Cartas de Tristeza
Desabafo das 10 horas
Desrespeito, assedio, ofensa, por qual motivação um ser humano se esforça para fazer um outro alguém se sentir assim?
Não consigo descrever em palavras o sentimento que habita em mim, repulsa, nojo, ódio, tristeza e insegurança hora sinto tudo isso por aqueles que me fizeram mal e horas sinto até de mim, do meu próprio corpo por ter passado por isso.
Apesar de saber que a vítima é só a vítima o sentimento que fica guardado no peito e alma é de total impureza, de estar coberto pelo pior tipo de sujeira, só hoje chorei mais do que consegui contar, me odiei e odiei as pessoas infinitas vezes.
Como tirar de mim tal sentimento? Acredito que terei que descobrir e rezarei para que aquilo que senti ninguém mais volte sentir.
MESMO CAMINHO
Há no amor verdadeiro, um incômodo, mas é fase.
Por querer que sincero, seja o brilho da amizade.
Há quem diga que é o fim, mas há até quem se case.
É tão ingênuo o amado, pensa ser por maldade.
Quando quem ama o fere, com o bisturi da verdade.
A alma é assim, pura vaidade, só quer aceitação e carinho.
Por isso que o amor verdadeiro, fica ali no cantinho.
Mas com o tempo, a ferida cicatriza, e o amado com o amor, voltam ao mesmo caminho.
Sergio Junior
Minha maldição
Dois de cada coisa
Dois amores não correspondidos
Dois anos de sofrimento
Dois melhores amigos perdidos
Aposto que mais dois anos remoendo
Já morei em duas casas e um apartamento
Será que mudarei por causa desta maldição?
Dois minutos de paz neste momento
Enquanto escrevo uma poesia que nunca virará canção.
Duas horas chorando
Dois dias segurando o choro
Duas ideias ruins, eu fico pensando
Se vivo de dores ou se morro.
Sinto-me vazia.
Uma solidão tão grande que me faz ter medo do universo. Qual o motivo de tanta tristeza? Escolhas erradas que me levam a felicidades momentâneas. Se me deito, lembro que nada é real, apenas mais um erro. Um erro ao qual me apaixono cada vez mais, em uma descida direto ao sofrimento, mas eu curto cada segundo, como se fosse o último.
Eu ajudei tantas pessoas que esquecia que eu precisava de ajuda.
Enquanto eu regava as flores do jardim das pessoas , eu esquecia que meu jardim morria.
Enquanto trazia felicidade dos outros de novo, esquecia que minha cada vez mais desaparecia.
Enquanto trazia luz de volta na vida das pessoas, esquecia que meu caminho era somente trevas.
Somos fios desencapados, dando choque em quem não merece.
São anos de lutas, tristezas, frustrações e decepções que nos tiram o ar.
Problemas travam nossa coluna, nos dão enxaqueca, estafa e nos fazem ter surtos de medo, ansiedade e depressão...
Que chegue o tempo de tomar aquele café que prometemos, de sair para dançar, de tomar aquele drink, rir sem parar e de dizer o quanto as pessoas importam...
Que ainda tenhamos a alegria de repousar nossos olhos em outros e sentir o amor mais uma vez...
Que consigamos nos deitar e que nosso sono seja reparador e que esse peso do cansaço da tristeza e da dúvida se dissipe no ar.
Vamos libertar nossa mente já que este corpo está pesado demais...
Vamos viver enquanto a vida não nos mata.
Estamos cansados demais.
Passo o dia chorando
Trabalho mal minhas ideias
Não preciso de corte minha alma tá sangrando
Preciso de ajuda mas a solidão é a minha plateia
Preciso de amor mas não me amo
Finjo que está tudo bem mesmo não estando
Não da pra viver sorrindo e chorando
Queria ver minha mãe caminhando e vivendo
Enquanto isso eu estaria num caixão
De mim mesmo sou refém
liberdade de tirar sua vida é uma prisão
Drogas me mantém vivo mesmo quando estou morrendo
Prometi que ia me matar aos 21
5 anos da depressão e uma hora essa bomba explode
Troco livros raros por uma dose de rum
Monstros de 21 cabeças, chora e não morde
Vivo versos sem verve
Vou viver como verme
Ou escrever como Verne
Cartas manchados para hermes
Tempo passando e eu sofrendo
Liberdade pode ser cantada
Mas a prisão é escrita no tempo
A loucura pode ser materializada
Troquei a corda pela corrente
Obeso demais, preciso de algo mais resistente
Dismorfia desde criança
Quando fui magro eu estava doente, eu quero a morte e ela é vingança
Soro do super soldado é heroína sem esperança
Sentimento é algo muito difícil de lhe dar,
Tava olhando pro tempo, refletindo e comecei a pensar:
Minhas decisões são muito controversas,
Não sei o que eu quero, fico muito na dúvida quando a coisa é séria.
