Cartas de reflexão
Sou aceita, mas sou exceção que não é aceita como tal. Sou o ato político. Por exemplo, esses tempos fui a um almoço na Fazenda Boa Vista e uma senhora da elite começou a fazer as minhas tranças voarem. Imagina se eu chegasse naquele evento e começasse a mexer nos cabelos dela? Mas é que ela não sabia lidar com a minha diferença. Não percebe que, porque o corpo negro foi objetificado por séculos, ela está tocando meu corpo achando que pode. Mas não pode.
Quando falamos das habilidades do futuro, uma das barreiras na periferia são os termos do empreendedorismo. Você fala em flexibilidade, proatividade, empatia. Já ouviu falar? São todas habilidades que todo mundo na periferia já tem de forma compulsória. Somos proativos porque temos que buscar oportunidades, uma mãe solteira é flexível por ter que cuidar da família e trabalhar. Mais criativo que periferia não existe, mas aí é chamado de gambiarra. Na verdade, é a inovação da quebrada, a inovação do improviso. Então, é preciso se preparar para o futuro. Eles já têm as qualidades e precisam estudar a técnica para entrar no mercado. Falta juntar o talento com o conhecimento técnico.
Se a gente não estimular que mais pessoas possam se apropriar das tecnologias e não apenas por um viés consumista, corremos o risco de aumentar as desigualdades, uma vez que as tecnologias são capazes de impactar muitas pessoas em grande escala. Ou seja, pessoas diferentes, com backgrounds diferentes pensando, criando, e moldando futuros possíveis onde caiba mais gente.
(...) Os desígnios de Deus são inevitáveis em nossas vidas, nem mesmo somos capazes de entender o que o destino nos reserva nem como nossas vidas seriam se nossas próprias escolhas houvessem sido diferentes, de uma coisa estamos certos, desígnios de Deus ou escolas, ainda assim, somos protegidos, conforme nosso merecimento...
Você está neste mundo para fazer a diferença e o melhor modo de fazer isso é usando seu conhecimento e sua experiência para ajudar outras pessoas a obterem êxito. Você pode ser remunerado se compartilhar informações e recomendações práticas e úteis que ajudem outros a obterem êxito e, neste processo, é possível construir um negócio muito lucrativo e uma vida profundamente significativa.
Se corpos sem mentes são coisas demasiadamente brutas, e mentes sem corpos demasiadamente etéreas, talvez não haja realmente como separar um do outro. Talvez o mental seja, na verdade, uma propriedade básica do material e vice-versa. Talvez o material básico subjacente do Universo seja uma coisa só, que possui dois aspectos.
Época de Natal, momento de paz, amor e esperança, momento mágico que envolve a todos, o adulto e principalmente a criança... Digo isto pelo simples fato, pois esta data mexe com os nossos melhores sentimentos, atingindo qualquer idade... Alguns desavisados insistem na tese de que nesta época, as pessoas se mostram em sua falsidade, mas discordo veementemente, pois prefiro acreditar que todos se voltam para si mesmos, olhando bem no fundo de sua própria essência, fazendo uma limpeza da própria mente... É a bondade de cada um se fazendo presente, a vontade de fazer o bem a toda gente, querer abraçar o irmão e ajudar o indigente, o que demonstra que ainda há esperança, que há em cada um de nós algo diferente... É o amor de Cristo que mais uma vez nasce em nosso íntimo, mostrando quem somos realmente. FELIZ NATAL!
(...) Carrego em meus alforges doses de felidades, alegrias e tristezas com marcas de saudades, marcas de vitórias e derrotas, porém, entretanto o momento é de estabelecer prioridades mesmo correndo riscos, alicerçadas na vontade de vencer e superar os obstáculos que na maioria das vezes é o próprio "eu". Faz-se necessário..
A solidão, por outro lado, não tem faixa etária. Eu costumava pensar que países emocionantes poderiam mantê-lo feliz e entusiasmado apenas com a novidade. Agora eu sei: você pode se mudar para Paris, deliciar-se com a cidade, beber seu café com leite, mas por mais bonitos que sejam os prédios e as varandas, você se encontrará abraçando os postes de luz para ter companhia, como se estivesse em "Os Miseráveis".
Estava morando sozinha em um estúdio em Mineápolis, separada do meu marido e trabalhando como garçonete, tão deprimida e confusa quanto jamais estive na vida. Todo dia me sentia como se estivesse no fundo do poço olhando para cima. Mas foi a partir daquele poço que comecei a me tornar uma aventureira solitária. E por que não? Já fui tantas coisas.
