Casa de Vó
Voltei pra casa e fiquei no meu quarto, deitado do mesmo jeito de sempre, olhando pros mesmos pôsteres de sempre. Não tinha fome, nem sono, nem nada. Mesmo as dores no corpo de antes, já tinham passado. Minha casa tava vazia, tipo eu. Tive a sensação de que se o teto caísse sobre a minha cabeça, as coisas melhorariam.
Passeando no parque
Comecei a notar
O casal de pássaros a cantar
Os peixes no rio a nadar
O casal apaixonado a namorar
E neste momento queria você
Para poder abraçar
Para poder beijar
E para amar
Sou daquele tipo de pessoa que prefere ficar em casa. Mesmo sabendo que tem a melhor das festas, que lá você pode se divertir e se distrair, eu ainda prefiro ficar em casa. Porque quando eu saio, ao invés de me sentir descolada, eu me sinto deslocada. Vejo todos rindo, bebendo, namorando, curtindo a vida, se divertindo, e eu aqui, quieta, calada, na minha, presa no meu mundinho, com os meus pensamentos, meus sentimentos, minhas palavras, meus textos tristes, minhas músicas deprimentes. Mas sabe, eu prefiro assim, prefiro ficar aqui no meu silêncio, não troco minha casa, meu quarto, minha cama, minha calma, por nenhuma das melhores baladas. O fato é que talvez eu tenha me acostumado a ser sozinha, e quando alguém quer entrar nesse meu mundo sozinho, eu estranho e expulso a pessoa. Pelo menos sozinha eu não me machuco, não me decepciono, não me iludo, não crio falsas expectativas. Acho que ser sozinha tem lá seu lado bom.
A assembleia dos ratos
Um gato de nome Faro-Fino deu de fazer tal destroço na rataria duma casa velha que os sobreviventes, sem ânimo de sair das tocas, estavam a ponto de morrer de fome.
Tornando-se muito sério o caso, resolveram reunir-se em assembleia para o estudo da questão. Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino andava aos mios pelo telhado, fazendo sonetos à lua.
– Acho — disse um deles — que o meio de nos defendermos de Faro-Fino é lhe atarmos um guizo ao pescoço. Assim que ele se aproxime, o guizo o denuncia e pomo-nos ao fresco a tempo.
Palmas e bravos saudaram a luminosa ideia. O projeto foi aprovado com delírio. Só votou contra, um rato casmurro, que pediu a palavra e disse — Está tudo muito direito. Mas quem vai amarrar o guizo no pescoço de Faro-Fino?
Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nó. Outro, porque não era tolo. Todos, porque não tinham coragem. E a assembleia dissolveu-se no meio de geral consternação.
Moral da estória: falar é fácil; fazer é que são elas.
A vida é uma casa que construímos com as próprias mãos, criando calos, esfolando os joelhos, respirando poeira. Levantamos alicerces, paredes, aberturas e telhado. Podem ser janelas amplas para enxergar o mundo, ou estreitas para nos isolarmos dele. Pode haver jardins, pátio, por pequenos que sejam, com flores, com balanços, para a alegria;
ou só com lajes frias, para melancolia.
Vendavais e terremotos abalam qualquer estrutura, mas ainda estaremos nela, e ainda poderemos consertar o que se desarrumou.
SAIA DE CASA
Se você esta triste, saia de casa.
Tome sol sem se sentir uma brasa,
Dez minutos ao dia nos faz bem,
Fornece-nos vitamina D também.
Veja gente passeando pela cidade,
Force mostrar uma falsa felicidade,
Em breve ela deixará de ser falsa,
E a felicidade dançara com você uma valsa.
Vá para o parque de sua cidade,
Tente respirar com serenidade.
No começo será até um sofrimento,
Mas não pense nisso nesse momento,
Fixe apenas nas coisas belas,
Criem em sua mente pequenas janelas
E seja com você mesmo feliz
Pois ninguém é dono de seu nariz...
A velha natureza é como uma casa preta, muito escura para mostrar uma mancha; mas a mancha que vem de uma tentação que cai sobre o fino linho branco da nova natureza nos atormenta muito; vemo-la, ficamos aborrecidos com ela, clamamos a Deus para que nos livre dela. O simples trânsito da tentação através de uma alma regenerada a leva ao cativeiro.
— Tem uma pessoa. Ela sempre ficou em casa por mim. Mas não tão rápido. Primeiro, eu devo ficar.
— Para lutar?
— E amar e chorar. Quando eu era um Irmão do Silêncio, meus amores e minhas perdas emudeceram lentamente, como a música ouvida à distância, uma harmonia genuína, porém abafada. Agora... agora tudo desceu sobre mim de uma vez só. Estou curvado debaixo de tudo. Tenho que estar mais forte antes de vê-la — o sorriso dele era melancólico. — Você já sentiu seu coração preenchido por tanta coisa a ponto de se romper?
