Cem anos de Solidão
Mais anos na vida ou mais vida nos anos? Uns não tem nem um, nem outro! E somente alguns poucos iluminados alcançam ambos!
Depois de tantos anos só, não me contento mais com ausências sem justificativa
Com humores variáveis (demasiados)
A solidão é tão boa quanto determinadas paixões passageiras...
Você entrou no meu coração
no momento em que me tirou do seu.
Vinte e três anos já se passaram,
sete anos são de saudades, dezesseis anos são de solidão,
mas tempo que se chama “hoje” ainda é de amor por você.
Vivo a esperança do dia que há por vir,
quando, quem sabe, um dia, possa eu dividi-lo com você.
Edney Valentim Araújo
13 de outubro de 2017
No começo do ano tem esperanças
mais quatro anos de um sonho,
vivemos muitos sonhos,
dentro de pesadelos temos esperanças...
dias e noites na escuridão,
o dinheiro governa o mundo
mais ninguém governa seu espirito...
que mundo seja decadente nos céus
e nossas almas pereça o com nossos desejos...
no linear dessa vida somos pequenos grão de areia
que some a cada por do sol,
no limite do que existimos vemos que vida foi boa
mesmo em meio o caos que vivemos um dia será melhor.
‘VALE DO TAPAJÓS: UM BREVE RELATO...’
Meu bairro tem apenas doze anos. Passou a minha idade! Tenho dez, mas sou muito pequeno para o meu tamanho. Tem um lago aqui próximo onde juntos quase moramos. Quase todos dias me levam lá! Aqui não tem água encanada ou esgoto para jogar resíduos. Ninguém está imbuído em ajudar o bairro que eu amo…
Não tem praças para meus amigos me levarem ou brincarem. Quando chove é o melhor dia, na brenha da mata, fazendo alegrias, adoramos brincar na lama! A rua é querido abrigo, tão largo, tão vasto, tão plano. Serviço público aqui só promessas, já há todos esses anos. Sei não! Mas acho que o atual está se recandidatando. Muita gente gosta dele na cidade que eu canto. Pode ser bom lá nos outros, mas aqui é ledo engano…
É um bairro periférico suburbano. Posto de saúde não tem! É uma tremenda agonia. Sempre me levam em outros, quando vou lá todo dia. A principal é cheia de buracos e quando chove? Ah meu Deus quando chove! Ir à escola mais próxima é engano. E quando lá chegamos, não tem merenda! O professor está revolto, é tanto baixo o salário que nós quase não reclamamos. A vida aqui é bonita, mas turbulenta e esquecida. Vejo a rua sempre larga, imagino cada casa, às vezes fico voando…
Mamãe foi para casa da patroa. Ela é meio à toa, fica igual a eu sonhando: com uma escola bem pertinho, um pouco de água tratada, famílias com boas moradas e uma creche para o meu maninho. Amanhã faço onze anos! Nunca tive aniversário e nem cultivo. Mas isso não me deixa bobo. Sou contente com o pouco, ´só queria ter mais anos. Alguém para escutar os gritos, ver meu Vale bem bonito, e voltar para casa andando…
No final ela morre e ele fica sozinho, ainda que na verdade ele já tivesse sozinho muitos anos antes da morte dela, de Emilia. Digamos que ela se chama ou se chamava Emilia e que ele se chama, se chamava e continua se chamando Julio. Julio e Emilia. No final, Emilia morre e Julio não morre. O resto é literatura.
Em meio de tão pesado fardo que seria o desprazer de sem teu lado estar por meus anos de vida, decidi enfincado na arvore da solidão ficar, esperando pacientemente teu olhar me encontrar...
A vida, meu caro, é esse eterno jogo de esconde-esconde. A gente passa anos, décadas até, buscando respostas, soluções mágicas que nos livrem do caos, da bagunça interior que insistimos em maquiar com sorrisos para os outros. Mas, no fundo, a gente sabe que não é lá fora que a verdade está escondida. O problema é que somos mestres na arte de fingir que não sabemos.
Dentro de nós, há uma força bruta, um impulso que poderia mudar tudo, revolucionar o mundo que construímos. Mas, o que fazemos? Enterramos isso tudo, como quem esconde um tesouro no quintal e depois esquece onde enterrou. Porque, vamos admitir, dá medo. Medo de encarar a própria sombra, medo de descobrir que não somos tão pequenos assim, que há um gigante esperando para despertar e tomar as rédeas da nossa vida.
