Cartas de reflexão

Cerca de 7872 cartas reflexão Cartas de

⁠" Nós que passeamos pelos campos floridos do amor
sabemos da saudade, da dor, da fé
também conhecemos as belezas dos abraços
dos olhares cativos
das sombras do corpo dançando suave
ao final de uma tarde qualquer
nós que repudiamos a ausência
temos na presença o sabor especial da vida
curtimos os desejos, as praias, os passeios
nós que ainda não nos encontramos
sabemos que isso é apenas um detalhe
que o destino logo logo
se encarregará de juntar...

Inserida por OscarKlemz

Me sinto impotente, vulnerável e pequena. Me sinto perdida em mim mesma e não encontro a saída. Minhas lágrimas caem pesadas e os soluços são tão fortes que pareço não mais suportar tamanha sensação. Tu és a cura, vida e fonte de água viva, dá-me de beber e cura-me. Preciso do teu toque, do teu olhar. Olha para mim. Ainda acredito nas tuas promessas e não quero me desligar delas, mas caminha comigo. Tudo que peço. Me dá a tua mão, me tira desse chão. Sem ti eu não consigo.

Uma carta para Deus.

Inserida por provacoes

⁠Te desejarei na distância
na ausência
na falta
e mesmo que tua vinda seja apenas um sonho
sonharei contigo, todos os dias, até o fim
porque para mim, não existe outra
e longe de ti
solidão será minha companheira
porque não te amo pequeno
mas imenso, incontrolável, duradouro
feitio que me faz ser teu e incapaz de pensar em ser infeliz
pois a felicidade para mim
tem a graça do teu riso
o gingado do teu corpo
e a conexão perfeita com o teu nome..

Inserida por OscarKlemz

Quem diria que você seria a mais bela
Linda formosa como uma rosa⁠

Quem diria que a data 21/12/2022 tudo mudaria. Simplesmente uma conversa uma energia. Quem diria que no dia seguinte nossos laços se formariam.

Química desejo, despertou um sentimento. Eu diria a todos que você chegou, mudou sentimentos, pensamentos e desejos.

Hoje vivo um amor, uma vida, uma nova família.

Ela a mais bela.
Ela a minha inspiração, fonte de inspiração para o meu ser, meu ano se completou em 2023 aqui estamos. Temos planos, desejos e medos. Mas temos um grande desejo. Viver, sem temer do que iremos ser.

Ela é a inspiração dessa frase, essa criação, fonte de inspiração.

Te amo Luana

Inserida por LauroLibourt

⁠Quando me disse que nem sempre sábia ser receptiva a carinhos,
como uma gata assustada sem saber se a mão que chega vai ser de calor ou dor...
E que o abraço é uma troca de confiança pq desnuda e abaixa a guarda ficando vulnerável aos caprichos das emoções...
Pensei em dizer que as vezes por conta de sentimentos ficamos vulneráveis antes mesmo de um abraço ou mesmo mãos dadas...
Pois se tratando do coração sempre estamos a flor da pele...
E é sempre uma Dádiva quando sentimos reciprocidade ...
pois todos carregamos dentro de nos nossas dores e receios ...
Espero e sinto que vc trata com devida dignidade e sensibilidade que mesmo com suas garras leoninas e bem afiadas afaga carinhosamente qdo percebe sinceridade...
eu sempre lisonjeado e encantado sinto dificuldade em evitar certa dose de audácia que meu coração pede ...
porém o faco com máximo cuidado e cavalheirismo que lhe é devido...
Dama dos olhos rasgados que tão bem tem feito ao meu coração...❤️
Carta em resposta a Ela
Jeran Del'Luna - Gypsy Heart

Inserida por JeranDelLuna

⁠Nunca tinha parado para pensar no real significado daquele pedaço dobrado de papel. Outrora era só mais uma folha em branco, guardada junto a outras 500 iguais em um pacote.

Não entendia o que ele representava quando o ganhei de uma pessoa especial e continuei sem o entender quando o queimei junto a outras lembranças de um passado não tão distante que, apesar de sombrio, guardava em uma parte especial da mente.

Pedaço esse que tinha a forma de um coração, dobrado uma parte de cada vez, construído assim como se constrói o amor.

Hoje, escrevendo essa carta, me pego a imaginar no que pensava enquanto o dobrava, o que sentia? É um exercício inútil de mais para me aprofundar, pois existem tantas possibilidades que não caberiam em uma carta e nem se quer em um livro de mil páginas. Mas se eu fosse resumir, acho que amor.

Tu me deste em minhas mãos o fruto de um sentimento, eu o guardei por tanto tempo, por tantos invernos onde podia sentir a gélida mão da solidão pesar sobre meu peito, guardei até mesmo depois de não fazer mais sentido algum tê-lo em minha posse.

