Cem Sonetos de Amor de Pablo Neruda (trechos inesquecíveis do autor chileno)
Há poemas que habitam
o olhar das pessoas...
Exorbitam o silêncio das noites
e perduram, no rimar dos dias...
.
Verso triste
Hoje eu resolvi ler
Todos os poemas que um dia eu fiz para você
Uma forma
Ainda que em lágrimas
Num último desejo
Tudo rever
A minha inspiração se perdeu num sonho lindo que um dia sonhei
As letras sumiram
As rimas também
Só ficaram lágrimas
E a saudade de você
Já não consigo mais juntar palavras para poemas fazer
So me restaram as tardes pálidas
Sem versos
Sem rimas
Sem você.
INDAGAÇÃO
Pus-me a recordar os amores venturosos
Que eu, poeta, em alguns poemas cantava
E em cada trova, à poética, acrescentava
O nome, a emoção, os agrados generosos
E no fado aqueles momentos portentosos
Anos de minha vida, assim, os comparava
Com doce sabor, a cortesia, que lembrava
Dando aquele amargor de dias saudosos
Sorrindo, eu percebi que o versar sentia
A mesma sensação do coração, a alegria
E, a poesia em tons de espanto e clamor
questionava: então adivinha quem sou?
Uma paixão, argumentei. E a voz tornou
numa prosa clara: Paixão, não. O Amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Maio, 11, 2021, 18’43” – Araguari, MG
Todo poema carrega um sentimento
Seja ele qual for, bom ou ruim
Há poemas com sentimentos intensos
Principalmente os que falam de amor e paixão
Em um pode estar tão carregado de amor
Mas em outro pode não ter tanto amor quanto tem tamanha dor
Revolução
Ora ora ora, se não é aquela
Com a mais formosa beleza
No existir de poemas não lidos
Versos inacabados
Sentimentos encarcerados
Reprimidos?
Eu não sei
Das confusões e perdições
Dores, intermitentes
Feitas de chuvas e tempestades
Sem fim
Aquela, em que se espera o toque mais dócil, gentil e complicado?
Nunca se sabe, o que vem dela
Mas de uma coisa sei, é a flor
Que surge em dias nublados e renasce
Como quem não quer nada, apenas
Um aconchego, em seu coração
Mal resolvido e destruído
Dores, intermitentes.
Ora ora ora, lá vem ela
Com sua revolução, em mãos
De amores indefinidos e autodestrutivos
Que faz perder o chão e a cabeça
Até não restar, mais nada de si.
Quando você ver um papel
lembre-se de mim
pois sempre vou escrever os mais belos e simples poemas para você
e quando os papeis acabarem...
Não se preocupe!
pois escrevi em meu coração o seu nome
e ele bate no compasso de uma lápis a deslizar pelo papel assim como nas veias do meu corpo
22/01/2019
Como ela é linda;
Como ela é linda;
Meu deus;
Estou me perdendo na sua beleza;
Meus poemas não bastam;
Minhas ideias não são capazes;
De saciar meu desejo;
Meu desejo de amar;
Viver com ela;
Meu amor é intenso;
Mais forte que qualquer coisa;
Mais forte que a própria razão;
Por isso meu sentimento tomou conta;
Minha razão não é utilizada;
Meu coração agora decide por tudo;
Eu quero que esse segundo de felicidade;
Não acabe nunca;
Meu deus, que lindo é o amor.
Dá para perceber nos poemas que eu gosto dela,
Mas independentemente do que acontecer no dia dos namorados, quero que contes a toda a gente e que digas que a nossa história foi aquela,
Agora que penso, ela é mesmo bela,
Agora que penso, só quero estar com ela,
Mas à última da hora, a minha vontade isso cancela,
Esta é a realidade e eu vivo nela!
Porque é que a minha vida à dela tem de ser paralela,
Se me dói é porque ela
não me dá trela
Se me está a doer muito, é porque não estou a pensar o suficiente nela,
O meu corpo é dispensável à vida, mas para viver não dispenso a ela!
Eu estive assim porque perdi uma pessoa que acho que ainda amo,
E por isso o título de demônio eu reclamo
SOMBRAS
Guardo poemas soturnos e cinzentos
Numa inspiração desbotada, sem luz
Suspiro no verso sentido, que traduz
A minha poética, cheia de tormentos
Tem tons, inquietos, ais e lamentos
Nos sussurros, a poesia me conduz
Choro e apertos numa pesada cruz
Poetizando estes árduos momentos
E cada sentimento, então, aí figura
Sofrência, enchendo de desventura
A prosa que só queria, apenas amar
E triste, poeto e sinto, sofro e enleio
Vejo tudo feio, tenho o coração cheio
E, a noite sombria, a passar devagar.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13 abril, 2024, 19’32” – Araguari, MG
A depressão o consome, mas a poesia o salva,
Em cada verso, ele encontra a calma.
