Cem Sonetos de Amor de Pablo Neruda (trechos inesquecíveis do autor chileno)
Oceano
Conversávamos sobre seus poemas e poesias, segurando suas mãos, agradeci, herdei o dom de irradiar emoções com palavras.
Somos silenciosos, mas com papéis e canetas escrevemos oceanos de sentimentos, e aqui, pensando em como você me suplicou para ser feliz, eu alago o nosso oceano com lágrimas, inundando o papel.
Não sei se serei plenamente feliz como você espera, pai, mas ao seu lado, sempre estive e serei.
Eu quero te amar sem medida.
Escrever os mais belos poemas, por você.
Te ouvir falando sobre os assuntos mais aleatórios.
Desejo ser aquele com quem se sinta segura para ser quem realmente é.
E mesmo quando tudo estiver caótico, quero ser seu porto seguro, para onde sempre pode voltar.
Porque te amar é uma escolha que faço todos os dias.
Escrevendo poemas,
Morrendo dia após dia
Minha vida é uma peça de teatro
Onde eu sou o protagonista
Não se assuste com o vulgo
O Fuzzil aqui não mata
Quero paz, quero sossego
Mil poemas para a amada.
Definitivamente
Eu não escrevo poemas,
Descrevo a morte.
Meus versos são lâminas afiadas
Cortam segredos,
Sangram verdades,
Ferem vaidades,
Sem ter a pretensão de curar.
A moça dos girassóis
dos doces poemas
do espírito de flor.
Gira, gira, gira...
Em noites pequenas
busca em vão
seu príncipe poeta,
levado pelo vento
num cavalo alado.
Gira, gira, gira...
A moça e sua sina,
nos girassóis
encontra abrigo,
acariciada pelo vento,
sussurrando-lhe segredos.
Gira, gira, gira...
Ali descansa e arquiteta
um novo poema
em tributo ao seu poeta.
Gira, gira, gira...
A moça dos girassóis
dos doces poemas
do espírito de flor...
Gira, gira, gira-só.
POEMAS EM HOMENAGEM A VLADIMIR CARVALHO
Vladimir Carvalho: Voz dos Candangos
Vladimir Carvalho, de fita e sena,
No cinema nacional, faz-se presente,
“O País de São Saruê”, um poema,
Mostra a história do Brasil latente.
“Conterrâneos Velhos de Guerra”, retrato
Dos operários erguendo Brasília,
Morrendo na lida, sem aparato,
Imagens que revelam a dor, sem trilha.
Deu voz aos candangos, aos excluídos,
Revelou as contradições do Estado,
Desigualdades de um povo sofrido.
Na censura, sua arte foi cravada,
Formou cineastas com seu legado,
Sua marca na cultura é eternizada.
- Antonio Costta
24/10/2024
Guardião da Memória do Cinema Nacional
Vladimir Carvalho, guardião da história,
No cinema brasileiro, eternizou,
A memória do país que registrou,
Imprimindo na tela, de forma notória.
Desde jovem, na Paraíba iniciou,
Consagrando documentarista, com paixão,
Filmou injustiças, a censura, a opressão,
Na ditadura a verdade revelou.
Parte do Cinema Novo, movimento vital,
Captou lavradores, violeiros, ceramistas,
E os candangos, na capital federal.
Eternizou o Nordeste, suas conquistas,
Vladimir Carvalho, com seu olhar social,
Fez do cinema, voz dos injustiçados e artistas.
- Antonio Costta
24/10/2024
Nem todos os versos são poemas
Nem todas as regras
Fazem parte do sistema
Fico no escuro pensando
Ande um pouco, corra um pouco
De vez em quando não corra perigo...
Tenho tanto medo de ter medo
E o medo é um bom conselheiro
Tenho tanto medo de não ter a solidão
De não ter o teu olhar no vazio
A olhar o frio atrás da vidraça...
O mundo é uma ameaça
Viver é um perigo
E amar... o que é amar?
Os beija-flores têm caso com as rosas.
As borboletas enfeitam o jardim
Mas as primaveras se acabam no sol do verão
Orar um Adixá,
tocar estrelas,
ouvir as lendas,
ler os poemas
da noite profunda
e a acalantar a liberdade
que pede continuidade.
Troca de olhares são poemas calados.
Mas já foram tantos.
Que me perdi em meio as contas.
Então me diga o por que.
De ter sido ela e não eu?
Não fui o suficiente garoto?