Nunca entendi o significado daquele papel dobrado.

Lembro-me que por cima de tantas dobras, havia ali uma flor que também nunca soube identificar, mas apesar disso, me pego pensando em como foi colher no jardim. Penso até no real propósito disso! Poderia apenas ter me dado aquela dobradura que eu iria amar de todo modo, mas para você não foi o suficiente, desceu as escadas de casa, andou por algum jardim e escolheu uma flor, uma única e específica flor! Por que aquela? E não outra qualquer?

Enfim, já disse para mim mesmo que não posso pensar de mais nessas coisas, pois eu vou longe, tudo o que eu preciso agora é de manter os pés no chão e o mais importante: a cabeça no lugar.

Nunca entendi o significado daquele papel dobrado, mas se eu me permito imaginar, posso então lembrar de todas às vezes que me olhou e sem dizer nada eu sabia que tudo o que queria, era poder amar.

Amor… Esse que se foi com o vento, levado sem dó pelo tempo.
Amor era o que aquele pedaço de papel representava.

Inserida por PQT

⁠--------- AMOR DE CARTA -----------

Acho algo digno de compartilhar
pois esse poema está repleto
de momentos que contigo,
tive a alegria de partilhar

Em tempos de whatsapp
tudo tem se tornado tão instantâneo
O amor se cronometrado
não chega sequer,
a um minuto digitado
E poucas letras,
a apertar em um teclado

Vivi a experiência de um amor
Um amor de cartas
Cartas essas escritas a punho
Muitos e não poucos foram os rascunhos

Os desenhos presentes
não eram tão assimétricos
Se comparado aos emojis
Mas tinham consigo uma identidade
era algo único,
demonstrava sentimento de verdade

A expressão a qual o papel carregava
não se limitava a meras frases elaboradas
ou de apelação emocional
Cada frase construía
uma ligação sentimental
Antes inexistente,
Mas agora atrelada a uma conexão
que trás a imagem da pessoa após cada reflexão

Cartas permitem eternizar momentos
de forma a tocar, sentir e visualizar
assim como livros
Só não terão graça se você não for capaz de imaginar,
Imaginar que alguém dispôs tempo a construir
algo que lhe faça sorrir,
ou até mesmo lembrar
momentos os quais são dignos de se eternizar

Das mais diversas formas pude me comunicar,
desfrutei de sentidos como ver, ler, ouvir e falar
Mas nenhum deles se compara ao tamanho de minha alegria
só de imaginar que ao escrever você sorria

Mas nesse amor de cartas
O importante não é dizer, é saber
Cartas coisas não se dizem, porque dizendo,
deixam de ser ditas pelo não-dizer, que diz muito mais
E o destino está para baralhar as cartas
Cartas quais jamais hei de jogar
Pois foram jogadas em um momento de alento
nas armadilhas do tempo
E tudo se tornou como correr de encontro ao vento

Talvez tenha sido verdade
Já não estar mais vivo
pois de abraços e risos calorosos
a um frio e solidão mórbido

Só posso dizer que até o presente momento
sua inteligência e humanidade
são escassos demais para encontrar nessa cidade

Você possui algo tão singular,
que de mim teve o prazer de desfrutar
uma admiração a qual
mulher nenhuma conseguiu despertar
Mas como nem tudo são flores,
ou melhor cartas
eu não soube valorizar

Posso lhe assegurar o tempo que contigo estive
me rendeu os mais belos versos,
que foram escritos, mas jamais lidos
As crônicas mais bem elaboradas,
porém jamais evidenciadas
Não me rendeu nenhum conto de fadas,
embora nossa história tenha sido minha preferida
Mas o amor literário
a mim foi como remédio a feridas.


CAMPOS DO JORDÃO, 2018

Inserida por leoopro

⁠Quem diria entre idas e vindas eu te encontraria
Isso que eu jamais te conhecia

Quem diria eu aqui escrevendo a você, sem ao menos saber o que iremos ser
É sentir, como seu sorriso, é ouvir com sua voz rouca, onde me desperta o sonhar, e com você eu quero estar.

