Cecilia Meireles Criancas
Sou tudo
Sou cheia, sou vazia
Sou intensa, sou tranquila
Sou tantos eus que nem sei que EU eu sou
Mas sei o que quero ser
Porque bom mesmo é ser
Um EU tudo, num EU SER!
Eu nunca esqueci do teu olhar
perdido,
Nunca esqueci teu abraço,
Do gargalhar das tuas risadas.
Eu nunca lembrei de esquecer você.
...Pois entre nós havia algo celestial,
que eu precisava ter,
algo gigantescamente especial,
que eu não conseguia entender.
(nem explicar.)
E se eu queimar,
toda memória existente,
E acreditar,
Que existe um mundo diferente.
Eu vou chegar em um lugar só meu.
Eu vaguei por longínquas ruas,
Dormi nos mais duros colchões,
Eu vi nascer e morrer diversas luas,
Encontrei as minhas e as tuas
desilusões.
(mesmo assim eu não queria voltar.)
Eu nunca fui de lembrar,
Prefiro esquecer...
Em teus olhos não mais olhar,
Dos meus ouvidos a tua voz
emudecer.
Apenas saiba que amor igual ao meu
não terás,
Nunca irá sentir,
Pois não existe quem queira-te mais
E nunca irá existir.
Ah guria, porque demoras tanto a
chegar?
Porque foste tão longe?
Eu preciso te abraçar.
Falar que você é importante.
E não, eu não quero recomeçar,
Não quero uma nova chance,
Eu não quero escultar,
Não quero uma revanche.
(eu não quero nem saber)
Acredito que algum dia alguém
entendera,
Um dia vão saber,
Nos meus olhos irão notar,
E tudo ira se resolver.
Não preciso que me queiras,
Nem que as minhas verdades sejam
por ti aceitas.
Apenas não me olhes mais,
Deixe-me em paz.
E em todas aquelas idas e vindas, já
não existe mais cor,
As palavras perderam o valor,
Culpa do teu erro...
...do nosso erro!