Cartas de Morte
A vida e a morte
Na morte o corpo na terra adormece
E a alma flutua no céu celeste
Ascentada no trono junto de Deus
A alma também se aquece
No coração de quem a alma não esquece
A vida se continua no todo e sempre
Para aqueles que a saudade sentem
E também para aqueles que partem
Somente em diferente aspecto
Porque um o invólucro perde...
Daí a vida e a morte, diferença se apresenta
Porque enquanto um num corpo se assenta
Se diz que vive no corpo vivente
E sem um corpo se morre ausente.
Aí que, se a vida pode ser um sopro
E a morte ser a eternidade...
Então é na morte que se vive de verdade?
esse é um exercício de morte
e vida esse é um exercício de
nascimento dentro e fora
do encerramento um
exercício de furar o tempo
esse é um exercício
de imaginar-me sem o
desgaste de ter que
me explicar porque eu
fernando na verdade
como já sabes sou essa
crueza tanto de perto
como de longe
Na vida, apesar do desastre da morte... Realmente, vale a pena reconhecer que para se sentir feliz, requer ser forte
Onde sempre houver capacidade de viver, sempre haverá a vontade do querer...
E nunca desistir e não pensar em retroceder
Porque o que é bonito, realmente é lutar e com sacrifício vencer;
"Subdesço"
Eu carrego a morte no bolso esquerdo.
Invejo o sujeito que não teme
Em de repente se tornar
somente um nada novamente.
Me encarrego de ter isso em mente.
Como se não existisse esperança nas palavras.
Eu não sei dizer o que não sinto
e não digo o que sinto
por achar que estou mentindo.
Me livro do imprevisto julgando cada segundo
como o ponteiro eu balanço na mesma direção
e em voltas subdesço em desespero.
Meu pensamento é um descanso.
À morte certa escaparmos?!?
Um dia poder à morte escapar;
é um sonho humano, dado a seu Ser;
talvez por ter sido esse: O Apetecer;
de Quem a tal tão Quis Sua Alma Dar.
Que bom tenhamos sido os escolhidos;
neste viver que a morte, tem tão certa;
pra vermos como a Vida, após desperta;
se pra A Tal, não andarmos adormecidos!
Porque devido a ser experiência;
pra Um Ser, quem em nós só Pode ser Sentido;
por Um ver, não havido em nossa visão…
Não está, por tal provado na ciência;
embora a tantos Tenha Aparecido;
com certeza, de não ser ilusão!!!
Aparecido, em Profetas deixado;
Aparecido, em morto regressado;
Aparecido, em Todo O AMAR tão dado.
Tenho a impressão
que a gente vive esperando
nossa própria morte.
- Você não?
Temo que a resposta seja definitivamente
semelhante.
É o que nós fazemos,
conscientes ou não disto,
é o que nós fazemos!
Sempre
sempre
sempre
Estamos sentados na vida
esperando a própria morte
e o próprio desatino do momento.
Nenhum momento será como
aquele momento, este momento
e, por mais que não possamos supor o tal momento,
nós sempre o sentimos muito perto,
ao lado, acima, abaixo…
Às vezes arranha a superfície,
às vezes engata a ré,
às vezes cerca como num círculo,
às vezes entende os escombros.
- Somos nada!
Eu penso e peno,
mesmo diante das magnânimas construções,
dos suntuosos escritos,
das reverberações mil.
- Somos nada!
Contudo temos a deliciosa presunção
de sermos tudo,
tudo o que há de mais importante sobre a Terra,
tudo o que existe entre o bem e o mal,
tudo o que ocorreu de melhor no Universo.
Somos parte. Somos gente. Somos
o que estamos nos tornando
constantemente...
Quando vejo os olhos da morte
Não posso mais temer a pequenez
A suavidade do dia é milagre
O sol da pele que me toca é milagre
A hora ainda acordada é milagre.
Quando olho no fundo dos olhos da morte
Não há mais temores tolos
Não há mais confusões
Nem necessidade de ser notada
Não há mais desculpas para brigar
Não há mais nada.
