Cecilia Meireles Criancas

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Professorinha ensinando à crianças; a adultos; ao povo;
toda a arte de ser, sem esconder o ser.


(Trecho de Drummond, no dia da morte de Leila)

Todas as crianças são artistas. O problema é como permanecer um artista quando você crescer.

“Se você tiver que chorar, chore como as crianças. Você já foi criança um dia, e uma das primeiras coisas que aprendeu em sua vida foi chorar; porque faz parte da vida. Jamais esqueça que você é livre, e que demonstrar emoções não é vergonha.”

As crianças têm seu canto da manhã, como os pássaros.

Os filhos do lixo

"Gravei a tristeza, a resignação, a imagem das crianças minúsculas
e seminuas, contentes comendo lixo. Sentadas sobre o lixo.
Uma cuidando do irmãozinho menor, que escalava a montanha
de lixo. Criadas, como suas mães, acreditando que Deus queria isso"
Há quem diga que dou esperança; há quem proteste que sou pessimista. Eu digo que os maiores otimistas são aqueles que, apesar do que vivem ou observam, continuam apostando na vida, trabalhando, cultivando afetos e tendo projetos. Às vezes, porém, escrevo com dor. Como hoje.Acabo de assistir a uma reportagem sobre crianças do Brasil que vivem do lixo. Digamos que são o lixo deste país, e nós permitimos ou criamos isso. Eu mesma já vi com estes olhos gente morando junto de lixões, e crianças disputando com urubus pedaços de comida estragada para matar a fome.A reportagem era uma história de terror – mas verdadeira, nossa, deste país. Uma jovem de menos de 20 anos trazia numa carretinha feita de madeiras velhas seus três filhos, de 4, 2 e 1 ano. Chegavam ao lixão, e a maiorzinha, já treinada, saía a catar coisas úteis, sobretudo comida. Logo estavam os três comendo, e a mãe, indagada, explicou com simplicidade: "A gente tem de sobreviver, né?". O relato dessa quase adolescente e o de outras eram parecidos: todas com filhos pequenos, duas novamente grávidas e, como diziam, vivendo a sua sina – como sua mãe, e sua avó, antes delas. Uma chorou, dizendo que tinha estudado até a 8ª série, mas então precisou ajudar em casa e foi catar lixo, como outras mulheres da família. "Minha sina", repetiu, e olhou a filha que amamentava. "E essa aí?", perguntou a jornalista. "Essa aí, bom, depende, tomara que não, mas Deus é quem sabe. Se Ele quiser..."Os diálogos foram mais ou menos assim; repito de memória, não gravei. Mas gravei a tristeza, a resignação, a imagem das crianças minúsculas e seminuas, contentes comendo lixo. Sentadas sobre o lixo. Uma cuidando do irmãozinho menor, que escalava a montanha de lixo. Criadas, como suas mães, acreditando que Deus queria isso. Não sei como é possível alguém dizer que este país vai bem enquanto esses fatos, e outros semelhantes, acontecem. Pois, sendo na nossa pátria, não importa em que recanto for, tudo nos diz respeito, como nos dizem respeito a malandragem e a roubalheira, a mentira e a impunidade e o falso ufanismo. Ouvimos a toda hora que nunca o país esteve tão bem. Até que em algumas coisas, talvez muitas, melhoramos. Temos vacinas. Existem hospitais e ensino públicos – ainda que atrasados e ruins. Temos alguns benefícios, como aposentadoria – embora miserável –, e estabilidade econômica aparente. Andamos um pouco mais bem equipados do que 100 anos atrás.Mas quem somos, afinal? Que país somos, que gente nos tornamos, se vemos tudo isso e continuamos comendo, bebendo, trabalhando e estudando como se nem fosse conosco? Deve ser o nosso jeito de sobreviver – não comendo lixo concreto, mas engolindo esse lixo moral e fingindo que está tudo bem. Pois, se nos convencermos de que isso acontece no nosso meio, no nosso país, talvez na nossa cidade, e nos sentirmos parte disso, responsáveis por isso, o que se poderia fazer?Pelo menos, reclamar. Achar que nem tudo está maravilhoso. Procurar eleger pessoas de bem, interessadas, que cuidassem dos lixões, dos pobrezinhos, da saúde pública, dos leitos que faltam aos milhares, dos colégios desprovidos, de tudo isso que cansativa mas incansavelmente tantos de nós têm dito e escrito. Que pelo menos a gente saiba e, em vez de disfarçar, espalhe. Não para criar hostilidade e desordem, mas para mudar um pouquinho essa mentalidade. Nunca mais crianças brasileiras sendo filhas do lixo, nem mães dizendo que aquela é a sua sina, porque Deus quer assim.
Deus não quer assim. Os deuses não inventaram a indiferença, a crueldade, o mal causado pelo homem. Nem mandaram desviar o olhar para não ver o menino metendo avidamente na boca restos de um bolo mofado, talvez sua única refeição do dia. E, naquele instante, a câmera captou sua irmãzinha num grande sorriso inocente atrás de um par de óculos cor-de-rosa que acabara de encontrar: e assim se iluminou por um breve instante aquela imensa, trágica realidade.

