Cem Sonetos de Amor de Pablo Neruda (trechos inesquecíveis do autor chileno)
O amor vai permanecer, mesmo que as palavras sejam esquecidas, que a presença não seja constante e que os caminhos sejam diferentes.
Que imensa miséria o grande amor - depois do não, depois do fim - reduzir-se a duas ou três frases frias ou sarcásticas. Num bar qualquer, numa esquina da vida.
E, se atravessara o amor e o seu inferno, penteava-se agora diante do espelho, por um instante sem nenhum mundo no coração.
O amor romântico é como um traje, que, como não é eterno, dura tanto quanto dura; e, em breve, sob a veste do ideal que formámos, que se esfacela, surge o corpo real da pessoa humana, em que o vestimos. O amor romântico, portanto, é um caminho de desilusão.
Nota: Trecho adaptado de poema do "Livro do Desassossego", de Bernardo Soares (heterônimo de Fernando Pessoa).
...MaisEles não tinham nada incomum, exceto os dois olhos, o nariz, a boca e o amor que sentiam um pelo outro.
Inclusive mais amor inclui uma alerteza maior para achar bonito o que nem mesmo bonito é.
Feche os olhos. Respire fundo. Imagine o que você quer, que vá além do seu amor idealizado. E agora faça um desejo.
Quem ama não esquece quem ama, o amor é assim
Eu tenho esquecido de mim, mas dela eu nunca me esqueço...
Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!
O amor chega em uma hora e eu ainda não consegui comer, escolher a roupa, arrumar minha franja, decidir se já posso amar. O amor chega em uma hora e vai quebrar meu gesso mas eu não decidi se os ossos já estão bons o suficiente. Mas ele vai chegar com trinta martelos e eu vou estar esperando, forte e decidida, pra receber a porrada. E o ar que vai entrar. E mais dor. E o ar que vai entrar. E quem sabe então alguma felicidade, já que fui corajosa. Quem sabe a felicidade seja a harmonia entre a dor e o ar que entram pelos poros que temos coragem de abrir? E quem sabe só o amor seja o martelo possível?Escrevo isso e choro. Porque quero tanto e não quero tanto. Porque se acabar morro. Porque se não acabar morro.
Não consigo aceitar nenhum tipo de amor porque nenhum tipo de amor me parece do tamanho do buraco que eu me tornei.
Se alguém me abraçar ou me der as mãos, vai cair solitário do outro lado de mim.
O jeito é direcionar o radar para norte, sul, leste e oeste. Seu amor pode estar no corredor de um supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole. O amor está em todos os lugares, você que não procura direito.
"Você está só. Viveu um grande amor, que durou alguns meses ou vários anos, não importa, e agora está naquele período conhecido como entressafra: nada nesta mão, nada na outra."
Como chegar para alguém e dizer de repente eu te amo para depois explicar que esse amor independia de qualquer solicitação (...)?
Porque amor é justamente isso, é ficar inseguro, é ter aquele medo de perder a pessoa todo dia, é ter medo de se perder todo dia. É você se ver mergulhado, enredado, em algo que você não tem mais controle.