Cartas de Saudade
Calma... em que ano vivemos mesmo???
Anos 2000???...época 2000???...2000 e quanto???
Quantos momentos realizados e memorizados? Quantas histórias para contar?...quantas músicas para recordar?...quantas lembranças para ao menos sentirmos saudades.
Diante de um mundo tão apressado e tecnológico, cada vez menos vivemos realmente um tempo de verdade, com pessoas para fazer história.
Tudo hoje é tão rápido, supérfluo... Quanta coisa fútil, músicas sem nenhum conteúdo que estouram durante uma semana... mas se quer sobrevivem para fazer história, pois na verdade; não são realmente músicas, mas sim o reflexo de uma sociedade doente, sem valores.
O que as crianças de hoje vão contar futuramente??? “Na nossa época...” (que época?)...tudo hoje acontece na rapidez de um click.
É triste tentar responder a essa pergunta, quando nós tivemos sim uma época, “anos” para contar e marcar a história. Anos 80 por exemplo, uma década, isso mesmo 10 anos, não apenas 10 clicks, ou 10 “curtidas”. 10 anos de tendências, músicas, estilo, brinquedos; fatos que compuseram realmente uma estação.
Ah...como seria bom para a própria humanidade, se as pessoas não corressem tanto....se não esmagassem os minutos em busca de suas ganâncias, gerando assim tanto estresse e descontentamento, para sobreviverem num mundo de aparências.
E tentassem simplesmente viver de verdade cada segundo, e que cada segundo preenchesse um momento para se fazer história.
De repente me bateu uma vontade do teu abraço...
aquele abraço em que o tempo pára..parece que o universo
todo cabe num só abraço...um abraço apertado, sincero,
amigo, que fala tantas coisas sem dizer uma só palavra..
não sei dizer quantas palavras cabem em um abraço..
até porque foi de repente que me bateu a saudade do teu abraço...dois sorrisos,
o aconchego, o carinho de um momento especial...
olha só...a lua brilha lá no céu..vejo o reflexo no mar...parece até
que o mar está agasalhando a lua...que estranho...de repente
bateu essa saudade...uma vontade do teu abraço...
Rosa
A vida sempre nos reserva surpresas, sejam boas ou ruins. Entendemos que as ruins - por assim julgarmos - nos fazem aprender e melhorarmos. Porém, como seres imperfeitos e materialistas que somos, temos o costume de nos compararmos com os que acreditamos serem mais felizes. Será mesmo?
Outro dia estava conversando com um rapaz com pouco mais de duas décadas de vida. Ele contava-me que tinha uma definição de felicidade que até o presente momento eu desconhecia, pois sempre ouvi dizerem, de uma forma ou de outra, que felicidade era sinônimo de bens materiais. Já intrigado, questionei-o qual era sua definição e como ele chegara àquela conclusão. Ele contou-me sua história até então:
"Olha, senhor, nasci sob alto risco, ficando por dias rodeado de cachorros e gatos de rua. Fui abandonado pela genitora com semanas de vida e com poucos meses fui colocado à prova com uma pneumonia dupla. Plantada essa rosa tive todas as doenças infantis posteriormente. Uma roseira se fez! Na dureza do dia-a-dia fui aprendendo com o que ouvia e, principalmente, sentia, daqueles que rodeavam-me. Após alguns anos fui submetido à uma cirurgia. Recuperação um pouco conturbada, todavia mais uma rosa plantada. Sem deixar-me abater e sorrindo sempre, consegui chegar ao último ano da etapa chamada colégio. No meio do ano, uma apendicite supurada ocasionando abscesso de parede posterior poderia fazer-me desistir. Entretanto, este termo não consta no meu dicionário de vida. Outra rosa, após meses, fora plantada. Segui em frente. Aprovado no vestibular em curso escolhido apenas para ver nascer o sorriso daquela que criou-me juntamente com meu pai, novamente o destino insistiu em fazer-me desistir, levando-a a poucos meses da formatura após cinco anos de faculdade. Ainda sim, jamais desisti do que sempre me fez afirmar que sou feliz...simplesmente ajudar aos outros com o pouco que aprendi e possuo, desejando ajudar muito mais, ainda que insistam em dizer, dia após dia, que não será possível e que o dinheiro é tudo na vida. Mas, por quê essa dúvida? Quem é você?"
Impressionado, resolvi fazer mais uma pergunta antes de responder a essas que ele havia me feito:
- "Mas por quê a cada superação você diz que plantou uma rosa?"
