Censura
Proibir biografia não autorizada – mesmo isso previsto em lei - é considerado (por alguns) censura prévia. E tentar proibir a proibição no grito, na ofensa ou fugindo do assunto? É o quê? Hein? | 00658 | 11/10/2013 |
A censura subjetiva é um cuidado do natural objetivo, tristes quem os controlam pelas (línguas) de fel.
Queria registrar a noite nas paredes da cidade
mas a censura não permitiu
Queria confessar ao padre mais próximo
todos os pecados que aparentemente me trouxeram ao céu
Queria dizer, assim, sem jeito,
os motivos que me fazem querer voltar
antes mesmo de ir embora
Queria poder guardar num baú os
trejeitos que apenas eu, de todas as outras,
naquele lugar, consegui perceber,
Queria poder ter filmado e arquivado
em outro mecanismo, que não a minha mente
o sorriso bêbado, rindo com a boca perto da minha,
a voracidade tirando meus pés do chão e corpo da Terra
me engolindo e me mastigando com um único beijo
Queria fazer lei dessa falta de pudor
Queria que o mundo pudesse apreciar a arte
que o sol faz ao refletir esses cabelos claros
e essas feições francesas, inéditas para mim...
Queria que não fosse uma terça-feira de manhã,
e que ela não acordasse daqui a pouco;
Moça, com uma beleza dessas,
queria eu poder viver de poesia.
A censura em país democrático fere mortalmente a Constituição democrática de 1988.Que país é este em que os cidadãos não têm o sagrado direito de expressar os seus pensamentos?Ísso é um verdadeiro retrocesso ao processo democrático do Estado de Direito.
A pior censura não é aquela grosseira que escandaliza, mas a refinada que até conquista seus censurados.
Segredos
Que vontade louca de te encontrar
Poder te falar sem censura
E sem medo
O quanto te quero
Do meu amor sincero
Da página que foi virada
Mas que pode retornar
Do medo da demora
Do tempo que é implacável
Que não deixa nada passar
Chegar bem pertinho
Desses seus olhos enigmáticos
Olhar com muito cuidado
E adivinhar o que lhe vai
Bem dentro da sua alma
O que não é muito difícil
Pois a vida me ensinou
A reconhecer os sinais
Embora irrelevantes
Mas que revelam
Segredos tão importantes...
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Segredos
Que vontade louca de te encontrar
Poder te falar sem censura
E sem medo
O quanto te quero
Do meu amor sincero
Da página que foi virada
Mas que pode retornar
Do medo da demora
Do tempo que é implacável
Que não deixa nada passar
Chegar bem pertinho
Desses seus olhos enigmáticos
Olhar com muito cuidado
E adivinhar o que lhe vai
Bem dentro da sua alma
O que não é muito difícil
Pois a vida me ensinou
A reconhecer os sinais
Embora irrelevantes
Mas que revelam
Segredos tão importantes...
Ninguém vai se meter na minha biografia-não-autorizada. Ninguém vai censurá-la. Ninguém vai impedi-la de ser vendida. Tudo isso porque ninguém também vai escrever a droga da minha biografia. Nem eu... E ainda bem! Isso, exatamente isso, é o que passa pela cabeça de muitos biógrafos vivos. | 00666 | 16/10/2013 |
"Sem limite, sem censura, sem juízo...
Eu faço tudo errado e me divirto com isso.
Beleza nacional, estilo patricinha, garota sangue bom, complicada e perfeitinha"
tenho outra teoria...
"a auto-censura seria quase uma auto-sabotagem.
bem diferente da autocrítica, pena serem separadas
por uma linha muito tênue, portanto facilmente confundíveis,
e qualquer tipo de censura prejudica e inibe a criação,
por isso lhe peço, não me censure: permita-me criar."
by Mel
Nas artes, censura não, mas a sugestão de faixa etária e informações claras de conteúdo. Existem diferenças de politicas culturais para um espaço artístico e cultural privado e um espaço publico...mas a responsabilidade curatorial deve ser a mesma e o bom senso, de lugar e tempo deve direcionar toda ação.
TEMPOS.
Era tão bom antigamente
não tinha tanta frescura
brincava sem ter censura
e ninguém era diferente
a criança era inocente
mas também era sapeca
o gordinho ou o careca
o pretinho ou o baixola
e o menino jogava bola
e menina tinha boneca.
Grave não é a censura fundamentalista. Grave mesmo é o não saber e o não ativismo correto da Cidadania Cultural.
Amores no silêncio!
O que são palavras para ti?
Coisinhas pequenas que se diz,
Ou censura da alma que condiz?
O que dirias das minhas palavras?
Seriam loucuras eternas de um Romeu,
Ou forma na desforma de um plebeu?
E se eu disser que já te amo?
Seria amor a liberdade, ou cativeiro a ti?
Um Soror ao verso que te clamo...
Tu no silêncio me ouvirias até ao fim?
Meu silêncio?
Um abismo de palavras (Morte, se calhar…)
E que dirias do silêncio que desnudas?
Meu amor em um olhar,
Ou beijo suave de Judas?
E se eu disser que já te quero!
‘’Querer” seria aos Lusíadas,
Ou dor e morte embaladas?
E se no querer fosse perder,
Então, no amar fosse morrer.
No silêncio seria viver?
E se eu disser não te querer?
Então, seria que nem mentido
Assumindo o medo de te perder!
O que são palavras para ti?
Coisinhas pequenas que se diz,
Ou censura da alma que condiz?
(Amores no silêncio)