Cartas para ela. Priscila

Inserida por LauroLibourt

⁠“Cômico, anos atrás, ela me indagou.
- Por que, ultimamente, tens sido um todo de ódio e rancor?
Respondi-a aos risos, com um certo torpor.
- Ora, como não odiar o mundo, quando cada batida de meu coração, lhe presta uma serenata de amor?
- Como posso amar o mundo, quando quem fiz de meu mundo, me negou amor?
- Não sou capaz de amar a todos, não sou Cristo, nosso Senhor.
Naquele momento, ela corou.
Vi em sua face, aquele belo e inconfundível rubor.
O que me assola, minha amiga, é que ela sabe que o mundo é só terror.
Ela parece ter medo da felicidade, tenta a todo custo, apagar a chama da minha paixão, tem menos medo da infelicidade, que do meu amor.
Recordo-me, minha amiga, que naquele dia, ela chorou.
De súbito, me abraçou.
Embalou-se em meus braços, nossos olhos digladiaram-se, o corpo dela tremia, até mesmo o Vesúvio, invejaria o nosso calor.
Ela fitou-me os lábios, mas não me beijou.
Foi-se embora, sumiu por dias, não me ligou.
Hoje ela retornou.
Cômico, minha amiga, novamente ela me indagou.
- Naquela noite eu fui feliz, não sei o que me aconteceu, o que foi aquele fervor?
Respondi-a aos risos, com um certo torpor.
- Naquela noite fora amada, aquilo foi amor…” - EDSON, Wikney – Cartas à Minha Amiga

Inserida por wikney

"⁠O amor, esse sentimento capaz de mover montanhas e transformar vidas, muitas vezes se manifesta nos gestos mais simples e sinceros. É nesse contexto que encontramos aquelas pessoas que estão dispostas a fazer o impossível pela pessoa que ama. São indivíduos que acreditam que o amor não deve ser contido, mas sim demonstrado através de atos genuínos de carinho e dedicação, mesmo que esses gestos possam parecer "bregas" aos olhos de alguns.

Comprar flores, escrever cartas, escolher presentes com cuidado - são essas as formas em que muitos escolhem expressar seu amor. Mas, na verdade, esses gestos não são bregas; eles são uma representação tangível da paixão e do desejo de fazer alguém se sentir especial. Eles são a linguagem universal do coração, capazes de tocar profundamente a alma da pessoa amada."