- "É simples. Cada vez que deixamos a tristeza aproximar-se estamos perdendo a possibilidade de fazer um sorriso nascer no rosto de alguém e o valor de um sorriso sincero é inestimável. Por mais que eu sofra por dentro, por mais que seja doloroso, sempre terei um sorriso e uma palavra de força e coragem para ofertar, além de fazer o máximo para ajudar. A rosa, como símbolo de afeição, delicadeza e beleza ocasiona imensa alegria e um estado de espírito maravilhoso. O senhor já ofertou uma rosa a alguém hoje?"
Sem jeito, respondi as suas questões anteriores:
- "Não importa mais a razão da dúvida. Antigamente eu atendia por Ganância, mas a partir de hoje pode me chamar de Rosa.
HOMENAGEM À MINHA MÃE, ARLINDA BARRETO - LUTO ETERNO!
Falar eu te amo é fácil...
Basta ser sincero, respeitar, honrar.
Difícil é, não poder mais dizer EU TE AMO, MINHA MÃE.
Você deixou uma lacuna em minha vida que jamais se fechará,
Jamais meu sorriso será o mesmo, minha vida será igual.
Problemas, sempre tive
Mas Você deixava a vida tão doce, tão possível!
Com sua fé, deixava tudo tão próximo, atingível.
Só sabe o que uma verdadeira Mãe, quem teve uma Mãe de verdade e se comportou também verdadeiramente com Ela, pautada na decência, carinho e muito respeito. Amizade mútua para todas as horas.
Aquelas histórias que eu já conhecia, mas que Você continuava repetindo, mas eu gostava tanto de ouvir, era como se estivesse ouvindo pela primeira vez...
Impreterivelmente, todo sábado no horário do supercine, você estava preparando o feijão de domingo... colocava um pouco de feijão de corrute e conversávamos até de madrugada.
A casa cheia, os da família e os amigos vizinhos que gostavam de estar em Sua companhia.
Deus nos conforta sim, mas poder ouvir sua voz, seus conselhos, seu sorriso, sua paz, sua segurança, sua alegria, serenidade, isto tudo... Eu não tenho mais...
Dia 28, mais um ano sem Você, é como se fosse ontem, onde o céu deixou de ser igual, as nuvens sempre mais turvas e, não tenho Você para dar o seu toque de classe “Minha filha Deus proverá” e com isso, o mundo se abria, o impossível acontecia e estava sempre pronta para o que desse e viesse.
Mas, Mãe, sua força, dignidade, amor e esperança continuam permeando entre seus filhos que se dignam de poder dizer Somos Filhos de Arlinda Barreto.
VALENTINA
Esses milênios todos que vivi tentando corrigir imperfeições, foram tempos preciosos que perdi; só fiz por merecer mais provações. Encarnei rico e vi na caridade o meio de exibir a minha riqueza. Depois, vim pobre, e por sagacidade, tirei um bom proveito da pobreza. Alma fechada, oposta à evolução, visando a carne, indiferente à morte, jamais cuidei da minha salvação. O hedonismo sempre foi meu norte. Fui cego, surdo, mudo e mutilado. Também já vim com a forma de Narciso; matei por vício, e após fui trucidado. Sofrendo o talião tão justo e preciso porém nesses milênios que passei atravessando a terra ou atravessando espaços uma coisa eu conservei, qual chama viva a iluminar meus passos. Começou nesta encarnação, quando Valentina nasceu, enfim. E pelo tempo afora desde então, não sei se vivo nela ou ela em mim. Essa paixão que a cada dia aumenta, de beijos e carinhos se alimenta na terra e ficará pelo espaço eternamente. Ela fez tornar-me ao Carma indiferente, transformou o averno em mundo de magia, e a Terra triste em Éden de alegria. Por isso, morrerei, quando for a hora, sabe lá o dia, com alegria; mas mal conterei em frente à Deus a minha rebeldia, que tão logo na família dela quero reencarnar. Ao que presumo, a aprovação, com base no livre arbítrio, consiste apenas em me acompanhar. E temo que ao findar aqui a minha missão, pelo umbral eu fique um tempo a gravitar. E se por lá ficar, ao ver-me órfão deste amor bendito, sentir-me-ei, então como um proscrito, sem luz, sem guia, e longe da verdade. Mas hoje, com dias e horários marcados para buscá-la já fico aflito, enlouquecido, ébrio de amor, carpindo no infinito o Carma doloroso da saudade...
