Cegueira
DESMATAMENTO
A cegueira do homem diante do
“fio cego” de um machado nos
Leva a um degringolado futuro.
O conhecimento pode levar a cegueira das vaidades como também para o despertar das sabedorias eternas. Trevas e luz se fazem presente em ti, mas aquele que te domina mostrará quem tu és verdadeiramente.
E a cegueira que cega os olhos,
não é capaz de cegar a visão da alma.
O abstrato ainda é o essencial,
mas é preciso ser emocionalmente inteligente
pra perceber a grandeza de um gesto
que em silêncio se revela…
E nesse silêncio ensurdecedor, se manifesta.
E nessa urgência de ser ouvido se cala.
Porque a linguagem da alma é SILENCIOSA…
Quando a cegueira é uma escolha pessoal ou implantada, resta-nos o tempo da luz e quanto mais cedo, melhor.
Livrai - me Senhor!
Da mágoa que fenece alma,
e entristece o coração.
Da cegueira dos incrédulos,
e da falta de união.
Do mal disfarçado de bem,
e da falta do perdão.
Da falta de amor ao próximo,
que envenena o coração!
"Um indivíduo torna-se um ser invisível aos olhos daquele que contraiu uma cegueira existencialista e vitima de um maniqueísmo daltônico,na medida em que os tons da vida tornam-se mais cinzentos por consequência das dúvidas que cultivam as incertezas vitais."
Quem só consegue ver o parcial ( cegueira ou egoísmo... ) não consegue ver aquela pecinha ( boa ) que Deus colocou na Vida __ tão invisível, mas tão "visível" __ que vai a tudo __ encaixando !...__ "
A exuberância dos celestiais trariam uma cegueira a qualquer pessoa normal, a capacidade de inflamar sua beleza era tanta, que as sombras temiam estar perto deles.
Estou precisando de alguém em quem confiar.
De alguém que me dê prazer de cegueira.
Preciso estender a mão e sentir que a peguem.
Que digam que tudo vai ficar bem, que logo vai passar.
Preciso ser consolada e que me olhem profundamente,
E no embalo dos braços escutar uma voz a me dizer,
O quanto combino com o entardecer.
Preciso escutar que meus olhos mudam de cor,
Que nunca fui tão doce quanto hoje.
Preciso me forçar a ser melhor,
Preciso que corram atrás de mim,
Que não me permitam desistir.
Nunca pedi nada Deus, então manda pra mim,
Manda pra mim, alguém que cure todas minhas dores.
Manda pra mim, alguém que sare todas minhas feridas.
A cegueira
Olha, olha não consegue ver.
Você sabe que não ficou cego
Mas não entende porque não enxerga
Mas você sabe que está sobre a ponte
E sabe que o mar azul está adiante
Existem navios no horizonte
Você tem consciência de tudo
Mas não consegue ver
Ei? Não tente abrir mais os olhos
Você não vê por falta da visão
O muro é muito mais alto
Faça o esforço para subir até o topo
É muito alto, e você não suporta mais o cansaço?
Tente mais uma vez.
Sente-se fraco
Não tem mais tempo?
Dê mais uma gota do seu sangue
Sei que é a última gota
Está quase, vai.
Sente-se melhor agora?
Você chegou ao topo.
Mas o seu corpo é só dor
Você demorou demais
O muro é alto
E não teve tempo de ver os navios
A correnteza mudou a cor do mar.
Não salte agora.
Use a sua imaginação.
Tente enxergar assim mesmo.
Cegueira
Fiquei cego
Como cega o amor
Estou Longe
Com a passagem de ida
Esperando você saber
Ou você ja sabes
É preciso despertar o adormecer da alma, lutar contra o medo do desconhecido. A cegueira do medo impede que a luz ultrapasse as barreiras contidas nas profundezas do âmago...
A CEGUEIRA DO PROGRESSO
Caminhando pelo centro de uma cidade movimentada, observo as pessoas apressadas. E, tenho do chão uma visão dos prédios altos e baixos, modernos, antigos e deteriorados. As frestas da luz do sol entre as construções pouco traspassam às ruas e calçadas, a pressão do calor sufocante ainda na primavera e a brisa quente que corre entre os corredores banham pedestres precipitados.
A lassidão revela-se nas caras das pessoas com seus passos sempre ocupados e os corres-corres inúteis para ter-se a sensação de utilidade na sociedade inundada de cobranças. Entre elas se cruzam ao atravessar as ruas, esbarrando e tropeçando nas laterais do trânsito engarrafado de carros fora da faixa, cada um por si na urgência da sua própria individualidade, indiferentes às algumas gentilezas e sorrisos de estranhos corteses, em meio às ofertas das lojas anunciadas em alto som.
Entretenho-me a refletir naquela multidão de gente sobre a situação em que a humanidade se encontra para viver numa cidade grande, escravo do progresso de uma vida agitada que não vai a lugar nenhum e deixa a alma vazia. E, logo, sendo interrompido no devaneio da minha análise por uma criança suja e malvestida, “Sinhô, sinhô, me dá um dinheirinho aí prá comprar pão? Estou c’um fome!”
... Um grupo de cegos tateia com suas bengalas o chão por onde pisam, param e ficam pacientemente a espera da ajuda para atravessar a rua e ninguém nem aí.
“- Quem serão os cegos?” Pois, que a visão de muitos foi prejudicada pela proposta do mundo moderno, com mais estatístico sem nenhum valor humano.
Assim caminha a humanidade aprisionada dentro de uma grande gaiola que a cega cada vez mais, sem tempo tão necessário para encontrar-se consigo mesmo em direção à liberdade.
Repliquei, “ô garoto! Se você quiser esta quantia da prá comprar um pão”, e, mesmo esfomeado, na sua frieza, me abandonou dizendo, “só isso eu não quero”, saiu apressado a pedir esmolas ao mundo cheio de ilusão.”
Ela dorme tão perfeitamente despertada
que em si a verdade é o vazio. Ela aspira
à cegueira, ao eclipse, à travessia
dos espelhos até ao último astro. Ela sabe
que o muro está em si. Ela é a sede
e o sopro, a falha e a sombra fascinante.