Cartas de Saudade

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Ler carta por carta resultaria num trabalho imenso porque ao longo desses meses eu já lhe escrevi tanto que poderia inclusive editar o material e publicá-lo em forma de um livro. Minhas lágrimas foram traduzidas nas palavras. A minha espera tem o mesmo sentimento de página virada, frente e verso, o escopo de desvendar o que nunca foi, na realidade, um mistério. Você não precisaria ler o meu diário, bastaria que olhasse com firmeza os meus olhos. Eles sorririam para você, deixando óbvio que todas as palavras apenas complicam as intenções.

Não há noite em que eu não feche os olhos sem me lembrar dos seus braços envolvendo o meu corpo, dois tornando-se um só, um sonho que se realizou tão depressa, na lentidão e certeza do toque envolvente. Seus lábios sedentos pelos meus, seu corpo necessitando sentir o calor da minha tímida alma. O silêncio se fundamentou no medo, no medo de te dizer que eu gostaria de não precisar dizer adeus, na vontade de te amar sem receio da perda, porém a vida tinha outros planos para nós e desde então eu me configuro nesse cenário de indefinição, de uma espera que parece maior do que todos aqueles anos que eu passei completamente sozinha mentindo para mim mesma que não me importava de morrer sem nunca ter consumado um amor. Você aos poucos foi derrubando todas as minhas convicções falaciosas construídas em cima do orgulho, desnudando antes do corpo, a alma, a parte mais importante de mim. Com as suas asas de anjo eu não vi necessidade de recuar, disso não me arrependo.

Eu o amo por todos os motivos existentes e inexistentes, por todos os feitos dele, pelo sorriso, pela voz, eu o amo e ninguém nunca precisou me apresentar a ele, ele simplesmente aparece nos meus sonhos e me deixa com saudade do que nunca vivi. Ele é o meu amor menos politicamente e socialmente correto. Ele simplesmente é amor.

Não sou o primeiro garoto da sua vida, nem o primeiro quero ser. Afinal, alguns idiotas passaram por sua vida. Sei que você sofreu por eles, e talvez não esteja acreditando mais no amor, mas eu peço, acredite! Acredite quando eu digo que te amo, é que realmente eu te amo, mesmo não sendo o cara que você sempre sonhou. Sei que o amor é muito mais do que isso ou aquilo, e sei que as vezes, ele pode ser complicado e parecer confuso, mas eu sei que você é a maior certeza da minha vida. Você chegou colorindo tudo com seu sorriso, entrou sem medir espaço, e ficou lá, pregada no meu coração, ficou quietinha, até se expandir, tomando conta do meu coração. As vezes me perguntei, o quanto aqueles garotos foram babacas de perderem você. As vezes me perguntava, o que realmente te fez gostar de mim? Não sou o Brad Pitty, nem tenho olhos azuis da cor do céu. Não gosto de jogar futebol e prefiro ficar em casa do que ir para a balada. As vezes, eu ria pelos cantos, tentando imaginar como tudo seria sem você, e parando para pensar nada teria graça sem você... Engraçado como você consegue ser madura mas mesmo assim não perder a essência de criança, engraçada e ao mesmo tempo séria e sincera. Como você consegue lidar com seus problemas, com um grande sorriso no rosto? Só há uma explicação: você é 1000 em uma só, e tempestade e sol, luz e escuridão. É meu raiar do sol e meu pôr do sol, minha lua, céu e estrelas. Como eu consegui conquistar seu coração sendo apenas um misero garoto prestes a terminar a faculdade de medicina? Mas quer saber? Para que respostas? Se eu tenho você? Para que saber disso tudo, se eu posso ter você? Posso contemplar seus olhos, beijar sua boca e imaginar como estaremos daqui há 10 anos. Não preciso de respostas. Não quero respostas. Minha única resposta é você. Posso ter milhares de defeitos, mas você, com seu jeito doce, perdoa cada um deles, e sempre faz questão de esquecer um a um. Nunca conheci alguém como você, e tudo que me aconteceu depois de você foi maravilhoso. Você trouxe uma imensidão de detalhes, trouxe alegria, sinceridade, verdade. Você chegou tímida, marcando território, e depois dominou tudo, devagar roubou meu coração. Chegou de repente, por acaso entrou na minha vida, mas eu te peço... Fica nela de proposito? Faça minha vida um eterno carrossel, onde a felicidade reina, e o ódio não tem lugar. Faça de mim, o homem mais feliz da terra, juro que te farei a mulher mais sortuda do mundo, aquela que todas invejam. Vamos ser um casal perfeito, digno de aplausos, invejado por todos... Mas pra isso preciso de você. Minhas perguntas sem respostas, acabaram quando você sorriu. Você é minha eterna resposta, a resposta que um dia sumiu. Foi embora não sei para onde, foi embora e ninguém viu. Saiu de mansinho, e deixou saudades. E essa saudade me invade, dói as vezes e me corroí. Me mata aos poucos e me destrói. Saudade da minha resposta. Que um dia, morou bem perto de mim. Foi embora não sei para onde, foi embora e me deixou assim. Apaixonado e abandonado, apaixonado por um querubim.