Perfume de uma amor.
Erros nem sempre são para sempre
Lamentações as vezes nos fazem recordar
Esquecer também faz parte de viver...
Lembranças as vezes me trazem você
Mesmo doendo prefiro, a lhe esquecer
Odeio pensar que tudo pode ter um fim...
Costumo deixar o tempo passar
Longe de você sobram me as rosa
Um agridoce perfume perdido no ar...
Se soubesse que sonhos são eternos
Jamais acordaria ou dormiria para sempre
Unidos pela surpresa de nossas alegrias...
Daria minha vida por mais um segundo
Se este instante fosse ao teu lado
E quem sabe assim sentir o teu perfume...
Não desejo nada alem de uma felicidade
desde que a felicidade seja você
Mesmo que o amor contrarie a razão...
Aprendi com o tempo a implorar, uma chance
Surpresas também podem nos encantar
Perdidos ou em busca de um lugar seguro.
O vento soprou teu perfume pra mim.
Fez comigo o contrario do amar
Transformou lembranças em dor...
Esquecer tornou-se difícil pra mim...
AH! COMO EU QUERIA QUE O CANTO QUE EU CANTO AGORA TIVESSE O MESMO ENCANTO DOS CANTOS QUE JÁ CANTEI
QUERIA QUE A LUA QUE VEJO AO LONGE FOSSE A MESMA LUA QUE UM DIA TROUXE DENTRO DE MIM
QUERIA QUE O TEMPO QUE ME AMARRA
FICASSE POR UM POUCO FROUXO PRA QUE UM DIA EU TE ENCONTRE UM POUCO ,
UM POUCO MESMO QUE LONGE DAQUI
AH !! COMO EU QUERIA QUE AS CORDAS QUE EU TOCO AGORA TIVESSEM O SOM DO PINHO QUE EM TODO CANTO ME ACOMPANHAVA QUANDO PRA TI TOCAVA OS SONS MAIS LINDOS QUE JÁ TOQUEI
MAS JURO QUE SE UM DIA EU VOLTO EU VOLTO INTEIRO COMO EU TE ENCONTREI
FOI COMO UM SONHO,
ENCONTRAR A VIDA INTEIRA
EM BREVES INSTANTES REPRIZADOS
E VER QUE O MEDO DE PERDER
É O QUE NOS TIRA TODAS AS CERTEZAS
VER QUE OS CONCEITOS CRAVADOS NA ALMA,
PASSAM A CRIAR DÚVIDAS ENTRE O BEM E O MAL
E QUE AMORES FORTALECIDOS PELO TEMPO,
CONVIVEM COM A DESESPERANÇA DA FÉ
ES QUE SURJE O TEMPO DE MUDAR
PODAR COMO FORMA DE CRESCER
FAZER MAIS COM MENOS E ENFIM
MORRER COMO CONDIÇÃO DE VIDA.
FOI COMO UM SONHO,
ONDE O ESPELHO NÃO ME VIA MAIS
O TEMPO TEVE SEU TEMPO CERTO
MAS FOI DERREPENTE,
“NÃO MAIS QUE DERREPENTE”
RESTOU A SAUDADE DE MINUTOS,
DE VIDA
Depois de horas de amor, escrever poemas de juras finitas, sem esquecer dos palmos e toque de mão no corpo a corpo a se contar, faço para você uma pausa ao tempo de não poder vê-la. Fico inquieto, e termino de escrever essa singela alucinação, que sei que irá gostar, você sempre disse que gostava das alucinações e saudades que escrevi para você.
Quanta saudade. Não conto.
Moça !
Pela primeira que, te vi,
Totalmente me perdi,
Não sabia mias rumo direção segui.
Verdade
Pensei nunca mais ah viria,
Deu inspiração pra vida,
Coisas não mais já mais fazia.
Saudade
Não acontece por acaso,
Preciso estar dentre seus braço,
Sentirei feliz confortado,
Sua amizade , lealdade, humildade gosto, fato.
E dela não quero nada demais, porque pouco não é dela, mais sou sincero, sem ela nunca vivi, não vivo e não vou viver, ela se cravou e sentou em mim, e estou aqui, agarrando os bom momentos, fazendo disso felicidade, e à dela não corresponder com os nossos planos, tão pequenos mais feitos entre nós, nos momentos mais íntimos de amor, e saudade guardo todo dia quando não a vejo, quando não a beijo, quando não a sinto, aqui bem perto de mim.
