Cartas de Saudade
Um facho de luz tenta se acomodar entre os prédios, espremido, buscando um espaço que antes era só dele. Ouve-se um barulho. Um choro. O silêncio. Algo se quebrou. Aquela vontade de estar por perto não passou. Fica um zumbido no ouvido, repetindo a mesma frase como se fosse um mantra. E há a saudade. A boa e velha saudade, que te enche os olhos de lágrimas e aperta seu coração, espremido, buscando um espaço que antes era só dele.
Minhas viagens são sempre voltas à infância, aos lugares onde vivi um dia. Uma procura, pai, mãe, avós, tios, amigos mortos. Volto atrás e procuro no verde, na luz, no céu. Em vão. O que perdi não terei mais, porém, mesmo assim volto sempre. A esperança de que algum dia encontrarei aquilo que procuro incansavelmente. Quem sabe na morte, única paisagem que por enquanto me é vedada.
Dói mais por descobri que não verei mais o seu rosto. Não ouvirei sua voz. Não correrei para o abraço, nem piscaremos os olhos um para o outro. Dói mais por saber que eu tive tanto tempo, mas por minha ingenua infantilidade, não pude aproveitar. Dói mais por saber que não pude dar adeus a uma das pessoas que eu mais amei na vida. Mas, apesar de tudo, eu sempre irei te amar.
La pelas tantas da madrugada, deito minha cabeça em meu travesseiro, fecho meus olhos e juro... Juro que tento dormi. Mais o meu cérebro e teimoso, ele sabe a hora que vou deitar, e fica a espreita. Assim que pus meus fones para tentar dormi, pronto era a deixa para ele ter a sua desculpa de sair vagueando por lugares proibidos; Ele sempre faz isso comigo. Mais penssando bem eu o agradeço, pois ele faz isso em horários propícios... Na madrugada. Pois ele sabe que aquele filme que ele esta me mostrando vai ser revelado em forma de lágrimas... Ele sabe que vai doer.. Sabe que sou fraca pra isso. Todos nós somos quando se trata de sentimentos, memórias e essas merdas todas.
."No póstero amor existe um sentimento traiçoeiro que se caracteriza exclusivamente pelas recordações saudosas que correspondem ao todo do relacionamento, deixando de lado os detalhes de dor, sofrimento, iras, contendas e, principalmente, o culminante responsável pela cisão. No íntimo o indivíduo reconhece que tal sentimento é reflexo de uma nostalgia omissiva, submissa à vontade da mente desesperada por suprimir o sofrimento, dando, assim, acesso prioritário ao que é conveniente para o bem estar. A carência, fruto da ausência do pouco que se tinha em relação ao nada que se tem, é o principal agente na inserção desse “mal sutil”.
Se eu pudesse seria novamente o motivo de tua felicidade, faria você rir com besteiras e te abraçar por muito tempo para minha alma saciar essa vontade de você. Minhas palavras já não valem nada, esse foi meu castigo, o meu refúgio é saber que pelo menos existo na sua memória, ainda não fui deletado, sou uma crônica com um belo início e um péssimo fim. Boa lição de moral que tivemos, cada um com a sua, mas você consegue seguir em frente e eu lamento a falta que você faz.
Quero alguém que queime meu coração, que faça ele bater depressa, como se fosse explodir e dele saísse um arco íris inteiro com flores voando por toda parte, alguém que congele meu estomago e faça borboletas nascerem da neve que se instala lá dentro, assim criando um rebuliço, que quase me faça vomitar todas elas, alguém que dê choques em cada parte dos meu nervos, que belisca por dentro e me lembra como é a sensação de estar viva, de amar, de sentir...
Você disse que não me deixaria,nunca,que ficaria para sempre que nós ficariamos juntas e sairíamos viajando por ai,felizes. Mas então aconteceu,você me deixou! E eu fico me perguntando todos os dias qual foi o erro. Será que foi meu? em ter deixado você partir ou foi somente seu,que fez promessas que nunca cumpriria,me iludiu e foi embora sem ao menos me dizer um "tchau".
Dizias que me amavas e que querias estar comigo mas nunca senti isso. Afirmas-te não sentir nada por mim, que não querias tentar nada comigo que se dissesses que me amavas e que gostavas muito de mim isso seria mentira! Hoje pergunto-me será que algum dia realmente me amaste? Contigo aprendi que quando se dá demais sai-se prejudicado. Dei-te tudo e de ti quase nada recebi, a única forma de te fazer brotar uma simples e profunda lágrima foi te Ignorar até perceber o quanto me fazias falta....
