Cena
A literatura é uma gota d'água no oceano, ainda que seja apenas uma pequena gota, não seria o oceano maior sem ela.
A literatura não é somente inspiração e expressão, é também um simulacro convencional de signos, com uma consciência linguística.
A maioria das coisas que nos são ditas, são mentiras. Mas nós acreditamos piamente, pois a mentira nos conforta e a verdade nos confronta.
A quem possa interessar
Pensaram que sonhar era ingênuo
Hoje sonham de noite e de dia
Ainda que não venha a se realizar
E daí? Sonhar é gratuito.
Disseram que era perda de tempo
Hoje perdem até as pernas cumpridas
Em busca do sonho no horizonte
E daí? Tempo é para ser gasto.
Fizeram um verdadeiro inferno aqui
Zombavam de nós e dos outros
E agora querem o nosso lugar
Mas nós combinamos de não morrer.
Não tente manter uma amizade com quem você não pode confiar. O mundo mudou, mas a confiança ainda está em voga. Seja amigo de pessoas que quando você olhar nos olhos e observar as atitudes, a confiança e a sinceridade sejam perceptíveis.
Que a simplicidade nunca nos falte, que o nosso exterior não nos defina, que a nossa posição não nos torne menos humano. A simplicidade mora em qualquer esquina da vida, ela é o que vestimos todos os dias. E aos que não a tem e querem comprar, sinto muito, não existe para ser comprada.
A vida começa onde termina o medo, o medo é um fantasma que atormenta e existe até depois da infância, ele precisa ser morto novamente, já se sabe que fantasmas estão mortos, mas o medo é um tipo de fantasma que precisa morrer infinitas vezes.
A gente não tem que aceitar tudo, por mais que nossos pais ou outras pessoas com mais experiência de vida digam o contrário, nós somos os construtores de nosso próprio caminho, ainda que alguém voluntariamente nos dê uma ajudinha aqui ou ali, mas é nosso, sumariamente nosso o trilhar nas tortuosas e intempestivas estradas que a vida nos reserva.
A partir daquele dia eu quis viver, viver como nunca antes havia vivido, viver sem pressa, sem apego as expectativas, viver do que era possível, do que estava ali agora, o impossível passou a ser entendido como uma semente lançada ao universo capaz de germinar ou de morrer sufocada debaixo da terra, viver com a demora ardente de sempre chegar e a ausência perpétua da pressa de partir, como se a vida fosse eterna enquanto durasse, para quem acha que isso é uma embriaguez de ilusões, não é, é apenas uma dissipação da vida utópica que vivia antes, na vã filosofia de acreditar que sempre fosse merecedor e digno de tudo, vivendo sobrecarregado de nulidades e planos incapazes de se materializarem.
Não é prudente e nem sábio encarar as tempestades como se fossem somente alguns perigos pela frente, mas é sensato vê-la como uma possibilidade de renascimento, e mais profundamente ainda como um momento propício para sepultar o “eu” indesejável e decadente que existe dentro de cada um de nós.
Vivemos em alguns momentos tão apagados. Mas em algum lugar, nem que seja por pouco tempo, somos luz para muitas pessoas.
O poema é um grito no vazio, um grito que ecoa em quem o lê, todo leitor possui um vazio a espera do que poderá ser preenchido com o que ainda não leu.
Eu olhei para ti com o mesmo olhar que olhastes para mim. Com a diferença sacra de que o meu era verdadeiro.
O que a gente afirma conhecer sobre outras pessoas é apenas a ponta do iceberg do que elas são constituídas.
Um dia, eu ainda hei de encontrar o inventor da saudade, para eu perguntar por qual motivo algo bom dói tanto. Que ingrediente é esse que usado para temperar o choro, acabou salgando o pranto.
Quando entendermos que cada experiência é uma arte magnífica de manifestação dos achados e possibilidades, não iremos desperdiçar nenhuma delas.
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