Me arrependo de monte mas lembro que tudo foi na vera
Vejo ela passando na rua e meu coração acelera,
Meu olho enche de água mas eu lembro que "já era".
Queria poder superar logo isso, quem me dera.
Mas nessa história toda ela me deixou uma ferida enorme e severa.
Está na hora de mudar e superar, não sei se vou conseguir.
Quando vejo ela com outro começo a chorar e pensar : queria estar ali.
*Propósito*
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Hesito abrir os olhos
Não vejo porquê
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Penso nos beijos
Que alguém me deu
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Veja cada amigo meu
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Pai, sinto cada abraço seu
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Mãe, amo cada riso teu
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Penso no que ainda não tornei meu
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Bate meu coração pigmeu
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Não quero ir do pó ao pó
Sem antes ter visto (...)
_Propósito_
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Há algo que meu eu me prometeu
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Hesito, não êxito
Não é hora de desistir
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Hesito, mas abro os olhos
Não êxito
Não resultado final
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Veja a mim mesma
Vejo eu
Propósito
Pro pó
Pó
Sito
Hesito
Escolho não ser alguém que cedeu
Solidão
Vc é a primeira coisa na qual pensei
Quando hoje acordei
Mal pisei os pés no chão
Senti reclamar por ti meu coração,
Com a voz que devora minha alma
Pela saudade do seu corpo na minha cama.
Abri a janela, só vi o deserto
E pedaços do nosso amor já morto,
Chorei tanto que nem pude secar as lágrimas
Más quando olhei pra o espelho
Vi o amor que muito meu coração reclama.
FALSA FELICIDADE
Você jurou amor, me jurou fidelidade,
Fez-me acreditar numa falsa realidade.
Entreguei-me a você de olhos fechados,
Sem ao menos conhecer quem estava ao meu lado.
Fizemos tantos planos, de casar, ter filhos,
Fazermos de nossas vidas uma linda historia de amor,
Certo dia por uma briga tão boba que tivemos,
Você diz que o que sentia esfriou?
Dei tanto carinho, tanto amor e atenção,
Pra depois de todo esforço demonstrar sua ingratidão,
Ate hoje não intendo qual foi a sua intenção,
Perder tempo de sua vida pra machucar meu coração,
Posso ter milhões de defeitos, milhões de erros,
Mais não merecia uma traição.
Daí eu te pergunto, que droga é esse de sentimento?
Que ao invés de me trazer alegria,
Só me trouxe sofrimento.
Na verdade, o que deixa saudade,
são momentos felizes...
Os tristes não deixam saudade...
Apenas deixam tristes lembranças...
Osculos e amplexos
Marcial
FELICIDADE TAMBÉM TRAZ SAUDADE
Marcial Salaverry
Embora pareça ser óbvio que saudade sempre será indicativo de alguma tristeza, o certo é que nem sempre é assim, pois a saudade pode ser provocada por alguma alegria que já sentimos, pois são os momentos de felicidade, aqueles que realmente deixam saudade...
Normalmente sentimos saudade de alguém cuja presença nos faz falta. Não é apenas de pessoas que se sente saudade, uma vez que podemos sofrer quando perdemos um animal de estimação, ou mesmo quando nos vemos privados de algum objeto que nos é muito caro (atualmente, o computador é o objeto que mais provoca saudade quando "nos deixa na mão").
"Saudade é a feliz melancolia de uma ausência presente", frase de autoria da poeta Marisa Cajado, parece definir bem o que na realidade pode ser a saudade, muito bem definida pela expressão "feliz melancolia". Parece-me claro que só se sente saudade de algo ou de alguém que nos proporcionou alguma felicidade na vida.
Nessas condições a saudade, se bem administrada, bem pensada, pode nos representar alegria, pois se esse sentimento chamado saudade se aninha em nosso interior, é porque tivemos bons momentos ao lado de quem nos deixou. Não iremos lamentar a ausência de quem nos tenha prejudicado ou causado tristeza, e isso me parece claro, pois seria um tanto de masoquismo sentir falta de quem nos fez sofrer.
Assim sendo, como transformar a saudade, de tristeza em alegria? É simples. Se tivemos momentos de alegria, de felicidade ao lado desse alguém, o que podemos fazer, quando começar a pintar aquela tristeza, aquela amargura de não termos mais a companhia querida, é simplesmente concentrar nosso pensamento, lembrando desses momentos felizes, e isso certamente alivia a tal da saudade.
