Cem Sonetos de Amor de Pablo Neruda (trechos inesquecíveis do autor chileno)

Sou marrenta, briguenta, do avesso, falo o que penso, mas pode ter certeza, nunca vai ouvir eu dizer eu te amo ou eu gosto de você se eu não sentir.
Eu descobri no decorrer da minha vida que é preciso ser louco para alcançar grandes objetivos.
Corajosa para enfrentar a vida e as vezes dizer a ela, nem vem, dane-se você, eu vou ser feliz.
E as vezes rebelde para defender meus princípios, minhas ideias, meu ponto de vista.
Para quem não me conhece...prazer Val

Não sei explicar o porque? Nem
Quando? E muito menos pra que? Só sei que você não pediu licença e sem
que eu esperasse você já havia conquistado um lugar que não estava disponível. Mas, que se tornou seu.

Foi rápido. O tempo de um abraço. Tudo bem, foi um abraço mais apertado, mais longo. Mas era pra ser apenas um abraço como tantos outros dados em tantas outras pessoas naquela noite.

Não sabia que o caminho de volta seria longo e nos perderíamos tentando achar a saída. Não sabia que um abraço, um simples abraço poderia me fazer perder o caminho.

Um abraço que acalmou, me fez encontrar abrigo, me fez reviver sentimentos que ha muito havia perdido. Sentimentos que não mais queria sentir. E senti. Dentro daquele abraço coube tanta coisa, encontrei tanta coisa que não sei nem onde guardar.

E como guardar? Onde guardar? Como esconder e esquecer o que despertou? Como me convencer que o melhor é renegar, que o certo é abrir mão, que a partir de hoje é errado?

Afinal, o que é errado? Despertar algo que não se pode viver? Ou viver algo que não poderia ter sido despertado? "A boca fala do que o coração ta cheio." "A gente só dá o que tem!" E o que eu faço com tudo isso que teremos que guardar, aonde eu não sei...só sei que bem longe dos olhos e do coração.

Faz assim. Volta no tempo, não me abraça, não beija meus olhos, que dai, talvez eu não me apaixone, talvez eu não te ame. Mesmo estando escrito e o encontro marcado. Tenta. Talvez eu não queira, eu não sinta. Tenta. Talvez a gente não se reconheça. Tenta. Porque eu já não consigo mais nada.

Quando eu estou com alguém (pode ser namoro ou apenas amizade) eu sou muito chato, sou grudento, passo horas conversando, puxando assunto e tentando fazer as pessoas que eu gosto bem. Por mais que eu esteja em cacos, tento fazer sair um sorriso pequeno ou afastar os problemas. Nem sempre consigo de imediato.
Mas sabe, eu jamais desisto.
Conheci uma menina, legal, sensível. Gostaria de a conhecer mais. Bom, podemos ser irmãos e ótimos amigos. A gente vai brigar, se estressar mas não se deixar. Não sei se ela sabe disso ou não. Mas a hora que ela precisar de mim. Eu só vou fazer uma pergunta : onde você está?
E irei ficar com ela. Seja em pensamento, mensagem, ou pessoalmente. Mas jamais vou abandonar ela. Por que soldados não fogem da guerra. - Ray.

Ponte

Há de existir uma ponte que me faz sair do mundo que vivo... Um mundo de solidão... Onde só há escuridão... Sombrio e tenebroso, esse lugar parece uma sepultura, onde me enterrei ainda viva.
Ali sepultei meus sonhos... Apaguei meus sorrisos... Matei meus desejos... Afoguei meus sentimentos... Perdi toda a esperança que um dia brilhou em mim... Desprezei meu próprio coração... Minha alma foi conjurada a viver num abismo sem fim... Sou refém de minha própria dor... Silenciei todas as minhas palavras... Calei meu grito... Roubaram minha alegria...E a luz de meus olhos se apagaram... Não existe luz que possa atravessar esse lugar tão escuro... Nem mesmo o sol brilha ali... Não sei a razão que estou aqui... Será culpa minha? Meus olhos não veem... Neblinas impedem que se veja uma saída...Mas em algum lugar há de existir essa ponte... Que me levará bem distante de tudo isso... Procuro em meio à escuridão... É preciso achar o caminho de casa... Não olharei para trás! Preciso sair! Aqui não vivo! Apenas sobrevivo!

Almas ligadas

"A razão por que a despedida nos dói tanto é que nossas almas em uma certa época se conheceram e por alguma razão que só o destino sabe estamos ligadas.
Acredito que talvez tenhamos vividos mil vidas antes desta e em cada vida que passamos aqui na terra nos encontramos novamente, mas por um motivo que desconheço nunca terminamos juntos.
Uma ironia do destino tão cruel, trama o nosso reencontro, mas não nos dá a graça de nos unirmos carnalmente.
Vivemos sempre um déjà vu, eternas lembranças que se repetem em tantas vidas, um ciclo maldito que parece nunca ter fim.
Buscando sempre por você, assim renasço a cada novo ciclo do destino, mas nunca consegui concretizar o final dessa história de amor impossível e irreal.
O meu grito de basta é ecoado pelo universo durante séculos, mas o destino insiste em repetir a história que não tem fim, se vangloria de minha tristeza e solidão, e isto me faz pensar quem será o autor deste destino, quem manipula os acontecimentos que ainda estão por vir.
Eu só quero por um minuto ser dona de meu destino, então o universo presenciará a união definitiva de nossas almas. O destino mudará a história e a nossa saga em buscar um pelo outro terminará."