E aí, seguimos nesse teatro ridículo, presos em nossas inseguranças, acreditando nas mentiras que nos contaram — e que acabamos repetindo para nós mesmos. “Você não é capaz”, “Você não é digno”. E essas vozes, essas malditas vozes, acabam definindo nosso destino, desenhando um caminho cheio de muros, onde deveriam haver pontes, janelas para o futuro.
Mas, se a gente para um pouco, se respira fundo e decide olhar pra dentro — de verdade, sem medo do que vai encontrar —, descobre que tudo que precisa está ali. Escondido, sim, mas presente. Amor, coragem, compaixão... Todas aquelas coisas que parecem papo de livro de autoajuda, mas que, na real, são a matéria-prima do que somos.
Só que, claro, não basta saber que estão ali. É preciso querer encontrá-las, é preciso fazer o trabalho sujo, cavar fundo e encarar de frente os monstros que a gente deixou crescer. E isso, amigo, não é para qualquer um. Porque não basta um desejo de mudança que dura até o próximo tropeço. É preciso um compromisso, uma decisão de ir até o fim, mesmo que isso signifique deixar para trás velhas certezas.
Haverá dias em que as sombras vão parecer invencíveis, que o medo vai tentar te convencer a recuar. E é nesses dias que você precisa se lembrar: o poder de virar o jogo está aí, dentro de você. Sempre esteve. Talvez você não precise de nada além de confiar nisso, de deixar essa força ganhar vida, quebrar os muros e iluminar cada canto escuro.
A vida que você merece está ao alcance das suas mãos. Só depende de você. E, por mais clichê que isso possa parecer, a verdade é que a escolha sempre foi sua. Sempre será.
Com os anos fiz alguns amigos, mas um em especial deve ser notado. Ele é bem quieto, as vezes teu jeito me incomoda. As vezes é tudo o que eu preciso. O silencio me acompanhava, como se tudo que eu tivesse fosse ele. Mas me senti insatisfeito, ele era muito intenso ocasionalmente. Escolhi deixá-lo. Hoje sinto sua falta, gostaria de vê-lo, hoje quero apenas a sua presença, sua amizade me basta.
“Odeio finais, principalmente os finais de anos, pois com eles, percebo que uma parte de mim também chegou ao fim”
Queria deixar uma reflexão: Quando eu tinha entre 2 ~ 6 anos, meus pais iam trabalhar e eu ficava sozinho, trancado em casa vendo TV. No começo foi ruim, mas depois abracei a solidão como uma amiga. Aprendi a habilidade de se calar e observar, analisar pessoas. Por causa disso nunca me encaixei verdadeiramente em lugar nenhum. Sempre parecia que eu tinha noção demais, ética demais, educação demais em relação as pessoas. Quando eu não encontrava essas qualidades nelas, eu ficava calado e me afastava. Humanos gostam dos que contam histórias, falam da vida pessoal... Os quietos são excluídos porque o homem busca por entretenimento em todas as áreas da vida. Quando eu percebi isso passei a ter raiva de tudo. Depois que fiquei mais velho cheguei a conclusão de que guardar mágoa porque alguém disse isso ou fez aquilo é tolice. A vida é muito curta para ficar com inimizade.
A idade não trás sabedoria, só trás mais cansaço. Não estou mais esperto que a 10 anos atrás, só estou cansado demais para encobrir os medos, propagar mentiras e fingir ser uma rocha sem sentimentos. Enfim... É tudo sobre crescer e evoluir. Não ficar parado no tempo com idéias, atitudes e técnicas retrógradas. Paz!
Quando você se sente sozinho, é como ser uma criança de uns 3 anos que tem medo de escuro e ficar preso em uma sala escura, vazia, sem saída, sem rumo, sem ninguém para te ajudar a sair dali, ficar agaixado no chão, com medo, e tentar pensar que tudo vai passar, mas na verdade nunca saimos das salas escuras e vazias da vida, apenas nos acostumamos e perdemos o medo.
“Tem que ser imenso para saber ser sozinho”
Ser uma pessoa imensa por anos infindáveis, com sinceridade, seria ideal por opção ocasional.
#bysissym
À DERIVA
Faz 20 anos que não sei
mais o que é amar alguém.
E 10 que não me apaixono.
Será que o tempo-oceano,
que naufraga céus e sonhos,
foi me afogando também?