Nascemos com uma certeza na vida de que um dia nos iremos. Mas quando este dia chega para os que amamos, não aceitamos, questionamos esta certeza. Aprendemos com muita dor que a morte nos tira o que mais amamos quando menos esperamos. E passamos a acreditar que depois da partida a saudade é nossa segunda certeza.

Queria mais uma vez na vida.. dormir com seu boa noite e acordar com seu bom dia... me despedir de voce quando vai pra sua casa e no dia seguinte ver seu sorriso novamente...sentir seu beijo que da frio na barriga só de lembrar.. queria sentir sua pele macia como algodão... ver vc de 5 em 5 minutos passar creme... eu queria ter a oportunidade de te ver mais um dia... de que meu coração se recuperase dos pedaços que vc o deixou quando foi em bora... quero vc.. pra mim... pra agr... pra toda minha vida ❤

Sinto falta do seu cheiro impregnado em minhas roupas, sinto falta do seu perfume no ar, sinto falta do seu olhar, do seu modo de falar, das coisas que você me falava. Eu sinto falta de você. Mas muito mais do que isso. Eu sinto falta de nós. Da gente. Do plural. De quando saiamos e não tínhamos nenhum objetivo a não ser ficar juntos. De quando só a nossa presença importava, de quando um sorriso bastava, de quando eu não tinha ideia do futuro e só o presente importava. Tenho saudades de quando você sussurrava coisas no meu ouvido, de quando você um dia tentou cantar para mim, mesmo não sabendo cantar, só para me fazer feliz. Lembro que você me amava, e nem precisava dizer isso, eu lembro, eu via nos seus olhos. Lembro de quando a gente foi se afastando. De quando você foi me deixando me largando, me deixando cair no chão. Foi como se fosse ontem, você não correspondia mas meus olhares, um sorriso começou a não ser o suficiente. Eu não sei se você enjôo do meu jeito idiota, de minhas piadas sem graça, de minha risada sem motivo, dos meus choros por besteira, da minha falta de sensibilidade com coisas serias, da minha falta de cuidado com tudo. Talvez você tenha enjoado, talvez você nunca tive-se menos gostado. É talvez. Mas não muda o fato de que eu não enjoei, eu não deixo de pensar em você, de reparar em você, não deixo de sofrer, de te olhar de longe e sorrir, não deixo de pensar em mil motivos para fazer você me querer de volta. Não deixo de imaginar como seria ter você de novo comigo. É talvez seja assim, difícil mesmo perder alguém e saber que nunca vai poder ter de novo. E é nessa hora que você começa a ter um relacionamento com as memórias, aquelas reais e as que você mesmo cria para não piorar as coisas

O engraçado é que durante toda a minha vida, eu nunca fui de ninguém, e ninguém nunca foi meu. Quanta falta de adjetivos possessivos! Eu era tão singular… As vezes eu queria ter a chance de ser um pouquinho no plural. Eu era tão sem graça, que chegava até a ser engraçada. Eu tinha uns pedaços soltos por aí, e você devagarzinho venho juntando tudo… Chegando perto, se aproximando, me deixando sem fala, sem graça, me deixando ser sua. E eu adorava a ideia de ser pelo menos um pouco sua. Mal sabia você, que esse quebra cabeça que era eu, não possuía peça alguma que se encaixava. Não com você por perto, assim, de forma que eu possa ouvir sua respiração. Não com você com os olhos grudados no meu gritando que eu sou sua. Não com você se aproximando dessa forma perigosa. E quer saber? Eu nunca me senti tão bem vivendo em pedaços.

