Cartas de Saudade para Irmã

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SAUDADE EM PROSA (soneto)

As saudades lá se foram, respingadas
Lá pelo tempo... outra estória e verso
Mesmo assim na memória ficou imerso
Depois de tantas dores, tantas paradas

E o que assemelhava um conto de fadas
Tornou-se à emoção um trovar perverso
E no destino toda um argueiro disperso
De espinhos, nas lembranças poetadas

Então vi, que não adianta de ela fugir
Não tem nenhum contento, ao poeta
Se existe saudade, com ela deve-se ir

Embeber-se! uma estratégica solução
E, tê-la como coautora em sua meta
Pois, sempre a terá na prosa do coração....

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/02/2020, 11’40” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

ANDOU (soneto)

Meu sentimento evaporei na saudade
Da essência do amor, que me arrastava
Ah! como quis um dia, como sonhava
Agora, cada qual no tropel de liberdade

Insana, as paixões devoram à vontade
Que a mente sã... se faz de tão brava
Em uma existência, ali, cruel e escrava
Do desejo, tão em busca de felicidade

Agrados, querer meu e meus danos!
Essa paixão, que no haver não coube
Fez poetar aos versos os desenganos

Antes que a solidão o sossego roube
O tempo, pra não se perder nos anos
Andou! o que permanecer não soube.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17/fevereiro/2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

SONETO DESABITADO

Ao poema que roga, desesperadamente
De saudade, separado de sua rima ideal
Onde o coração sofre o afeto ali ausente
Nas desventuras em que se vê sem o qual

Não lhe basta um amador simplesmente
Nem só o gozo duma trova que seja a tal
Nem o simples desejo, deseja vorazmente
O compasso do beijo, num versar musical

E as poéticas inspirações que lhes somem
As quais quisera... paixão cheia de pureza
A esperança de quere-las lhes consomem

E os vazios do sentimento no seu cantar
Compõe solidão, em uma maior baixeza
Escrevendo dor, sem o amor para poetar

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/02/2020, 18´12” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Adeus, cerrado goiano!

Adeus, cerrado, já é hora de ir
Levo na estória de ti saudade
É tanto causo de felicidade
Tristura, mas é hora de partir

Volto pra minha natal cidade
Sina doida que devo cumprir
De lá vim e para lá vou seguir
Minh’alma está pela metade

Pedaço de mim aqui deixo
Outro comigo vou carregar
Da solidão não mais queixo

Pois tenho enredo pra contar
Na caminhada no teu seixo
Andei, e aprendi a te amar!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04/03/2020 - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ÔNUS

Tantas vezes, chorei, no infinito da emoção
Solto no silêncio áspero da pesada saudade
E em soluços os sonhos caíram na solidão
Tonto, vazio, e o pensamento pela metade

Sem ti, a alma voa num espaço de ilusão
A noite... atordoa sem a menor afinidade
E os dias me parecem não mais ter chão
A imensidão dobra para uma eternidade

Para cada verso da inspiração parda, dor
O meu universo cheio de pesar e de breu
E o coração já não mais trova com ardor

Tudo é rumor no ávido afeto que foi seu
Confesso... - que não mais está ao dispor!
Deste amor... - levo somente o que é meu...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 de março de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

CANÇÃO À AUSENTE (soneto)

Pra te esquecer ensaiei minha saudade
Deixei então de pronunciar o teu nome
Me escondi no silêncio que me consome
Pra te esquecer ensaiei a minha vaidade

Pra te omitir ensaiei diverso pronome
Busquei na poesia uma profundidade
E na maldade do verso tu me invade
Pra te omitir ensaiei não ter de ti fome

Pra te esquecer ensaiei a minha razão
E no vão árduo o pensamento chorou
Para te omitir ensaiei o meu coração

Pra te esquecer e te omitir só sobrou
Um prazer agridoce e amarga ilusão
Para te omitir, esqueci.... acabou!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/03/2020, 19’10” - Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Hoje, a saudade de ti. Veio. Donde viera?
Dum vazio? Ou do silêncio que profetisa
Rima de dor. Ou do amor, quem me dera
Tua lembrança me veio como acre brisa