Esse é um exercício mental que pode afastar a tristeza da saudade, claro que não chega a ser uma alegria, uma felicidade, mas traz a "feliz melancolia da ausência presente". Ausência presente, sim, eis que a lembrança de bons momentos faz com que se chegue a "sentir" a presença do ausente.
Tudo é uma questão de saber fazer esse exercício mental, já que é muito melhor curtir a lembrança de momentos alegres, do que ficar lamentando a ausência de quem queríamos ter ao lado.
Há que se analisar ainda que, seja lamentando a ausência, seja curtindo a lembrança de bons momentos, a vida vai continuar, o mundo vai continuar girando, o sol, a lua e as estrelas vão continuar a existir. Então, por que não viver melhor? Por que insistir nas lamentações?
Assim sendo, com pensamentos positivos, com lembranças boas na cabeça, tudo nos parecerá melhor, será mais fácil suportar a ausência dessa pessoa querida.
Por exemplo, quando existe a necessidade de nos afastarmos da pessoa que amamos, ao invés de lamentar esse afastamento, e derramar lágrimas de tristeza, sugiro desviar o rumo dos pensamentos, lembrando-nos apenas dos momentos de amor vividos juntos. Não parece bem melhor "puxar" a lembrança para esse lado?
Então crianças vamos sempre transformar a saudade, de uma tristeza, para uma feliz nostalgia... Podem ter certeza de que com essa mudança de linha de pensamento, a vida parecerá melhor. Garanto.
E assim, continuando presente, desejo a todos UM LINDO DIA, que poderá ser bem curtido e vivido com ou sem saudade de algo ou alguém...
Enquanto a música tocava, o vento bagunçava os meus cabelos negros como a noite, estava me sentindo tão perdida, eu sentia um nó na garganta, enquanto tentava me distrair olhando da porta para fora a poeira do asfalto quente subir, e ali naquela visão quase deserta da minha cidade, não suportei a dor que sentia, foi então que chorei, porque eram lembranças dolorosas surgindo na minha cabeça. Eu havia mais uma vez sido enganada pelo coração, por ouvi-lo outra vez me vi machucada, por alguém que veio como se fosse permanecer, mas acabou indo embora, e naquela tarde tudo se tornou tão triste. Meu olhar de tristeza e dor a partir daquele dia me transformou, sem aquele amor foi como morrer mesmo estando viva, era essa a sensação que estava em todo lugar em mim. Não valeu apena conhecer o amor que só existiu em mim, mas foi necessário viver o que vivi porque só assim aprendi a valorizar os sentimentos reais, as pessoas tem defeitos, e eu aprendi a amar cada um deles naquelas pessoas que amo, e elas merecem todo meu amor.
— Vania Grah
Muitas cicatrizes estão impregnadas na minha alma, e não está sendo fácil seguir, meu corpo físico esbanje a minha saúde, e o meu sorriso debochado, é o jeito que aprendi a enfrentar a vida de cabeça erguida. Não estou mais permitindo que outro alguém chegue me seduzindo, me levando a loucura, e indo embora, agora estou cautelosa, mas não sou inacessível, apenas desejo de todo o meu coração que eu não seja mais magoada, e que em algum momento eu supere minhas dores, e aprenda o que é o amor de verdade, que eu possa um dia sentir o mesmo que retribui aos demais, porém, sem trapaças, sem brigas, apenas existindo o amor entre nós.
— Vania Grah
Luto dos entes mais novos,
Nossas crianças se despedem mais cedo
E nos deixam com uma imensa tristeza
Para sempre nossas lindas lembranças
Que vimos crescer e seguir em frente
Chegando no grande universo, encontre
Tantos amigos e outros lá desfrutando
De seu eterno descanso, tendo sua paz
No dever terreno cumprido a sua missão
Continuaremos aqui, com muitas saudades
E com Deus confortando os seus familiares
E quem sabe um dia, entendermos o sentido
De conviver com as perdas e sermos eternos
Fogo
Ele enfiou a mão na minha cara de novo. O punho dele me atingia como um míssel alcançando um passarinho que cruzou seu caminho. Era pesada, seca e gélida, mas cheia de sentimento. Meu rosto jorrava sangue e ele socava a parece tentando amenizar a raiva pra não vir a fazer um estrago pior do que já havia feito em mim. Eu estava caída no chão, mas não chorava. Sentia tanta raiva quanto ele, mas ele chorava, eu não.