Outrora doce, outrora amarga. Outrora sua, outrora nada. Outrora quente, outrora fria. Outrora noite, outrora dia. Outrora, outra hora, outra alma, outro alguém. Outro dia, outro não. Outro amor, quem sabe, outro coração? Outrora amada, outra hora desarmada. Outrora desejada, outra hora despejada. Outrora loucura, outrora amargura, outra hora viver, outra hora existir. Outrora querida, outra hora esquecida… Outrora já fora alguém, hoje apenas um ninguém, outrora já sorriu com alma, Hoje apenas com os lábios. Outrora corria perigo. Mas quem sabe se salve outra hora?

Eu sabia, dês da primeira vez que você pôs os olhos em mim, o quanto você me odiava. Odiava minha voz, meio jeito de sorrir, minhas piadas sem graça, odiava o modo como eu pensava, como eu gritava, e insistia que sabia cantar. E talvez se na quela época eu parasse para pensar um pouquinho mais, teria chegado a conclusão de que você me odiava até quando eu respirava. A gente não se dava bem, não se completava, nem ao menos se suportava. E bem eu até poderia dizer que também te odiava. Suas palavras sempre coincidiam com suas ações, suas verdades sempre eram verdades, e o resto bem, que se tornasse mentira. Você não se importava, nem ao menos um pouco ligava. Porque eu não conseguia ser assim? Porque eu não conseguia jogar no mesmo jogo que você? Porque eu ligava e me importava? Você me dizia, tanto fazia. Dizia que o mundo não estava nem aí para ninguém e que eu provavelmente eu iria acabar sozinha. E que você provavelmente também. Dizia que pessoas como nós nasciam para viver sozinhas, e terminarem sozinhas. Fazia horrores com minha mente, trazia e criava lembranças das quais eu queria esquecer, você tornava o mundo mais difícil para mim. Você odiava meu cabelo. Não suportava vê-lo solto, dizia que o irritava. Não gostava quando eu começava a falar e sempre mandava eu calar a minha boca. E eu pensava, uau, que submissa eu. Me calando por um homem qualquer. Eu estava enlouquecida. Você estava me enlouquecendo, e me perguntava até aonde essa loucura iria. Até onde você chegaria com essa história mal terminada, até onde você me controlaria, até onde você iria me fazer agir sempre pensando em você, até quando você me deixaria, ou me agarraria para sempre. Você criticava meu modo de viver, e me dizia que eu iria morrer sem nada ter feito, enquanto na verdade eu pensava constantemente em que você iria morrer sem nada fazer. Eu criticava o seu jeito, seus defeitos, minha mente estava sempre posta para apertar o gatilho em sua direção. Meus medos de todos o maior era terminar sozinha. De envelhecer, e no fim de tudo, nada viver. Eu corria sempre para o inevitável, e queria mudar ser a mudança, e como sempre você me criticava dizendo que eu sonhava demais. Você afirmava que sim, eu não era ninguém. Mas bem, dias depois você me disse que eu estava te deixando louco, e que não aguentava mais dividir o mesmo comodo que eu por muito tempo. Você me odiava, me desprezava. Engraçado, achei que você tivesse dito que eu era um ninguém, gritei uma vez para ele. E bom, ele gritou de volta: “Você sabe e sempre soube que você não é nada, uma ninguém, mas isso só quando não está comigo.” E eu pensei, meu deus como eu odeio esse tipo de cara. A gente não se completava, não se controlava, nem se suportava. A gente não servia para nada, muito menos para ficar juntos. Mas bem, tínhamos algo em comum, nós dois odiávamos seguir regras.

Sinto falta dos belos momentos entre nós dois, das longas conversas sem sentido no chão da praça ao amanhecer de um novo dia. Sinto falta do que eu era antes sem você, da minha paz e calmaria. Sinto falta da época em que não te conhecia, da época que tudo era maravilha. Sinto falta do seu olhar certeiro que acertou meu coração em cheio, da sua voz, do seu cheiro. Sinto falta do seu jeito grosseiro e estupido de me fazer feliz. Sinto falta do que eu era sem você, mas acima de tudo, sinto falta de você. E hoje, só restou esse enorme paredão de orgulho, impenetrável, feito aço.

