Cem Sonetos de Amor

Cerca de 621 frases e pensamentos: Cem Sonetos de Amor

⁠A VIDA ESCREVE

O fado meu contente, que a vida escreve
Vivendo de amor, um desejo tão ingente
Vive em uma poética, e tão eternamente
Canta cá no soneto, tão puro e tão leve

Se lá no assento do coração, tudo breve
Não tem aquele olhar e, se não consente
Sente não poetar o que não será ardente
Sim, desencontros, triste sina prescreve

E se vires que dele podes então merecer
Não verseje a coisa duma dor que ficou
Viva o momento, assim, verseje pra ser

Rogue ao fado, pela sede que acreditou
Traga pra ti a poesia no melhor querer
O amor, a sensação do que não acabou.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20 de agosto de 2021, Araguari, MG

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⁠SONETO DE APEGO

Esse amor que se lança, em melodia
lúdico aos meus braços, tão sedutor
me arrebata, e me acaricia e balbucia
sensações no desejo, agradável ardor

Esse amor, inteiriço, alma e poesia
que suspira paixão e põe a compor
emoção, única a que dei os, alegria
e mais e mais, então, mais eu daria

Esse amor que a predileção ganha
a grandeza de repartir a quem ama
e guarda aquele sentimento singelo

Esse amor é inocente. Tão donzelo
talvez, mas ao toque que se flama
é amor que se derrama, rijo e belo!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
22, agosto, 2021, 06’21’ - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠QUASE TUDO

Quase tudo de poético em mim foi poetado
Quase tudo sussurrado de amor foi escrito
No versejar, o rimar do viver se fez infinito
Na cadência de mil sensações foi musicado

Tão fadado de emoções me tornei enamorado
Tão cheio de romantismo fiz do amor bendito
Cada soneto que fiz de agrado veio num grito
Suspiros, sentidos, em um ritmo compassado

Tenho dado o meu sentir a quem dele merece
Se em prece, honra, num coração sem escudo
Eu sou só gratidão, neste doar-se em benesse

E se por tanto romancear fiz engano, contudo,
Eu nunca fui do amor tirano, ou o mal fizesse
Pra ter no fado, quase tudo, sem dano e rudo!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25, agosto, 2021, 09’58’ - Araguari, MG

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⁠SUSSURROS

Não há soneto que a poética visse
Que versasse como este que lemos
Um amor sentimental aqui teremos
Na prosa onde paixão certa fluísse

Olhe só! Cada verso em meiguices
Em sensações que o afeto teremos
Agrado que se faz em tais extremos
Adiante vai a poesia em fanfarrice

E, dando gestos de um amor profundo
Cantarola as trovas, suspira, bem isto
É o amor fluindo da alma bem fundo

Olhe com o olhar fecundo, bem visto
E, verás nas entrelinhas, num segundo
Sussurros, emoções, do amor, insisto!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
25, agosto, 2021, 15’27’ - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠GALANTEIO

Não te desejo senão porque te desejo
De querer-te tanto, que te quero tanto
Um amor que vela e, espera o ensejo
Te tem no coração num doce encanto

Cortejo-te apenas porque a ti eu cortejo
Em meus versos, pra ti, sem fim, canto
Na ajustada medida de amor eu pelejo
Para amar-te, ter-te, neste amor santo

Me arde num sentimento verdadeiro
De sensação, emoção, cúmulo inteiro
Roubando minha paixão num canto

E, portanto, assim, eu me vejo e sofro
E sofrendo de amor, vivo e desespero
Porque te quero, amor, tanto... tanto!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28, agosto, 2021, 11’08’ - Araguari, MG
*aniversario de Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠GRANDE AMOR

Não inquiete, minha paixão, da vida és
Um desejo forte em contundente porte
O bom agrado que em te revela, através
Da sensação, que brota felicidade e sorte

Aceite minha emoção, do coração convés
Daqueles beijos de sentimentos e aporte
Da jornada do afeto este necessário viés
Que se tem guia e o enamorado suporte

Não temas, soneto, da poética cantada
Que trova o amor com escrita dourada
Versando a felicidade ao nosso derredor

É vida, uma partilha, a adulação encantada
Que queima, satisfaz e da sede nossa aliada
Grande amor, imortal que a própria morte!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
07 de setembro de 2021 - Araguari, MG

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⁠SENSAÇÃO DE OIRO

Quando te vi, senti uma euforia
da alma, aos sussurros de amor
era em uma tarde do fim do dia
sedução, e querer dum amador

Rara intenção de fulgente primor
no peito alojado mais que alegria
em brocado rútilo, um esplendor
que suspiros, no olhar, se sentia

