Cem Sonetos de Amor de Pablo Neruda (trechos inesquecíveis do autor chileno)
Eu não preciso de oráculos, princípios, teses e conceitos para entender o que é o amor...
Eu simplesmente penso em ti!
Historicamente o gênero humano tem aceito viver sob agressões, discriminações, exclusões, escravidões e toda forma vil de violência...
A única coisa que o ser humano não aceita de maneira alguma é a verdade!
Não me perguntem nada sobre a morte. Estou tão energicamente envolvido com a vida e todas as coisas boas que ela me proporciona, que me recuso a dedicar algo dela para atentar ao seu antagonismo!
A flor não recusa o sol que lhe murcha as pétalas, porque sem ele não vive. Assim também, só os fracos não tiram proveito da crítica e das oposições.
Grande e louvável virtude é ser honesto com as palavras. Mas ela perde todo seu brilhantismo quando serve de artifício para as ofensas!
Só seremos capazes de experimentar a verdadeira liberdade
quando aprendermos a diferença entre viver e existir!
Não depende de mim o controle dos episódios de minha vida. Mas eu serei culpado pelo mal uso de suas lições!
É verdade que não mandamos no coração, mas também é verdade que adoramos culpá-lo por tudo aquilo que nosso covarde desejo não quer admitir!
Há quem veja na tristeza um combustível poético. Mas eu não vejo assim. Sou escravo da fascinação e minhas letras são o fruto perfeito de tudo que me encanta!
Quando os elogios não envaidecem e nem as críticas arruínam, o que sobra é o que Deus deseja que sejamos!
O ser humano sequer nota a existência daquilo que não gosta. Portanto, havendo crítica, há também invejosa e inconfessa admiração!
Eu poderia ter escrito dez vezes a mais do que tudo quanto produzi. Mas tenho vergonha e caráter suficientes para só falar do que pratico!