Poemas já não sei se consigo escrever, mesmo sendo todo saudade e solidão. Sem ela aqui tudo ficou vazio, nem o pingo da torneira cai mais com saudade das manhãs quentes de amor da gente, e do nosso amor no banheiro. Feito cobra cega sou bicho sem luz, vou apenas pelos sentidos, amor.
Pra você.
Esta tínhamos, muitas,
Nossa mente corpo , alma árias risadas,
Dentre ela enes sadias.
Entre nossa amizade ,
Palavra na qual tornou em realidade,
Muitos não sentem, não nossa compreensão desta naturalidade.
Dois quais vivemos distante,
Uma questão de encanto e,
Fator sente ambos verdadeiramente,
Mesmo quando não presente .
Saio na vida caminhar,
Dentre flores , árvores, sinto você brilhar,
Saudade enorme em você tocar,
Como se fosse vento brando, ameno igual seu olhar.
_________________________________________Benedito Basílio
Longe de ti
Longe de ti,
Eu sou uma miragem,
Refletida nos campos sem vida da solidão.
Sou um sonho,
E sou uma imaginação.
Longe de ti,
Eu sou uma saudade,
Sou um pranto de lágrimas,
Quase uma insanidade.
Longe de ti,
Eu sou um rio frágil,
Ansioso para encontrar o mar,
Sou um arco-íris apagado no céu,
Sou o reflexo de um sonho bonito,
Suspenso, planando no ar.
Longe de ti,
Eu sou uma flor pálida,
Nascida à beira de um escuro caminho.
Sou uma poesia lacrimosa e nostálgica,
De um poeta triste e sozinho.
Longe de ti,
Eu sou um andarilho incompreendido,
Perdido nos labirintos do pensamento.
Vivendo uma vida inventada,
Em um mundo sem sentido.
Querido amor meu
Tu bem sabes que te amo
Isso é fato consumado
Eu te amo e sei que tu me amas
Nem te imagino em outros braços
Beijando outra boca,
Sentindo o calor de outra
Amando outra ao invés de tua alma gêmea
Oh querido e ingrato amor
Te amarei eternamente
Ate que o sol poente pare de se por
Tua alma
Eu vou buscar a luz de tua alma encantada para embriaga-me no horizonte supremo entre o céu e eu Vou correr entre solidão e saudade sem olhar os pingos deixados pelas minhas lágrimas jogadas sobre as pedras do destino. Olho para dentro de mim e vejo os cortes retalhados do tempo. Sigo meu destino com alma dorida sem apego do passado. Vejo a luz ressurgir sutil e delicada, com soberania da eternidade do cosmo. Oh! Como e belo a paz de mim mesmo, como é infinito o Deus supremo de meu coração. Encanto-me cada vez que me aproximo da luz que erradia Da alma do meu eu. Adentro-me sobre ela na paz das lembranças dos retalhos do passado Vou voar de encontro ao céu de tua alma e banhar-me nas águas do olhar, para iluminar o caminho das pedras da jornada que vou passar. Com encanto e magia com o elo do meu eu, Seguro nas asas do vento do pensamento E purifico o corpo desnudo do tempo.
O doce amargo de meus erros
Regressei no tempo em dor Plantei na eternidade o futuro Na plenitude do amanhã com o perdão no peito Respirava o sabor do encontro com saudade. Firmei compromisso com a luz celestial Nasci com sede de viver. Desbravei o mundo sem resposta procurei o destino Encontrei solidão. Multipliquei minha vida em mais vida, renasceu em outra Dimensão aprendendo com a dor. A conhecer a mim mesmo, Busquei nas estrelas o caminho. Provei do amargo de meus erros. Aprendi com doçura amar o destino de minhas mãos. Agradecia cada momento da jornada da flor que Recebia com espinhos. Sentia minar o sangue que escorria em minha pele desnuda. Provava o cheiro da vitória de um novo encontro, Cada dia pedia ao céu que apressasse a imagem a Projetar na minha. No leito repousa as lembranças da saudade sem força de continuar. Ao longe no horizonte si via tua mão a chamar
Cosmo perfeito
Dentro da esperança encontro forças vindo de Deus. O amor une sabedoria e paz que habitam em meu ser. Quando o amor nasce surge a esperança vinda da fé. Junto com a caridade vem a luz divina trazendo o perdão Junto ao nosso pai suplico em oração trazendo em meu coração paz harmonia e vibração. Adentro em minha colheita frutífera de luz onde é permitido mergulhar entre o cosmo e as estrelas. Busco o equilíbrio do bem e do mal onde só renascem o amor a paz e o perdão. Caminho em estradas e vales em busca do aprendizado e tento compreender o homem sem moldar sua caminhada. Em meus sonhos de paz relembro os vales encantados por onde percorro em meditação. Busco forças para as provações terrenas.
