Cartas de reflexão
Rótulos, apenas.
Quando as pessoas serão pessoas além dos rótulos que a identificam?
Vivemos sob rótulos, mas antes deixe-me explicar a minha definição de rótulo para que o texto não gere confusão. Em minha pequena dissertação, rótulos nada mais são do que as tendências, as ideias e as opiniões alheias que orbitam em torno de nós tendo o poder de muitas vezes mudar o nosso comportamento.
Você já se perguntou o que você é, e como as pessoas lhe definem? Se você já fez esta pergunta a sí mesmo, e foi honesto em sua resposta, saberá que nem sempre o seu “EU”, condiz com o rótulo que carrega ou é reconhecido. Aí começa o conflito.
A forma como somos definidos tem para nós um impacto positivo ou negativo em nossa vida. Se somos vistos como pessoas boas, logo nos obrigamos a fazer boas ações, mesmo que não queiramos. Fazemos muitas coisas simplesmente pelo fato de sermos rotulados a fazer, não porque seja nossa essência fazê-lo. É como uma profecia autorrealizável. Se todos falam que você é uma pessoa ruim, logo, você começará a fazer coisas ruins para justificar o rótulo que lhe é imposto, e este rótulo poderá se tornar uma de suas personalidades.
Se você é o que você acha ser, você não o é.
Dos rótulos que acumulamos na vida, há aqueles impostos a nós através das tendências. Pois muitas vezes, não somos sábios o suficiente para entender de onde está vindo a onda, e por que tenho que me afogar nela.
Embora não sejamos obrigados a seguir a nenhuma tendência ou colocar nenhum outro rótulo a mais em nosso ser, entenda que estes são extremamente eficazes em pessoas que não conhecem a si mesmo. E, não se conhecendo, não ponderam se tal ação será boa ou ruim para o seu ser.
Vamos lembrar que na atual sociedade em que vivemos, se fossemos fazer uma analogia com uma prateleira de supermercado, veríamos que as tendências seriam colocadas no meio da prateleira, em local mais fácil, visível e com destaque. E o seu “eu”, lá embaixo ou lá em cima da prateleira em local de difícil acesso, onde ficam os produtos que tem menos saída. A tendência traz um rótulo forte, e por vez cativante, por isso atrai as pessoas mais sensíveis.
Neste contexto acho interessante as pessoas dizerem se identificar com algo que está nas tendências de prateleira, sendo que sequer conhecem o efeito do produto que irão consumir e o dano que este poderá causar a si mesmo. Noutra ponta fortalecendo qualquer rótulo que possamos colocar ou, ser em nós colocados, vem as ideias próprias que temos sobre as pessoas e/ou ideias alheias que as pessoas têm sobre nós. Estas ideias, pasmem, tem o poder real de interferir e transformar a nossa vida, através da mudança de percepção da realidade.
Voltando à adolescência, nos bancos escolares, vemos isso com maior propriedade. Em toda turma, há um piadista, um inteligente, um com dificuldade de entender aquela matéria, um desenhista, um tímido, um falador, e segue a lista de chamada. Mas, como eles foram identificados? Ora, de repente em um momento de descontração, em um intervalo qualquer, fulano conta uma piada. E todos riem, e ele se acha no centro das atenções, e gosta. E todos começam a pedir que conte mais uma anedota. Em busca de aceitação permanente, faz da piada seu escudo protetor, não importa o que aconteça, basta contar uma piada e tudo se resolve. Fulano, o piadista! Que piada né! Mas, também pode ser algo nato esta pessoa, e assim sendo, estará agindo em conformidade com seu ser. Digo isso, pois todos nós temos capacidades de realizar muitas coisas, mas dificilmente descobriremos em nós o que queríamos ou queremos de fato para nossa vida. Afinal são as circunstâncias que nós colocam nas mais diversas posições.
As tachas que colocamos sobre as pessoas, e estas sobre nós, interfere em nossa forma de ser. Se você é tachado como louco, você fará loucuras, e mesmo que tenha uma abstinência de ações, as pessoas a reconhecerão como “o louco”.
Voltando ao aluno piadista, passados alguns anos você o encontra, sorri, lembra dos hilários momentos e espera que ele lhe conte uma piada. Se o destino lhe pregou uma peça, e ele ficou mudo, você achará engraçado os gestos dele. Somos ridículos ao tachar as pessoas, sem primeiro conhecê-las. E, como jamais conheceremos alguém em sua essência, torna-se mais ridículo ainda esta tachação.