Bate aqui na minha casa qualquer hora, nem precisa ligar. Me pega de surpresa, me faz correr pra arrumar o cabelo, me deixa a flor da pele, se mostra presente que eu me dou inteira pra você.. assim, de presente. Não me deixa falar, cala minha boca, prende meus braços, impede meus gestos, me ama até eu não pensar em mais nada no mundo. Seja meu refúgio que eu serei teu abrigo, faz de mim tua morada que eu vou de mudança pro teu corpo.
Difícil é amar quando alguma coisa dá errado. Quando a casa está uma bagunça, quando as contas começam a crescer e o dinheiro diminuir, quando qualquer palavra vira ofensa, quando um silêncio se transforma em dúvida. Quando sobram palavras entaladas na garganta, quando falta um gesto que era pra ter marcado presença, quando o beijo é rápido, o olhar é vazio, o abraço é curto, as promessas falham. Quando o zíper da mala fecha e você não vai. Quando você espera por algo que nunca vem. Quando as expectativas começam a te sufocar. Quando os olhos ficam marejados ao lembrar do que podia ter acontecido, mas não aconteceu. Quando a porta bate, o tom de voz aumenta, a paciência se esgota, o humor não faz mais rir.
Mãe,
Abri os olhos e não te vi. Desesperado, busquei em cada cômodo da sua casa, na cozinha, no quarto, para finalmente, desolado e ofegante, sentar no sofá da sala e chorar a minha solidão.
Aos poucos o desespero se transformou em paz, o choro em sorriso e finalmente encontrei você. Justamente onde não tinha procurado, no lugar mais óbvio, dentro de mim, no meu coração e na minha memória, protegida pelo amor que sinto por você.
Olha mãe entre nós não existe distância, o amor entre mãe e filho pode vencer qualquer barreira que a morte possa impor.
Sou teu fruto e trago a tua semelhança no meu jeito de agir e ser.
Estou aprendendo a substituir um abraço por uma lembrança,
a enxergar você no sorriso dos meus filhos ou na fala de um amigo que comenta alguma passagem da sua vida.
Nosso amor não depende dos sentidos, não é escravo da matéria, pode elevar-se acima de tudo e encontrar a plenitude de Deus.
Você me ensinou a dar os meus primeiros passos em sua direção e agora ensina o meu espírito a dar os seus primeiros passos rumo a sua luz.
Não é fácil equilibrar-se sem tuas mãos a me amparar, mas sou persistente e aprenderei a compreender o equilíbrio divino que Deus proporciona a todas as suas criaturas.
Em meus sonhos converso com você todas as noites e acordo sereno para mais um dia de trabalho aqui na Terra.
Não tenha receio de nada minha mãe, pode seguir sua jornada de luz em paz, que nós saberemos honrar sua memória em cada gesto ou atitude, para que você tenha certeza que valeu a pena todo o seu esforço e luta nesta vida que encarnaste.
Volta para o teu Pai nosso criador e realize o plano que lhe fores confiado.
Vai em paz minha mãe, cresce em luz e glória e ilumina nossas vidas com a sua serenidade e sabedoria.
Já agradeceu a Deus pelo seu dia, por sua casa, por sua família, por sua saúde? Um coração grato alegra ao Senhor!
Não se apegue ao que ficará.
Ame o seu corpo.
Embeleze a sua casa.
Cuide dos seus bens.
Lembre-se, porém, que os emprétimos
precisam ser devolvidos.
Enquanto que as experiências emocionais e os conhecimentos são conquistas.
Estude. Conheça-se. Lapide-se.
Lígia Guerra
Eu de mudança,
mudança de plano,
porque planos são planos....
mudança, de sorte,
mudança de casa,
mudança de caso,
mudança de vida,
Quero sorte,
quero saúde,
quero coragem,
quero paz,
quero alegria,
quero um novo amor,
Quero uma nova vida,
Quero, um novo lar,
Quero um lugar novo...
Quero tudo novo,
Na geral, uma renovação total...
Que durante essa noite o Espírito Santo
de Deus guarde a entrada de sua casa,
livrando você dos perigos, acampe na saída
para que todas as bençãos que Deus
te mandou permaneçam em seu lar!
No primeiro dia da semana, ou seja, no domingo os discípulos de Jesus estavam trancados numa casa com medo e sem esperança. O mestre havia morrido. E agora? E as promessas? O que seria deles? Mas de repente, Jesus entra na casa e diz: "A paz seja convosco". Eles ainda não sabiam, mas Cristo já tinha ressuscitado. Talvez você também tenha começado a semana com medo, sem esperança e com muitas preocupações em relação ao futuro. Mas essa mensagem é pra te tranquilizar e deixar claro que o Senhor não está morto e as promessas Dele continuam de pé para sua vida. Não se tranque e nem deixe o medo assumir a situação. A Esperança está VIVA e paz que ninguém pode explicar chegou para te acalmar agora!