Domingo sozinha em casa dá nisso: eu com saudades de você. Tentei assisti um filme, você tava lá no andar do antagonista, tentei ler um livro você tava lá no jeito que o mocinho foi embora e deixou a mocinha sofrida, decaída, pelos cantos. Depois de todas as tentativas frustradas de tirar minha cabeça de você me rendi e abri seu perfil num site de relacionamento, nada novo, você nunca foi muito adepto de rede social e não sei o que é pior: não saber de você ou saber que você está infinitamente melhor sem mim. Comecei a ler nossas conversas antigas e chorei feito uma criança birrenta e me perguntei pela milésima vez o porquê de sermos tão bacanas juntos e não estarmos juntos. Há um bom tempo não sei nada novo de você, sei que se formou e que continua no mesmo emprego, mas não sei que banda nova você anda ouvindo, qual o livro recentemente foi adicionado aos seus preferidos, nem se ainda sente falta de mim. Já era tarde e queria tanto ligar pra você, nem que fosse pra ouvir tua voz e desligar rapidinho feito uma daquelas adolescentes e suas paixões platônicas, mas ao invés disso liguei pra o carinha atual pra vê se encontrava um pouco de você e dormia em paz. Não deu certo, ele tava apressado, voltando de uma viagem e eu desliguei rápido porque a pressa dele me lembrou o quanto você sempre teve tempo pra mim, não importava a hora, nem onde ou com quem você estava, você sempre me atendia com a maior paciência do mundo mesmo se fosse só pra eu te perguntar qual cor de sapato era mais apropriado para uma entrevista. Mas acabou, prometi não falar mais de você pra minhas amigas, prometi pra mim mesma não comparar você com ninguém mais, mas ainda não consegui entrar num acordo com meu coração, pra não lembrar mais de você, pra não ressuscitar você num dia qualquer quando o vazio aqui dentro me lembrar que você é exatamente do tamanho do que falta em mim.

A gente nunca daria certo, e eu sempre lutei para que você entendesse isso. Não adiantava ter química, não adiantava a gente ter o mesmo gosto pra música, rir das mesmas coisas, o problema é que nossos sonhos sempre andaram na contra mão e entre uma encruzilhada e outra a gente se encontrava. Você sempre foi tudo o que eu esperava em um homem, mas também foi tudo que eu não suportaria ter, porque você era bom demais pra uma menina tão milimetricamente errada como eu. Eu queria não gostar de algo em você, eu queria que você tivesse gritado comigo no dia em que te troquei pra dançar com outro naquela festa, eu queria que você não tivesse cuidado de mim quando eu tava sofrendo por mais um fora, tudo isso pra que eu pudesse sentir algo além de amizade, tudo isso pra que eu ficasse um pouco insegura em relação ao que você sentia por mim, porque a verdade é que eu sempre soube que você me amava e isso me afastou de nós desde o início, desculpa mas nunca soube lhe dar com o amor, muito menos um como seu, tão livre, tão entregue. Hoje acordei com uma saudade absurda de você, vez ou outra eu acordo assim culpando até minha última geração por ter deixado você ir, mas no final do dia eu sempre durmo com a certeza que foi o melhor pra você. Você me ensinou a deixar meu orgulho de lado, a ser menos egoísta, porque no dia que eu pus um fim em nós eu pensei mais em você do que em mim, eu sei que você não acreditaria se te falasse por isso me calei, deixei você ficar com raiva pra te livrar de um sentimento que não ía te levar a lugar nenhum, não era justo eu prender um passarinho na gaiola, cê me entende? Queria te dizer que nunca conheci alguém tão bacana quanto você, que se eu pudesse escolher uma risada minha seria uma com você. A última vez que te vi foi numa festa, tão lindo, rodeado de amigos como não podia deixar de ser sempre foi irresistível ter você por perto, você me viu, correu e me deu um abraço desses que estala seus ossos das costas, sorriu com aquele riso de quem não tem nada a perder e me disse: Pensei que nunca mais iria te ver, na hora eu tremi, pela primeira vez eu tremi na sua presença, eu sempre tão segura de você, me senti tão pequena, pela primeira vez eu não vi amor em você, pela primeira vez você me cumprimentou como uma simples amiga, era apenas carinho, você se despediu e eu só quis te pedir pra que você ficasse, me amasse só por mais um dia, porque fazia um tempo que tava sentindo uma falta descomunal daquele teu olhar de devoção, mas não disse nada e você foi. Soube que você tá feliz, arrumou alguém e que planeja até se casar, quando vi uma foto de vocês numa rede social, fechei os olhos e desejei, não você de volta, mas desejei com todos as minhas forças que essa garota te fizesse feliz o tanto que eu quis fazer, mas não consegui.

