Cem Sonetos de Amor de Pablo Neruda (trechos inesquecíveis do autor chileno)
Agradeço com sincera humildade cada elogio, mas admito que nunca consinto abrir as portas de meu coração para sua entrada!
Não somos diminuídos pelo fracasso de nossas iniciativas, mas pela covardia de nossas cômodas omissões!
Quando decidires menosprezar os atos de terceiros, tenhas a convicção de que os teus são exemplares!
Nenhum amor é proibido. O universo foi feito por e para o amor. Porém, quase a totalidade da raça humana mal sabe o que ele seja, atribuindo-o às suas condenáveis ambições sentimentais!
O elogio que chega aos ouvidos é um buraco que agrega riscos ao caminho. Mas a vanglória que sai dos próprios lábios é um abismo maior que o universo!
Não se impressione quando o mundo inteiro estiver errado e apenas você tiver razão. Isso acontece todos os dias!
Lavar a honra é construir a própria felicidade nas múltiplas oportunidades dadas pela fé e que se desenham nos horizontes
de quem adota o bem como vingança!
Que me perdoem os cúmplices comedidos. Que não me julgue a lei da sensatez, mas o amor nada mais é senão um arrebatamento!
A consciência da tragédia vira gangorra dos ímpetos, quando o veneno da sensualidade adoça-nos a prudência!