E quando a gente parar,
pra conversar no futuro,
Talvez um pouco mais maduro,
Sem ter raiva e medo de tudo.
Talvez um pouco mais sensato,
Quem sabe, agindo como adultos.
Com menos conflito interno,
Mais certezas, e se o sentimento e mutuo.
Não sei seguir a logica,
Coloquei nosso sentimento a prova,
em meio essa situação caótica,
Sepultamos nosso amor.
Mas de um tempo pra cá o jogo virou,
Eu que antes era a caça,
De presa me tornei caçador.
Lindo começo, triste fim,
Não e que eu não penso em você,
Mas hoje eu gosto mais de mim.

Laços
"Ela não consegue que ele dê a ela o que deseja dele, ela acha por isso que ele é mesquinho.
Ela não consegue dar a ele o que dela ele deseja, ela acha por isso que ele é insaciável.
Ele não consegue que ela dê a ele o que deseja dela, ele acha por isso que ela é mesquinha.
E ele não consegue dar a ela o que dele ela deseja, ele acha por isso que ela é insaciável" .

Enxergo melhor na escuridão
Nas trevas da formosa afeição
Suor de vontade e descontrole
Sachê biológico, me poupe

Empático, renegado, relegado
Empréstimo pego com o diabo
Empírico, oneroso, mal-amado
Empanado, pelo sol injuriado
Em mim, há você, o pecado
Pecado desvairado, desatino guardado
Explosivo no órgão louvado

Dizem que o tempo ajuda. É mentira. Talvez mais mentira do que o teu "amo-te".
O tempo piora as coisas. A saudade aumenta e a dor acumula. A única diferença é que
aprendo a lidar com isso todos os dias. Parece que não andar bem é andar normal, não está certo. Por muito tempo que passe, sempre que ouvir o teu nome não vou ficar indiferente, afinal não sou como tu que consegue esquecer tudo sem remorsos.

Confissões de passageira

Cá estou, na janela do avião,
Admirando a luz energizante deste sol que nos ilumina,
Analisando os prós e os contras de manter-te em minha sina,
Comparando-te a esta imensa vastidão (de ambos, conheço tão pouco!)

Longe de ti, o mundo parece vago,
Vivemos um romance nunca escrito,
Mas, ah que autor maldito!
Mantém-te longe de tudo que trago.

Até meu cigarro tornou-se morno
Quero tua boca, o gosto do teu corpo,
Descobrir em ti caminhos, desses que conheço pouco.
Devolva-me o o prazer de uma vida sem você!

Como um sopro de epifania traduzo tuas línguas,
Minhas mãos leem-te como braile,
Te acariciam de um jeito que bem sabes,
Ainda que não digas.

Hora quero-te perto,
Noutra, mais ainda
É loucura que não se finda,
Muito fogo pra pouca palha,
Seja meu pecado incerto.

Difícil é saber o que queres,
Mais difícil saber como podes brincar com meu pensamento
Logo eu, tão frígida no assunto sentimento...
Já não sei mais a que santo rogo para atender minhas preces

Teu corpo atrai,
Tuas curvas enlouquecem,
Conheço-te por completo sem nunca ter-te tocado.
Trago-te comigo, em minha pele gravado.
Tuas palavras me aquecem
Meus lábios de ti não saem.

És minha contradição favorita,
Anseio-te de cabelos assanhados
Nossos corpos suados, colados,
És o paraíso que mais me excita

Quem tem sentimentos sabe que vive a perecer...
Sou louca por ti, mas imploro,
Me ame, me use, me tenha,
Só não faça-me enlouquecer!


Thaylla Ferreira Cavalcante (Sou nós)

Eu não entendo a distância
nem as dores que ela traz
não entendo o adeus
toda vez que parti
deixei um pedaço para quando voltar
e não aceitei a solidão
o vento alegra os pássaros
toda a natureza se faz feliz
o encanto está nos olhos de quem sabe ver
há um mistério na vida
nunca partirei, você sabe muito bem
como a noite espera pelo dia
esperarei, esperarei, pois sei que você virá.