Seus poemas são um reflexo de sua alma ferida,
Uma mistura de amor, tristeza e vida.
Jogue-me á noite, dê-me ao dia.
Faça dos meus poemas realidade, dê-me ao menos essa amargura.
Deixe-me ficar mais um pouco, se feche mais tarde.
Ofereça-me sua despedida, dê-me motivos para chorar.
O motivo? Quero me sentir vivo novamente.
Prometi não amar porque dói, mas não amar me faz não sentir dor e não sentir dor me faz parecer estar morto, é isso que eu não quero. Fazer do meu peito cemitério. Um zumbi.
~Poemas autoritários~
*escrever é um passatempo*
ESSE É MEU ÚLTIMO POEMA SOBRE VOCÊ
esse é meu último poema sobre você,
acho que eu deveria te esquecer.
juro que tentei,
logo eu que tentei tanto,
que acabei me machucando.
eu só estava procurando,
ou melhor me enganando,
porque estava tentando achar em você alguém que você não era.
você nunca foi a pessoa errada no momento certo.
Você era a pessoa certa, mas não para mim.
acho que por isso acabou assim…
esses dias me perguntaram
“ O que é se apaixonar para você? “
eu certamente não soube o que responder,
mas quando tocaram no assunto do que é o amor,
eu só lembrava de você.
acho que depois finalmente
aprendi a viver,
viver sem você.
estar contigo foi um sentimento maravilhoso,
mas precisei fazer muito esforço,
você indo, foi um alívio,
foi um prazer te conhecer,
mas não era pra ser…
todos os dias eu pensei
e uma mensagem quase mandei,
mas percebi que se tivesse mandado,
seria muito inusitado,
a saudade bateria no meu peito
e teria que arrumar um jeito
de explicar pra ela que não é recíproco,
seria um equívoco.
eu não sei mais o que te falar,
é que as coisas pareciam rasas demais,
logo eu que gosto de me aprofundar,
meu primeiro amor foi o oceano,
mas me afoguei,
pois fundo demais mergulhei,
e ele era raso,
com você eu esqueci desse aprendizado.
~ biazottix
QUERO ALINHARVAR-TE
Quero rasgar os poemas
Costurar as poesias
Despir os versos
Remendar os sonetos
Unir as sílabas
Alinhavar os duetos
Descoser os pontos
Juntar os nossos olhares
Cerzir os teus desejos
Bordar as tuas carícias
Alinhar os teus beijos
Encostar a minha boca à tua
Cosendo o meu corpo ao teu.
No breu da noite, lembranças de um dia;
Versos, canções, todos os poemas sobre uma escrivaninha;
Cada inspiração, letra, palavra, frase e linha;
Era nos pensamentos e lembranças sobre a doce melodia da menina;
Que ao meu coração mudo e surdo, de certo modo, pela primeira e última vez ouvia.
Quando eu estiver com muita saudade de você
Vou ler todos os meus poemas
Porque eu sei que você está em cada verso que eu escrevo
Não sei escrever poemas.
Traduzir em versos simples.
Um grito que não se escutou.
Uma lágrima que não correu.
Enfim, a dor que apenas sente.
Aquele que de fato viveu.
A madrugada uiva vãs noites,
e as ruas vazias discursam encrespações,
ao longe já se ver os poemas de dois corações,
e o seu dilema que me atira açoites.
Há outros beijos e outros nortes
que na noite turva se cultua
o adeus de minhas mãos nuas
e o alvitre impecável de nossos corpos.
E no infinito já se ver
outros caminhos sem você
um prazer que aos poucos se desfaz,
Meu amor, adeus, pra nunca mais...
" Naquela manhã, acordei azul
como o céu que soberano recitava poemas
meu rosto resplandecia, rejuvenescido e forte
era a oportunidade se abrindo
minha alma alegre, só quis (quer) viver...
" Rabisque o coração
insinue poemas
recite orgasmos
que de tantos acasos
verdades sejam
assim e sempre
na ausência, saudade
na presença, volúpia
você!
um ser tão especial
que moda alguma conseguirá imitar
nem anjo, ou demônio
apenas presença
e a poesia,
que tal
tatuada em nós...