Ou vc simplesmente preferiu ela?
Me diga por favor.
Pois assim talvez poderei seguir em frente em paz.
Que a terra da criatividade
Invada os corações cansados
Pra escrever poemas futuros
Até com os erros do passado
Escritora da janela
Da minha janela,
o que eu vejo?
Outras janelas ...
Poemas, ruas e vilarejos.
Viajo a olhar na direção das colinas.
Enxergo trens, flores, cores e ruínas.
Pássaros voando em bando e,
no céu a beleza da lua.
Vejo crianças cantando,
numa ciranda no meio da rua.
O tempo que passa, apressado,
no tic tac das horas,
um verso no papel, rabiscado.
O que vês,
escritora da janela?
Indaga-se, Francine, curiosa.
Vejo o que ninguém vê ...
Subjetivamente, misteriosa.
Lise Oliveira
Sempre fiz poemas pra ti
Mas nunca mostrei nenhum...
A saudade bate na porta algumas vezes
Ontem ate tomei café com ela...
Ela me disse que também se dói em vir
Mas não tem escolha, se apaixonou por mim
Acredita ela, gamada assim?!!
É bom, companhia né... mas enfim!
Seu lugarzinho ainda esta aqui
Quer seu arroz branquinho?
Lembro de você dizer assim
"tem que cuidar de mim"
E eu cuidei como nunca
Cuidaria de novo...
O que não daria para ouvir seus gritos...
Suas propostas para comer pizza na sexta
E se um dia eu falhar?
Nunca acreditei que era possível...
Eiii saudade? Decidi terminar !
Podemos nos ver só daqui dois anos ?
Obrigada e até já já!
Somos poemas
poesias e pensamentos
Somos músicas, retratos
o filme de uma vez
Somos a história
do artistaque faz sua arte
Somos inspiração
Eu não leio poemas
Não vejo belezas nas flores
Não entendo trocadilhos
Nem troco os móveis de lugar
Não pinto aquarelas
Não entendo de pianos
Não bebo vinhos
Não movo montanhas
Não queria viver em sociedade
Não defino limites
Não amo demais
Tão quanto de menos, talvez
Não vejo pores do sol
Nem naceres de lua
Vivo sem bateria no celular
Tenho medo de antenas
Não dirijo carros dos outros
Não empresto meus poemas não lidos
Nem minha visão de mundo
Não alugo minha alma
Não me encanto por valores
Não queria gostar de café
Não queria ser criativo pra poemas sem sentido
Queria saber tocar contra baixo
Sempre quis ver o mundo do alto
Aprender a voar
Esquecer o gosto de remédios ruins
E voltar a sentir o mesmo gosto que senti quando te provei a primeira vez
Queremos muita coisa
Inventamos desejos novos como máquinas de escrita de jornais antigos
Desenvolvemos negações sobre momentos que não há de ser preciso
Amamos e odiamos o que compõe o mundo a nossa volta na mesma intensidade
quero escrever poemas formidáveis
igual o poeta que não sou.
um verso marcante
que faça alguém sorrir
e venha nutrir paz dentro de si.
uma inspiração!
queria que minha poesia
se tornasse um abraço
para as almas tristes.
O Infinito Chamado Saudade
Te escrevi vários poemas que talvez nunca lerá.
Ou quem sabe um dia, quando o tempo fizer sentido pra nós.
Fico pensando o que você está fazendo agora,
se o vento que sinto aqui também passa por você.
Será que, em algum momento, você também pensou em mim?
Enquanto eu crio versos, tentando te alcançar com palavras,
será que aí, do outro lado, há um silêncio que me busca?
O mundo é tão grande, mas meu pensamento insiste em te encontrar.
Será que você sente isso também?
Ou sou só eu, perdida nesse infinito chamado saudade?
Chimarrão ou Tereré
tradicionais sempre
e sem misturas extras,
Ambos são poemas
postos nas cuias onde
quer que se encontrem
na nossa Pátria Brasileira,
nas nossas fronteiras
e nas Pátrias irmãs
que compartilhamos
das mesmas riquezas
da América do Sul cheia de belezas.
Anos e anos indo e vindo.. entre poemas, escritos e encenações artísticas.. as vezes aceitas, as vezes recusadas por falta de tempo..
Entreguei-me a arte, como um pacto.
Hoje sou da arte, e sinto pertencer à ela.
E a cada vez que me sinto perdida, me encontro (e reencontro) também dentro dela..