Constelações

Não quero ser o sol
Pois de perto não podes me ver
Prefiro sempre estar distante
Do que poder prejudicar você
Pois sou uma estrela menor
Sim, eu sou uma estrela menor
Bem, bem longe do meu viver


Mas há um problema
Ainda te quero por perto
Por isso vivo um dilema
Talvez eu não esteja certo
Pois tua distância me algema
Sim, me algema
E me obriga a ficar coberto

Eu tenho essa mania, vício, de exagerar o simples e de simplificar o imensurável.
Brigo por bobagens e desconsidero as piores das ofensas.
Se for para traçar meus defeitos vou listar extensivamente adjetivos pouco utilizados de nosso rico e diversificado dicionário.
Em contrapartida, tecer auto elogios é complexo e, às vezes, impraticável.
Dedicamos mais tempo conhecendo os outros do que a nós mesmos.
Consideramos que relacionar-se bem é conhecer melhor e de fato é, porém, mais importante do que conhecer o outro é conhecer o eu.
Esse eu que se esconde entre os traumas e decepções, o eu que intrinsecamente amedronta nossa alma e nos castra os desejos e sonhos.
Antes de conhecermos o amor da nossa vida, o príncipe encantado, nós precisamos conhecer o vilão que habitá o reflexo que não enxergamos.
Foi olhando intimamente para a filosofia do "quem sou eu" que pude entender: apesar de meus defeitos, tenho o dom de não esquecer sentimentos.
E por mais que eu não demonstre, sou cheio deles.
Meu sentimento tem forma, cor, sabor.
Eu vivo tropeçando no meu ego orgulhoso, e peco pelo excesso de medo de amar.
Mas por ironia da vida,
quanto mais medo eu tenho
mais amor, em mim, transborda.

As coisas mais bonitas são as coisas misteriosas. Elas têm algo viciante, assim como todo o perigo que as cerca.
O mistério emana a capacidade de entendimento e de desentendimento de cada ser.
É uma linha tênue entre o plausível e o implausível.
Um misto de sensações que provoca até nos menos curiosos o grande desejo de descobrir o que existe além das fronteiras de nossa compreensão.
A beleza do misterioso é alucinante.
Pode ser obscura ou de natureza doce.
Apenas é o que é.
E não há um ser que não ame um bom mistério.

A vida é um jogo de pique esconde
Onde se corre atrás da felicidade
Felicidade que pode se encontrar em alguém
Alguém que encendia e faz chorar de tão feliz
Alguém que presenteia um coração de vidro

Vidro lindo e indestrutível, feito de puro sentimento.
Vidro que irradia fogo e paixão.
Vidro que guarda a felicidade.
Vidro que um dia cai.
Vidro que um dia quebra.

E toda felicidade foge apressada
Leva a magia e a paixão;
Carrega o fogo consigo
Ela se vai e leva tudo
Leva até mesmo o vidro.

Mas sempre há um pequeno caco
Que de tão pequeno, não pode ser varrido
E fica ali, paciente, como um explosivo ou uma semente.
Aguarda ser pisado, ser lembrado. E acontece
Então germina, cresce, se aquece, explode.

E trás de volta o fogo e a paixão
A felicidade volta pra ele, sem explicação
O molda de novo um coração
Ela vem da mesma forma que se foi
Sem nenhuma razão.

Razão maior pra ela não existe, ela precisa desse pote de vidro
Vidro, do qual ela resiste, mas não pode viver sem.
Esse vidro que faz esquecer da magoa e da dor
Que se quebra e se refaz quanto preciso for.
Esse vidro, que se chama amor.

Em nossa existência sempre buscaremos o crescimento pessoal, profissional e material.
Isso é normal.
O que não podemos é desistir de nossos objetivos ou desdenhar o que conquistamos até aqui.
Afinal, nossas maiores conquistas são as que obtivemos até agora.

Céu estrelado,
tu ao meu lado…
Um mate ajeitado,
dá pra sonhar um bocado.

Tomara!!!

Tomara que existam mesmo
as tais outras vidas,
vividas e pra viver.

Assim,
fica mais fácil imaginar te ter,
imaginar que já nos encaixamos em outro Lar.

Quem sabe até me conformar
por não ter você agora,
mas pensar que terei,
em outra Vida
em outra hora.

A compaixão tem poder. E o maior poder que ela tem é o de salvar vidas.


Autora: Aurilene Damaceno

TALVEZ

Talvez eu tenha que levar em consideração
Talvez tenha que entender essa vida
Talvez as dificuldades seja sofridas
E que eu posso repousar com lentidão.

Talvez eu pense em você, até mais do que eu quero
Talvez eu tenha que ir ao psicólogo falar de você
Talvez eu tenha que ficar na espera, do esperado
E que demore dias, mais que seja pra te ver.

Talvez o escuro seja ainda uma ilusão
Talvez meu medo seja de ser ainda um desesperado
Talvez eu perdoe, cai uma chuva de compaixão
E que você venha parar ao meu lado.

Talvez quisesse voltar no tempo
Talvez eu tenha ficado para o final
Talvez o bem perca para o mal
E que seu sorriso seja algo que me dê amor incondicional.

Talvez aquele velho poema ainda esteja lá
Talvez minha voz morreu, e eu tenho que enterra-la
Talvez eu diga o quanto é difícil e complicado
E que você não me diga que foi tudo planejado

Talvez seja hora de parar, talvez esteja escuro
Talvez eu possa pensar, no nossos traços
Talvez eu tenha que analisar, o tamanho do muro
E que na hora de eu pular, quero que me dê o último abraço.