Inserida por Gileade__b

⁠CARTA DE PRINCÍPIOS

A idéia da formação de um partido só dos trabalhadores é tão antiga quanto a própria classe trabalhadora. Numa sociedade como a nossa, baseada na exploração e na desigualdade entre as classes, os explorados e oprimidos têm permanente necessidade de se manterem organizados à parte, para que lhes seja possível oferecer resistência séria à desenfreada sede de opressão e de privilégios das classes dominantes. Mas sempre que as lideranças dos trabalhadores e oprimidos se lançam à tarefa de construir essa organização independente de sua classe, toda sorte de obstáculos se contrapõe aos seus esforços.
Essa situação vivida milhares de vezes em todos os países do mundo vem acontecendo agora no Brasil. Começando a sacudir o pesado jugo a que sempre estiveram submetidos, os trabalhadores de nosso país deram início, em 12 de maio do ano passado (greve da Scania), à sua luta emancipadora. Desde então, o operariado e os setores proletarizados de nossa população vêm desenvolvendo uma verdadeira avalanche pela melhoria de suas condições de vida e de trabalho. A experiência dessas lutas tem como resultado um visível amadurecimento político da população trabalhadora e o crescimento, em quantidade e qualidade, de suas lideranças. Esse rápido amadurecimento político pode ser visto claramente no aprimoramento das formas de luta de que os trabalhadores têm lançado mão. O início das lutas é marcado por um período de greves brancas nas fábricas. Já os embates mais recentes, dos quais a greve geral metalúrgica do ABCD é o melhor exemplo, mostram a retomada, em toda a linha, das formas clássicas de luta: grandiosidade das assembléias gerais, a ação decisiva dos piquetes e dos fundos de greve. Os trabalhadores entenderam ao longo desse ano de lutas que as suas reivindicações mais sentidas esbarravam em obstáculos cada vez maiores e é por isso, dialética mente, que vão sendo obrigados a construir organizações cada vez mais bem articuladas e eficazes. Diante da força da greve do ABCD, os patrões e o governo precisaram dar-se as mãos para impedir o fim da política do arrocho salarial e o fim das estruturas semi fascistas que tangem os nossos sindicatos. Os patrões usam de todos os meios ao seu alcance para quebrar a unidade dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que se recusam a reconhecer os acordos obtidos no período das greves fabris. O governo desencadeia sua repressão: os sindicatos são invadidos e suas direções destituídas oficialmente, enquanto nas ruas a polícia persegue os piquetes e tenta impedir, pela violência, que os trabalhadores consigam local para se reunir. Por seu lado, o apoio que os metalúrgicos conseguem dos demais trabalhadores, embora seja suficiente para impedir que a repressão se aprofunde e faça produzir um recuo parcial, carece de maior conseqüência, devido, é claro, não à inexistência de um espírito de solidariedade, mas sim devido às limitações do movimento sindical e à inexistência de sua organização política. Tanto isso é verdade que as lideranças da greve são obrigadas a se escorar no apoio, muitas vezes duvidoso, de aliados ocasionais, saídos do campo das classes médias e da própria burguesia. Não puderam os trabalhadores expressar de modo mais conseqüente todo o seu apoio aos grevistas do ABCD, e essa impotência tenderá a continuar enquanto eles mesmos não se organizarem politicamente em seu próprio partido. É por isso que a idéia de um partido dos trabalhadores, ressurgindo no bojo das greves do ano passado e anunciado na reunião intersindical de Porto Alegre, em 19 de janeiro de 1979, tende a ganhar, hoje, uma irresistível popularidade. Porque se trata, hoje, mais do que nunca, de uma necessidade objetiva para os trabalhadores. Cientes disso também é que setores das classes dominantes se apressam a sair a campo com suas propostas de PTB. Mas essas propostas demagógicas já não mais conseguem iludir os trabalhadores, que, nem de longe, se sensibilizaram com elas. Esse fato comprova que os trabalhadores brasileiros estão cansados das velhas fórmulas políticas elaboradas para eles. Agora, chegou a vez do trabalhador formular e construir ele próprio seu país e seu futuro. Nós, dirigentes sindicais, não pretendemos ser donos do PT, mesmo porque acreditamos sinceramente existir, entre os trabalhadores, militantes de base mais capacitados e devotados, a quem caberá a tarefa de construir e liderar nosso partido.
Estamos apenas procurando usar nossa autoridade moral e política para tentar abrir um caminho próprio para o conjunto dos trabalhadores. Temos a consciência de que, nesse papel, neste momento, somos insubstituíveis, e somente em vista disso é que nós reivindicamos o papel de lançadores do PT. O povo brasileiro está pobre, doente e nunca chegou a ter acesso às decisões sobre os rumos do País. E não acreditamos que esse povo venha a conhecer justiça e democracia sem o concurso decisivo e organizado dos trabalhadores, que são as verdadeiras classes produtoras do País. É por isso que não acreditamos que partidos e governos criados e dirigidos pelos patrões e pelas elites políticas, ainda que ostentem fachadas democráticas, possam
Propiciar o acesso às conquistas da civilização e à plena participação política para o nosso povo. Os males profundos que se abatem sobre a sociedade brasileira não poderão ser superados senão por uma participação decisiva dos trabalhadores na vida da nação.
O instrumento capaz de propiciar essa participação é o Partido dos Trabalhadores. Iniciemos, pois, desde já, a cumprir esta tarefa histórica, organizando por toda parte os núcleos elementares desse partido.
1. A sociedade brasileira vive, hoje, uma conjuntura política altamente contraditória e, sob muitos aspectos, decisiva quanto a seu futuro a médio e longo prazos.