Quando a vejo tão de perto assim
Quando a percebo inculcando meus brios
Dando-me calafrios
Não há mais nada a temer
Porque, no fim das contas,
Tudo o que eu sempre temi
Está diante de mim
Olhando-me com profusão e piedade
Permitindo-me desfrutar um pouco mais
E viver o que ainda preciso...
"A pena de morte da verdade".
Todo dia ela ressucita, silencia e grita, a verdade abudante, quem acredita torna se elegante, outrossim, vazia, a verdade elevada a pena de morte, vivem se, uma intensa mentira, aliás uma verdade audaciosa fugaz, uma verdade mentirosa, a vida enganosa, enfeitada de Brasil, um contexto vil, história, oratória de percusores, heróis, sim ou não, tal padrão, escravidão, hoje então, miserabilidade estampada, um povo acuado, ou não, reféns de um sistema, ou não, a identidade homem mulher Brasil é dilema, nos anais da verdade, falar é perigo, logo vem diagnóstico de castigo, calar se, render se a opressão, de uma verdade que não querem que diga, sim ou não, ao Deus dará, que na oração se inclina a sorte, falar, gritar, pensar, delicada maneira, eu, colocando a sanidade a prova de um Brasil covarde, ou não, sucumbido pela manipulação em toda parte, decretam todo dia pena de morte pela verdade.
Giovane Silva Santos
19/08/2022 01:32hs
Deus abençoe a todos
Não temo morrer por saber que a morte jamais me apagará,
ainda que tão eterna seja a eternidade.
Certa vez, perguntaram-me se estaria eu satisfeito com o que vivi
se o dia de amanhã fosse o ultimo de minha vida.
Respondi que nos meandros do rio da vida, nado sem medo, pronto para
encarar a morte, não por ter vivido o suficiente, mas por ter deixado
no mundo e nas pessoas marcas eternas.
O amor pelo fim de tudo.
Eu sou apaixonado pela morte, não tem como não ser, como eu não amaria algo que vai acontecer?Não tem pra onde correr, eu, você, todos vamos morrer! Eu quero abraçar aquela senhora de preto que segura uma foice e pedir pra ela me levar pra algum lugar, um lugar bem distante de mim, daqui, da vida, porque da vida eu já sei de tudo, já sei como funciona, quero o novo, porque aqui tudo me decepciona... morrer é minha esperança de que eu vou entrar em outra dança, e que o som da música é o silêncio, e o artista é a escuridão eterna, e nesse show artístico eterno, eu eternamente assistirei tudo enquanto meu corpo e alma estejam mortos. Como eu amo saber que vou morrer, como eu amo a morte!
O falso amor dos poetas
Aprendi a me forçar para engolir a dor
Quantas vezes já desejei a morte?
Não vivo a procura do amor
Pois nunca tive muita sorte
Minha mente insiste em me aprisionar
Não acho o mapa do meu corpo
Quando tudo isso vai acabar?
Será a morte o meu conforto?
Eu me perco muito rápido
E demoro pra me achar
Viver é quase que um delapido
Sem chorar, sem reclamar
Não sei se vivo pra morrer
Ou se me mato pra viver
Se digo o que eu queria dizer
Ou se me lembro de esquecer
Sei que não sou a melhor pessoa
Mas a pior também não sou
Minha mente vive muito atoa
Mas em paz sinto que estou
E você até tentou me amar
Vivia dizendo que sou linda
Que é fofo o meu jeito de andar
E que quando sorrio, fico mais linda ainda
Eu não posso te julgar
Na verdade, te compreendo
Não é fácil me amar
Nem eu mesma amar-me tento
E ai se eu pudesse...
Se eu pudesse pegar um machado, abrir minha cabeça e tirar você de dentro
Se eu pudesse estar no mesmo lugar que você e fingir não ter sentimento
Se eu pudesse não me matar, só matar o que está aqui dentro
Se eu pudesse virar pó e ser levada pelo vento
Mas quem sou eu para poder. Ou para tentar?
Quem fala de amor, raramente sabe amar.
