Cartas de Perdão
Perdão
Desci o singular caminho
Auspicioso cambalear de idéias
Na mente opaca e necessitada
Não era uma estrada, nem uma condição.
Verti do mais fundo da alma
O âmago capaz de simplificar a história
Rompendo em gloria, o certo pesar.
Vagas lembranças decerto irão ficar
Mas sem a dor da mente
Incrustado na inércia mediana das torrentes
Romper correntes, libertar.
Do foco bendito apurado
Numa mente sanada ou não
Rabiscada e moldada
Num gesto de perdão
"" Preciso te pedir perdão
pois se tem alguém nessa vida que tem intensidade
esse sou eu
vivi todos desejos que tive
e é certo que muito errei
por isso se você puder, me perdoar
perdoe de coração
que eu tentando acertar
muitas vezes errei
e muito ainda irei errar
até um dia ter completa convicção
de que errar faz parte
principalmente tentando arte
o que não cabe é a submissão...
"Perdão, amor, o erro foi meu.
Errei, em ligar de novo, errei em implorar por você, a Deus.
Errei, em dizer adeus.
Sim, meu amor, perdão, erro meu.
Errei, em te amar demais, errei em amá-la, mais do que eu.
Errei, em não tolerar o desdém, a indiferença, o beijo frio, que me ofereceu.
Perdão, amor meu.
O erro não é nosso, o erro é só meu.
Assim, como nosso amor; pois quando do seu abandono, só o coração, desde que lhe escreve, sofreu.
Perdão, meu amor, o erro foi meu.
Falando em coração; há muito, abstive do meu.
Desde o momento do nosso primeiro olhar, este lhe pertenceu.
Hoje, percebo; não obtive o seu.
Mas, peço-lhe perdão, amor meu.
Perdoe-me, por desejar-lhe da primeira aurora, até da noite, o último breu.
Realmente; reflexivo na madrugada, percebo: o erro foi meu.
Errei, em fazer de ti, a minha religião, eu deveria ter morrido ateu.
Errei, em tentar matar o nosso amor, eu deveria ter matado o meu.
Ter matado eu.
Por te amar demais, assumo o fardo da culpa, vá em paz, deixe comigo, o inferno da culpa e o paraíso dos sonhos, que um dia me prometeu.
Perdão, meu amor, assumo: o erro, foi meu..."
Peço-te toda sinceridade
Peço-te todo seu perdão
Só não me deixe sem o que me dá
Não consigo ir sozinho, sem suas mãos
Aprendi com as manhãs
Que tudo se renova a cada dia
Aprendi com o entardecer
Que a fúria também se vai com o sol
Mas ainda não compreendi
O porque de tanta complexidade
Se eu ainda ando pelas mesmas ruas
Percorrendo a mesma cidade
Calma, tudo há de se resolver
As derrotas estão sempre aí
Pra te ensinar, acima de tudo
A não deixar de vencer
Vem comigo, e deixa tudo de lado
Vou te ensinar o que há de melhor
Nessa vida corriqueira
E te mostrar que, sozinhos
A vida é muito mais passageira
PERDÃO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Raivoso e no auge de uma discussão, chamei o indivíduo de cão sarnento. Gritei, mesmo, em alto e inequívoco som: “Seu cão sarnento! Seu cão sarnento!”. Ele se assustou com a minha ira e se foi. Achou melhor não continuar ali, destilando aquela ironia que me deixara transfigurado. Adivinhou meu próximo passo, que seria fazer com ele o que meninos malvados fazem com os cães sarnentos que proliferam nos subúrbios.
Mas devo confessar que, passado aquele momento refleti. Comecei a sentir um remorso imenso do que fizera. Da ofensa impensada e descabida que tanta gente nem acreditou ouvir da boca de uma pessoa que sempre tenta ser tão serena, reflexiva, social e até ecologicamente correta. Cheguei à conclusão de que fora intempestivo, cruel, truculento e desumano em meu xingamento, especialmente pela comparação que fiz.
Não demorei a vencer o brio e fazer o que era certo. Fui pedir perdão. Não tinha ideia de como seria recebido, mas fui lá. Vesti a coragem de ser humilde, assumi o risco de ser humilhado, abri meu coração e parti para o desafio às cegas. Um desafio que terminaria espantosamente bem, porque fui recebido como se nada houvera. Como se eu nunca tivesse gritado aquelas ofensas que ainda ecoavam em minha mente.
Meu alívio foi total. Tirei das costas um peso que não podia levar por longo tempo. Minha consciência me condenava duramente. Eu mesmo já me punia. Não conseguia me perdoar pelo comportamento insano. Fui surpreendido com uma lição de humildade, ao ser acolhido com afeto. Não precisei me humilhar para ser perdoado. A comunidade canina, muito melhor do que o ser humano, já me perdoara no ato da ofensa.