Vi-te primeiro o sorriso tal a primavera
Em flor. Depois me veio o que divisa
Tua alma da tua tão especial quimera
E de novo me encantei a graça concisa


© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26/03/2020 – Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Saudade de um tempo...
Arrumando algumas coisas hoje deparei-me com a "minha caixa". Por mais infantil que possa ser, ainda guardo, dentro de uma daquelas caixas enfeitadas - que hoje em dia só as mocinhas românticas da novela tem - cartas e cartões que ganhei ao longo desses 33 anos de vida.
Lembrei então, de um tempo gostoso, em que ainda não existiam os celulares. Por aqui eles só apareceram quando eu tinha 14 anos e só pude ter um aos 18, então... as cartas e o telefone - o fixo - não o celular, não o de casa (porque tb não tinha um) - o orelhão - eram os meus meios de comunicação.
Lembrei da sensação de esperar o carteiro. Nesse tempo conhecíamos o carteiro. Sabíamos o seu nome. Sim, esperar o carteiro era um evento! Era o ponto alto do meu dia quando eu estava aguardando ela - a resposta. Era assim: a gente mandava uma carta. Calculava-se 3 dias, que era o tempo de chegar ao destino. Aí a gente dava 1 dia para a pessoa responder (porque responder uma carta também era especial. Vc se preocupava com o que iria escrever, se conseguiria passar suas emoções, sentimentos, enfim). Depois, mais 3 dias para a carta retornar. E era assim que eu chamava: "o dia da resposta". Ah, que sensação gostosa! Sentir aquele cheiro de papel, de cola, de rasgar o envelope e ler aquelas palavras, que apesar da distância fazia com que sentíssemos a pessoa tão mais perto... e havia ainda as cartas surpresas, sem vc esperar. As anônimas. Minhas preferidas... Hoje em dia não conhecemos mais o carteiro, e a correspondência se resume a faturas das contas do mês.
Lembrei dos telefonemas. Com hora marcada. Comprávamos ficha - é gente, sou do tempo da "ficha". Enfrentávamos fila no orelhão, ouvíamos a conversa dos outros e os outros ouviam a nossa conversa no telefone, que na maioria das vezes, eram confissões apaixonadas... Até porque a gente não se abalaria a sair de casa, enfrentar fila para ligar pra tia, muito menos para a mãe, já que morávamos com ela.
E o que eu fico pensando é que apesar da falta de celular, facebook, whatsapp, instagran, nós sabíamos nos comunicar! Ah, como sabíamos...

Inserida por LILIARAQUEL

⁠Maré de Saudade

Hoje eu acordei querendo ver o mar,
o pôr do sol no mar é que me faz sonhar.
Mas estou bem distante de ti,
como as ondas que vão e não voltam aqui.

A saudade bateu, foi que nem maré,
trazendo lembranças de tudo o que é.
De tarde, invade, me faz navegar,
num mar de memórias, querendo te achar.

O vento sussurra teu nome no ar,
as flores se curvam pra te procurar.
E eu, tão distante, só posso esperar,
que a brisa me leve de volta ao teu mar.

Inserida por matheushruiz

⁠Saudade é para sempre..
Todos os dias, de alguma forma, penso em você. Essas memórias vem nos momentos mais simples.
Quando estou andando na rua e passo por um lugar que já visitamos juntos, em conversas com outras pessoas, quando estou indo dormir e de repente, lembro do quanto você foi importante para mim.
E que saudades, minha amiga. É tão injusto alguém incrível ir tão cedo.
De vez em quando, eu tento tirar um ensinamento de tudo isso. Penso que a sua partida, é uma forma de lembrar a importância de viver o hoje, de perdoar, de dizer "eu te amo" para as pessoas mais importantes...
mas tem dias que ainda é muito difícil. Tem dias que é realmente difícil aceitar o porque isso aconteceu.
E eu sei que podem se passar muitos anos e eu jamais vou te esquecer. Te amo para a eternidade.
Sempre vou lembrar de você. Obrigada por tantas memórias incríveis.
Nas noites de solidão, nos dias complicados, eu me lembro de você e da sua história. E eu sei que os momentos que compartilhamos juntas não foi em vão. Era para ser assim - nossas almas estão ligadas. E eu espero um dia poder te reencontrar novamente.