Tudo que lhe é colocado, é carga, é peso, e em algum momento você irá cansar.
Isso serve para as opiniões alheias. Ora, uma opinião nada mais é do que uma ideia frágil, um conceito não evoluído de alguém sobre determinado assunto que naquele momento está na mesa. Se tivesse real relevância seria uma verdade absoluta e não uma opinião. Olha! Eu tenho uma opinião sobre mim, sobre você ou sobre aquela pessoa. Te pergunto, você realmente se conhece além dos rótulos que você possui? Conhece a essência da pessoa que está a sua frente, sendo que nem ela se conhece? E daquele então? Ah! Eu tenho opiniões somente.
Para pessoas que vivem sob os rótulos comprados, impostos, emprestados ou alugados, tudo bem viver e sentir os impactos das opiniões. Afinal, elas são de um vazio existencial sem precedentes.
É inegável que somos seres que acumulamos através de nossa experiência de vida, comportamentos bons ou ruins, e nos construímos a partir disso. Cada tijolo nesta construção vem com um rótulo que nos definirão perante a um grupo e perigosamente a nós mesmos. As escolhas deveriam ser decididas por nós, mas, a cada dia percebo que são feitas pelos outros.
A definição de quem você é por outras pessoas, é o que o teu rótulo estampa. Pode parecer em um primeiro momento que você tenha personalidade e ideias próprias. E pode você até ter mesmo, mas a regra é não. Lembre-se: Você se tornará escravo daquilo que apresenta a outrem. Se teu produto, não condiz com o rótulo que o ostenta, cuidado! Se você vive utilizando os rótulos que lhe são colocados, cuidado! Se você é apenas um rótulo, qualquer produto lhe cabe.
Viva além dos rótulos, se descubra.
Obrigado.🙏🏼
Paz e Luz. 🙏🏼
Te amo. 🙏🏼
Massako 🐢
A DICOTOMIA DA SOLIDÃO
Todo aquele que se conhecer a si próprio será imune ao caos organizado que a solidão acarreta.
Prisão para uns ou Liberdade para outros, a solidão é como uma espécie de faca com dois gumes. Ora mata e elimina as turbulências externas que entram pelos nossos poros adentro, ora corta e separa o trigo do joio quando estamos perante as nossas mais diversas dúvidas existenciais.
A solidão, por assim dizer, também revela uma sombria ou luminosa dualidade. Digamos que, uma espécie de arauto da desgraça ou fortuna, que invade o nosso espaço interior e exterior quando a própria nos persegue em modo de delito involuntário ou quando a procuramos incessantemente de livre e expontânea vontade.
Reza a regra que a solidão já matou tantos quanto salvou e já salvou tantos quanto matou se dela fizermos um amigo que nos escuta sem julgamento.
Reza também o dito que “mais vale só que mal acompanhado” mas no entanto também Amália Rodrigues um dia disse que preferia estar mal acompanhada do que só.
Eu por mim cá estarei para a receber ou procurar, sempre que os sentidos e os momentos assim ordenarem.
Num domingo as 03:33 da manhã no auge da insônia me vem o seguinte pensamento:
Na minha trajetória de vida sempre tive altos e baixos, porem nada foi capaz de me parar ou me fazer desistir!
Tive grandes perdas porem nunca me perdi , a fé e a esperança são o meu combustível diário!
Não vivo para agradar ninguém, mas vivo para superar meus medos, minhas fraquezas, e provar a mim mesma que sou filha DO SURPREENDENTE, DO EXTRAORDINARIO E DO INFINITO
Vim a este mundo para seguir e quebrar regras, adquirir e compartilhar conhecimento, meu maior desafio é a minha própria evolução.
Como consequência ate aqui foi descobrir que no fundo , bem lá no fundo, temos que nos amar primeiro, viver nossos sonhos, Para quando chegar no ciclo final da vida, não dever nada nem a mim e nem a ninguém ... Sucesso é morrer sabendo que fiz e realizei tudo, tudo mesmo que eu quis fazer!