Amor em tempos de Morte
Me inspiro na musica em que eu ouço
Nessa noite calma eu me sento no sofá
Uma Taça de vinho eu bebendo
Me inspirando e conversando
Já estou em outro mundo
Em meu mundo sem sentido
Mas tem sentido
Momento em eu me perco
Na melodia das notas do coração
Conversando eu senti
Que talvez eu tenha alguma inspiração
No Momento em que eu ouvir sua voz
E a Musica tocando
Eu senti o que iria escrever
Em cada Palavras
Eu senti o que posso dizer
Nesses momentos escuros
Ainda há luz no fim do túnel
E com essas palavras
Posso seguir na noite
Imaginar caminhando pela estrada
Sem destino
Até encontrar a paz
Em um paraíso qualquer
Em um mundo qualquer
O que é a morte?
A morte não é um fim.
É sim um começo.
O começo de uma nova vida com o Pai.
O nascer duma nova estrela no céu.
Sem Deus nada somos enquanto vivos e nada seremos após estarmos mortos.
Mas o que cultiva a obra de Deus em vida terá nova vida no céu.
Deus sendo Pai quer que seus filhos cresçam na fé dia após dia.
Parar de sonhar por um mundo melhor é desistência dos fracos, oprimidos por mundo negativo e pessimista que não permite ver o melhor lado da vida. O melhor lado: amar o próximo.
É bom sentir que nos amam, mas maior é o sentimento de amar o próximo como Deus o ama.
Sim a morte é em si um recomeço, é o poder proteger quem se ama lá do alto. É o viver uma nova vida.
Quem nada vive de nada se vale. Depois da morte só o espírito canta.
Diante da morte das rosas, meu coração congelou, já que teu pleno estar não bastava ao meu amor. Então, Saturno renasceu; como o girassol mais belo do mundo, mas você não viu. Você nunca o percebeu, teus olhos nunca puderam ver minha tamanha paixão de estrelas e mundos.
Em nome do garoto que senta ao meu lado.q
Mesmo no vale da sombra
Nunca temerei a morte
Pois Ele está comigo
E eu tenho fé, não sorte
Pois minha vida dispus
Quando entreguei a Jesus
Minh'alma de passaporte.
Não quero nunca deporte
Da minha vida feliz
Pois quando em oração
O Senhor sempre me diz
Que é apenas o começo
Que a glória não tem preço
E o verbo não se contradiz.
A outra Face da Vida -
A Morte não existe,
somos Seres Imortais ...
Estamos vivos desde Sempre
e viveremos para sempre!
Fazemos parte de um Sistema Vivo
que Eternamente se Recicla ...
Somos Seres Reencarnantes,
a parte Humana de Deus
que habita a Eternidade.
A Consciência de "não-Morte"
é a percepção de que a Morte
é a outra Face da Vida.
Somos Almas e não corpos!
O Engano da morte -
Certa vez,
aprouve à morte dizer por aí,
ainda sem morte ser,
que sem morte a Vida seria
sem Sentido!
E quando Deus assim o quis,
chamou a Vida e a morte
para lhes dar suas tarefas ...
A Criação estava prestes a Nascer!!!
E quando eleitos foram seus cargos,
a morte que antes de ser morte
já vinha de Escorpião,
do submundo de Plutão,
aceitou o cargo com uma condição.
E falou:
"Aceitarei tal tarefa
se fizerdes que o meu acto
traga sempre um motivo!"
E assim foi, a morte aceitou ser morte
por trazer sempre arreigada uma desculpa,
um mote!
Mas Deus, Omnisciente,
incutiu uma clausula
que ninguém viu:
"Não há Vida sem morte,
porém, não haverá morte
sem Nova Vida!"
E assim, a Vida prevaleceu sobre a morte!
E a morte, eternamente "condenada"
a Renascer numa Nova Vida ...
Morte das Ilusões -
Silêncio! Calem-se as vozes!
Perfilem vossos corpos
façam silêncio ... "chora" a ilusão!
"Acendam cirios que passa a minha dor!"
Dor-de-Amor nascida de esperanças vãs
num bulício de esperas infinitas!
Ilusão que gera ilusões de ilusões
prisioneiras na teia obliqua
de um Coração "frio".
Projecção limite sem limite
de um "vazio" interior...
Teia solitária, ofensiva, defensiva,
precária ... nascida do efémero,
iludida no Eterno, reduzida ao banal.
Teia por mim tecida onde a "presa mortal"
sou Eu. Assim é a dor que "promove" a morte
das ilusões.