Inserida por droplets

⁠Saudade é para sempre!
Eu não me importo se o tempo está passando...
se eu já deveria ter esquecido
é impossível te esquecer
eles falam para deixar para lá, que essa é a vida
mas você marcou minha vida
eu não posso simplesmente te deixar para lá
pois você faz parte da minha história
da minha juventude
meu bem, espero que esteja em paz
sua vida foi preciosa demais para mim
uma pena que você partiu tão cedo
e me deixou aos pedaços
quando você se foi, eu me senti tão sozinha
o tempo passa, a gente segue a vida
mas é só eu pensar em você que volto a cair
e refletir sobre tudo o que vivemos juntos
nem se eu tentar, eu posso te esquecer
posso até me acostumar
mas abandonar essas memórias, jamais.

Inserida por droplets

⁠A casa da vovó e do vovô
Um sonho, uma lembrança e uma saudade
A casa da vovó e do vovô é lugar de brincar, sujar, rolar na grama, cantar, encantar, saborear e amar...
A casa da vovó e do vovô é um lugar gostoso e harmonioso, cheio de conforto, carinho e muito amor;
As portas do coração se abrem para receber seus netos;
Na casa da vovó e do vovó existe um lar que é construído com a cal do afeto, com os tijolos da harmonia e com o cimento da paz;
Na casa da vovó e do vovô as portas estarão sempre abertas;
Na casa da vovó e do vovô tem muito carinho, muitos beijinhos de afeto, alegrias de montão, um mar de liberdades e um oceano de respeito...
Lá, sentirás pureza D'alma, receberás o abraço com um laço de ternura, terás brincadeiras livres, sem culpa e terás a comida a seu gosto;
Poderás saborear as frutas, apanhando-as;
Poderás subir na árvore e colher a fruta mais gostosa;
Poderás comer bolo de chocolate, roscas, biscoitos e pão de queijo;
Poderás comer batata frita, pamonha, mingau e milho assado...
À tardinha, sentirás o cheirinho de pipoca pulando na panela, pé de moleque e doce de leite à vontade;
Poderás beber leite da vaquinha Mimosa, comer ovo da galinha pintadinha e ouvir o cantar de seriemas e saracuras...
Poderás, ainda, pescar e nadar no riacho doce, cavalgar no cavalinho Chuvisco, no pônei arisco e na mulinha ternura;
Poderás dar comida aos pombos, perus, angolas e galinhas...
Sentirás livre ao correr no gramado do quintal da liberdade;
Lá, acordarás com a sinfonia do cantar do galo e dos passarinhos...
Na casa da vovó e do vovô terás amor, conforto e a presença de Deus...
Sejas bem-vindo! ...
Élcio José Martins

Inserida por elciojosemartins

⁠Viajando pela estrada, eu passei em Araguari, confesso que arrependi e muita saudade eu senti.
Com meu coração em dor, fiz os meus lábios sorrir, pra abraçar meu ex-amor que estava morando ali.
Com o seu jeito sorridente, me abraçou alegremente, me mostrou sua aliança, pra tirar minha esperança, dos corações que se amam desde o tempo de criança.
Com a cabeça atordoada, peguei logo a minha estrada, por minha culpa e loucura , perdi uma doce criatura, me resta rodar o mundo e carregar a minha amargura.

Inserida por D1E2L3S4O5N6

⁠Fevereiro
Quem vê pensa que eu não sinto,
mas eu sinto.
Sinto saudade, sinto coragem e medo ao mesmo tempo.