AS NATUREZAS OPOSTAS DO PERDÃO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Quem não cobra uma dívida; não se vinga de alguém que lhe fez mal... quem finge não entender ofensas, desfeitas e desconfianças; deixa para lá o desprezo, a injustiça e a preferência que o preterem, este sim, perdoa... mesmo que não fale manso, não se forje contrito e não sorria ou abrace a contragosto, por mandamento e promessa divina.
Muitas vezes, o perdão se faz acompanhar de reaproximação e festejo; regozijo e 'reconfiança'... mas tantas outras, de uma cautela que o bom senso recomenda, para que outro evento indesejado não torne tudo ainda mais grave que antes do perdão. Isso varia de perdoado a perdoado; de perdoador a perdoador, com os seus temperamentos e as previsões baseadas em alguma reincidência, por exemplo.
Também tenhamos cuidado com a seguinte hipocrisia: acharmos perdoável quem queremos perdoar ou que alguém perdoe, mas acharmos imperdoável quem não conseguimos nem aceitamos que o outro perdoe. É nesse ponto que o perdão perde a idoneidade, por se tornar seletivo e camuflar seus conflitos de interesses.
Tudo soma-se ao fato inquestionável que nossas asas são de cera... elas se derretem ao calor de momentos e não as recompomos com facilidade. Somos inapelavelmente humanos, por mais santos que pretendamos ser aos olhos de quem nos interessa por motivos nem sempre relevantes.
PERDÃO É XEPA
Demétrio Sena - Magé
Jamais peçamos perdão com imponência ou soberba... olhando nos olhos com altivez, como quem tem o direito pleno de recebê-lo, e nosso interlocutor, a obrigação de nos dar. Esse ato é simplório, quando sincero... de quem reconhece que precisa da graça; que a dívida é sua e não do outro. Perdão é xepa vivencial... é para ser pedido, e com muita humildade. Em alguns casos, implorado... nunca exigido.
... ... ...
#respeiteautorias Isso é lei
Oração para buscar o perdão de Deus
Pai misericordioso! Estou aqui na tua presença e te peço: cura o meu coração, limpa minha alma,sacia-me com teu amor.
Tua presença em mim é como água cristalina que cura e que liberta.
Quero estar sempre contigo. Perdoa as minhas ausências, a minha indiferença a falta de fé que invariavelmente se faz presente.
Cura minhas feridas, Senhor. Que eu saiba controlar minhas vontades e desejos que as vezes extrapolam e fogem para a materialidade. Ajuda-me a buscar tesouros no céu e livra-me das ambições terrenas.
Que o meu coração esteja sempre pronto a praticar fé, esperança e caridade.
Sagrado coração de Jesus,fazei nosso coração semelhante ao vosso!
Eu te peço perdão por ter subestimado a sua dor. Eu só entendi porque você se sentiu daquela forma, quando eu passei pelo mesmo que você.
A vida ensina.
É um dos arrependimentos que me destroem por dentro. Eu não conseguia entender o seu sofrimento, até a vida me colocar lá, no mesmo lugar que você esteve por tanto, sem receber apoio de ninguém.
Tudo isso sempre me ensinou a ouvir os dois lados da história.
Espero de coração, que você esteja bem e possa ter superado o que aconteceu.
Que nunca falte coragem e fé. Coragem para romper nossos medos, liberar perdão, ouvir a voz do coração... Fé, para seguir confiante, acreditar naquele que tudo pode, crer no impossível, ver providência onde nada é visível e agradecer por tudo que ainda vai acontecer!
Insta: @elidajeronimo
Antes do ódio aprendi o perdão
O ódio ninguém ensina
Ele nasce da ingratidão
Até com todo ensinamento
Do "é dando que se recebe"
Que fala em doar
sem nunca cobrar pelo feito
Quando o que falta é respeito
É difícil o que possa abrandar
A dor que nasce
no lado esquerdo do peito
Como o vento que dá e que passa
Assim também acontece com a gente
Dor que brota não cria raiz
Não é uma boa semente
SENHOR QUERO LOUVAR-TE
Senhor quero adorar-te
Quero amar-te, quero o teu perdão
Quero sentir o teu amor
Senhor preciso tanto de ti
Neste momento infeliz da minha vida
Quero louvar-te todos os dias
Sentir o teu toque em mim
Deste sofrimento atroz da minha alma
Senhor preciso do teu calor no meu coração
O meu corpo chora de dor de angústia
Sem ti Senhor não sou nada, não sou ninguém
Quero sentir o teu amor, o teu perdão
A ti Senhor me rendo ao teu louvor e graça.