Viagem interior
No olhar mergulhei
Na alma viajei
O coração visitei
A mente observei
Era triste o olhar
Na alma quis chorar
No coração fiz meu lar
A mente tentei dominar
Tive que assistir
Por dentro admitir
Que é preciso sentir
Pensar e agir
Assim pode ver
Que no conhecer
Sentir faz crescer
Pensar é poder
Alan Alves Borges
Livro No Olhar Mergulhei
Por que foram te abandonar?
Pobre cachorro de rua
Triste essa vida sua
De um cão abandonado
Traído, rejeitado
E você, pobre gato
Não te deram nenhum afeto
O abandono, a rejeição
Também feriu seu coração
Sentem sede e tristeza
A dor é uma infeliz certeza
Reviram os lixos para comer
Covardia te fazerem sofrer
Às noites frias é sofrimento
Solidão o sentimento
É tão grande a dor
Vocês merecem tanto amor
Serem ignorados é uma atrocidade
Vocês fazem parte da sociedade
Por que foram te abandonar?
Quem fez isso não aprendeu amar
Alan Alves Borges
Livro No Olhar Mergulhei
Um planeta chamado Lulma.
Em um local distante havia um planeta chamado Lulma.
Era um planeta muito bonito, repleto de belas paisagens e recursos naturais abundantes. Uma variedade quase infinita de animais e plantas haviam neste planeta. No entanto destoando deste idílico cenário haviam os humanoides que usufruíam dos recursos naturais existentes, muitas vezes degradando o ambiente que viviam.
Estes humanoides eram comandados por um Rei que dominava quase tudo e, mesmo existindo órgãos para controlar as ações do Rei para que este não fosse uma autoridade suprema, e tivesse surtos de Deus, todos ao final, eram submissos aos mandos e desmandos do Rei que sempre conseguia impor suas vontades, através de favores pessoais, e altos cargos e salários dados aquelas pessoas de outros órgãos que o apoiavam. Muitos sabiam, mas nada faziam, e quando faziam, eram porque queriam também fazer parte da corte.
O povo deste reino vivia em castas flexíveis, onde uma pessoa com poucos recursos, mas, com esforço e dedicação poderia migrar para um patamar econômico melhor e ter uma vida mais confortável. Haviam pessoas e empresas que desenvolviam produtos, remédios, e toda sorte de bens que satisfaziam os interesses dos humanoides. Estes bens, principalmente os de luxo e de alto valor agregado, evidentemente tinham preços diversificados o que em muitos casos, os tornavam inviáveis a alguém com menos recursos para adquiri-los, o que fazia com que surgissem outras empresas com produtos similares para atender esta demanda paralela. E assim vivia o Lulmense (habitantes do planeta Lulma).
Esclareço aqui que uma característica natural dos humanoides deste planeta Lulma era a vontade de possuir coisas, de querer mais e de não se satisfazer facilmente. Mas, embora estas características a princípio pudessem parecer projetar as pessoas para um patamar mais elevado, muitos Lulmenses não tinham a tão sonhada ascensão por diversos motivos, indo da própria capacitação profissional e cultural, ou passando pelos meios sociais nos quais estavam inseridos e que dificultavam melhores acessos para prover algo mais substancial. E ao final, embora todos quisessem o melhor e vivessem sonhando com uma posição social privilegiada havia muita desigualdade entre os Lulmenses.
Ora, a desigualdade social vivida pelos Lulmenses, em algum momento faria nascer questionamentos, sobre aquela forma de reinado, e se esta era a mais justa, visto que todos os Lulmense perante a Lei do Reino eram iguais em direitos e deveres. Ora se eram iguais, então por que haviam diferenças e por que elas eram nutridas? Alguns Lulmenses começaram a questionar o sistema, e do questionamento surgiram algumas pessoas com ideias de repartição de bens, de igualdade social, igualdade material e salarial, de propriedade comum a todos e, tantas outras ideias surgiram.
Ora, não há nada mais poderoso do que uma ideia que toma forma e eco. E o Rei sabia disso e, sábio que era, aproveitou da ideia. Afinal não é salutar nadar contra as ondas, e melhor surfar nela e esperar ela morrer na praia.
Assim sendo chamou seu Ministro e Conselheiro Burrddad e criaram estratégias visando a permanência no poder. Primeiro contrataram um cidadão Lulmense que tinha todas estas novas ideias que eram aos olhos de muitos progressistas, e o fizeram escrever estas em um livro e lançaram este na boca miúda para todo o reino.
