Cerca
Medo de me contaminar com essa frieza que cerca os corações dessas novas gerações. Isso é um mal que ainda não possui retro-viral.
Quando algumas pessoas vivem dentro de uma cerca invisível, todo o pouco espaço lhe parece o universo. Mas se se rompem todas as fronteiras, o universo lhe parece uma piada.
Nossos olhos não servem apenas para enxergar o mundo que nos cerca, além disto, possuem o poder de transmitir sentimentos no momento que nossos corações e pensamentos ordenam.
Porem tudo que me cerca a principio tenho certo domínio, mas não me pertence, porem nunca desejei essas coisas.
O que meu silêncio esconde? Ah, cerca de 3 bilhões de pensamentos por segundo. E o pior é que a maioria são insignificantes. Cheguei ao ponto de não entender o que se passa aqui dentro. Está tudo tão confuso, agora compreendo o que é ser um ponto morto no meio da multidão. Pra falar a verdade, ja nem me reconheço mais.
Do amor que me cerca, minhas esperanças vivem a certeza de aprender com os meus próprios erros para então arriscar quantas vezes forem necessárias;
E com coragem e determinações continuar acreditando no meu caminho que com obstáculos me fazem superá-lo com o propósito de ser feliz;
Vivemos endividado por um passado que nos cerca.
Ele nasce a todo instante
Pensar já não se é mais presente, é lembrança.
Tristeza, dor, felicidade e amor é estado, é irreal
Temos que inventar um presente.
Mas qual?
Depende de cada um...
Não me iludo com o momento que me cerca, pois o meu coração ama sorrindo e pronto para se entregar;
Mas me doou para morrer de amor chorando de alegria nos braços de quem me mata sorrindo no amor verdadeiro;
-Li, reli, soube da vida
-Vi, revi, assisti a enlaces
-Questionar a cerca do amor é tolice,
Pois o que não nos é tangível
Difícil é sua compreensão
- Dá-lhe conceito,
- Utopia.
- Dá-lhe forma,
- Cegueira.
- Cobrar-lhe razão,
- Loucura.
- É sorte?
- É construção?
- É procura?
- É um achado?
- Alfa? -
- Omega?
- É o caminho?
- Ou o final dele?
- Porque quanto mais procuramos conhecimento, quanto mais estudamos,
Mas longe, dele ficamos?
- “Só os burros encontram amor pra vida toda,
E se no meio do caminho quiser sair de seu estado de ”burrice”,
Irá ameaçar sua situação de felicidade plena.
Eu sou burro, quero ser sempre burro”*
- Será que a exibição exacerbada da alma...,
A procura constante por enriquecimento intelectual...,
A expressão ilimitada do saber...
Distancia-nos de tal regozijo, o amor?
- Não sei, só sei que nada sei, sendo assim , um BURRO, E BURRO FELIZ
A dor me envolve, me cerca, me preenche. A dor vem quando lembro da gente. Afinal, existia um mundo só pra nós, que foi destruído por bobeira nossa, infelizmente. Todas as palavras ditas, todas as musicas cantadas, não estão mais presentes. São ocasiões passadas, momentos que ainda mexem comigo, mas o que posso fazer, se tudo não passa de lembranças?
BUSCANDO A FELICIDADE: APEGO AO QUE SE TEM
Há cerca de alguns dias fui abordada na rua por um grande amigo e ele me questionou porque não escrevo sobre a felicidade. Então ao escrever sobre ela, responderei porque ainda não tinha o feito.
A felicidade a meu ver não é palpável, é sensível e está nas coisas simples da vida. Somos tão acostumados a querer mais, buscar sempre mais que nos esquecemos de dar valor a um abraço, um sorriso, uma simples conversa sentados na varanda. Perdeu-se, como diria uma amiga, os valores estão invertidos.
Tenho a nítida sensação de que só damos valor depois que perdemos, é necessário ver um ex com outra pessoa para sentirmos saudade (ela aparece junto com a raiva, acreditem), nos mudarmos para lembrar o lugar que tanto reclamávamos, crescermos para querermos ser crianças.
Mudamos tão frequentemente, a cada decepção, frustração ou emoção que nos esquecemos de levar conosco a alegria, nos permitimos ficar cabisbaixos por tão pouco. Buscamos a felicidade, corremos tanto atrás dela que quando não a atropelamos, simplesmente a ultrapassamos na corrida da vida.
