Cem Sonetos de Amor de Pablo Neruda (trechos inesquecíveis do autor chileno)

⁠Invisual

Sem movimento na praça.
Cem pessoas em falta.
Sem lua.
Cem ruas, cada uma um mistério, Ceasa, cê acha? Se acha então me fala.

Não vejo, não ouço, não sinto, minto! Sinto muito, muito é o silêncio devastador.
Bancos vazios, almas sentadas, sem cara, cem caras? Observo e me desligo.

Inserida por alissonkrieger

⁠"Cem anos se passaram e a luta do Vasco, o verdadeiro clube do povo continua. O problema não é a desinformação, mas o interior de alguns seres humanos ".

Anderson Silva

Inserida por AndersonSilva777

⁠Celebração

Cem anos passados,
anos sofridos, rostos suados,
mãos calejadas, olhos pesados,
rugas profundas, caminhos trilhados.

Há marcas da fé do povo do vilarejo:
em rústica e modesta arquitetura,
os novos habitantes louvam a Deus,
rezam o terço na pequena capela.

Inserida por suzanadamiani

É mais fácil uma mentira chegar aos ouvidos de cem pessoas
Do que uma verdade chegar em dez.
Aqueles que espalharam a mentira, conquistaram a fama...
E aqueles que espalharam a verdade, conquistaram o vazio....

Inserida por Lindembergj

⁠Dez quilos de algodão, cem grama de ouro

Enquanto dez quilos de algodão custa menos de duzentos, cem grama de ouro custa trinta mil.

Na vida, algumas pessoas possuem muito, que não lhes representa nada, outros têm bem pouco, que para eles valem muitíssimo.

Contrapondo o paralelo de abundância escassez, a diferença é a vida que se leva

Existem muitos ricos que são mendigos emocionais e precisam de muito para sentir tão pouco, ao passo que algumas pessoas bem humildes vivem enorme alegria, com quase nada.

Não é o excesso de pessoas ao seu redor, nem o extrato da sua conta bancária.

Quando damos valor às pequenas coisas, temos na vida uma melhor jornada.

Nunca despreze os pequenos começos, nem os gestos que parecem comum, muito que desprezamos , para outros é fonte de desejo.

Nunca espere ser tratado como alguém com rei na Barriga, e em vez de selecionar amigos que você possa contar com eles, se alegre se de alguma forma você pode ser útil.

Inserida por JuniorOliveiraRJ

⁠Fomos de zero a cem com a tecnologia inserida nas rotinas,tanto pessoais quanto profissionais,no lazer e relacionamentos.
O virtual,contraditoriamente, nos afastou.
Como faca de dois gumes,seguimos usufruindo dos benefícios e malefícios dessa máquina de entretenimento e facilidades.
Um dia alguém sonhou com tudo isso,e o que veio depois ,fez acontecer.
A muitas máscaras,lágrimas,dores escondidas por detrás do virtual,mas nós só queremos a parte em que aceleramos as rotinas trabalhistas,onde a imagem pode ser alterada(pra melhor),onde nem tudo o que se prega,é de fato o que se pratica,onde o bem e o mau andam juntos.
Sinto que alguém nos observa,como n'um reality show e indaga a si mesmo: "Bando de ventríloquos,como não notam,tamanha manipulação?!"

Inserida por AleFenix

⁠✍
Mil poetas cordelistas
Analisei muito bem,
Ao excluir os piores
Restaram apenas cem,
Por fim, ao que me parece
Nem a metade merece
Esse apelido que têm.

Inserida por pedro_monteiro_2

⁠Ah, clube de regatas Vasco da Gama!!
Que em pouco mais de cem anos de história conquistou quatro brasileiros, uma libertadores e uma Mercosul colocando o clube entre os gigantes do Brasil e da América.

Ah, Vasco da Gama que lutou tanto até chegar no auge com títulos em campo e conquistas sociais tão importantes fora dele para em menos de doze anos amargar seu quarto rebaixamento.

Ah, Vasco da Gama, cujo o hino diz: "sua imensa torcida é bem feliz", feliz há anos atrás sim, porém hoje anda mais cabisbaixa, humilhada, desnorteada e até muito sem esperança de um futuro melhor.