Peguei a bolsa em cima da cama, abri a porta e olhei pra trás, ele ainda estava com a mão dentro do buraco que havia feito na parede, olhava pro chão e cerrava os dentes, bem como o punho livre. Suas mãos estavam cheias de sangue, de ambos. Desci as escadas e não olhei mais pra trás. Peguei meu celular e te liguei. Você estava a quilômetros, mas como sempre, chegou em minutos. Eu esperei na calçada de casa e ele não desceu pra me procurar, não me ligou nem fez a mínima questão de saber pra onde eu havia ido. Enquanto te esperava eu cravava as unhas na carne das mãos, acrescentava mais algumas luas às minhas tantas outras e sangrava ininterruptamente.
Você estacionou o carro de qualquer jeito, desceu correndo e me tomou nos braços perguntando o que aconteceu. Eu não falei, não conseguia. Apenas levantei, me evadi do teu abraço e dei a volta no carro. Entrei pelo lado do passageiro e pude ver tua camisa branca, fina de algodão completamente coberta do meu sangue. Dei um sorriso de lado e olhei pra frente. Você levou as mãos à cabeça e olhou pra cima, pro apartamento, ele estava na varanda, nos vendo sair e te olhando com o ar indiferente de quem sabe de todo o desfecho que vai se repetir.
Depois de entrar no carro você deu a partida e arrancou me fazendo incontáveis perguntas das quais eu nem me lembro e eu só te disse pra dirigir. Me perguntou pra onde e minha única exigência era que fosse fora da cidade. Saímos, passamos pela placa de “até logo, volte sempre”. Eu ainda sangrava e você enfiava o pé no acelerador tentando de alguma forma dissipar a revolta e a confusão que sentia. Eu abri o vidro da janela e te disse pra não falar porra nenhuma, sentei na janela com o carro em movimento, as costas pra paisagem e olhando pra estrada infinita que se estendia à minha frente. Você pisou no freio e eu fiz um sinal negativo com a cabeça. Era madrugada, o vento frio assanhava meus cabelos e gradativamente coagulava meu sangue.
Você parou o carro no acostamento, chorando e desceu, deu a volta e me puxou pelas costas, pela cintura. Me pedia uma explicação e eu simplesmente não conseguia falar. Você sabia o que tinha acontecido, no fundo sabia, sabia o que acontecia sempre, mas apenas me abraçou, abriu a porta, me conduziu pra dentro e assumiu de novo o seu posto. Colocou um de seus clássicos italianos no carro e só dirigiu. Paramos em um desses motéis de beira de estrada sem estrutura nenhuma. Você segurou minha mão, tirou minha roupa e limpou cada um dos meus ferimentos. Os do rosto, os das mãos, e me conduziu pro chuveiro, ainda vestido no seu terno preto com a gravata vermelha. Lembro de olhar pro teu relógio dourado quando levantou a mão ao ligar o chuveiro, eram 03:00 da manhã.
A água caía no meu corpo e conforme a adrenalina me deixava, as dores começavam a aparecer e eu gritava. Você percorria cada parte do meu corpo com as mãos, numa delicadeza impecável e me conduzia para manchas roxas milenares que eu nem lembrava que existiam. Os hematomas te faziam lacrimejar e você me abraçou, nua, debaixo do chuveiro e chorou junto comigo. Sem nenhuma segunda intenção, só a compreensão mútua e silenciosa que compartilhávamos a tanto.
Te contei sobre a nova traição, sobre o apartamento destruído e os copos quebrados, sobre as roupas que rasguei e sobre todos os hematomas que também deixei nele. Sobre os buracos dos murros na parede e sobre os em mim, a minha costela quebrada e o nariz dele, quebrado. Mas você já sabia de tudo isso, sabia de toda a história, de todas as brigas. Me disse que era doentio e que eu sabia, estava certo como sempre. Me disse que ficaria tudo bem e que eu não precisava mais ter medo, que o faria pagar e que ele nunca mais encostaria um dedo em mim. Eu te beijei. Fizemos amor pela primeira vez e foi realmente a primeira vez que me senti tão conectada com alguém. Você já tinha dito me amar outras tantas vezes mas essa fora a primeira que eu te disse. Você estava tão lindo, tão radiante e iluminado, meu bem... dormimos abraçados e na manhã seguinte, quando acordou, você não me encontrou, e por mais que se negasse a acreditar, sabia exatamente onde eu estava.
Você é paz demais pro meu caos.
Thaylla Ferreira Cavalcante {Os quatro elementos}
Nem sempre os finais são felizes, nem sempre os finais são realmente os finais; não existe o certo nem errado para por um ponto final, mesmo que as vezes a vírgula resolvesse.