Quando os pais dão um nome muito feio ou esquisito
aos seus filhos,
tais crianças não têm outra opção
além de se tornarem 'marcantes'!

Os velhos estão mais agarrados à vida do que as crianças e saem dela com mais má vontade do que os jovens. É que, como todos os seus trabalhos se destinaram a essa mesma vida, ao chegarem ao fim, vêem que os seus esforços foram inúteis. Todos os seus cuidados, todos os seus bens, todos os frutos das suas laboriosas vigílias, tudo abandonam quando partem. Em vida, não pensaram em adquirir algo que pudessem levar consigo quando morressem.

Nos preocupamos por as crianças estarem brincando com armas e os adolescentes vendo filmes violentos; temos medo de que eles se tornem violentos. Ninguém se preocupa com as crianças escutam milhares de músicas sobre corações partidos, rejeição, dor, sofrimento e perda.

As crianças de hoje deveriam saber que não é tão legal assim crescer.

Quando crianças trazemos as feições dóceis e frágeis, para que nos seja oferecido carinho e segurança por aqueles que nos cercam. Quando adultos, nossas faces se tornam sérias e rijas, para que suportemos a dureza da vida. E quando velhos, não nos restam na face mais que expressões de debilidade e idiotia para que sejamos, por fim, dignos de pena.

Tudo o que o rodeava, aquele jardim pacífico, aquelas flores odoríferas, aquelas crianças ruidosamente alegres, aquelas mulheres graves, e simples, aquele claustro silencioso, penetrava-o lentamente, e a pouco e pouco a sua alma compunha-se de silêncio como o claustro, de perfume como as flores, de alegria como as crianças.

E todos somos pura flor de vento.

Gratidão, Senhor,
Pelo dia que termina, pela noite que chega,
pelo descanso que me permite, pela paz que
me concede e pelas certezas de um novo dia
que virá.
Gratidão sempre...

Quando eu me afasto é porque algo em mim precisa se cuidar , quando eu me calo é porque o meu coração precisa silenciar , quando eu me acolho dentro de uma paz demorada é porque a minha alma precisa descansar. Me escondo em Deus e peço a Ele pra me guardar....

Dica de Hoje.....

Não permita que a ignorância alheia, roube a delicadeza do seu sorriso e nem a sensibilidade do seu coração... isto é ter equilibrio, isto é ter pés no chão, isto é saber viver

O nascer do sol é a voz silenciosa de Deus dizendo RECOMEÇA

Hoje eu acordei com o meu coração grato a
Deus pela vida, pela oportunidade de
recomeço, pela força que Ele me concede ,
pela família que tenho, pelo pão que não falta
em minha mesa, pelo teto que me abriga e
pelas pessoas que me cobrem de afetos
todos os dias.

Penso ser uma borboleta em total metamorfose, oras estou em cores, oras me escondo...casulo ou asas?

"Que sejamos protegidos da maldade vestida de coração bonito, da ira enfeitada de sorriso, do rancor disfarçado de amor, da crítica camuflada de gentileza. Que sejamos protegidos, guardados e cuidados pelo Senhor. Que ele nos abençoe e a todo tempo nos livre do malfeitor. Amém!"

Quando estiver com a alma
cansada, com o coração triste pelas
dores da vida, se sentindo sozinha(o),
e a tristeza tentar anular
seu sorriso, vá para um cantinho onde
ninguém te vê e chore, chore, chore
muito pra Deus. Você pode até não
estar vendo Ele, mas tenha certeza de que
neste momento Ele estará te abraçando,
te cuidando, te aquietando e dizendo
"Não chore, eu estou contigo!"