Acho que essa vida urbana acabou que matando um pouco da minha inocência poética, quase lírica, que eu tinha antes de vir para cá. São Paulo é uma cidade contagiante, traiçoeira e extremamente envolvente. Não tem como viver distante de sua realidade. Ou você acompanha o seu ritmo avassalador de megametrópole ou sistematicamente é esmagado, deixado para trás, sem nenhuma compaixão. Salve-se quem puder! O tempo por aqui anda mais depressa, não há espaço para um poeta sonhador, feito eu...

Triste fico quando estou longe de você, vem me abraçar, sorrir, esqueçer dos problemas diarios, tocar teu rosto é o meu desejo, olhar nos olhos e dizer: Te quero, sinto que essa chuva reflete meu sentimento, como as gotas caem no vidro da janela do quarto, na mente cria uma melodia insuportavel dizendo te amo, te amo e te amo, gotas caindo formando a melodia mais perfeita e sinistra, por me deixar feliz e triste por não ter voce aqui em meus braços, para poder te abraçar

Sozinha com meus pensamentos, com minhas musicas, com minha sombra, com minha solidão. As vezes é bom, outras me trazem dor. Ao meu redor eu tenho as rosas que você me deu, e arrancou-me sorrisos sinceros, tenho também escritas sobre você, sobre nós, tenho fotos, livros, tenho teu cheiro, canetas que o desenhariam sem nenhum esforço... Em mim, eu tenho saudade.

Hoje quando acordei fiquei pensando. Depois de você ter me deixado tive uma epifania desse negócio chamado amor. O amor é uma droga, no qual te vicia, e você fica totalmente dependente dela. E quando você perde sente falta, chora, sente saudade. Dá vontade de gritar, de correr atrás pra se drogar mais e coisas assim. Mas como toda droga o amor não é diferente. Um dia você vai se acostumar, seu corpo vai se acostumar viver sem aquela dependência, as vezes você vai ter uma recaída, vai ficar feito boba pensando naquela pessoa, mas você precisa ser forte e aguentar viver sem essa droga que te fazia bem, mas que talvez não fosse pra ser. Você vai aprender também que o amor é inevitável, quando você menos espera ele te pega. Essa droga é diferente de todas as outras, porque você não escolhe usar ela, mas ela escolhe usar você.

Qual o valor que você está dando para os seus entes queridos? Qual a importância que está destinada para os seus melhores amigos? Aqueles que são o abraço forte nos momentos difíceis e os doces sorrisos nos momentos alegres. Descalçar-nos das coisas sem importância, daquilo que pode ficar para depois, ou para outro dia e apreciar uma suave conversa olho no olho também é necessário se desejamos colher aquilo que plantamos. Existe um ditado que diz não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje, mas isso só deve ser seguido se aquilo que for para se fazer no hoje seja uma declaração de amor, um abraço demorado, um sorriso para um desconhecido, um banho de chuva com alguém especial, um bilhetinho escrito “eu te amo” colado na geladeira antes de sair para o trabalho, uma mensagem de admiração pelo celular antes de uma visita ao médico, uma ligação para alguém querido que mora longe. O que importa fazer hoje é aquilo que não nos arrependeremos de ter se deixado para fazer amanhã. Sim... um dia o amanhã poderá ser tarde demais.

Sim, “irmã morte”. Irmã difícil de ser compreendida e integrada ao convívio humano. Ela está sempre nos recordando que podemos tanto, mas não podemos tudo! Do tanto que é nos dado na origem, a morte vai recolhendo, pouco a pouco, tudo. Uma coisa, porém, ela não nos tira: a saudade. Saudade diz de uma dor que fica entalada na garganta. Uma dor que faz o peito doer. A saudade é coisa bonita, mas dói. É a expressão de um querer bem, de amor... Nós sabemos: o amor é mais forte que a morte!

Tem uma hora que ir embora é a melhor opção.Não adianta dar murro em ponta de faca,como diz minha mãe,o que não tem remédio,remediado está.E assim eu sigo indo,seguindo,sumindo da vida das pessoas,as vezes dói,outras vezes nem tanto,mas não importa,porque isso passa,sempre passa.E eu vou,não sei até quando,talvez até o dia que meu coração de marinheiro encontrar um porto.