Texto sobre ingratidão
Nos dias de hoje, fazer o bem exige muita coragem, bravura, intrepidez e destemor. Não apenas para suportar golpes de desconfiança de quem acredita sempre haver segundas intenções naqueles atos de bem, mas sobretudo, para resistir à ingratidão de quem, de algum modo, é beneficiado pelo bem recebido. Não que precisemos de reconhecimento ou agradecimentos formais grandiosos diante do bem que fazemos. Isso é efêmero e desnecessário. Falo é da coragem de suportar golpes de violência moral advindos de quem ajudamos. Porque vai acontecer. E mesmo assim, isso não deve nos impedir de continuarmos a fazer o bem, até o infinito dos tempos.
"Quantas vezes a solidão, foi minha companheira na madrugada?
Cheia de orgulho, vem dizer-me estar magoada.
Culpa-me por sua infelicidade, mas da minha mágoa, és a culpada.
É a culpada e ademais, ainda é ingrata.
Quando lhe ofereci abrigo, refúgio, jogou o nosso futuro na sarjeta, arremessou nossa felicidade da sacada.
Eu ganhei na loteria do desgosto com sua empreitada.
Ganhei desprezo, tristeza, solidão e lágrima.
No quesito alegria, eu te dei tudo e ganhei nada.
Sublime! És tu meu Sol, após uma forte trovoada.
Vida estagnada.
Alma abalroada.
Coração erra as batidas, me dá pancada.
A morte é fria, a vida sem ti, gelada.
Perco as contas, de quantas foram as vezes em que a solidão, foi minha companheira na madrugada..." - EDSON, Wikney
Como é difícil pensar na vida
Quando você não percebe o valor da sua
Com tantas pessoas querendo só mais um segundo.
Chega a ser profundo, pensar nesse abismo.
Quantas pessoas queriam viver
E eu estou aqui, sem saber o que fazer
Com a minha própria existência.
Seria uma penitência.
Devia eu valorizar mais meu tempo
Que está passando, correndo
Enquanto eu estou andando pela vida
Não dando a ela o seu valor.
Que falta de pudor a minha
Que falta de amor
No fim só sobrou dor
Que dor ? Então, também bem não Sei
Mas se pudesse
Daria meu tempo a quem quer viver
Sou aquele que não tem mais esperança
Esperanças, já acreditei em você
Já te levei flores
Mas você só me trouxe dores.
Sou ingrato sim, porque sou saudável
E vivo tão triste e ingrato
Mas neste mesmo ato
Uso da poesia, para pedir desculpas à vida
A vida que não me sinto digno, mas é minha
Vou viver-la, mesmo que sozinha e fria.
A queda é a resposta
A queda nem sempre é castigo, às vezes, é resposta.
O eco dos erros volta, sussurrando em meio à poeira,
contando segredos que as bocas negam.
Alguns passos tropeçaram não porque o caminho era torto,
mas porque o orgulho era alto demais para olhar onde pisavam.
Nem toda lágrima lava a culpa, nem todo lamento pede perdão.
Há quem chore não por arrependimento, mas por ter sido pego pelo peso da própria ingratidão.
Aquele que está no chão não caiu por acaso.
Alguns desceram degrau por degrau, erguendo muros de descaso,
plantando ausências e escolhendo silêncios onde cabiam abraços.
No chão, há histórias que não se contam apenas com olhares de pena.
Cada queda carrega o peso das escolhas, um rastro de palavras não ditas,
de gestos que ferem mais que facas.
Não é o acaso que dita a profundidade de onde alguém se encontra.
São as suas próprias mãos que se fecham, seus próprios passos que se desviaram,
Seu coração que esqueceu de agradecer, de ver, de sentir.
As marcas no corpo e na alma não são apenas cicatrizes,
são lembretes de que a ingratidão é um abismo que se abre devagar,
engolindo quem não percebe o valor do que tinha, do que perdeu.
Não se deixe levar pela aparência de quem parece pequeno demais.
A queda não é um acidente, é um espelho.
E nele, muitas vezes, o que se reflete é o que faltou:
gratidão, cuidado, um olhar que soubesse enxergar além do próprio umbigo.
Então, antes de estender a mão, pergunte-se:
quem realmente merece ser levantado?
Não se deixe enganar pela cara de coitadinho.
Nem toda dor redime, nem todo pranto merece compaixão.
A queda nem sempre é injusta.
Às vezes, é apenas a resposta!
CONVERSA COM DEUS...
