado e uma nova oportunidade de ser melhor, fazer o melhor, pra depois desejar o melhor de alguém.
E com o passar do tempo fui entendendo que tudo na vida são feito de momentos, bons ou ruins, porem vividos.
A gente precisa deixar que as coisas aconteçam. Mas a gente também precisa acontecer para que as coisas aconteçam na gente. Deixar que a felicidade abrace. Que o sorriso adoce. Que o abraço contagie.
Sou daquele tipo que torce o nariz quando não gosta, que chora de raiva por coisas bobas, que grita de dor por dores incuráveis, que ama sem olhar a quem, a que reclama de tudo, sou aquela pessoa que vive a espera das coisas e se irrita com isso, sou confusa, estranha, tão eu.
Eu só precisei provar que consigo fazer isso sozinha, porque vou ter que fazer as coisas sozinha agora! .
É provável que estivessem mentindo, eles dizem que eu preciso aceitar mais a realidade das coisas, a dureza das coisas, e às vezes penso que tornam de propósito as coisas mais duras do que realmente são, só pra ver se eu reajo, se eu enfrento. Mas não reajo nem enfrento. A cada dia viver me esmaga com mais força.
“Na Natureza Selvagem”
Todos os seres humanos são motivados a fazer coisas inusitadas, quase, senão sempre tem que haver um motivo racional. Na história real de Christopher McCandless, protagonista do drama interpretado por Emile Hirsch em “Na Natureza Selvagem”, suas motivações vão além de um livro que o possa influenciar, como por exemplo: “O apanhador no campo de centeio” (1951) de J.D. Salinger que conta a história de um adolescente que ao ser expulso da escola pega o trem para Nova York antes que seus pais fiquem sabendo da notícia; ou do lendário “Pé na estrada” de Jack Kerouac (1951) que influenciou uma juventude inconformada a sair de casa em busca cada qual de um novo significado para a vida da forma que cada um bem entende.
Com Christopher pode-se dizer que foi um pouco diferente, sobretudo no que se refere às motivações que o levaram a ser um “extremista” como ele mesmo se declara. Antes de se lançar em um ambiente inóspito ao homem solitário, sua sabedoria e revolução espiritual estavam bastante avançadas como é mostrada nessa obra cinematográfica que Sean Penn adaptou do livro de Jonh Krakauer que, aliás, leva o mesmo título.
Após concluir seu ensino superior em 1990 aos 21 anos, Christopher doa toda sua poupança (24 mil dólares) para um instituto de caridade. Parte então para uma aventura vivendo à margem desta sociedade de faz de conta considerada civilizada. Pegando caronas ou viajando clandestinamente em trens de carga. Christopher renega todos os “valores” sociais consumistas, abandona a superficialidade da ideia de estar sempre se ocupando em ter cada vez mais movidos pela ganância. Seus valores familiares também não são mais acessados, o pai, a mãe e a irmã nunca mais o viria novamente.
Na medida em que se relaciona com as pessoas em seu caminho sua perspectiva de mundo vai se configurando e, sendo esta uma via de mão dupla, as pessoas também vão se modificando e principalmente revendo seus valores.
Ansioso por liberdade total, desapegado à regras o jovem adota para si outro nome, agora seu nome é Alexander Supertramp (super-andarilho). Apesar de viver sem rumo, sem dinheiro, apenas sua mochila com diários, livros e algumas roupas, vivendo do que se encontra pela frente, Christopher tem um objetivo: chegar ao Alasca e quando lá chegar, viver o mais intensamente possível sendo, ele mesmo, total parte da natureza selvagem.
Portanto, depois de 2 anos se aventurando e indo ao norte dos Estados Unidos, Christopher chega ao Alasca e pretende viver da terra por um tempo. Compra um livro sobre a fauna local para se orientar. Encontra um ônibus abandonado, provavelmente por uma equipe de biólogos pesquisadores, este é o já lendário “Ônibus Mágico”.
A paixão pela vida selvagem caiu como uma luva para justificar sua fuga de uma sociedade que para ele é mais hostil do que viver como mendigo. Em sua mochila, além dos diários, as obras literárias de Jack London, Leon Tolstoy e Henry David Thoreau que carregavam, tiveram grande influência sobre McCandless. Não se tratava de uma nobre missão, apenas de viver sozinho no Alasca, reconfortado com o que a natureza pudesse lhe proporcionar.
Contudo, perto do centésimo dia no ônibus mágico a fome passa a ser latente e cruel. Os desdobramentos dessa história real nos levam a reflexão sobre a condição humana da vida ativa. A ação do homem e o suprimento de suas necessidades de fato mora na relação com outros homens, outros seres humanos ou é possível viver solitário? Finalmente ele próprio conclui sabiamente que “a felicidade só é real se compartilhada”.
Existe prazer nas matas densas
Existe êxtase na costa deserta
Existe convivência sem que haja
Intromissão no mar profundo e
Música em seu ruído
Ao homem não o amo pouco
Porém, muito a natureza...