Ah, clube de regatas Vasco da Gama que luta contra tudo e contra todos terá mais uma vez que tirar forças, principalmente de sua amada e fantástica torcida que há dois anos fez um feito extraordinário tornando-se o clube com mais sócios torcedores do mundo mostrando a sua força.

Ah, Vasco essa sua torcida já demostrou que estará sempre ao seu lado seja em tempo bom ou ruim amando, incondicionalmente. Como em uma canção entoada de sua torcida: "e quem me conhece me pergunta por que te segui, eu levo a cruz de malta (mátea), no meu peito desde que eu nasci."

Ah, grandioso Vasco essa temporada pode parecer melancólica e tristonha, mas sua torcida mesmo de longe das arquibancadas jogará mais do que nunca com o time mostrando o quão grande é, dando a volta por cima para a reestruturação do clube, e jamais deixando o navio naufragará.

Inserida por felipe_brendo

⁠AS CEM CADEIRAS

Á mesa do bar que é sábado
Cem cadeiras dispostas ocupam o vazio salão
E uma só sendo usada
Sou eu que bebo sozinho
Mais uma cerveja sem álcool
Que triste sina essa minha
Boémio de noite, perdido no dia
E hoje o que só me restou
São cem cadeiras dispostas em todo o salão
Inertes guardando fantasmas
Lá fora o sol brilha
Cá dentro o negro atordoa
Noventa e nove me olham
E uma só ocupada


Rodrigo Gael - Portugal
Arq. Biblioteca Nacional de Lisboa

Inserida por RodrigoGael

DE CORPO E ALMA
letra: Marilda dos Santos

Noite de lua
Noite sozinha
Nas paredes do meu quarto
Fico a imaginar:
Sei que estás longe
Que em breve vais voltar
De corpo e alma pra me amar

De amores intrigantes
De passados distantes
Vênus e Marte sempre serão grandes amantes

Não me condene
Pelo meu mundo sem ação
O que importa
Se estou presa a este mundo?
Se é nesse mundo
Que eu sei te amar loucamente!

Quando te critico
Por fazer o que vem na cabeça
Não é por mau
E sim um modo de te proteger
E também medo de te perder

(28 Dez 1993)
Marilda dos Santos

VAGANTE

Renato Nova

Me sinto vagando sem rumo
Olhos ausentes não vêem o caminho
Sigo perdido sem destino
Não encontro meu horizonte

Sem abrigo nesta tempestade
O frio da noite no coração
Andando às cegas sem direção
Na garganta um grito sufocante

Não há estrelas no céu
Em tudo ao redor reina o vazio
Neste caminho soturno e sombrio
Sua imagem cada vez mais distante.

Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

– 30 de junho de 2006 -
Renato Nova

PÓS-ATO

Qual a conseqüência do beijo?
Algo imensurável,
Plausível,
Desejável?

Toque de dois sentimentos,
Sutil,
Entrelaçado,
Que se algemam em paixão
mutua,
Constante,
irreparável.

Singultos ritmados,
Arrepios frementes.
Afagos,
Desabafos.

Nada disso,
Apenas bocas entorpecidas
Num cândido frenesi...

JRicardo de Matos Pereira

LUZ DO SOL
(Eduardo Pinter)

Você quer que eu entenda

Mas você não me entende

Quer que eu sorria mais

E não me faz sorrir

Quer que eu suba

Mas não me faz crescer

Finge que sente

Mas não me faz sentir

Você me escuta

Mas não quer me ouvir

Você fala quando me quer calar

Você olha enquanto eu tento ver

Você sorri quando me ver chorar?

E os campos inundam o que é florir

E as correntes caladas irão gritar

E os vagos sonhos terão um fim

E a luz do sol irá escurecer

19 Jan 2013

Eduardo Pinter

(Rê) Sentir

Versificar...
Verborizar...
Simplificar...
Regozijar...
Viver!!!
Tantos outros verbos que se sonorizam/poetizam e rimam com o verbo amar.
Por isso digo:
Versificando,
Te conduzo a essência de meu sentimento;
Verborizando,
Te envolvo nas palavras de meu desejo;.
Simplificando,
Resumo meus sonhos quando estou em teus braços,
Lábios e seios;
Regozijando,
ratifico a comoção de tê-la ao meu lado, e, ao
viver...
Apenas sorvo da essência da vida estampada em teu olhar e teu belo sorriso...