Sabe aquela sensação de encontrar um tesouro ou dinheiro em roupa quando você está precisando? Algo só seu, que estava escondido, guardado, enterrado ainda que lá no fundo da alma...algo que você nunca deu como perdido! Minha nossa!!! Pois é, Encontrei!, onde? Como? Por quê? QUEM? A vida é mesmo uma caixinha de surpresas, mas, em quantas delas podemos dizer: Perdi o fôlego! Parece que foi em outra vida, mesmo assim... Nossa....De repente você descobre o quanto as lembranças marcaram e sonhos que não se desfizeram, os olhares ainda ecoam lá no fundo da alma. E você descobre ela vive! Talvez o amor seja como a erva que suporta grandes intempéries, mas um dia volta o florescer!
Fico feliz quando vejo pessoas em atitudes positivas, norteadas por conceitos bons e opiniões verdadeiras, tomando posição em favor do todo, que sejamos um, cem, mil e finalmente milhões de lutadores incansáveis na busca de um Brasil melhor. A história precisa ser recontada a favor do povo brasileiro e está apenas começando...
Nenhuma tristeza é invencível, nenhuma dor é infinita. Ja pensei que levaria uma vida inteira para cicatrizar algo que me sangrava. Também demorei pra deixar de seguir nas redes sociais e mesmo depois de ter deixado, visitava pra investigar e "me matar por dentro". Também demorei pra jogar fora os presentes que ganhei, alguns ainda guardo, também levei muito tempo para não sentir meu coracão acelerar ao sentir pela rua aquele seu delicioso perfume de novo... Isso não é algo só meu. Todo mundo vive o que a gente vive. A dor não é um negócio que se encomenda do jeito que a gente quer, é um negócio que nasce na gente do jeito que tem que nascer. E por isso também, é um negócio que morre pra desocupar o espaço pro próximo amor ser ainda maior... Talvez sim, vai saber, talvez tenha chegado a hora de viver uma nova parte boa da vida...
Sempre tentar lembrar algo que já passou, se torna uma tarefa muito difícil. quando isso acontece, o ideal é nunca se conformar com a perda das lembras, e sim, criar simulações, como de um filme na mente, não avançando, mas voltando cada gesto, movimento, áudio, tudo que poderá contribuir para um acontecimento.
Todo dia é dia de lembrar de quem amamos mas que já partiram... Mas hoje parece que por mais que não queremos a melancolia da saudade se faz mais presente... Quê as lagrimas daqueles que se diz sentir, seja verdadeira... De uma pessoa que foi presente, que deu valor, cuidou até o último instante, com a esperança de mudar aquele minuto de despedida... "Porque Amor verdadeiro é isso... Cuidado, presença, carinho..." O resto, é teatro...
A pressa que tenho eu carrego na alma. No pensamento que me pesa, no tempo que me alivia. Tenho pressa no nome, no beijo. Tenho pressa na frase que brinca na ponta da língua, aquela que os olhos falam antes da boca. Eu tenho pressa dos problemas que ainda não tenho. Do ônibus que não passou. Do abraço que não recebi. Tenho pressa quando esqueço. Quando um minuto vira uma hora. A pressa eu trago no gosto, arrasto com o cheiro. Pressa que me contamina, me dissolve, me reanima. Tenho pressa no vento que sopra, no sopro do peito, no coração inflamado. Do tombo que não caí. Da decepção que irei de ter. A pressa do futuro que sorri parado na esquina. Do passado que virou um borrão de tinta. Do presente tão presente. Tão relógio. Tão gosto. Tão radioativo. Tenho pressa naquilo que ainda não aprendi. No sentimento que não sei o nome. No amor honesto. Tenho pressa em ser feliz com meus olhos atentos, pés firmes e braços abertos.