Lembrem-se que é uma boa estratégia criar uma ideia já criada controlando-a em seu resultado final.
Ora, o livro alcançou alguns pseudointelectuais, filósofos de esquina, e pessoas bonitinhas que vivendo de forma nababesca, sentiram-se culpadas pela desigualdade existente, criada e sustentada por seus pais. Embora não se desfizessem de sua vida de luxo, gritavam e entoavam cantos pela igualdade social.
O Rei sabendo deste movimento, começa a agir, primeiro estatiza o ensino, dando-lhe cartilhas do que deveria ser seguido e ensinado. Ora, em um reino de desigualdades a melhor forma de vender utopias é através dos bancos escolares, afinal é mais fácil alimentar a barriga da ilusão do que tirar a barriga da miséria.
O movimento foi crescendo, e os gritos já se faziam ecoar nos corredores do palácio, mas, o Rei já havia previsto isso.
Em uma jogada planejada, criou benefícios para serem distribuídos aos Lulmenses sem recursos, esta ação trouxe contentamento e alento aquelas pessoas que viviam na miséria, mas, evidentemente sem tirá-las de lá, afinal, ao Rei a miséria controlada era uma forma de permanência e de poder a ser negociado.
Como toda ideia revolucionaria tem que ser controlada às regras de quem domina, o Rei para ganhar tempo e corações, tinha que dominar o pensamento dos Lulmenses, e fez outro movimento. Enfraqueceu aos poucos a qualidade do ensino, a ponto de transformarem os cidadãos Lulmenses em analfabetos funcionais, mal liam, mal interpretavam e dificilmente pensavam. Seguiam apenas correntes que ora surgiam aqui e ali a mando e criação do Rei por debaixo do pano sem que ninguém soubesse que era dele que vinham estas ideias.
De forma sutil, colocou os Lulmenses um contra o outro, primeiro fazendo nascer o sentimento de diferenças entre si através da própria raça, depois começaram a culpar os Lulmenses mais ricos pela desigualdade econômica e social. A situação chegou ao ponto de discutirem as opções sexuais dos Lulmenses, querendo até implantarem uma nova linguagem para a todos nivelarem. Enfim a vida se transformou em um debate sem fim, separando ainda mais o povo, colocando estes dentro das bolhas de convivência nas quais se assemelhavam e defendidas aos berros por pessoas que defendiam a igualdade querendo leis que as tornavam desiguais. E o local do grande nascedouro destas novas ideias, vinham do braço de manobra do Rei, do ensino. Implante uma ideia, escravize ou liberte uma nação.
O Rei atento a tudo, aparecia defendendo todas as bandeiras com discursos que o colocavam de forma agradável no centro de todas as diferenças, mas, sabia também o Rei que embora ele fosse o dono do Reino, ele não era dono de toda sua produção. E seus ministros e funcionários, embora fieis, não eram capazes de assumir toda a produção e pesquisa necessários para o desenvolvimento das necessidades da população.
Sabendo que estas empresas eram de certa forma uma ameaça ao seu reinado, pois estas eram capazes de criar aquilo que mais fazia concorrência ao rei, que no caso era o dinheiro e a geração de riquezas, fez o Rei, uma outra jogada. Aliou-se por debaixo do pano a algumas empresas, dando-lhes empréstimos volumosos a juros módicos e na prática não pagáveis, para que elas monopolizassem determinadas cadeias de produção, fazendo com que elas mesmos exterminassem os pequenos focos de produção e geração de riquezas, tornando-as dependentes destes oligopólios.
Evidentemente era mais fácil dominar um gigante que a tudo controla, do que os anões que se reproduziam sem parar.
Mas o Rei tinha que dominar tudo, sua gana pelo poder não tinha limites, seu reinado tinha que ter controle de tudo, não poderia ele dividir o poder, isto lhe era inadmissível. Em sua forma de pensar o Rei tinha que ser onipotente e onipresente.
O Rei sabia que a desigualdade proporcionava estabilidade, pois são as diferenças que nutrem o sistema e que o faz girar e crescer. Este era o ponto em que ele deveria atacar. E ele já havia preparado o campo de batalha. O povo, fragmentado dentro de suas ideias rasas queriam uma vida de prazeres que o dinheiro era capaz de produzir, mas que não possuíam. As empresas gigantes iam adormecidas e aninhadas pelo Rei, era o momento. Vamos criar o caos e depois controla-lo.