NOSSA SENHORA MÃE DOS CÉUS
Nossa Senhora mãe dos céus
De joelhos te peço
Perdão por todo o mal
Que fazem aos pequenos anjos
Rezo e lanço o meu grito de dor
No íntimo fervor no chão de joelhos
E aos teus pés doce mãe te peço clemência
Por todos aqueles que matam estes doces anjos
Com consciência ou não, peço o teu perdão doce mãe.
DE JOELHOS MINHA MÃE
Ajoelho-me e peço-te perdão
Minha querida e doce mãe
Pelo amor que mora no meu peito
E pelo amor que me tens
Prostrada na minha humildade
Rezo a ti minha mãe
Pela desumanidade, pela maldade
Pela injustiça, pelo egoísmo
Ajoelhada te peço perdão
Por todo o mal que te fazem mãe
Perdoa-lhes, que eles não sabem o que fazem
Estão tão cercados de coisas inúteis
Que nem sabem amar, perdoar, rezar
De joelhos minha doce mãe
Espero que aos teus pés
Floresçam flores
Em todas as nossas madrugadas
Amém.
♥SENHOR DA PAZ DO PERDÃO
Senhor, nesta noite fria
Desarmai as mãos e as mentes mesquinhas.
Quero pedir-te por todos aqueles
que são vítimas da guerra
da chantagem, do tráfego humano
das crianças, mulheres, homens
que são vítimas das maiores atrocidades.
Auxiliai-os diante das situações difíceis!
Diante das incompreensões, da maldade.
A todos os que são obrigados a viver na injustiça!
Porque estão desiludidos nesta sociedade
que é tantas vezes desumana e cruel.
Senhor, ajudai-nos e dai-nos a paz
desta escuridão, desamor, hostilidade
inimizade, ódio, rancor que há neste mundo.
Que o nosso coração seja um instrumento de paz
E os nossos medos uma ferramenta de perdão.
Faz com que a nossa casa seja acolhedora
Onde somos todos irmãos, sobre a tua proteção.
Perdão do esquecimento
(inspiração adolescente)
Pequei!
Se pequei, pecastes mais!
Eu gritei...
E de um surdo eco me arrepiei.
De joelhos mais uma vez fiquei...
Procurei teu olhar sem encontrá-lo.
Queria-te por toda força junto a mim.
Mas nada fazia sentido...
Tudo desfeito!
O amor que nos unia, findou.
Ódio em teu olhar notei!
Compreendi que entre nós tudo estava acabado...
Chorei noites, fiz nascer dias.
Construí e imaginei mortes.
Mas seu perdão eu nunca mais teria...
1968
Estevão recebeu pedradas e ofereceu perdão; a menina na casa de Naamã recebeu escravidão e ofereceu a informação da cura e libertação; Jesus recebeu crucificação e ofereceu salvação a todos.
Nos só podemos dar o que temos. Portanto, não permita que o que você tem recebido ofusque a graça manifesta na sua vida. Guarde o coração, pratique as boas obras e mantenha-se no primeiro amor.
O perdão é um ato de libertação que nos permite deixar para trás as mágoas e o peso das ofensas. Lembre-se: perdoar não significa conviver, mas sim libertar-se do poder que o ofensor exerce sobre nós. Ao perdoar, não apenas cuidamos da nossa saúde emocional, mas também abrimos espaço para a paz interior.
“E, quando estiverdes orando, perdoai, se tiverdes alguma coisa contra alguém; para que também o vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe as vossas ofensas.” (Marcos 11:25)
Pesquisas indicam que perdoar pode diminuir a pressão arterial, reduzir inflamações e prevenir problemas cardíacos. Que possamos cultivar o perdão em nossos corações.
Ato de Contrição
Perdão! Se fiz sem fazer
Omiti e testemunhei ver
Adormeci sem acudir
Atendi e sucumbi
As esperanças esvaídas
Os abraços nas partidas
Olhares almejados ao leu
Receptivos cingir réu
Janelas fechadas ao sol
Negativas ao crisol
Falar mais que ouvir
Olhar mais que sentir
Sorrisos que malogrei
Brados que valorizei
Remissão! Reto do coração!
Neste meu ato de contrição.
Luciano Spagnol
00’01”, 08/04/2013
TOLERÂNCIA (soneto)
Não venho aqui me desculpar com perdão
e nem tão pouco desfiar verso plangente.
Aqui declamo o que o coração deverás sente
onde há mais que tesa regra ou justificação
Não façamos ouvidos surdos a toda gente
no cada qual com a sua escolha ou razão.
Gratuita é a liberdade ofertada na emoção
tal qual cor na aquarela se faz diferente
Se amar é gesto que nos traz comunhão
porque assombra o fluxo contracorrente?
Pois na sombra não se erigi plena visão
É aflitivo crer que desafeto seja recorrente
da intransigência na diversidade de opinião.
Pois, a quem ama, a tolerância é presente...
Luciano Spagnol
Agosto, de 2017
Cerrado goiano