Vista do ângulo dos interesses das amplas massas exploradas, desde sempre marginalizadas material e politicamente em nosso país e principais vítimas do regime autoritário que vigora desde 1964, a conjuntura revela tendências extremamente promissoras de um futuro de liberdades e de conquistas de melhores condições de vida. Dentre as tendências auspiciosas, destaca-se a emergência de um movimento de trabalhadores que busca afirmar sua autonomia organizatória e política face ao Estado e às elites políticas dominantes.
Esse é, sem dúvida alguma, o elemento inovador e mais importante da nova etapa histórica que se inaugura no Brasil, hoje. Contudo, a par dos dados auspiciosos da conjuntura política, coexistem também perigosos riscos, que podem levar as lutas populares a novas e fragorosas derrotas.
Aqui, cabe destacar que o processo chamado de abertura política está sendo promovido pelo mesmos grupos que sustentaram e defenderam o regime hoje em crise. Com a evidente exaustão de amplos setores sociais com o regime vigente no País e com a crise econômica que abalou a estabilidade dos grupos dominantes que controlam o aparelho de Estado, os detentores do poder procuram agora, e até este momento com relativo êxito, reformar o regime de cima para baixo. Vale dizer, pretendem reformar alguns aspectos do regime, mantendo o controle do Estado, a fim de evitar alterações no modelo de desenvolvimento econômico, que só a eles interessa e que se baseia, sobretudo, na superexploração das massas trabalhadoras, através do modelo econômico de onde sobressai o arrocho salarial. Já está demais evidente que o novo governo militar pretende manter a continuidade dessa mesma política econômica ditada pelo capital financeiro internacional, agravada agora pelos planos de austeridade e recessão que já se esboçam. Isso significa que o sofrimento, a miséria material e a opressão política sobre a população trabalhadora tenderão a se manter e aprofundar.
O que significa estado de direito com salvaguardas? O que pretendem com anistia restrita? O que visam com a propalada reforma da CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] e da Lei de Greve, urdidas secretamente? Qual o sentido da diminuição das penas previstas na Lei de Segurança Nacional e a preservação do espírito que informa essa mesma Lei?
Esses e tantos outros fatos indicam que o regime busca reformar-se tentando atrair para seu campo de apoio setores sociais e segmentos políticos oposicionistas, com vistas a impedir que as massas exploradas explicitem suas reivindicações econômicas e sociais e, o que é mais importante, a sua concepção de democracia. Em poucas palavras, pretendem promover uma conciliação entre os de cima, incluindo a cúpula do MDB, para impedir a expressão política dos de baixo, as massas trabalhadoras do campo e da cidade.
2. Essas afirmações não ignoram o fato de que o MDB foi utilizado pelas massas para manifestar eleitoralmente seu repúdio ao arbítrio. Tampouco pretendem ignorar a existência, entre seus quadros, de políticos honestamente comprometidos com as lutas populares.
Isso, no entanto, não pode impedir e não nos impede de apontar as limitações que o MDB – partido de exclusiva atuação parlamentar – impõe às lutas populares por melhores condições de vida e por um regime democrático de verdadeira participação popular.
O MDB, pela sua origem, pela sua ineficácia histórica, pelo caráter de sua direção, por seu programa pró-capitalista, mas sobretudo pela sua composição social essencialmente contraditória, onde se congregam industriais e operários, fazendeiros e peões, comerciantes e comerciários, enfim, classes sociais cujos interesses são incompatíveis e onde, logicamente, prevalecem em toda a linha os interesses dos patrões, jamais poderá ser reformado. A proposta que levantam algumas lideranças populares de “tomar de assalto” o MDB é muito mais que insensata: é fruto de uma velha e trágica ilusão quanto ao caráter democrático de setores de nossas classes dominantes.
Aglomerado de composição altamente heterogênea e sob controle e direção de elites liberais conservadoras, o MDB tem-se revelado, num passado recente, um conduto impróprio para expressão dos reais interesses das massas exploradas brasileiras. Está na memória dos trabalhadores a conduta vacilante de parcelas significativas de seus quadros quando da votação da emenda Accioly, da lei antigreve e de outras medidas de interesse dos trabalhadores. Apegado a uma crítica formalista e juridicista do regime autoritário, o MDB tem-se revelado impermeável aos temas sociais e políticos que tocam, de fato, nos interesses das massas trabalhadoras.
Amplos setores das elites políticas e intelectuais das camadas médias da população têm afirmado que “não soou a hora” de se dividir a oposição articulada no interior do MDB, afirmando que a democracia não foi ainda conquistada. Rechaçamos com veemência tal argumento. Primeiro, porque em momento algum podemos aceitar a subordinação dos interesses políticos e sociais das massas trabalhadoras a uma direção liberal conservadora, de extração privilegiada economicamente. Segundo, porque não podemos aceitar que a frente das oposições se mantenha às custas do silêncio político da massa trabalhadora, único e verdadeiro sujeito e agente de uma democracia efetiva. Tampouco consideramos que a existência de partidos políticos populares venha a contribuir para romper uma efetiva frente da luta dos verdadeiros democratas. O PT considerem imprescindível que todos os setores sociais e correntes políticas interessados na luta pela democratização do País e na luta contra o domínio do capital monopolista uni fiquem sua ação, estabelecendo frentes inter partidárias que objetivem conquistas comuns imediatas e envolvam não somente uma ação meramente parlamentar, mas uma verdadeira atividade política que abranja todos os aspectos da vida nacional.