Passamos a noite trocando ideias. Fazia tempo que não tínhamos uma conversa tão íntima e aberta. Eu perguntei a Ele como faz para lidar com a ingratidão do ser humano - é que essa questão vem me atravessando há um tempo. A gente se dedica, põe-se à disposição, escuta, sugere... às vezes, vai lá e resolve mesmo... oferta colo, recebe a dor do/a outro/a; em algumas oportunidades, a gente é quase esse/a outro/a, de tanto que se envolve ali. Naquele momento, alguns/algumas são gratos/as; outros, apenas silenciam e vão. Por vezes, dias depois, sabemos que estão bem, mas, muitas dessas, não sabemos por essa pessoa. Ela ficou bem, mas não lembrou de te dizer isso, não lembrou de te agradecer por, de alguma forma, ter contribuído com isso. Tudo bem. Passa. Os dias vão e vêm e, volta e meia, é você que não está bem. Tenta falar, mas não encontra brechas. Noutra situação, até te perguntam como você está; então, você acha um espacinho e se põe a abrir seu coração, a dispensar a dor, como fazem com você, afinal, você também é humano/a, não? Só ao fim você se dá conta que não foi ouvido/a, ou lido/a... áudios e mensagens pendentes se acumulam nas redes sociais virtuais, ligações que nunca vieram (nem virão), encontros que nunca acontecem... e você, sozinho/a, mais uma vez, seguiu em frente. Foi meu desabafo com Ele... Depois de me ouvir com respeito e atenção, Ele me disse: "aquieta teu coração. A tua parte está feita". Dormi. Em paz.
Hoje o dia não amanheceu.
Não lançou seus feixes de luz radiantes e nem me convidou a viver.
A aurora ainda dorme, envergonhada pela noite.
Hoje o dia não amanheceu, as trevas se prolongaram sem se incomodar com o mover do ponteiro do relógio.
A noite triunfou e se expandiu mais além das horas.
Como se arrasta o tempo, quase paralisado pela terrível dor do não poder passar!
Ai tempo, ai horas, por que te convertestes em meu verdugo?
Porque me castigas com o látigo de um momento aterrador?
Momento que se eternizou no meu olhar incrédulo e impotente.
Devia ser pecado doer assim. Deveria o tempo ter parado um minuto antes daquelas vis palavras, que arrancaram minha alma e me tiraram o fôlego de vida.
Só, no silêncio da noite.
Não quero ninguém em minha tristesa.
As lágrimas brotam amargas e escorrem por meu rosto já molhado de tanto chorar.
Choro como criança, que não entende a maldade da vida, que não entende o porquê do não, do não pôde ser.
Haverá alegria depois de tão duro golpe? Quanto mais pode resistir o fraco coração. Mas minhas mágoas ás levei a Deus.
Deus, que não entendo e apenas aceito. E ás vezes, fora de mim, protesto e grito, com se tivesse algum domínio sobre meu futuro. E o futuro é um grande e escuro mar, que se estende diante de meus assustados olhos, suas águas turvas.
E bem lá no fundo desse mar profundo, me encontro, eu.
A vida ensina...
(poema inspirado em fatos reais)
Uma voz invadiu meus pensamentos
Fez em mim uma revolução confusa
Não sabia de que lado meu eu venceria
Nunca me apeteceu módicos contrários
E tudo se deu por buscarem em mim um “sim”
Um sim de esperança, de ajuda, por necessidades
E se apossou de quem sou, como se apossam invasores
Sem dada licença, se achegando decidido afixando-se...
Veio de malas prontas, em firme e concreta querência
Se instalou em meu querer, na voz de minha palavra
Nas respostas a tudo e a todos, sem pestanejar
Sem consultar minhas capacidades, impondo fiança
Uma voz invadiu meus pensamentos lúcidos
Os confusos, s exatos, inexatos, desafiadores
Mudou o foco de meu olhar diante de dificuldades
Na urgência do outro que findaria com meu sim
E meu sim deu vaga em CTI àquele bebe
Deu cirurgias há tantos que a morte cortejava
Deu autoestima aos que o espelho causava ira
Deixou dormir insones... alagou de paz lares sofridos
Meu sim ajudou a tantos e nada ensinou
Os agraciados jamais retornaram para agradecer
As promessas de Fé e Orações
se perderam
A lembrança da gratidão se adormeceu em minha ilusão
E tudo foi se dando, acontecendo, esquecido no após
E eu, assisti vitórias, curas, variados enriquecimentos
Assim, observei quão merecedores de um não são
Os injustos, os egoístas, mentirosos que negam um sim
Sinistro Amar...
Lembro da camisa clara, já lavada
Com um pequeno detalhe na gola:
Um furo, resultado da travessia de uma bala
Um tiro dado à queima roupa, ferindo meu irmão
Trago na memória que, mesmo muito criança
Deixei de ado os brinquedos, brincadeiras, a alegria
E a ele me dediquei: servi-lhe água, atenção e amor
Fiquei a seu lado, escondi lágrimas e rezei cada dia
Guardo na lembrança corpo já quase sem vida
Fruto do engasgo com uma uva, da pequena menina
E retirei a uva e a vida voltou-lhe a pulsar livremente
Minha ação caiu no esquecimento, sem agradecimento
Flui em mim, desejos de bem, de saber ouvir
De observar, ajudar, me doar, plantar o bem
Perdi as contas das noites que varei insone
No CTI, vendo uma bebezinha vencer a morte
Atravessei anos ajudando o sono chegar
Nas noites de um irmão de vida sofrida
Pela ausência da compreensão, do afeto
Condenado à solidão emocional em seu lar
E assim, presente em consultas e cirurgias
De irmãos, sobrinhos, cunhados e amigos
A recompensa se me desnudou nos anos vindos:
A vida se esvai, em fome, abandono, sinistro amar
Não te Culpes...
