Cena
Vou sair de cena... não pelos motivos que você imagina.
Vou sair de cena... cansei dessa rotina de silêncio e indecisão...
Vou sair de cena porque não quero mais que o meu amor se eternize apenas em uma canção...
Vou sair de cena porque o seu silencio me ofendeu...
Vou sair de cena porque só quem amou fui eu...
Vou sair de cena porque seu silêncio foi tão ensurdecedor que de longe o ouvi. Ele gritava pela rua: Você vai se machucar, eu não sei amar.
Entendi o recado... vou sair de cena.
O silêncio guarda sons e tons que poucos podem ouvir, portanto nenhuma cena é muda e vale muito mais que mil palavras.
Preto em branco, lápis no papel, rabisco por traços, montagem de um retrato, lente dos olhos, cena e cenários, que não fogem dos focos os mínimos detalhes.fotografias...
Num momento torno a ver o que já vi. Noutro descubro uma nova cena. Me pergunto então o que ainda mais está oculto. Que miscelânea é a vida!
Não caiu em si ainda? Acalma. Quão logo você larga de pintar a cena e quando você menos esperar a vida te dá um tapa na cara
Encontro & Desencontro
Sabe o que me faltastes? Cena de morte, um teatro, um enrredo e vc
Quando não apareces, fica vazio, da um frio, poesia do ser
Mas quando te lembras da gente, voltas de novo
Traz todo medo, desejo, magia e sufoco
A gente se encontra de novo e sente o gosto de ser um do outro
Desperta o desejo de ser novamente amantes do corpo
Mas a noite, por ser outrora dia, dura pouco
Ai vou eu de novo atrás de consolo
Copo vazio ao som de vinil, cama desarrumada
Lamentos e tormentos, dia de ser apenas eu e mais nada
Ai vem o medo trazendo com ele o gosto do receio, mais cedo eu creio
Que tudo pode ser diferente no outro, mas fica o desejo de sermos algum dia novamente
Vento e sopro... Vela e fogo... boca e beijo......um encontro perfeito
Palavra quando alma
O Nome.
Existir são palavras.
Instante, cena, ação. Associação.
De observar, se captura.
Qualquer algo arranca uma impressão.
Faz linguagem. Mais toque, mais sentido.
Minhas sombras no entendimento. Palavras alcançadas do dia.
Se não escrever não me construo n’alguma parte. É tão profundo aqui dentro que não ouço o gotejar.
É vital dar um nome pra algum sentido que chegou. Explicar, entender, captar, colher, comer, sonhar.
É vital. O momento de sentir transitar todas as sugestões dentro de si.
E sinto o poder do tempo não me tocar quando estou cá comigo.
Mesa posta, eu vim e sentei. É pra isso que existo agora.
Eu apenas alma como a palavra apenas significa.
A cena se passa, agora, com uma música triste no fundo. Como se os sentimentos não fossem capaz de se traduzirem em palavras.. Talvez fosse preciso dizer o Adeus, mas a dor é tão profunda que nada era desculpa para separar duas almas que ironicamente, sempre estaram juntas.
Sentimentos
A tenuidade entre a alegria
e o fingimento apenas,
é a cena da rotina...
Os sorrisos dados durante o dia
não se comparam...
... a uma única lagrima.
Sorrisos podem ser falsos
a lagrima não...
ela é sempre verdadeira.
VOU SURFAR NOS MEUS VERSOS
A cada frase que eu digito
A cada cena de um beijo
A cada passo pelo shopping
A cada onda que eu vejo
Eu te quero, eu te desejo
Um torpedo enviado
Um recado recebido
Um amor iniciado
Quero ficar para sempre contigo
Tocar em suas mãos às escondidas
Abraçar-te para disfarçar
Te amar e reconhecer
Te querer por mais longe que seja o lugar
Eu te quero mais que tudo
Longe ou perto
Vou surfando nos meus versos
Falando-te coisas de amor
A cada frase que eu escrevo
A cada verso que eu te envio
Isso só prova o meu desejo
Eu te quero mais que tudo
Além de um abraço e de um beijo
A princesa não vê a hora de entrar em cena e resolver os problemas do príncipe. Ela está ansiosa para lhe ensinar como a vida funciona, como lidar com as pessoas, e como sentir as coisas certas no momento certo... A princesa conta cada minuto, sofre cada segundo, dói a cada centésimo de segundo, só esperando a hora de poder salvar o príncipe.
Quando você olha uma cena ou uma mera imagem, seu cérebro trabalha imaginando algo sobre aquele momento, quem dera se o coração fosse diferente.
A cena é muito clara em minha mente. Eu estava deitada na cama do hospital olhando para a porta vendo o vai e vem das pessoas, minha Mãe precisou ir até minha casa para pegar roupas e olhar as pessoas passeando lá fora, me deixava mais confortável e acreditando que não estava sozinha. Vi uma sombra se aproximando do lado direito e fui medindo a pessoa dos pés até a cabeça. Quando vi aquele sorriso era como se todas as doenças do mundo acabassem de ser curadas ali mesmo. Era ela!
Entre uma cena e outra, o abismo do tempo que passa e a necessidade de reconstrução de um projeto sem nome. A ausência do texto de novo me incomoda, procuro o texto que passa, a profundeza da estrutura reclamando a sua presença, cadê o texto que estava aqui? O escuro escondeu, ai, ai, ai..."(O último verão em Paris, crônicas, 2000)
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