3. O Partido dos Trabalhadores denuncia o modelo econômico vigente, que, tendo transformado o caráter das empresas estatais, construídas pelas lutas populares, utiliza essas empresas e os recursos do Estado, em geral, como molas mestras da acumulação capitalista. O Partido dos Trabalhadores defende a volta das empresas estatais à sua função de atendimento das necessidades populares e o desligamento das empresas estatais do capital monopolista.
O Partido dos Trabalhadores entende que a emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores, que sabem que a democracia é participação organizada e consciente e que, como classe explorada, jamais deverá esperar da atuação das elites privilegiadas a solução de seus problemas.
O PT entende também que, se o regime autoritário for substituído por uma democracia formal e parlamentar, fruto de um acordo entre elites dominantes que exclua a participação organizada do povo (como se deu entre 1945 e 1964), tal regime nascerá débil e descomprometido com a resolução dos problemas que afligem o nosso povo e de pronto será derrubado e substituído por novas formas autoritárias de dominação – tão comuns na história brasileira. Por isso, o PT proclama que a única força capaz de ser fiadora de uma democracia efetivamente estável é a das massas exploradas do campo e das cidades. O PT entende, por outro lado, que sua existência responde à necessidade que os trabalhadores sentem de um partido que se construa intimamente ligado com o processo de organização popular, nos locais de trabalho e de moradia. Nesse sentido, o PT proclama que sua participação em eleições e suas atividade parlamentares se subordinarão a seu objetivo maior, que é o de estimular e aprofundar a organização das massas exploradas.
O PT não surge para dividir o movimento sindical, muito ao contrário, surge exatamente para oferecer aos trabalhadores uma expressão política unitária e independente na sociedade. E é
nessa medida que o PT tornar-se-á, inevitavelmente, um instrumento decisivo para os trabalhadores na luta efetiva pela liberdade sindical.
O PT proclama também que sua luta pela efetiva autonomia e independência sindical, reivindicação básica dos trabalhadores, é parte integrante da luta pela independência política destes mesmos trabalhadores. Afirma, outrossim, que buscará apoderar-se do poder político e implantar o governo dos trabalhadores, baseado nos órgãos de representação criados pelas próprias massas trabalhadoras com vistas a uma primordial democracia direta. Ao anunciar que seu objetivo é organizar politicamente os trabalhadores urbanos e os trabalhadores rurais, o PT se declara aberto à participação de todas as camadas assalariadas do País. Repudiando toda forma de manipulação política das massas exploradas, incluindo sobretudo as manipulações próprias do regime pré-64, o PT recusa-se a aceitar em seu interior representantes das classes exploradas. Vale dizer, o Partido dos Trabalhadores é um partido sem patrões! As tentativas de reviver o velho PTB de Vargas, ainda que, hoje, sejam anunciadas “sem erros do passado” ou “de baixo para cima”, não passam de propostas de arregimentação dos trabalhadores para defesa de interesses de setores do empresariado nacional. Se o empresariado nacional quer construir seu próprio partido político, apelando para sua própria clientela, nada temos a opor, porém, denunciamos suas tentativas de iludir os trabalhadores brasileiros com seus rótulos e apelos demagógicos, e de querer transformá-los em massa de manobra para seus objetivos.
O PT não pretende criar um organismo político qualquer. 0 Partido dos Trabalhadores define-se, programaticamente, como um partido que tem como objetivo acabar com a relação de exploração do homem pelo homem. O PT define-se também como partido das massas populares, unindo-se ao lado dos operários, vanguarda de toda a população explorada, todos os outros trabalhadores – bancários, professores, funcionários públicos, comerciários, bóia- frias, profissionais liberais, estudantes, etc. – que lutam por melhores condições de vida, por efetivas liberdades democráticas e por participação política. O PT afirma seu compromisso com a democracia plena, exercida diretamente pelas massas, pois não há socialismo sem democracia e nem democracia sem socialismo. Um partido que almeja uma sociedade socialista e democrática tem que ser, ele próprio, democrático nas relações que se estabelecem em seu interior. Assim, o PT se constituirá respeitando o direito das minorias de expressarem seus pontos de vista. Respeitará o direito à fração e às tendências, ressalvando apenas que as inscrições serão individuais.
Como organização política que visa elevar o grau de mobilização, organização e consciência de massas; que busca o fortalecimento e a independência política e ideológica dos setores populares, em especial dos trabalhadores, o PT irá promover amplo debate de suas teses e
propostas de forma a que se integrem nas discussões:
• lideranças populares, mesmo que não pertençam ao Partido;
• todos os militantes, trazendo, inclusive, para o interior do debate partidário proposições de quaisquer setores organizados da sociedade, e que se considerem relevantes com base nos objetivos do PT. O PT declara-se comprometido e empenhado com a tarefa de colocar os interesses populares na cena política e de superar a atomização e dispersão das correntes classistas e dos movimentos sociais. Para esse fim, o Partido dos Trabalhadores pretende implantar seus núcleos de militantes em todos os locais de trabalho, em sindicatos, bairros, municípios e regiões.
O PT manifesta alto e bom som sua intensa solidariedade com todas as massas oprimidas do mundo.
A COMISSÃO NACIONAL PROVISÓRIA
1º de maio de 1979