Tratava-se de um mundo em que eu nunca tinha estado e que não conhecia, mas, ainda assim, durante todo o tempo, sabia que estava lá, um mundo no qual eu oscilava entre sofrimento, confusão, medo e esperança. Um mundo que eu achava que podia me transformar tanto na mulher que sabia que poderia vir a ser como na menina que já fui um dia.
Notei que tudo na vida é escrito de caneta e ao tentar apagar meu erros só sujei mais o papel. Aprendi que os erros sempre deixam marcas, nem que sejam de corretivo branco, hoje eu penso melhor antes de escrever, sobretudo porque não sei quanta tinta e folhas tenho, mas principalmente porque Deus está lendo a minha história.
Eu acho incrível a forma como algumas pessoa sentem praze em diminuir as outras somente por se sentirem superiores. Essa pessoas para mim são tóxicas. Pessoas que gostam de humilhar o amigo na rodinha, o chefe que menospreza o funcionário, pessoas que fazem comentários maldosos sobre moradores de rua, alguns pais que quando os filhos dizem ter dificuldade em alguma coisa os julgam como preguiçosos, entres outras situações. Todas essas que eu citei, eu presenciei ou foi alguém próximo, isso tudo é deprimente. Se você passa por alguma dessa situações, não permita, se imponham. Você é muito mais do que isso, você é demais.
Quem consegue pedir sem sentir vergonha se enxerga como alguém que colabora — e não que compete — com o mundo. Pedir ajuda sentindo vergonha significa: Você tem poder sobre mim. Pedir ajuda com condescendência significa: Tenho poder sobre você. Mas pedir ajuda com gratidão significa: Temos o poder de nos ajudar mutuamente.
Na minha opinião, depois da morte, a matéria deveria ser aniquilada. Seria o método mais adequado para lidar com o corpo. Assim, os corpos aniquilados voltariam diretamente para os buracos negros de onde vieram. As almas viajariam para a luz com a velocidade da luz. Isso se de fato existir algo como a alma.
Chego em casa faminta e minha geladeira me lembra que tenho 130 anos, me oferecendo prateleiras de brócolis, couves e que tais, não mais um carregamento de bem-casados que se amassavam nos bolsos dos paletós dos meninos e que eram divididos entre todos que rachavam o táxi da volta. Eu devia ter me casado, penso. Com sorte ele também seria avesso à ideia de filhos e teria uma lesão nos joelhos. Levaríamos uma vida desanimada revezando a bolsa de água quente. Teríamos um jogo de tupperwares de vidro, presente de alguma tia, e cuidaríamos para preservar todas as tampas.
O médico disse que era estresse. Sempre é. Estresse. Aquele tremor no olho, e quatro horas de sono a menos que o recomendado. E a ansiedade, era estresse também? Você precisa relaxar, ele disse, e a palavra soou leve, como fumaça de incenso. Listou uma série de atividades que poderiam me deixar mole como sua fala enquanto receitava alopatia, pra garantir. A ideia de precisar relaxar me deixava ligeiramente histérica. Quem é que relaxa — e como? — nesses tempos?
A vida, é claro, jamais captura toda a atenção de alguém. A morte é sempre interessante e nos atrai. Assim como o sono é necessário à nossa fisiologia, a depressão parece ser necessária à nossa economia psíquica. De alguma forma secreta, Tânatos, além de se opor a Eros, também o nutre. Os dois princípios atuam em oculta harmonia; embora Eros predomine na maioria de nós, em ninguém Tânatos está totalmente subjugado.
"Aquela menina que o desprezo gerou, aprendeu a ser amor, pois conhecia bem o que era dor. Não usava rosa porque era clichê, gostava do preto e marcava os olhos na frente do espelho, no bolso, carregava abraços apertados pra todos! Aquela menina, era uma mulher, que escondia suas dores pra curar a dor de um outro qualquer."
Héstia e Hermes representam idéias arquetípicas do espírito e da alma. Hermes é o espírito que põe fogo na alma. Nesse contexto, Hermes é como o vento que sopra a brasa no centro da lareira, fazendo-a acender-se. Do mesmo modo, as idéias podem excitar sentimentos profundos, ou as palavras podem tornar consciente o que foi inarticuladamente conhecido e iluminado o que foi obscuramente percebido.