Cemitério
Brumadinho... Um cemitério esculpido a lama. Por causa da maldade e ambição de homens miseráveis, que jamais atentou para o seu próximo, causando uma tremenda desgraça e manchando o Brasil com a lama da maldade.
Solidariedade e consolo é o que nós reles mortais temos a ti dá oh Brumadinho...
Em nosso cemitério de repostas,
Fantasmas de um passado que não volta,
Pelo menos para nós e nossas viúvas,
Amores que perdemos nessa chuva,
Cemitério de Respostas
Em nosso cemitério de repostas,
Fantasmas de um passado que não volta,
Pelo menos para nós e nossas viúvas,
Amores que perdemos nessa chuva,
E agora jazem em companhia de outras covas.
Provas de nossa ingratidão,
Infidelidade, desprezo e desespero,
Associados a insatisfação.
Cemitério de Respostas.
E as traições poderão descansar,
Junto às ervas daninhas do canteiro,
Terei as ladainhas do coveiro,
Derramadas sobre meu caixão,
Mas antes encaixotarei as faltas,
E as sepultarei no cemitério de respostas.
Cemitério de Respostas.
"As folhas do Outono, já davam aquele tom frio, escuro e lúgubre, ao solo do pequeno cemitério da cidade.
Foram poucos, os que apareceram, é verdade.
Mas de pouco adiantava, a presença dos que o conhecia, naqueles momentos de infelicidade.
Alguns transeuntes, paravam para confirmar, se era mesmo realidade.
Uns suspiravam de alívio, por pensar, que a pequena cidade voltaria à sua normalidade.
Outros, vislumbravam o caixão do velho, ao longe, com um misto de desdém e curiosidade.
Houve, também, alguns sorrisos, como se tivessem se livrado de uma praga, livrado a cidade da insanidade.
Não houveram lágrimas, não houvera luto, o que se percebia, era uma certa felicidade.
Ao fitar o velho, em seu eterno descanso, notei um uma expressão de serenidade.
Como se realmente, pela primeira vez em séculos, após uma vida tão tribulada, em seu leito de morte, finalmente descansasse.
Fiquei sabendo, alguns anos mais tarde, que morrera com os seus trinta e três anos, embora, não aparentasse.
As mazelas da vida, a ausência daquela mulher, fizera com que o algoz e inexorável tempo, o maltratasse.
Ela, pelo contrário, era somente três anos mais nova que ele, tinha uma pele que daria inveja a qualquer anjo, parecia, ainda, permear a puberdade.
Seria pecado, até mesmo vislumbrá-la, resolveria com o próprio Deus, o homem impuro, que a tocasse.
Quando no enterro, ela fora vista na cidade, chorando como uma criança, em uma antiga esquina, embaixo de um ipê rosa, que devido a estação, a muito já perdera a sua folhagem.
Narraram-me, posteriori, que foram a seu socorro, tentando afastá-la do pranto, tentaram descobrir qual o mal, acometera à tal beldade.
Ela não quis dizer, enxugou as lágrimas e nunca mais fora vista arrabalde.
Encontrei-a, cantando uma canção melancólica, em um velho teatro, anos mais tarde.
Perguntei-a: '- Não tentarás ser feliz novamente? Ele não iria querer assim, acabarás como ele, mergulhada nas amarguras, nas lembranças, nessa cacimba de insanidade.'.
Ela fitou-me, com aquele negror de olhos, mergulhados em lágrimas, que ela lutava para que nenhuma, se derramasse.
Era inenarrável, o belo e atemorizador rubor, em sua face.
Embalada em tristeza, ela me disse: '- Já fui feliz, hoje, minha felicidade, está enterrada naquele cemitério, com um véu de folhagens; fui feliz naquele casebre, naquela cidade.
- Não valorizei a minha felicidade, abandonei-a, das mulheres, fui a mais covarde.
- Então Deus a levara de mim. Céus! Que maldade!
-Restara-me, apenas, a viuvidade.
- Infelizmente, agora é tarde.'.
Ela saiu aos tropeços e esbarrões; não a segui, não existem palavras de conforto, para a alma presa à uma vã realidade.
Mas ela estava certa, para o desalento de todo aquele que ama, tudo o que dissera, era a verdade.
Hoje, rogo aos céus, para que Deus, dê à alma do velho, descanso e serenidade.
Prostro-me de joelhos, para que Cristo, daquela bela moça, tenha piedade.
E ao cair da noite, me indago sempre: Os amantes jazem nos cemitérios; e os amores, aonde jazem?- EDSON, Wikney - Memórias de Um Pescador, O Cemitério da Cidade
Para conhecer o verdadeiro valor da vida, há três lugares que você deve ir, ao hospital, cemitério e ao asilo para idosos.
Sempre votamos no futuro, desta vez votamos no passado, escolhemos nosso cemitério preferido como nação.
A irreversibilidade e inevitabilidade do envelhecimento estão sendo veladas na capela do cemitério de impossíveis.
Amor é um caso sério.
Amor é um caso sério, Não morre nunca!
Amor não está no cemitério, só se for um amor apodrecido.
Amor filial, amor fatal, amor maternal, amordida, amordaça...
Amor é amor, não tem classificação.
Amor é um sentimento eterno, fraterno, sem paixão...
É algo além da amizade...
É um dardo além da ilusão...
Transcende, ascende, não se vulgariza, é amor irmão!
Transmigra além dos portões da eternidade...
Amor é lealdade, cumplicidade, verdade, liberdade, claridade,
humildade, caridade e até saudade...
Amor, é caminho é luz é calma,é a salvação da alma...
É o código divino que deve nos reger!
☆Haredita Angel
"Eu não comemoro o Dia dos Finados indo ao cemitério, sem nada contra aqueles que o fazem. Porém, eu acredito na reencarnação, que nos aproxima e nos acalma. Como diz o ensinamento: "Nascer, viver, morrer, renascer ainda e progredir sempre, tal é a lei." Além disso, sou favorável à cremação, pois é mais higiênico e não deixa obrigações para os vivos.
Em pensamento, lembro dos falecidos queridos, revivendo os momentos que passamos juntos. Lembro-me do que meu pai costumava dizer sobre mim para minha mãe: "Oh, Joana, essa menina é doida! No sentido de que tudo que eu queria, conseguia."
E lembro da minha mãe, especialmente do seu último aniversário, que celebrei ao lado dos irmãos e outros parentes. Nesse dia, dei de presente um vestido vermelho. Ela me disse: "Minha filha, como eu fiquei linda com esse vestido!" Guardo carinhosamente cada momento vivido com eles."