Falo por mim, busco a perfeição, dinheiro, poder, reconhecimento, mas onde fica o tempo para andar descalço, se lambuzar com sorvete, enfiar a cara num bolo?
A felicidade está aqui, está em mim e em você, sou apenas uma extensora da sua felicidade, aquela que te cerca. Permitam-me um conselho.
“Vamos viver tudo que há pra viver. Vamos nos permitir” (Lulu Santos)
Valorize o que possui, traga pra perto quem te quer bem, mas principalmente quem te FAZ bem, deseje, queira, não se prive, simplesmente se jogue. A felicidade não está a um passo de você, ela caminha a seu lado o tempo todo, basta que você a abrace.
P.s: Felicidade é aceitar o que se tem com disposição e correr atrás do que se deseja com alegria.
Ao desenvolvermos e aprimorarmos o nosso circulo de amizades e de parceiros profissionais, nos cercamos de conselhos e opiniões que nos podem ajudar no alcance dos objetivos e na realização das metas.
Cartas á John...
Vontade que me cerca, que me toma. Quase um vício. Se depender de mim os terapeutas irão á falência. Minha terapia é escrever...só as letras me entendem. Não sei se escrevo bem. Só sei que me faz bem. Eu vivo entre as palavras, mas muito do que escrevo não consigo falar, sou refém de mim mesma, escrava do turbilhão de sentimentos que muitas vezes são tão grandes que se tornam imperceptíveis. Medo de não agradar, mania de tentar manter tudo bem, tudo sob controle. E desse jeito vou calando, vou sentindo, vou escrevendo. Ah,se a coragem de escrever fosse a mesma de falar. Ah, se a reciprocidade fosse a mesma. As palavras me calam, o sentimento me cala, a escrita me mostra que ainda pulsa, que ainda penso, que ainda sinto, mas só quem lê saberá. Escrevo para aliviar a vontade de falar,de fugir, de gritar, de tomar pra mim. Me distraio com minhas rimas, com meu pontos, vírgulas, com minhas exclamações e me torturo com minhas interrogações. Por que? É taõ mais fácil dizer adeus. É tão mais fácil fazer o caminho de volta...ja passamos por ele! Não, nada é fácil! Escrever também não é. Mas escrevendo não se olha nos olhos, não se perde uma lágrima e não se esquece de tudo que precisa falar. Escrever não é fácil. E quem disse que seria fácil?
Numa tarde destas, numa laranjeira a beira da cerca de um sítio já quase sitiado pela cidade, nasceram duas laranjas que, sem pretensões nenhuma não almejavam nada, a não ser que a própria natureza se encarregasse de fazer delas o que quisesse. E assim foi, amadureceram lindas entre folhas verdinhas, uma foi logo colhida e colocada em uma travessa de vime bem no meio da mesa na casa dos proprietários do sítio a outra ficou na árvore bem pertinho de um ninho onde filhotinhos de sabiás logo descobriram por meios de bicadas o sabor delicioso da fruta. Fizeram furinhos que ficaram maiores e que alertaram através do perfume alguns insetos e até abelhinhas e, assim, de repente uma população de espécies se aconchegaram na frutinha e no entorno dela. Uns gostaram dela madurinha, outros já apreciaram passadinha e alguns - tem gosto para tudo - adoraram ela quase podre, mas foi unânime entre todas as bicadas da bicharada que a laranja estava ótima. Depois disso tudo ela caiu no chão, e entre uns dias e alguns meses, brotou de suas sementes, outra laranjeira. E a outra laranja? Ninguém comeu, ninguém cheirou, simplesmente quando ela estava madura colocaram no freezer para um dia fazer algum doce que não foi feito e ela acabou esquecida na gaveta de frutas, congelada no tempo. Se um dia você for colher alguém para trazer à sua vida, que seja para apreciar seu perfume, que seja para ouvir suas histórias, ouvir suas risadas, que seja para compartilhar o por do sol, que seja para se refrescar na chuva, que seja para alimentar a alma com carinho, que seja para sentar do teu lado de mãos dadas e deixar a natureza fazer o que quiser com o tempo. Mas não deixe de maneira nenhuma esquecida num canto da casa, num canto da vida