Chamou mais uma vez seu ministro Burrddad e decretou. A partir de hoje, não haverá pobreza no Reino de Lulma. Pegue o maior salário hoje pago por uma profissão e nivele todas as profissões por ele. Antes de fazer o anúncio, foi a uma emissora de TV privada no papel, mas, estatal de coração e fez um longo discurso sobre a desigualdade e sua origem cruel e escravizante que o sistema capital criava e os mantinha. Disse que a partir daquele momento, todos os salários do povo seriam nivelados pelo maior salário pago. Naquele momento o país explodiu em alegria, visto que a maioria dos Lulmenses não eram tão abastados, a insatisfação foi dos poucos que com suor e empenho lutaram para ter um lugar ao sol. Todos eram finalmente iguais em condições salariais, logo, poderiam seguir para a realização de seus sonhos mundanos e materiais.
Mas, o Rei foi claro e taxativo, ninguém poderia ganhar menos que o maior salário, mas, ninguém poderia também acumular riquezas além de seu ganho, pois se assim o fizessem seriam passiveis de penas horríveis e perdas de seus bens. Exceto os companheiros escolhidos pelo Rei que o auxiliavam nas diversas questões. Afinal, eles trabalhariam mais pelo desenvolvimento do reino. A armadilha estava lançada.
Ora! Quem trabalhava fazendo serviço braçal ou em uma linha de produção, logo, não queria mais fazer aquele serviço, pois já que qualquer profissão lhe dava o mesmo ganho, por qual razão iria escolher uma profissão que lhe causasse tanto esforço? E o contrário também ocorreu, afinal para que me dedicar tanto se eu valerei o ganho de quem não dedicou?
O caos estava instalado, rapidamente as empresas começaram a perder funcionários, e a produção colapsou. Os bens de produção e consumo tiveram uma redução gigantesca pois não haviam mais pessoas para trabalharem naqueles postos de serviços, todos procuravam algo mais ameno para fazer ou na falta de algo se deleitar nos benefícios do estado que eram iguais aos benefícios pagos pelas empresas. Evidentemente uma situação assim só geraria ricos na miséria. Ora de que adiantava o dinheiro, se não servia para obter ou desfrutar de algo?
O Rei já sabia e esperava por isso, e foi novamente a sua emissora favorita e anunciou ao povo. Meu povo, dinheiro lhes dei, mas não saciei sua vontade de consumo que este dinheiro poderia lhe trazer, então vendo que as empresas não conseguem mais produzir a contento, fica a partir de hoje, todas elas de posse do Rei, para que o nosso grande reino, possa cuidar das necessidades de todos. Mas, entendam, será um momento de difícil adaptação e peço a compreensão de todos, já que é o preço que pagaremos por uma sociedade equilibrada e justa.
As grandes empresas refutaram a início, mas, como viviam de recursos oriundos do Rei para seu crescimento e expansão, rapidamente cederam. Mas, a produção estava ainda parada e já que as empresas agora eram do Rei, este agora podia impor sua vontade, e começou a colocar grilhões as pessoas para obrigarem a estas produzirem. Se de um lado o acorrentado gritava, no lado do Rei, defensores intelectuais selecionados e formadores de opinião, apoiavam a decisão dizendo que era necessário o acorrentamento para a satisfação de todos.
Ora, de nenhum trabalho escravo se tem boa produção, isso sem falar em desenvolvimento. O povo tinha recursos, mas, estes recursos não ser traduziam em qualidade de vida. A produção como esperada, escravizada se deteriorou, pesquisas e desenvolvimento, não surgiram a contento impactando a vida e a saúde de todos, já que não haviam mais cientistas dispostos a desenvolverem projetos e inovações visto que lhe faltavam incentivos. Mesmos aqueles mais apaixonados pelo sistema, ou obrigado por este, não conseguiam desenvolver algo além pois lhes faltavam a capacidade e a capacitação técnica necessária, visto que a educação não lhe era adequada.