Um agrado divino, nobre, fogoso
de uma poética vinda do coração
dando sorrisos para ti, carinhoso

Quando te vi, amor, uma alumiada
sensação de oiro, cheia de emoção
fez-me lotar duma paixão amada!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
07/09/2021, 13”35” – Araguari, MG

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⁠AMANTES

Feliz a poética ficaria se a meu lado
Esse amor na poesia fosse o certeiro
Em cada verso ter-te comtemplado
Com sensação, em um amor inteiro

Feliz a prosa teria, ó amor, em te ter
No canto, no encanto, na rima estar
Viver, e, no entanto, sintonia conter
E, então, na inspiração te encontrar

Feliz, sim, seria, se não fosse a ilusão
Que tão desse amor não podemos ser
Em saber do fado com sua outra razão

Feliz, se tenta, um dia de cada vez, pois,
Depois a lembrança é dor que faz doer
Naquele poetar que evoca por nós dois!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08 de setembro, 2021 – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠VERBO POETA

Poeta, conjugação, expressão do amor
Das entranhas, frações de alma e grito
Escrito em sensações, o diverso infinito
Aflito, calmo, és da palavra manejador

Poetar, o poeta, frasear, variante flexão
Em cada canto, o teu canto é irrestrito
Largo, plural, tão singular, bela oração
O verbo poeta, muito além do espírito

Antes de modo, tempo, pessoa: a ação
Segue a ordem do coração, e profundo
O dialeto da emoção, da ilusão secreta

E, o que seria da poesia neste mundo?
De qual verbo seria o poeta a poetar...
Do amar, sonhar ou puramente poeta...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08 setembro/2021, 11’:10” – Araguari, MG

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⁠INCÓGNITA

Porque digo, amor, e ainda o sente
A solidão, afagos de fogo, afogueado
Teu toque, um toque simplesmente
Que corre o corpo, e delira o pecado

Porque se sente e a sensação é tanta
Se nem do olhar a recordação é perto
A prosa querer o prosar que encanta
Se nem a poética sabe o fascínio certo

Eu só sei que nada sei, tudo é contido
A alma no eu, o eu num amor perdido
Que poeta aos meus ouvidos, desejos!

E eu só quero ternura, mais que pouca
Na loucura dos lábios, sentir a tua boca
E que em dócil cortejo, ter-te em beijos...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 setembro, 2021, 16’16” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠REMISSÃO

Como rejeitar-te? se na minha poesia
Deixou a sensação, o vigor dum amor
Teu cheiro, a saudade, a alma luzidia
Em prosa e verso tão cheios de dispor

Como rejeitar-te? se és sobeja quantia
Onde o desejo implora por dar-te flor
Cada menção tua é uma atraente via
Vem recordar-me deste afeto sedutor

Rejeitar-te? impossível. Por ti eu peno
Meu coração versou e verseja história
Se é para suportar, tomo deste veneno

Eu não espero uma poesia transitória
No olhar, quero afago não um escudo
Hão da razão ter e o perdão de tudo!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2021, agosto, 01, 19’11” - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠GOSTAR…

É doar por gostar, desejar e querer
Receber por dar, por apenas amar
Para mais amor, amar, e assim, ter
E nesse saber, o crer para confiar

Ah! como é agrado, suspiros ao ar
Aquele doce olhar e o beijo suado
Nesse existir tão curto no caminhar
Então, gratidão e flor ao enamorado

E, ao coração, aquele enrabichado
Amor, afinal se é bom, é pra estar
Se caído, que seja então pro viver

Pois, como é querido estar ao lado
Do amor apaixonado a nos embalar
- E, afim amor de mim, pode haver...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
15 setembro, 2021, 15’07” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AMOR, PAIXÃO, SEDUÇÃO EM CORTEJO

Invadindo a vastidão do sentir profundo
Sulcando a sensação, incitando o desejo
O amor e a paixão, a sedução em cortejo
Velam o prazer, que surge num segundo

Na esteira sem fim duma severa espera
Ei-lo embalado na amplidão de um laço
Em ritmo lento ou acelerado compasso
Eclode e floresce a cada uma primavera

Andeja, e vai em busca de um infinito
Agrado, tal o romper dum díspar mito
Apurando a humano maneira de supor

E tão cheio de luz do fulgir dum astro
Brilha a alma, deixando poético rastro
Da trajetória augusta: quando é amor!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16 setembro, 2021, 09’42” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AMOROSO VIVER

Que eu cante bem, e tal modo o cante
Que o amor saiba o quanto é proveito
Na poética cheia de graça e abundante
De agrado, de desejo e o fiel respeito