PARTIDO DOS TRABALHADORES

Leitura: Fernando kabral 13

Inserida por fernando_kabral

Fiquei doido, fiquei tonto...
Meus beijos foram sem conto,
Apertei-a contra mim,
Aconcheguei-a em meus braços,
Embriaguei-me de abraços...
Fiquei tonto e foi assim...

Sua boca sabe a flores,
Bonequinha, meus amores,
Minha boneca que tem
Bracinhos para enlaçar-me,
E tantos beijos p'ra dar-me
Quantos eu lhe dou também.

Ah que tontura e que fogo!
Se estou perto dela, é logo
Uma pressa em meu olhar,
Uma música em minha alma,
Perdida de toda a calma,
E eu sem a querer achar.

Dá-me beijos, dá-me tantos
Que, enleado nos teus encantos,
Preso nos abraços teus,
Eu não sinta a própria vida,
Nem minha alma, ave perdida
No azul-amor dos teus céus.

Não descanso, não projecto
Nada certo, sempre inquieto
Quando te não beijo, amor,
Por te beijar, e se beijo
Por não me encher o desejo
Nem o meu beijo melhor.

Fernando Pessoa
Pessoa por conhecer: textos para um novo mapa. Lisboa: Estampa, 1990.
Inserida por marcosarmuzel

Sonhando com a felicidade

Não me incomodo quando me julgam um sonhador ou de ter parado no tempo e gostar de escrever cartas de amor, mandar flores, ouvir músicas sonhando com aquele encontro mais que desejado, ligar para quem se ama e dizer que está com saudades, querer estar ao lado dela, quando ela precisar de alguém para ouvir seus anseios e problemas, está focado nela e pensar sempre em falar ou fazer alguma coisa que possa faze-la sorrir, contar as horas e os dias para estar com quem lhe faz feliz, se isto é sonhar, quero ficar neste sono profundo e continuar sonhando...

Inserida por isaiasribeiro

Eu vi o meu amor amando outra pessoa,
Vocês tem noção do quanto isso doeu?
Doeu,doeu muito.

Mas a vida tem dessas coisas,
Um dia você está feliz com a pessoa e em uma piscar de olhos, TUDO ACABA

Mas não deixe isso te abalar , RESISTA !

Não deixe isso te impedir de conhecer um outro amor , ACREDITE !

Saiba que,nem todo porto é SEGURO.

Seja amigo do TEMPO , porque com certeza no futuro,ele vai ser seu melhor amigo.

-Barbeiro-MG

O tempo não para, a vida não espera. Não quero acordar amanhã sentindo falta de ter vivido alguma coisa, de ter feito alguma coisa, de ter realizado algo. Não quero pensar depois quem eu poderia ter sido e não fui ou o que poderia ter feito e não fiz. Não quero sentir falta de nada, muito menos de amor.
Quero viver todos os dias, todos os sonhos e todas as fases, sejam elas boas ou ruins, mas que sejam!
Quero aprender tudo o que eu puder e ensinar o que eu souber.
Não quero deixar de lado nem um momento da minha vida, não quero esquecer quem eu amo e tão pouco deixar sem que saibam disso. E então eu falo do amor e amo além das palavras, porque na minha vida, cada coisa, pessoa ou fato só fazem sentido e tem a importância que eu mesma dou.

A tristeza dá profundidade. A felicidade dá altura.
Tristeza dá raízes, felicidade dá galhos.
Felicidade é como uma árvore subindo aos céus, tristeza é como as raízes descendo ao ventre da terra.
Ambos são necessários, e quanto mais alta uma árvore vai, mais profunda vai simultaneamente.
De fato, está sempre em proporção. Este é seu equilíbrio.

O sabão tem sua origem por volta do terceiro milério antes de cristo, Na Mesopotamia já se conhecia a 2.500 a. C. Chegou em Roma ena Gália,no século IV. Era un produto de baixa qualidade até o século XVIII quando elaboraram métodos cosméticos e estudos para melhora-lo.

Para perceber como funciona o sabão (ou sabonete), é necessário olhar para uma molécula individual do sabão, composta por carbono, hidrogenio e oxigenio.

Tem uma “cabeça” que atrai a água e uma cauda de hidrocarbono que é hidrofóbica (tem “medo” da água) mas adora a gordura e os óleos.

A cabeça da molécula de sabão é atraída pela água, enquando que a cauda é atraída pela gordura do corpo.

Quando entramos no banho, a água não penetra bem na pele. Isto acontece porque a tensão de superfície da água não permite que ela se entranhe na pele.

Quando usamos o sabão, a ponta hidrofóbica da molécula do sabão tenta fugir o mais que pode da água, enquando que a outra ponta é atraída pela água.

O resultado é uma película que quebra a tensão de superfície da água, permitindo que ela se entranhe na pele.

Agora que a água e o sabão conseguem chegar à pele, as moléculas entram na fase 2 do processo de limpeza.

Os poros da pele segregam óleos que criam uma barreira que nos protegem do meio exterior. Esta camada de gordura agarra o pó, sujidade, e outras matérias que nos fazem sentir “sujos".

Quando a cauda da molécula de sabão (que adora a gordura e os óleos) entra em contacto com a pele, ela agarra-se à camada oleosa que contém as impurezas.

Quando passamos água por cima, a cabeça da molécula agarra-se à água e puxa literalmente a sujidade da pele, deixando-nos limpos.

Por isso, não se pode dizer que é a água que limpa a gordura, as sim as moléculas de sabão, já que estas estão entre a pele e a água.

E quem perguntou isso?