Cai a noite tristonha sem fim
Sobre sorriso suave esplendor Quando o sino toca no alto da torre Dando badaladas de saudades do amor
No sereno da madrugada relembro teu encanto Corria para teus braços Debruçava no colo com soluço de menina
Via em teu peito brotar a esperança Transformado em menino corriam os pensamentos Via sua alma dolorida O tempo laçava dando o nó da vida Enterrado como a árvore antiga com seus galhos Quase sem vida
Pedia ao vento para ser mais forte Lançar sem piedade o encanto da magia Buscar o sorriso vai levar o soluço Roubar teus pensamentos Transformando em alma minha
Cada vez que me prendo em teus braços Escuto tua voz e vejo-me em teus olhos Enlouquece-me a alma
Trago em minha alma tua pele tatuada Em meu peito Carregado de desejos Procuro e encontro o equilíbrio da água Que jorra em terra seca sem vida
O brilho da sensatez do inconsciente da mente Jorra a angustia da busca de mim mesma Ao acreditar que em mim encontrei O elo da noite
Busquei ao longe brilho oculto Sequestrei a alma e mostrei a terra Para o mundo Colocando a luz entre mim e meu sonho
passo meu tempo olhando O vento Que passa com o tempo O tempo que voa para longe O longe que é tão perto de mim
Em mim que ao longe ver a distância do perto Perto da saudade de meu peito Ouço as batidas do tambor no meu coração Jorra sangue pela terra do passado
Escorre no peito cansado a água cristalina Dentro de mim jorra a ansiedade
Que habita dentro de uma gota do sorriso ao encontro da primeira vez
Respiro o cheiro da pele da vida Como um lírio que repousa adormecido De um longo sono Dentro do sonho revivo o cheiro da vida Acordo com o cheiro de sonho Na pele do sono
Ainda me lembro dos sonhos Lembranças de estar onde nunca fui Saudades do que não aconteceu Acontecimentos que não foram vividos
Certeza que não volta mais Morrer para nascer novamente reviver O voo da gaivota sobre o arco-íris
Sentir o perfume de gardênia E deixar misturar com o aroma das plumas Do ar É triste perder o que não teve Chorar o que não viveu
No coração de mulher Bate a canção da sinfonia da saudade Vibra com emoção como nota da primeira Canção
Em tom suave Declamo em voz de anjo Em canção o canto triste em oração Declaro na emoção Na batida do coração com ausência Em sabor de mel sem fronteira
Quero voar outros mares Sem pressa de chegar Abri minha visão para derrubar barreira Sem medo de acordar Ouvir seus passos mansos no acorde da melodia De ser mulher
Saudade entrou Encontrou a desilusão Permaneceu no destino a punir Com punhal a cortar a intimidade da luz Em dia de sol vem o encontro da suave memória da canção Do verbo amar
Contemplei nos Alpes da ilusão Esperei em sonhos o retorno e chorei Sem querer voltar Busquei na memória o passado que não existiu Esperei o que não tinha As lágrimas cairão na face cansada A esperança morreu Na sepultura do desencanto permaneceu o sensato Na desilusão que permaneceu sem destino
Meu caminhar é repleto em flor Seu perfume exala odor Deixado o belo surgir em pedras No nascer do sol Deixo as pegadas cravadas em sonhos No futuro que espero no presente Em momento de reflexão recebo com gratidão A passagem da miragem do caminho Em torno da orla do tempo regresso na anciã Da primeira vez Rejuvenescida pelo amor respiro toda ternura Doada do beijo adormecido
Reencontro nas lembranças em retrospectiva do ontem Em delicadeza límpida no momento de pura vibração Levito em pensamento na fotoplastia da alma
O amor a Deus prepara em mim a voz do Pai Entre desencontro no mundo entrego em tuas mãos Sagrada de paz No coração do mundo encontra entre o elo do céu azul Na natureza vou buscar a mensagem do pai Encontro em mim paz do meu eu em oração Canto na voz dos anjos Entro em júbilo a meditar Com tempo permanece em mim a brisa mansa das Mãos guiadas pelo caminho da consciência de Deus