Eu vou dizer que te amo da boca pra fora, com os lábios cheios de orgulho e veneno apaixonado letal. E, gradualmente, da mesma forma em que o entardecer transita da noite para o dia, vou guardar todos os teus segredos em alguma nuvem de mim. Aí, meus olhos vão enxergar a neblina dos teus e atravessá-las feito um cometa. A chuva do meu céu tem o mesmo cheiro que flui do teu abraço quando me cerca. E eu fico ali, boquiaberta, orbitando fora do meu sistema, flertando com as tuas intenções, tropeçando em palavras. Porque, por você, eu estou disposta a viver sem saber o que vai acontecer. Aceito improvisar. Aceito ser o agora ou nunca. Eu quero os teus olhos escrevendo o meu nome. Eu quero que você leia os meus lábios e sobreviva com as minhas dúvidas. Eu quero a certeza do momento, mas não um contrato com o pra sempre. Eu vou dizer que te amo da boca pra fora, com êxito em cada sílaba, para disfarçar a pressa que tenho em ser amada de volta. Aí você se transformará na promessa que fiz ao vento. Na memória ininterrupta. Na vida que ainda não vivi. E, subitamente, da mesma forma que o céu toca o mar em dias de tempestade, vou guardar você no meu impossível. Aí, teus olhos vão se tornar o meu anticorpo contra o pessimismo. Por você eu aceito ser fraca. Aceito mergulhar em águas rasas. Aceito ser menos tóxica. Pois eu quero o explosivo que vem enrolado nos teus sentimentos. Eu quero inventar as respostas das perguntas que as pontas dos teus dedos fazem ao meu corpo. Eu quero te esconder em cada hora do meu dia. Eu quero ser o destino que você chama de acaso. Porque, por você, eu aceito ser coincidência. Eu vou dizer que te amo da boca pra fora. Que te amo pelos pulmões. Que te amo em cada artéria. E, naturalmente, vou descobrir que quem me envenena é você. Aí, você aceitará ser a minha contradição. O meu calor. A declaração de amor que nunca fiz. Então, seremos o óbvio. Seremos o prazer do arrepio. Os que se amam em três palavras, mas que podem se destruir em duas. Mas aí, seremos fracos demais para roteirizar uma nova solidão. Estaremos perdidos em nossa própria intimidade. Nós não saberemos mais voltar ao início das nossas histórias se isso arrancar um da alma do outro. A incompetência é o nosso vício. Eu arrebento no lado mais fraco. Eu termino onde você começa. Eu te amo da boca pra fora, mas isso você já sabe.
Acordei. Abri os olhos. Lembrei de cenas do dia anterior e o estômago revirou. Abri a porta do quarto, sai correndo, levei a mão à boca antes de abrir o vaso sanitário, mas foi inútil. O vômito veio avassalador, ardendo a faringe antes que pudesse conter e eu derramei. Derramei ali no vaso todas as tentativas inúteis de acalmar a alma com álcool no dia anterior. A ressaca já mostrava indícios de que o dia seria de botar pra fora. Bebi um copo de água gelada e parecia o maior elixir que um ser humano já havia experimentado. Devorei três fatias de melão, não sabia que era tão bom. Aliás, fazia tempo que eu não sabia o que era tão bom. Deitei no sofá, liguei a Tv, tentei assistir um seriado e as náuseas não deixaram. E então me sobreveio ele, o pensamento nele, aquela saudade. A saudade da pessoa errada, na hora errada. As náuseas pioraram, o dia piorou, era Domingo, entendi na hora. O dia foi passando, as náuseas diminuindo, a saudade aumentando. Adormeci novamente, já estava escuro. E a saudade? Não adianta dormir que não passa.
Eu não sabia que tinha tanto medo de perdê-lo. Através de um sonho, ou pesadelo, vi quando ele partira me deixando lá, só, eu não fazia nada, apenas seguia em frente com um olhar triste. Eu o amo tanto que não consigo me imaginar sem ele, acho que o amor tem isso, essa mania de nos fazer temer perder alguém, ou sentir saudades sem a pessoa ter partido.
Da origem surjo e compareço à vida. Vida esta que é apenas caminhada que se desgasta durante muitas jornadas; de muitos caminhos... E que em todos eles esbarrarei em inúmeros dilemas. paixões, perdas, alegrias, tristezas, e acima de tudo aprendizados. Para que no findar desta caminhada; aqui jaz um mero e complexo ser possa regressar para às origens. Deixando.... Quem sabe esperança, talvez amor, provavelmente ensinamentos, ou ao menos "saudade" na jornada daqueles que ainda caminham e se fazem presentes durante sua subjetiva e efêmera jornada.
Hoje notei que o sol não tinha mais seu brilho, que as águas do riacho não tinham mais sua força, que as flores tinham perdido seu aroma e que o mundo tinha parado no instante em que ela precisou ir. Sim, não a teremos mais aqui conosco. Mas quem será essa pessoa de tal importância cuja a falta tenha trazido tanto vazio pra mim? Ela, a dona do sorriso mai bonito do mundo. Mais forte que o Golias e do tamanho de Davi. Mais Bela que as rosas e ainda assim não é chamada por nome de flor. Quem é ela? perguntam os homens que me ouvem falar com tantos adjetivos a um ser que nunca os fora apresentado. Ela foi ela, não se sabe quem ela é, ao menos não mais. Ela se foi, não sabiam vocês? Ela está em um lugar chamando lembrança, onde cercada de amor será eternamente lembrada, sentida, por quem um dia teve a honra de conhecê-la. Ela, a rosa mais bonita e mais doce desse jardim chamado mundo. Ela que me ensinou tanto como ser quem sou e que hoje me deixou sem dar adeus. Ainda não sei como viver sem ela, mas se você souber trate de me avisar por favor, seu moço que por nome trás DEUS.