Dinheiro só tem valor para quem o usa, e para tal é necessário algo que lhe seja traduzida em valor. O Rei sabia que a condição gerada ao igualar a tudo e a todos, centralizando o poder, teria efeitos maléficos a longo prazo, pois embora dominasse a produção e o consumo, não conseguia este dominar a vontade humanoide de ter algo a mais, e se diferenciar de seu semelhante. Afinal uma floresta de árvores iguais é também um tipo de deserto.
Sábio como sempre foi, começou mais uma vez sua jogada de poder. Agora, para resgatar aquilo que ele sepultou, um sistema capital, inicialmente de forma mais controlada, no qual tudo gire em torno dele, e as pessoas consigam se destacar das demais através dos benefícios prometidos pelo novo, mas, antigo sistema, até este se ressuscitar totalmente, para depois fazer novamente a roda girar mantendo o povo neste ciclo de obediência eterna aos seus joguetes e controles criados.
E, quando menos se esperava, veio o meteoro.
Esta é uma pequena ficção gerada em meus devaneios após o uso de substâncias lícitas, qualquer semelhança é mera especulação.
Paz e bem.
Aprendamos a pensar.
Massako 🐢🤪
O mundo que ninguém vê é um reino invisível de microorganismos, onde os vírus desempenham um papel tanto invisível quanto imensurável. O cotidiano das pessoas é entrelaçado com esse mundo microscópico, e o COVID-19 trouxe isso à tona de maneira dramática.
Nossas vidas são governadas por interações que não podemos ver a olho nu. Vírus, como o SARS-CoV-2, têm o poder de paralisar nações inteiras, revelando nossa vulnerabilidade a ameaças invisíveis. Eles também mostram como estamos conectados globalmente, com um evento ocorrendo em um canto do mundo afetando instantaneamente pessoas em outro.
O COVID-19 nos faz refletir sobre como nossa sociedade lida com a ciência, a saúde e a cooperação global. Mostra como o conhecimento e a ação podem ser nossas melhores defesas contra o invisível. A pandemia revelou desigualdades profundas, com alguns sendo impactados de maneira desproporcional, evidenciando a necessidade de uma visão mais inclusiva do mundo que ninguém vê.
À medida que navegamos por esse mundo invisível de vírus e microorganismos, somos desafiados a repensar nossas prioridades, nossos sistemas de saúde e nossa capacidade de responder a ameaças invisíveis. O que não podemos ver muitas vezes molda nossas vidas mais do que imaginamos, e é uma lembrança de que devemos olhar além do óbvio para entender o mundo de maneira mais completa.
Oque é ser louco?
È ser fiel a si mesmo, mas estranho pelo povo
Ou ser alguém que abre mão da sua essência pra ser aceito pelos outros?
Não é que esvaziou minha paciência. È que me enchi e finalmente me conectei com minha versão autentica.
Não vou ser mais um desses personagens fictícios.
Vou me mantendo longe de status e de sorrisos fingidos.
Quanto custa ser um produto de consumo?
Vale o preço agradar e se perder no submundo?
No fim de tudo oque importa é a sua relação com Deus
Me desprendi das algemas da aparência,
quem fica nela assina a própria sentença
Dinheiro, Mulher, relevância e bebedice
Não conseguem pensar em mais nada além disso?
O momento foi de teste e abalou o alicerce coração
Abandonei aquele mano desorientado e sem proposito,
Hoje eu sei quem sou e onde deposito meu foco
A arte de contar tudo
Passos, degraus, tempo… A arte de contar esta intrínseca mesmo naqueles não muito inclinados a área de exatas, afinal contar parece fundamental ao ser.
Crianças contam passos, contam degraus, sem contar o tempo, afinal tudo é novo e parece eterno, porém com o passar dos anos, deixam de contar os passos que contavam e os degraus que subiam? nem se fala.
“Como o simples fato de contar pode significar tanto?”
Como não significaria?
Quem conta passos, conta sua caminhada até a chegada ao lugar onde sempre sonhou estar, ou na maioria das vezes a quantidade de passos sem rumo que precisará dar ao menos até ter um norte.
Quem conta degraus, eu diria que conta com anseio ou apreensão. Anseio na subida em busca de chegar lá em cima o quanto antes e não só concluir a missão como sessar todo esforço que a subida exige. Apreensão na descida, pois apesar de comumente ser fácil uma hora isso acaba, sem contar que se chegamos ao chão esperando mais um degrau pra descer, a queda é certa!
Quem conta tempo… bem, aí as coisas complicam. Poderia numerar infinitas formas de contar o tempo, jovens costumam contar quanto tempo falta para as férias, adultos contam o tempo que falta para o 5º dia útil, agora idosos geralmente contam quanto tempo ainda têm com quem amam, talvez por isso os associamos a “sabedoria”.
Há quem conta tudo e eu diria que esses são os mais especiais! Diferente de tudo e de todos, a razão geralmente é predominante e contrário ao que muitos (e até eles) pensam, eles vivem intensamente. O medo de darem passos sem rumo os fazem parar para analisar, mas o medo de perder tempo parado os fazem correr o mais rápido possível. Tudo acontece e nada é capaz de parar, afinal o tempo não para. Sim, não deve ser fácil contar tudo, mas acredite eles sabem como ninguém, a importância de cada passo dado e degrau subido ou descido.
Por último aqueles que não contam nada, admirados por muitos, são aqueles que simplesmente vivem, e estranhamente vivem intensamente, mas em paz! Andam, param, correm, sobem e descem, pra lá e pra cá. Vivem sem se preocupar se o próximo passo será o último, à eles é preciso cuidado, pois nem tudo dura pra sempre. Espero que não percebam tarde demais.
Enfim, obrigado por me ensinar a contar novamente.
Apenas mais um texto incompleto
Na tentativa de entender tudo que se passa aqui dentro, escrevo sem pensar na esperança que em algum momento tudo faça sentido.
Hoje de manhã levantei e como nos últimos dias parecia que tudo finalmente estava fazendo sentido, agora já não sei de mais nada, tudo que parecia tão certo, num piscar de olhos mudou, aquilo que levou dias para ser construído com muito esforço e paciência, desmoronou em pouquíssimos segundos e por mais que não faça sentido algum, talvez devesse ter acontecido.
Enquanto isso, enquanto a minha mente manda milhares de informações, desejos e anseios, o meu corpo numa tentativa desesperada de acompanhar vai até o seu limite, na busca de findar ao menos alguma coisa.
No meio dessa algazarra meu coração permanece intacto. Tudo que uma vez ali entrou, nunca mais saiu e falando assim parece uma imensidão de paz e talvez, isoladamente seja, mas por mais que eu reclame da minha mente, seria um alívio se ao menos um dia o meu coração fosse igual.
Estranho como tudo seria mais fácil se não houvesse tanta convicção. Por mais que ele fale baixinho em meio tanta balbúrdia, as vezes eu só queria que ele ficasse calado. Como algo pode ter tanta certeza entre tanto caos?
De novo, nada mais faz sentido e ainda não foi dessa vez que escrevi até que fizesse, então esse é apenas mais um texto incompleto… um de muitos! Oficialmente, o primeiro, talvez o último, só Deus sabe. Afinal esse é mais um texto incompleto da minha vidaincompleta.
Na solidão do meu ser, me sinto afundado,
Como se estivesse em um poço,
profundo e sombrio.
No abismo insondável, sou subjugado,
Sinto-me solitário,
no vazio desamparado.
O abismo interior, um "eu" solitário,
Procura amizades, laços necessários.
Mas as cordas que encontro são tênues, frágeis,
Mal me sustentam,
Sobre esse meu abismo hostil.
Na época escolar, como você se comportava em relação aos alunos mais novatos e com menos conhecimentos?
E como se sentia quando um veterano não respeitava sua natural condição de menor sabedoria?
Assim também é na escola Terra, quando nos deparamos com os erros de nossos próximos que ainda não aprenderam aquela lição.
"Para se ter sucesso na vida é preciso percorrer um caminho longo e durante esta caminhada aprendemos o essencial nesta jornada que, todo processo que passamos tem um propósito de Deus. Logo, a garantia é uma chegada com vitórias. Então não desanime no processo. Vença este percurso que Deus já decretou na sua vida."
—By Coelhinha
ESCALA DE VALORIZAÇÕES
No roldão da vida material, somos muito influenciados a valorizar e desejar uma infinidade de coisas, motivando-nos em muitas atividades. Contudo, é importantíssimo valorizarmos o que já nos foi permitido. Lembrarmos de quantos adorariam estar em nossas condições.
Por vezes, a diferença do remédio para o veneno é a dose!
HORIZONTE
De longe vejo o horizonte
E avisto a esperança
E ao lado da esperança vejo os sonhos.
É uma longa caminhada até a chegada,
Mas o que vale são os momentos até lá.
Ó, horizonte, como você está esplêndido!
Ó, horizonte, avisa a esperança que os sonhos me motivaram a chegar.
11/11/2023
*Eu queria escrever... mas... sou analfabeta...*
Eu queria escrever algo que fizesse bem ao mundo ...
Eu queria escrever tantas coisas...
Coisas que sinto e que penso...
Esse mundo tá assim... assim tão triste...
As pessoas estão tão perdidas ... tentando se encontrar ...
É tanta coisa que queria escrever... que acabo por não escrever nada...
Tanto... nesse mundo do jeito que tá... o nada é o tudo que o contorna... é o que o interessa...
As vezes ... muitas vezes... deixo de escrever...tanto... ao mundo não interessa ...
É tanta sensibilidade recheada de profundidade num mundo tão assim...
Assim tão cruel e raso...
Então... essa mania assim tão visceral... Não me fornece trégua... teimosa como é... me vence... e eu... me rendo e me entrego...
e então ...
Ela me escreve fazendo-me acreditar que sou eu que escrevo...
E me descubro e me revelo analfabeta... sem entender as letras desse mundo... vou compondo o que me compõe... sem saber ao certo se me escrevo ou me leio... nesse mundo tão assim como é... analfabeto... até mais que eu...
Eu só queria escrever ...
mas é a escritura que me escreve e descreve...
Que louca!
Mas...não mais que esse mundo.
E vou florindo poesia em meio as pedras desse mundo...
Enquanto a poesia teima no florir em mim.
Fiquem em paz. 🕊
Sejam paz. 🕊
Errei, me iludi por um amor
Que nem eu senti,
Fui rápido na queda, pois
Nenhum fio me sustenta,
Sou mole de coração,
Para você,
eu perco a razão.
Sou embrulhado em laços,
um palhaço me transformei
Acreditei em algo,
que nem mesmo me entretem.
Submeto-me a entrar no teu amor,
Lugar apertado que me sequestrou
a tal que não me desesperou, mas
No final me pisoteou.
Em resumo sou hipócrita, chorando
De novo por algo que nem mesmo
Me importa.
Vou me destruir,
Só pra contigo no final,
Poder me reconstruir.
Seguimos desmatando, ignorando a Amazônia,
Qual é o ponto que almejamos nessa insensatez tamanha?
Sob um calor extremo, sofremos, os ricos, sem a menor preocupação.
Frutos do eurocentrismo, visão distorcida,
Descartamos a teoria de nossa origem na terra,
Mas sem ela, como manteremos a chama da vida?
Evoluímos, mas à natureza tratamos com desdém, corroendo a alma,
Por que destruir o único fio que nos conecta?
Fio que atravessa gerações, e ainda assim, jogamos a sujeira no chão.
Encerro este poema com um pedido de desculpas, pois no fim,
Também sou filho desse fruto que destrói.
Incrivel como é estranhamente ruim
amar alguem ao ponto de aturar algumas
questões um pouco tanto que hostil
Sabe quando você só quer o básico ou o mais
simples que isso, sabe quando vc se sente
que estar se tornando um fardo não tão
leve e totalmente desprezível com um tipo
de insignificância total, e até mesmo um
toque de insatisfação junto com todos os
outros não belos xingamentos
É tão chato sentir o mesmo frio que não é das borboletas, e sim o medo de perder
alguem que as vezes sinto que não faz tão
bem assim pra mim...e msm assim amo, e
msm assim não canso por mais que canse,
e msm assim continuo amando e me
preocupando e chorando pelos mais lindos
olhos e sorriso que algum dia eu nunca
vi igual e que se por azar acaso, por azar dos azares perder esses
mais belos sorrisos nunca irei de encontrar iguais novamente
Num mundo onde o conhecimento é a semente da compreensão, a fertilidade do solo reside na partilha de ideias. Quando guardamos o saber para nós mesmos, enterramos as possibilidades de crescimento mútuo, pois é na disseminação do conhecimento que florescem os frutos da evolução coletiva. O ato de compartilhar não apenas enriquece os outros, mas também nutre o terreno onde germina a sabedoria.
#Aniz #OdeioFilosofia