Falhar todos falhamos, eu falhei mais que muitos.
Sentir como é a vida sozinho e sendo acolhido por : Dor, mágoa e solidão; não é tarefá fácil.
A carência se multiplica, a raiva predomina, o desejo de morrer se torna intenso e tudo ao redor se torna alimento do mal que dentro de nós se enraizá.
Não, não é lamento !
Não, não é drama !
Não, não é falta de conhecimento ou de Deus.
O Corpo não segura quando a alma pede socorro, a vida não existe quando o corpo sucumbi ao caos e a dor.
A demônios dentro de mim e de você, São mais fortes que nós quando estamos sozinhos, pois o corpo é frágil e mente forte demais para conter.
Não há dor por um soldado cair diante da guerra, há dor por ele ter morrido diante de abandono e de estar sozinho e entregue na mão do inimigo.
Não condeno quem não entende e não quer compreender, aquilo que a depressão e a dor pode fazer com uma pessoa.
Só condeno o que fazem de condenar e questionar como pessoas fracas e vazias, pois muitos desses fracos e vazios foram heróis e incríveis em alguma coisa como muitos não serão em anos ou talvez não serão nas suas medíocres vidas.
Afinal a vida é um mero caos em meio a pessoas falsas fazendo coisas falsas com redes sociais falsas, onde para ser um da tribo precisam expor : Sorrisos vadios, vícios fúteis e falsidades atoas.
Tudo pelo fato de ganhar um like em vez de um abraço, um seguidor em vez de um amigo, um abandono em vez de uma cura.
E isso serve para que?
Preencher um ego de uma mente que um dia ira sucumbir a sua dor mais profunda, e quando esse dia chegar não terá ajuda de sua gente fútil alimentada em sua vida, pois aquilo era mais passageiro que as necessidades fisiológicas indo na descarga de um vaso.
Há se eu soubesse que:
A escrita seria minha única amiga, a lágrima meu único sinal de vida e a solidão minha melhor companhia eu juro que não queria ter vestido a camisa " Vida".
"Me afasto, mas espero te ver ao longe, de novo.
Mais um sorriso tímido, um aperto de mão, um olhar bobo.
Imploro Cristo, preencha logo, meu coração, com algo novo.
Já que sobre os céus, em seus complexos planos, não nos planejou, um com o outro.
Não me disseram, que o amor, vem acompanhando com devaneios tolos.
Tristeza e desgosto.
Ela é como santa, eu, apenas um tolo.
Pecador, escravo do pecado, servo do próprio diabo, um louco.
Mas, vislumbrá-la, é o mais próximo que chegarei da salvação, o mais próximo que chegarei do paraíso; estou morto.
Vivo por vê-la; e por não tê-la, morto.
Quero salvá-la, por isso, me afasto, de bom grado, com gosto.
Mas espero, amor meu, te ver ao longe, de novo..."
"Às vezes, me pego de olhos fechados, em qualquer lugar, te imaginando.
Antes, eu o fazia para lembrar-lhe; hoje, o faço, para segurar o pranto.
Evitar que a lágrima role por minha face e regue o ódio, que traz o abandono.
Não me restara nada, eu sabia, não deveria ter me dado tanto.
Erro meu, por ter feito de ti, da minha vida, acanto.
'Ela me ama.': Dizia eu, tolo por demais, ledo engano.
Ainda sinto seu cheiro no vento, vejo seu rosto em cada face e ouço sua voz, em todo canto.
Até mesmo, em dos pássaros, o canto.
Talvez, o meu erro, tenha sido ser, demasiado franco.
Toda vez, que eu fazia você entender, que a minha existência residia em seu beijo, eu já previa o meu pranto.
Rogo pra esquecer-lhe, mas, me pego sempre, de olhos fechados, em qualquer lugar, te imaginando.
Tentando, em vão, segurar o pranto..."
Gostaria de chamá-lo de Beleza
Lúgubre no amanhecer à fonte
Esperando por sinais de júbilo
Ao ouvir o canto dos beija-flores
E assistir ao rito dos canais
Cuja água desemboca no mar
De obscuro desejo pelo infinito
E que o horizonte não consegue alcançar.
Atento aos flamboyants que despertam
Em pura expressão de boniteza
E dos ipês em amarelo exuberante
Que povoam o imaginário da vida
Em seu movimento de elegância
Nas vicissitudes das estações.
Desejava somente apreciar a beleza
Do que, por si só, era belo,
Mas em que somente via tristeza
E ansiava pelo majestático fim.