Sobrevivi, acordei, renasci Trago a paz comigo no encontro da tarde Com anoitecer Sonhar... é preciso procurar entre canção e poesia Decifrar o encanto do astro lunar
Encostei nas sombras de meus pensamentos Em teus sonhos de menino moleque
No sorriso e gargalhada de sua alegria constante A pureza de tua alma alva e límpida do amor Quero bailar contigo nas ondas do vento Sentir o toque suave da brisa do amanhã
Ver o nascer do sol Entre os montes de solidão Correr contra o tempo Fazer chorar a alma no êxtase entre poesia No som da canção
Os dias foram contados As horas marcavam o encontro a cada segundo Do respirar do amor Se lançava sem medo de ser feliz
Sobreviverei às tempestades Olharei para o céu de minha alma Contarei cada estrela e cantarei louvor a ela Que o brilho de cada uma será o amor em forma de luz
Declaro meu amor no infinito Registro em folhas brancas do ontem que será Para sempre único
Declaro no claro da manhã Em branca e alva adocicada de seu mel Dos beijos transformados nas saudades em noite de luar
Relembro com ternura o sonho do passado Trago na mente ideias que plantei
Árvore que deu fruto Enfraquecido do vento com o sopro do destino Voou contra o tempo
Sem forças para renascer Enlouquecidos pelas sombras do amanhã Tentaste replantar por várias vezes
O passado não brotou O sonho não levou ficou com saudade no Coração do mortal que a vida não levou
Com os olhos gemido de lágrimas doridas Parti em regresso com apego à luz Busco a vida a navegar no horizonte Quero entender a natureza Falo à terra com suprema ânsia do âmago Em dor
Guardo no peito a luz do regresso Na direção do horizonte eterno
No gemido de lágrimas navego meus olhos Doloridos em direção ao infinito
Busco Deus no íntimo em apego a alma Em delírio ao paraíso
O acaso do descaso tem o cheiro sem sabor Vem o vento e traz consigo o destino A razão e a dor O tempo passa os dias voam Vem a gaivota a voar sem rumo no prumo do vento
Canta o tempo Assobia o vento Penetra no ouvido da terra virgem Cai a tarde vem repousar o cheiro do mar
Relembro a pintura de sua imagem estonteante Traz com sorriso de alma suave No primeiro dia tranquilo das marés Nasceu o suspiro unindo a esperança Recordando as noites nas réplicas das saudades
Não sou eu nas entrelinhas do papel Mas sou eu no papel a recordar Junto com o espírito envolto no véu em luz
A relembrar o doce que não provei O amargo que não senti Degusto em vida o sabor das lembranças
Agradeço com fluídos e vibração ao Trabalho em evolução da alma
* * *
Eu já vi pessoas confundirem-se no uso das palavras Melancolia e Nostalgia.
O melancólico sente uma tristeza sem motivos, profunda, porém vazia de porquês. O nostálgico entristece movido por lembranças, saudades e alegrias que morreram.
Os gatilhos de uma, moram no cérebro, com suas sinapses. Da outra, no coração, com razões que a razão desconhece.
A melancolia oferece um caminho de volta para a euforia, embora acabe dando o ar da graça novamente, nos momentos mais inoportunos. Já a nostalgia, agarra-se na periferia das nossas emoções, oferecendo-nos a felicidade das memórias passadas, mesmo que diluídas em fragmentos de adeus.
Pense nos idosos, talvez esqueçam o presente, com o intuito de matar a tristeza sem causa, e vivam com a satisfação de serem nostálgicos, viajando ao passado sem bilhete de retorno à realidade, pelo simples fato, de que nela, reside a solidão.
Ela foi até os lugares que só iria se ele estivesse ao seu lado.
Ela esperava encontrar ele lá, mas ela sabia que era impossível.
Sentou-se e experimentou o sorvete que ele tanto falava mais ela nunca quis tomar, jamais imaginou que o sabor daquele sorvete era tão péssimo assim, jamais imaginou que ter ele ao seu lado era tão valioso, se soubesse teria aproveitado mais.
Ela não sabia se ele tinha ido para cima ou para baixo, sabia apenas que ele tinha ido embora para sempre, mesmo assim, ela o desejava, mesmo que fosse por um instante, apenas para abraçá-lo como se aquela vida não fosse ter fim.