Dor que "arrefece" a paixão que projecta
no outro uma ilusão de absoluto.
Não é Amor, é desejo, isso que manipula!
O desejo não Ama, possui!
Desejar o Amor e não Amar o desejo
é a percepção final da dor-de-"desamor"
nascida da ilusão precária de querer "agarrar"
alguém a quem se "perde".
Alguém que vai e não vem,
alguém que vai e não torna!
Apaguem os cirios! A ilusão morreu!
A dor já não é dor, é Consciência ...
E a Consciência de "desamor" é a percepção final
de que o Amor Renasce na iluminação de cada dor!
Quando um amor é muito forte,
permanece vivo em suas lembranças
e assim, pode sobreviver à morte...
Osculos e amplexos,
Marcial
O AMOR PODE SOBREVIVER À MORTE
Marcial Salaverry
Para aqueles que se amam verdadeiramente, e que conseguem superar o tempo vivendo um amor completo, mantendo um relacionamento com base sólida, cimentada em muito amor e carinho, sempre preocupa a possibilidade de uma separação causada pela partida de um deles. Como o remanescente sobreviverá ao trauma dessa separação inevitável, é algo que somente o fato em si poderá determinar.
É preciso muita força de vontade para não se entregar ao desespero. É preciso muita vontade de viver para superar esse trauma. Nem todos têm essa força. Nem todos conseguem superar essa dor. Para quem está de fora, é muito simples falar na vontade de Deus, e que o destino quis assim. Mas sua cabeça dá um nó. Seu coração parece querer pular fora do peito. Sua alma chora noites seguidas.
Mas a vida continua, e é preciso começar a imaginar que quem partiu não gostaria de ver seu parceiro entregar-se à dor. É preciso pensar que o amor não morreu, e que em algum lugar poderá estar observando, e se entristecendo com sua incapacidade de reagir. Há que ir até o fundo da alma, para retirar aquele restinho de vida que lá está, e faze-la aflorar. Para vencer a dor da saudade, é preciso aprender a driblar a tristeza que sempre invade a alma, procurando recordar aqueles momentos de muita felicidade vividos juntos. As doces recordações sempre amenizam a tristeza da saudade, mudando uma saudade doída, para uma saudade doida, que inclusive poderá fazer sorrir ao invés de chorar. Há que se entender que, se a morte nos leva o ente querido, jamais levará o amor que foi vivido. Este permanece latente em nosso interior.
Algo que dá vontade de fazer é uma espécie de pacto, para que ambos possam embarcar juntos para a derradeira viagem. Infelizmente quase nunca isso é possível, e o remanescente deverá continuar vivendo, com a certeza de que esse é o desejo de quem partiu, pois o amor quando é verdadeiro, sobrevive à morte. As boas recordações fazem-no viver dentro do coração, que pode parar se não soubermos vencer a dor que insidiosa se infiltra em nossa alma.
E é na busca dessas recordações, que aqueles que tiveram a felicidade de viver um grande e verdadeiro amor devem concentrar suas forças, para poderem fazer de cada um de seus dias, sempre UM LINDO DIA, apesar da tristeza que lhes vai n'alma, que pode ser superada usando das recordações de lindos momentos vividos, e embora a alma chore, o coração pode sorrir...O sempre pode sobreviver à morte...
Soneto à Morte do Conde Orgaz -
Lá longe, mais além, onde não vejo ninguém,
existe um préstito funéreo
a que minh'Alma se prende, porque contém,
um profundo olhar etéreo ...
Vão muitos a sepultar, entre lúgubres caminhos,
D. Gonzallo de Tolledo, Senhor da Vila de Orgaz.
"Óh morte, quando é que também me vestes...?" Assim diz, o Poeta-Conde, Senhor da vila de Monsaraz!
E em hora derradeira ouve-se uma voz sem Paz:
Não há ninguém que me conforte,
oiço ainda o Vento chorar trágico e forte!
E tanta gente se vê nos funebres chorões do seu caminho
a abrir com lágrimas de morte, um qualquer destino,
para aquele que foi outrora o Conde de Orgaz!
(Soneto que nasce da belissima Tela do Pintor El Greco em que o tema principal é a morte e enterro do Conde Orgaz.)