Quem olha para mim não sabe o que dói,
e esses dias doeu muito.
Sabe aquela dor latejante que parece que vai explodir,
expor o que está por dentro,
por dentro de tudo que sou?
Doeu assim, se é que ainda não dói.

Fevereiro chegou e ainda não é carnaval.
Ainda não é alegria, é dor.

Nildinha Freitas

Inserida por NildinhafreitasOfici

Saudade, ver se mergulha nestas águas de imensa beleza e leva consigo toda essa dor que me consume, apavora, me devora...ver se vai nas profundezas dessas águas cristalina e leva minhas angustias, meus fantasmas que perseguem e amedrontam meus dias, minhas noites, sem me deixar sonhar.
Vai saudade, nada contra a correnteza e afoga todas as minhas máguas e tristezas no mar para que eu possa amaramar!

Inserida por LeoniaTeixeira

Sou saudade em noites frias,
solidão ao amanhecer.
Sou tristeza e fantasia
quando falo em você.
Na verdade não sei quem sou,
talvez melancolia
Quem sabe poesia,
verso ou poema,
escrito sem autor.
Tudo que sei é que nada sei,
só sei, que não sei quem sou.
Sem você, não tenho nome
menos ainda sobrenome.
Sem você, tudo é saudade
tudo perde a cor.
Sem você não sou nada
sem você, nada sou.

Inserida por LeoniaTeixeira

Me leve onde possa levar-me.
Se na saudade, na lembrança ou no sorriso, se na tristeza, nos sonhos ou na incerteza.
Leve-me de qualquer jeito, em qualquer lugar.
Apenas leve-me, para que nos teus braços eu possa ficar.
Poeta não sou, música não sei cantar, falar de amor não aprendir
mais descobrir o que é amar.
Um homem e uma mulher no mar a navegar, sem remo, sem jangada, sem navio, sem nada, sem saber onde chegar.
Levados pela correnteza, naufrágados pela ilusão, envolvidos pelo desejo, consumidos pela paixão.
Somos amor proibido, pecado no mar perdido, carregados pelas ondas da mente, do corpo da alma e do coração.

Inserida por LeoniaTeixeira

Sou feita de metade.
Meu sorriso é metade, á outra é saudade.
Metade do desejo da metade que deixamos de viver.
Metade de momentos que passamos e que foram deixados pela metade.
Olho-me no espelho e vejo a minha outra metade a procura da minha metade.
Metade de frases que a minha outra metade não conseguiu completar.
Metade de sonhos perdidos na metade de um caminho percorrido apenas pela metade.
Nunca fui por inteira, não que tenha sido minha escolha de ser apenas metade, é que a minha outra metade não soube ser metade de mim.
Metade de mim sou eu, a outra metade é você.

Inserida por LeoniaTeixeira

Se me queres, seja breve.
Tou cansada de ser só ! Só, solidão.
Cansada de ser saudade, verso de uma canção.
Cansada de ser tristeza, em noites de verão.
Cansada de ser verso sem rima, sem ritmo, sem prosa.

Se me queres seja breve. Não espere amanhecer, me busque nas noites frias, pra teu corpo aquecer.

Se me queres, seja breve. Tenho pressa de ser feliz. Cansei de ser apenas sonho, ilusão e fantasia.

Se me queres, seja breve.
O tempo passa correndo, a vida, passa a voar.
Seja breve, breve seja, não quero mais esperar.
Meu desejo tá com pressa,minha vontade também.

Se me queres, seja breve.
Se não, seja também.

Inserida por LeoniaTeixeira

Saudade do teu sorriso, vontade do teu olhar.
Desejo de ouvir tua voz, dizendo sei lá !
Só sei que tou com vontade, vontade de lembrar.
Saudade do que não passa, não passou.
Saudade de um amor distante que nem
o tempo, nem o vento levou.
Saudade de um sorriso, de um olhar que não
foi meu.
Mais ficou pra sempre em mim... tatuado, marcado
na lembrança de quem nunca esqueceu.

Inserida por LeoniaTeixeira