Cemitério
Nosso coração também tem seu cemitério, nele estão sepultados os amigos que infelizmente não fazem mais parte da nossa vida, estando eles, vivos ou mortos!
CORPO OU CORRECTUDE?
O Corpo será lixo cuja lixeira é o cemitério, então, porquê dá-lo mais importância do que a correctude?!
Nada deve ser mais importante do que a correctude, pois, ela vai na Alma, enquanto, o Corpo vai na lixeira!
Tenho a impressão de que este prédio foi construído sobre um cemitério indígena, onde um pajé foi enterrado de bruços. A cada vez que um vento forte balança o prédio, a estaca da fundação cutuca o traseiro do pajé e uma desgraça recai sobre todos daqui.
Que Deus ilumine as pessoas muito ocupadas e sempre apressadas. Para que elas possam chegar a algum lugar sem escolhas: cemitério.
Beleza Mórbida
Tortura-me muito a vê a pútrida mente se acendendo cada vez mais, na podridão do âmago dos humanos, essa hereditária, sádica e nefasta que eu e você temos de deixar... Os frutos do amanhã.
Sou um louco? Talvez. Mas prefiro ser esse louco do quê mais um receptáculo abastado de ignorância e com um cérebro provido de uma visão anuviada; que só ver com os olhos. Prefiro vagar na treva e viver ao desalento com minha consciência conturbada.
Eu prefiro o mórbido farfalhar das folhas orvalhadas das árvores melancólicas que decoram o ermo e olvidado cemitério que visito... Nele, sinto-me menos atormentado... Seu silêncio me encanta, como uma melodia sonâmbula...
E às vezes, pareço ouvir o eco do sussurro feral da morte permeando aquele vale sepulcral coroado pela névoa lúgubre. Mas além desse estranho e soturno eu, que tanto resmunga, há uma amiga aprofundada na tristeza mais abissal.
Ela, sim, compreende-me, e mesmo possuindo uma beleza fantasmagórica e estando remota, ela me entende. Estou sempre de preto por luto a ela. Ela está lá, solitária, em meio ao negrito da rainha noite.
Pálida, taciturna, fria e quieta como uma lápide velha...
Sempre espreitando nas noites sombrias; imponente e inspiradora com sua beleza nua.
Como eu, nos ocultamos quando a noite moribunda dá seu último suspiro.
Sempre que a noite ressuscita, ela emana seu encanto opaco, e lá fica perscrutando o mundo impregnado de seres depravados...
Sua imagem pura e deprimente sempre vai me encantar... Porém, sinto que seu brilho nada mais é que lagrimas por testemunhar à horrenda raça humana espalhar sua insanidade. Ela está sempre lá em cima, vista por tudo e por todos sob ela...
Não usa traje, todavia parece está em volta de uma mortalha.
E talvez somente a pálida lua nas trevas da noite, saiba o destino que nos reserva.
Último segundo : - Morto gera emprego em funerárias, floriculturas, cemitérios e na produção deste documentário... estamos te aguardando para assistir ou participar ainda neste século!!!
O cheiro da morte
Em um desses dias de calor infernal
e sol rijo posto no meio do céu,
a morte nos abraça e não nos larga mais.
Rouba-nos o último sopro de vida restante em nossos pulmões
e deleita-se com esta nossa nova condição.
Tripudiando sobre nossos corpos mortos e frios
caídos em uma esquina qualquer da cidade,
em um canto imundo qualquer da periferia a morte sorri,
enquanto ajeita em uma das mãos um ramo de cravos e girassóis.
Quanta ironia!
O cheiro que a morte tem
é o mesmo cheiro que tem a vida.
Andando por um lugar, vi suntuosas construções, algumas recentes e outras castigadas pelo tempo. Mas muitas delas me fizeram refletir sobre uma coisa: nada levaremos desse mundo a não ser lembranças, boas ou ruins de acordo com as obras de cada um.
O lugar em questão era um cemitério e ali nem feio, pobre, rico ou pequeno escapará da sentença eterna, pois de que adianta tanta soberba se no fim de tudo irão para um buraco e apodrecerão?
olhei para meu pai enquanto caminhávamos por aquele lugar triste. Os gramados eram verdes em meio ao mundo de sonhos enterrados e amores perdidos.
Dia frio
Você só é forte e arrogante até ver
o buraco de terra vermelha aberto no chão
e as pás cheias de terra
ressoando no caixão sobre os seus.
Minutos que zombam de mim, minutos que me oxidam a fé, o tempo não é outra coisa além de um cemitério de histórias enterradas em valas que alguns chamam de memórias.
Quando perdemos alguém que amamos,o mundo desaba,o chão desaparece diante de nós.Ficamos tristes por não vermos mais aquela pessoa. Mas ficamos felizes em saber que vivemos momentos importantes,inesquecíveis. O que nos dá força para continuar adiante? A força do amor,da bondade,da caridade,do perdão e da esperança.
Desde a nascença à partida
viver é sempre um mistério
pois todos os rumos da vida
nos levem para o cemitério!
Corpo...
Mente...
Emoção...
Espírito...
Vida...
Viver...
Viver é o exercício máximo...
É carregar um cemitério na cabeça...
O maior problema das pessoas é que, elas somente se propõe a fazer TUDO diferente, quando nada mais pode ser feito. Não é à toa que cemitérios estão cheios de flores!