José Ricardo de Matos Pereira - Terça . 07.05.2013 as 01:41 hs.

Obs.: A minha inspiração maior: Rê.

JRicardo de Matos Pereira

NAS MANHÃS DAS TARDES NOTURNAS
de: Eduardo Pinter

Este silêncio que devora todas as manhãs

Parecem gritos ecoando por todos os cantos

Este sentimento vazio que algo está faltando

Parece agonizar sempre quando acordo

E todas as manhãs... parecem todas iguais

Depois do meio dia, sonolência bate, preciso descansar

O corpo parece que já sabe, a tarde é longa, é preciso se preparar

Entre o perdão e o pecado existe um intervalo de consciência

O sangue das mãos é um ato de pura sobrevivência

E todas as tardes... parecem todas iguais

E a noite chega e parece que não sou o mesmo

As promessas das manhãs não tem mais sentido

Não tenho mais tempo p'ra ter pena de mim mesmo

Estou pronto p'ra lutar, pronto pro sacrifício

E todas as noites... são todas iguais

21 maio 2013
Eduardo Pinter

CLARO AMIGO JOSÉ
de: Eduardo Pinter

Oh, caro amigo José.
Teus pensamentos andam confusos
Porque você os confundem
Com tantos sonhos profundos.

Teu orgulho não tem a liberdade,
Nem pingo de razão
Para obrigar teus amigos
A entender teu próprio coração.

Mas, meu caro amigo José,
Se nos mares onde navegas
A chuva não bate forte,
dúvidas terás do valor da chuva
À que te negas.

Caro amigo José,
A vida é bela outrora nobre
Mas, se ela não brilha como você quer
É porque tua luz tornou-a pobre.

Assim, outrossim se vai, José.
Quando ofuscas o reluzir
Tornando-se ofensivo
Na juntura de seus amigos.

Meu caro amigo José,
Se perderes as esperanças
Tua fragrância escassa
Perderá o alicerce da vida.

16 Jan 1998
Eduardo Pinter

SUAVIZANDO A PAISAGEM
de: Eduardo Pinter

Os ventos de ontem com os rumores dos amanhãs…
Endiabrados conceitos que ninguém se faz entender
Costuram as sombras dos males infernais
Com a dor saudando saudades de invernos passageiros
E contaminando verdadeiras mentiras em prol de um câncer maior:
Nossa certeza não tem certeza de nada
E a Imprensa só imprensa o que não pensa
E o esgoto deste riacho que nos contenta
Só nos interessa pois de fato é da ignorância
Do que realmente nos alimenta.

25 Jun 2013
Eduardo Pinter

Raro

Nada fala,
apenas
para e repara;
que o tempo é curto,
e a voz atrapalha.
Olha,
sinta o agora,
o amanhã
já é outra cor,
e vai embora...

Entenda,
seja a folha
jogada ao vento.
Que o muito é pouco,
quando o amor é o momento.
Então me beija,
com toda a alma infinda.
Apenas beija,
que a vida assim é rara,
e o amor, mais raro ainda...

(Dinho Kamers)

VIOLÃO DE TAÇAS
de: Eduardo Pinter

O ventos sombrios da mente calada
Acorda com vontade de se esconder
Inspira a morte numa angústia abafada
Mais puro que o frio não há como morrer
Mais impuro e divino também não há como viver

As questões se vão como se vão as questões
Pr’algum lugar onde desvendas a incompreensão
Pode-se fugir do inverno mas, não das estações
Pode-se ignorar a alma mas, não o coração
Não me é estranha esta sensação

Acordar num silêncio vazio entre esta multidão
Me faz pensar no que penso noturnamente
Afogar-se num violão com taças e uma canção
E se trancar na noite em meu próprio refúgio
Talvez convidar amigos e descobrir que não sou o único

23 Ago 2013
Eduardo Pinter

Incógnita
de: José Ricardo de Matos Pereira

Sempre quando o vulto do desejo paralisa alguns sentidos,
quando a seiva afoga na face a pretensão, e,
o, sentir escorrer pela pele saberás que ainda penso em ti,
que sua voz açoita, a solidão e
teu sorriso me faz abrir os olhos para um novo dia...
Te amo em devaneios...
Te amo acordado...
Te amo apenas por existir:
fagulhas de meu sentimento...
O verbo amar me consumir...!