Um dia uma criança me fez tamaha pergunta... e graças a minha formação, pude responder, não exatamente dessa maneira, mas respeitando seu conhecimento limitado e infantil e de troco percebi o quanto poderia usar o texto e fazer analogias em minha vida, como exemplo...

Imaginemos como atua a fé e a religião em nossas vidas.. e quantas supertições que nos dão muitas vezes a força necessária... todos os rituais, preces, receitas, simpatias, esses pequenos feitiços e encantamentos cabem exatamente aqui.

São como o sabão que interage contra tudo o que nos falta ou incomoda... E vale a pena ainda lembrar que o sabão teve seu uso medicamentoso nas epidemias de cólera e outras, na idade média...

Muitas vezes temos que tomar um bom banho de ervas, de sal, de perfume... até para nos sentir seguros e melhores dispostos, e nessa hora que tudo isso se encontra.

Se analizarmos quimicamente as plantas, veremos que elas se alimentam dos nutrientes da terra (principalmente minerais) absorvendo e transferindo para suas folhas e seu troco.. imaginemos como isso tudo se comunica com a nossa composição... inclua também a polaridade da energia que é composta a aurea humana...

E quantas vezes sentimos o ambiente "pesado", e uma simples prece (vibração) e um incenso transformam o ambiente completamente?

A coisa é muito séria, e talvez desse luz a um ensaio completo sobre o tema, por hora fica apenas na imaginação de cada um.

►Dama do Lago

O tempo acabou passando
O nosso amor foi-se acabando
Eu já não sentia mais você
Me sentia sozinho, sem saber o que fazer
Nunca pensei que poderíamos terminar
Quando tudo começou, eu jurei,
Que no futuro iríamos nos casar
Mas a vida amadureceu pensamentos,
A vida negou ideias, jogadas ao vento
Eu não queria o término,
Mas era preciso em algum momento
A situação havia alcançado um estado sério.

Estou escrevendo ao celular,
Sem saber se irei te enviar
Estou apenas desabafando,
Apenas soluçando, divagando
Nunca pensei que estaria te deletando
Tantas fotos vou estar apagando,
Que me emociono
Talvez vamos nos falar ao telefone,
Um último adeus, antes do abandono
Em seguida eu jogarei fora os poemas,
Em que eu declarava dizendo que te amo
Mas isso foi antes, não foi?
O nosso romance acabou, nada sobrou entre nós dois
Eu não quero te ver pessoalmente, se não irei chorar
Não queria que tivesse acontecido isso com a gente,
Mas o mundo foi tão cruel, que vamos nos separar.

Infelizmente não espero que sinta minha falta
Quem me dera se você sonhasse com a nossa história
Sei que estarei só, no sofrimento
Sei que logo você estará em outro relacionamento
Você se atualizará com o próprio tempo
Não desejarei o seu mal, só lamento não sermos mais um casal
Jamais saberei se para você fora algo especial ou casual
Mas guardarei no peito meu amor sensorial.

Passo nas nossas ruas, escuto nossas músicas
Me lembro de suas curvas, suas lindas blusas
Não irei mentir dizendo que estou melhor,
Que o passado só me deixou forte
Estou levando minha embarcação,
Guardando a sete chaves o meu coração
Velejarei até os mares lendários,
Em busca de uma sereia, ou uma dama do lago
Que esteja do meu lado, que me veja como um amante,
Novato, porém ajuizado, frágil, viril
Buscarei um conto mágico, um pouco infantil.

Muitas vezes Deus se cala... Mas o silêncio de Deus não significa que Ele desistiu de você... Todo dia Deus pensa em você. A cada minuto Deus se importa com você. Queria que você soubesse, que essa aflição, angústia e sofrimento já tem dia e hora para acabar, deserto e lugar de passagem não de moradia. Na alegria ou na tristeza, jamais desista de continuar a jornada. Faça uso da perseverança. Encontre a coragem dentro de você.
Tenha fé e siga em frente...

Crise existencial

Com o passar dos anos venho a notar, nesta mesma época, neste mesmo dia, este sentimento que corroí chega rodeado de questões. Quem eu sou? O que eu quero? Sou tudo o que quero ser?

É uma época sombria, são tempos de reflexão. A verdade me atormenta e com ela vem a decepção. O que devo fazer? Eis a questão! Não entendo o motivo, nem mesmo a questão, mas o sentimento continua vivo no amago de minhas emoções.

Sou quem posso ser? Sou quem sonho em ser? São montantes de questões a serem respondidas e tantos fatos a serem encaixados.
De conclusão não me restou nada, no final de tudo, tantos sentimentos não me levam a nada. Talvez sejam a crises do tempo, talvez sejam crises necessárias, de uma vida que esteja a ponto, ou necessita, ser transformada.