Que satisfaça e não seja mero instante
E se, na aflição, então, que seja feito
O mais importante, e o mais confiante
Afinal, aquele amor, no peito, é eleito

Que o querer tenha não um qualquer
Sentimento, que seja a ventura nossa
Pro desejado sonhado amor que vier

Que, então, se transponha os embaraços
Que se tenha no fado o fado que possa
E amoroso viver, com beijos, e abraços...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 setembro, 2021, 07’33” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AMOR E VINHO

O amor é vinícola, é poesia
Degustação, prazer, carinho
E, não nos faz ficar sozinho
É buquê, o querer, harmonia

Embriaga de alegria, fantasia
Que transforma, um cantinho
Um eternamente enamorado
O sedutor cochichar baixinho...

Provar do amar e ser amado
Saboreando o vinho!
Como é bom o apaixonado! (Tim Tim)

Assim, branco, tinto, espumante
Total combinação, sentir alado
De ser poeticamente amante!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18/09/2021, 10’34” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AMOR DISTANTE

Na saudade, te cato nas noites morosas
Nas lembranças singulares de dias ledo
Manifestadas naquelas exclusivas rosas
Tão belas, eternizadas no nosso enredo

Tua ausência é pesar tirânico na poesia
Que trasborda e faz a inspiração suspirar
Não poder te abraçar, mais uma agonia
O preço de quem a te um dia pôde amar

Nestes versos em vão, dum amor distante
Que retalha a alma e na ilusão manifesta
Há sussurrar a todo o instante, lancinante

Sem existência a sensação vai se esvaindo
E nesta prosa somente estória, então, resta
Do amado amor que um dia nos foi lindo...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/09/2021, 11’58” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AMOR AMODAÇADO

Te amo! se disser que não, é uma inverdade
E cada estória um verso, várias as memórias
Poetadas, cantadas, e tão prosas da saudade
As levo na sensação, são doces dedicatórias

O meu amor por ti foi mais que apaixonado
Pairou no agrado, e me fez muito contente
E se em algum lugar ele foi desencontrado
Foi o acaso, do causar que baralhou a gente

Meu sentimento por ti, um sentido e emoção
A direção de um coração poético e amoroso
E já sem morada naquela enamorada paixão

Então, por te amar demais, demais querer-te
Esse amor amordaçado tornou-se silencioso
E, se no fado advir, talvez, o porvir concerte!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 setembro, 2021, 05’50” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ACHACADO DE AMOR

Quisera eu, possuir uma poesia com encanto
Pra carrear minha poética pra onde tu estejas
Adornado de carinho e de surpresas no canto
Só pra celebrar o quão o meu amor te desejas

É poética cheia de sentimento, sede de estar
Portanto saiba, que me tomou por completo
O coração. Eu só tenho vontade de te beijar
E na ternura, querer-te ao lado do meu afeto

Na prosa não mais sei ser um bardo sedutor
Pois, cada verso nos versos só quer lhe falar
Do que sente por não te ter ao lado no amor

Bem sabes, cada penitência, aflita remissão
O querer que brada, e sobrevive a te esperar
Tão achacado de amor, e de saudosa paixão...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28/09/2021, 15’53” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠AMOR HEREGE

Não tive a sorte de um amor parceiro
Me vi em um turbilhão de sensações
Minh’alma não pode tê-lo por inteiro
Amarguei-me entre ferozes decepções

E neste frenesi de emoções, a vontade
Daquele sentimento amigo e contente
Cheio de venturas e aprazível saudade
No olhar que faz juras do eternamente

Não tive. Sou recheado de recordação
E tristuras vazadas da poética a chorar
Numa prosa de fúria, dúvidas e paixão

Piedade, fadado amor herege... fenece
Na ilusão da satisfação que faz sonhar
E a suspirar o amor que não se esquece!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 setembro, 2021, 08’32” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠LUTO

Minha poesia fez-se pesar dum amor ido
Uma dor no sepulcro onde saudade sente
Lembrada, suspirada, sentimento sofrido
Evocado da recordação, mas tão presente

Oh, versar, porque és tu, tão imperador?
Minha prosa vive a sonhar nos desvarios
Dos beijos, dos carinhos do amado amor
Num desejo de inteirar os versos vazios

Estouvada poética, carente de venturas
Não vês que o meu estrago é tão duro
Rasga o coração, e farto de amarguras

Cá fico a olhar e imaginar um atributo
Para então versar a este amor tão puro
Mas, o verso se traja de nostálgico luto!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
30 setembro, 2021, 11’08” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol