Cartas de reflexão
Em uma terra longínqua, havia uma pequena cidade. Cidade que tinha várias pessoas e que tinha várias casas. Em meio a estas casas havia uma que ao longe saltava aos olhos. Era a única sem cor, porém a que tinha mais flores.
Nesta velha casa sem cor e visitada por poucos morava uma velha. Velha que se alimentava de brotos e bebia os raios do sol. Todo o dia saia à noite para apreciar as estrelas. Necessitava das estrelas. Acreditava que as mais bonitas e cintilantes eram pessoas queridas que tinham lhe deixado. Seus dias passavam, as horas corriam e tudo permanecia inerte. E pensar que anos atrás sua casa era cheia de filhos, de amigos e de luzes que cresceram e dissiparam dela como a sua mocidade.
O relógio marcava três, quatro, cinco horas e a velha olhava. Olhava mais não via. Sentada em sua cadeira aquecia-se com suas lembranças. Lembrou de sua infância de seu casamento, de seu primeiro filho. Lembrou dos sentimentos eufóricos de outrora, lembrou… Apenas lembrou.
Adormeceu assim nas terras de sua memória. Viu-se jovem novamente, os filhos pequenos pedindo-lhe amor. E ela vos dava amor e recebia amor. O marido fazendo-lhe surpresas, os amigos reunidos em dias de feriado, o velho pôquer na sala de jantar. De repente todas as chaminhas se foram apagando; o calor também partiria. Ela expirou.
Cansei das pessoas e dos seus hálito
Cansei do amor e de amar sempre só
Cansei da beleza e do valor
Cansei da inteligência e da soberba
Cansei dos vocês dos enganos e das promessas
Cansei da esperança e do pesar
Cansei de estar sempre só em meio a multidão
Cansei da ironia e do cinismo
Cansei das incertezas e dos nãos
Cansei dos recomeços e da desistência
Cansei do doce e do amargo
Cansei das lágrimas e dos sorrisos
Cansei das noites vagas
Cansei dos dias de sol
Cansei da frigidez da rigidez
Cansei das teorias
Cansei das histórias das estórias
Cansei das festas das palavras
Cansei do álcool e do Prozac
E…
Cansei sobre tudo de estar cansada.
Toda noite despedaça-se
E ao amanhecer se reconstrói
É o ciclo da menina
Que aos doze pintava o céu
Aos quinze imaginava as estrelas
Aos vinte e cinco pisava em flores
Aos trinta alimentava os pássaros, e dialogava com o sol
Aos quarenta partiu-se em duas
Partiu-se em duas e assim nasceu Aurora
Aurora virou estrela
A menina virou anciã
Despedaçou-se a noite
Amanheceu ao se reconstruir
PELEIA ESTOICA
Pode-se fugir do paranoico
Ao se ter um pouco de controle
Embora nem tudo seja estoico
Não se tem fração na boa índole
É de arrepiar o epitélio
Ao ser feliz mais racionalmente
Nas meditações de Marco Aurélio
Governar a sina humildemente
Muita coragem e disciplina
Pra poder enfrentar o destino
Deixar leve o balanço das crinas
No bom desafio manter o tino
Achando espaço pra reflexão
Essa passagem não fica a esmo
"Praquela" maior aceitação
Na melhor peleia que é em si mesmo!
"Na vida às vezes se GANHA e muitas vezes se APRENDE. Nossas maiores lições não vem das nossas vitórias senão dos nossos fracassos. São das perdas que aprendemos a GANHAR. E para ganhar é preciso superar a nós mesmos (nossos medos) 2 Timóteo 1:7, que nos limita de chegar a vencer. "
—By Coelhinha
Viver!? Não gosto. Morrer, Para quê?
Só posso descansa quando o mundo mudar, e não quero morrer cansado.
Meu corpo para, para descansar, mas minha mente continua a trabalhar.
Já que o tempo não pode voltar, pelo menos que passe logo.
Dias solitários não me enfraquecem Apenas penso ainda mais em um caminho para encontra a paz.
Fernando Wberdan.
Coleção corrigida 23-03-22 pensamentos suicidas.
Incontáveis flashes sinalizam minha alma!
Avenidas estupefatas de gente apressada e, depressa, o dia findara!
A noite boceja não querendo ser despertada da hora de descanso!
Não é possível viver na impossibilidade de ser acordada!
Gritaram gemendo tantos abutres transeuntes!
O dia insiste morrendo outra hora!
Acordados!.... seguiremos com a lua!
Corrosivo
Sua natureza clama carne morte
Distorcida natureza que clama infâmia
Gesticulando versos incompreensíveis, ao teu matadouro a assunção
Ser fugidio, tende a escapar
Pertencente a insana acidez possessiva
Da sua carcaça seu aposento asqueroso ele fará
Enojado filho, residindo na repugnância irreparável
Cheiro de morte impregnado nas veias
Acovardado abaixo da luz
Maleável loucura, ele desfigura à sua imagem.
Com medo do inevitável
Suas paranoias o perseguem
Confidente doentia é sua fiel amiga.
Renunciou a si mesmo
De sua carne não mais vive
Em prol ao prazer carnal
Renegando a criação, se tornou o oposto da noção.
Errônea culpa, seu deleite mortal
O levaria a sua própria cova
Marcado com milhares de vidas
Ceifadas e mantidas, vários nomes ele possui
Indecente existência, ele arrancará sua carne
Beberá da sua vida
Vestirá sua morte
Queimando em morte e vida
Seus valores se inverteram
Glorificando o negro luar e julgando a leve brisa
Cuspiu nos portões de pérola
E adorou o portão pálido e mortiço de seu novo sofrimento.
"Eu vi a paisagem e não resisti, à beira do abismo eu gelei.
Refleti por um momento e por um eterno segundo, eu hesitei.
Não resisti, nas suas lembranças me lancei.
Lembrei-me de quando cada palavra sua, fazia-me dos seus sonhos, o rei.
Nem sobre as nuvens eu me senti tão perto do céu, como nas vezes em que te amei.
Vislumbrei a vastidão, me encantei com a beleza das coisas que o Deus fez.
Mas só vi perfeição na beleza do mundo, uma única vez.
Quando fitei os seus olhos e ali mesmo me apaixonei.
Ali, logo ali, eu não deveria, eu sei.
Mas nas lembranças, nos sonhos de contigo, uma vida, me lancei.
Eu era feliz, eu sei.
Mas na beleza do oceano, existe o seu eu profundo e aí existem perigos, eu sei.
O coração parvo, encantado, louco, enganado, não quis me ouvir, mas eu avisei.
Que seu amor era passageiro, como às nuvens aos meus pés, que a pouco narrei.
Ali em cima, eu vi o mundo, eu vi você, quem sabe Deus? Talvez.
Lembrei-me do seu olhar e como naquele dia, não resisti, eu gelei..." - EDSON, Wikney
A Chuva
Pequeno mundo lacrimejava
O medo engolia todo a esfera viva
Se proclamando, a ele pertencia
Declarando em digníssima melancolia
O seu vislumbre especial
Um profuso breu espectral
Atacava o solo em gotas
Apaticamente me envolvia
Cobertor de rara alegria
No ritmo lento, sua forma distinguia
Íntima se fazia, pois nunca fugia
Mas de nuvens não vieram
Estranhamente, do além pertencia
A incerta escuridão
Parte a parte consumia
Seu choro mudo ouvia-se em sinfonia
Perdão disfarçado em falsa alegria.
Eu, o mártir da nova sintonia
Com seu plano colaboraria
Em prol do fim
Ao contraste do intenso apertar
Destravei a porta que não deveria
Compondo as palavras sem nenhuma harmonia
Do seco ao molhado, inspirando antipatia
Sufocante sentimento que não produz folia
Desvanecendo na tranquila e doce melancolia
A chuva não me abandonaria.
A vida é um enorme vazio
Em busca de preenchimentos
Que nunca lhe cabem.
Um mar onde as ondas
Só sabem ir, sem voltar...
Uma armadilha e uma
Armadura: todos caem,
Todos carregam uma
Casca grossa; são
Blindados contra a
delicadeza, falta acesso,
Gentileza...
Parar para ouvir alguém
É se abrir para ser curado
Da própria dor, mas todos
Preferem adoecer.
- A vida é um enorme vazio
Em busca de preenchimentos
Que nunca lhe cabem.
C.R
Quero não querer o que quis por muito tempo na variável permanência desprovida da temporalidade ilusória!
Passou!.... felizmente, como brisa que fragilizou minha face, nada mais!
Películas de ornamentos frágeis que apodrecem pelo desgastar provocado pelo uso de tantas mãos que manusearam e descartaram!
"Quando nos referimos a mulher de Ló quando olhou pra trás e se transformou em sal. Não foi em si por ela olhar pra trás que devemos fixar nossos olhos a essa revelação , (ainda que desobedeceu uma ordem de Deus) . Mais que ela estava dando maior importância para o que estava perdendo e não percebeu que o maior era olhar adiante para o que Deus lhe estaria mostrando. (Suas promessas).
Ainda que no momento nos pareça loucura quando Deus mandar, "FAÇA." Deus é Amor mais também Ele é Justo, porisso Sua justiça pode pesar pra muitos... E muitos verão e pra justificar seus erros, dirão: - MAIS QUE DEUS É ESSE QUE CASTIGA? Castiga SIM os Filhos, para que não andemos em caminhos tortuosos."
PS: "A GRAÇA veio pra nós DAR A DIREÇÃO do CAMINHO que leva a Cristo; mais é a VARA de Deus que vai ENDIREITANDO."
—By Coelhinha
A verdade já foi dita
Os profetas, os sábios, os santos já diziam
A grotesca insatez humananos faz esquecer do óbivo
Passamos metade de uma vida querendo o futuro
E passamos a outra metade nos queixando do passado
O despertar da consciência
Acontece para quem está preparado
Até lá ficamos moldando nossas estátuas da ignorância
Defendendo nossas faces malignas
Estimando o conhecimento a tão pouco
Alegando que este é o máximo da evolução
Evolução
Ah!
Que palavra bela
Por que o presente é esquecido?
Mal me lembro do ano passado
A ansia de viver nos corrompe
E o comodismo assassina nossas oportunidades
Não há porque querer tempo
É querer peneirar areia
O aproveitamento dos momentos é reduzido
De tal modo que não herdamos nada
E este é o artifício genuíno
A única ''graça'' que nos vem sem pedir
Chega ser cômico
Não há porque querer tempo
Não há
A fácil manipulação da realidade
Para se tornar algo agradável
É vicioso
E esta é a tortuosa presença
Do falso anunciador da benção
O bem-aventurado futuro
Sempre com uma proposta diferente
Pega pela mão e leva consigo
E acabamos ali
Tentando segurar a porta para não entrar no necrotério
Agora fartos da esperança
Era tão ruim assim o presente?
Não era óbvio que uma armadilha no seu caminho de sempre
Poderia por ventura lhe prender?
Incerteza
Falência do pensar
O modo futuro-próspero estava ligado
E não pude notar que me rasgava entre as rosas
As mesmas que colheriam para o meu leito.
Pessoas mal resolvidas, preenchem as outras com suas “imprecisões” além de acrescentarem outras mazelas.
É me "achando"! Que corrijo meus defeitos e imperfeições! É me “achando”, que consigo doar para as pessoas o que existe de “bom” em mim! É me “achando” que sou um colaborador para a construção de uma sociedade melhor!
"Grandes coisas já acontece desde quando no princípio em Gênesis Deus criou" TODAS AS COISAS." Até em Apocalipse daquEle(Jesus) que dá testemunho destas coisas e diz: "SIM , VENHO EM BREVE!"
Amém. Vem, Senhor Jesus! A graça do Senhor Jesus seja com cada um. Amém.
—By Coelhinha
Se todos os seus pensamentos fossem a tona,
Você faria de um dia uma maratona de perguntas!.
Umas com respostas outras com suposições.
Hoje o falado é exaltado,
O vivido é uma lástima.
Os pequenos querem ser grande e os grandes se perguntam porque quis crescer???
Sabedoria não se compra, se constrói.
Uma hora estamos em cima
Olhando bem distante no horizonte
Observando a paisagem
O que não percebemos
É o que está abaixo de nós
Descendo lentamente
Torna-se, pouco a pouco
Invisível, o horizonte
Vemos então claramente tudo de perto
Alguém tirou nosso binóculo?
Não, estamos em baixo, caímos
Mas de cima tudo é tao tranquilo e cheio de paz
Porém, somos seres poderosos
Podemos tornar a parte baixa da roda cheia de tranquilidade e paz
Apreciando o momento do outro
Nesse momento alguém esta la no alto
Sentindo exatamente o que sentimos
Ficamos então gratos, felizes e esperançosos
Sabendo que a a roda da vida é cheia de altos e baixos
Se não fosse pela sombra ou pelo dia chuvoso
A planta morreria seca
Se não fosse pela noite sombria e escura
A lua e estrelas não dariam seu show
Veja a beleza em tudo ao seu redor agora
Gire em torno de si mesmo
Não importa se você esta embaixo ou em cima da roda
A roda da vida
Gira e gira
Amigo de fato
Amigo de fato
te acolhe no ato,
não dá as costas
oferece a mão,
leva em consideração.
Mesmo que não concorde,
respeita sua decisão.
Amigo de fato,
não se ausenta,
mesmo estando longe
é acessível, disponível,
a gente sabe que pode contar.
Amigo de fato,
é um irmão
que quem escolhe
é o coração.
A noite ser
As flores do meu corpo não dormem
Entre o peso do orvalho e as lágrimas dos anjos nasce uma
chama para esfriar-me o rosto
Haverá como alçar voo desse jardim de ossos?
Desse sol sem urgência que ao caminhar destrói o meu
punhado de assombros?
Tenho todo tempo do mundo para olhar o tempo perdido;
a vida que não tenho.
A que flecha pertence o arco que atinge as minhas consciências?
No fundo de mim o que há de mim?
De que âncora nasce-me a vida?
De que plenitude me vejo externa ao meu corpo?
Alago-me nos livros que se compõem na minha incompletude
de páginas – betumes e luzes que gotejam em fragas
de espuma e espera.