O que tenho a oferecer-te?
Diz um irmão doente ao sadio:
Amizade sincera
Amor fraterno e verdadeiro
Estar pronto a ajudar-te
E à sua família, se necessário
Guardar de ti teus segredos
Com a própria vida, se preciso
Atravessar noites a cuidar-te
Quando pegar-te abandonado
Por aqueles a quem se dedicou
Nos anos de sua melhor saúde
Vá e olha-te no espelho
Não repare rugas e nem a feição
E pergunta-te, no silêncio
De sua exposta pequinês
Sou eu o filho que do céu
Meu pai vê com olhos de mel
Ou sente em mim ser qual fel?
E consolando aquele pai
Deus o abraçou em amor
E disse: “Não te culpes,
pelo que teu filho é, faz e fez
pois senhor, sou Eu O Criador!
Quando os sonhos se perdem...
Não mais reconheço que lugar é esse
Há, dependurada na entrada, uma placa
Onde se lê: “Doce Lar”, talhada em madeira
Fora de esquadro, sem cor, meio esquecida...
Há anos, atravesso os mesmos umbrais
Daquela construção, lugar que vivo
Passo por janelas, parede trincada
Não mais reparo nos muros de minha morada
Recordo que por anos a ergui, tijolo por tijolo
Cuidei das feridas de meus braços, pernas e mãos
As chuvas, o sol, a chegada das noites, calor e frio
Passaram por mim, sem interromperem minha obra
Servi de risos, passei por vil sonhador
Mas a fé e o desejo me incentivavam
Misturei amor, querer e sonho à massa de cimento
E depois de pronta, se fez orgulho de um sentimento
No tempo passante, a vida me trouxe filhos
E com eles, alegrias, sustos, surpresas
Uns mais amorosos que outros
Outros, a vida ensinou gratidões
Ingratos também, pois no tempo nada aprenderam
Recebi carinho quando era servil e nada negava
Ganhei descortesias e desrespeitos insanos
Daqueles que não ensinei a chamar-me de pai
Hoje, os anos passados a nada me permite mudar
A idade avançada me pesa e afasta quem amo e amei
Frágil e já sem forças, não sou dono do destino meu
Me tornei vítima do que disse e do que não ensinei
Gratidão, sentimento nobre! Seja grato a quem já lhe estendeu a mão, principalmente se nada fez para merecer. Porém, a ingratidão é um dos piores sentimentos que o ser humano pode ter. Junto, vem o orgulho, o egoísmo, o descarte e o vazio da alma...Sejamos humildes, sejamos gratos! Você só percebe quem de fato gosta de você, quando lhe auxiliar nos momentos em que mais precisar e menos merecer...
Juliane M. Trein
NUNCAS DA SUFICIÊNCIA
Nunca se é suficiente,
Porque, às vezes, as pessoas estão vazias demais!
Nunca se faz o suficiente, quando os outros não fazem nada,
Nem por si mesmo!
Nunca se é suficiente, sempre se quer mais,
De quem sempre se doa!
Nunca se é suficiente, tratando-se de respeito,
Ao espaço alheio!
Nunca se é suficiente, quando você só dar o que tem,
Às vezes, os que te rodeiam querem
Até a última gota de seu sangue!
Nunca se é suficiente, quando você só quer ser você.
Não é fácil ser aceito!
Nunca se é suficiente, quando se discorda e se dar opinião...
Nunca se é suficiente, quando as pessoas são ingratas!
Nunca se é conselheiro eficiente:
Quando o outro tem justificativas pra tudo!
Nunca será insuficiente, ao se calar...
Ao fechar os olhos, ao não entender;
E ao não querer estender às mãos,
Pois, não serás humano e nem terás vida.
Duvido que algo faça sentido após a minha passagem pela sua vida, nas coisas que fizemos juntos e das outras que você escondia de nós...eu estarei nos discos, nos livros, nas xícaras, nas portas dos aviões e dos hotéis, nos cafés, nos lagos, praias e montanhas.
Eu também sentirei a sua falta, daqueles momentos em que dava um até logo e embarcava sem você.
Vivo hoje o delicioso tédio da liberdade plena!
"OBCECADA"
Fiquei tão cega e obcecada,
inconsciente, apaixonada,
viver os sonhos mais bonitos
que me neguei a ser feliz,
correndo atrás do infinito.
Na sua ingratidão você sentia,
que em suas mãos eu podia,
ser tudo o que você queria.
Um amor egoísta, sentimentos
que corrói, tanto que dói!
Um amor de fases que nada
constrói...
Uma alma destruída e desprovida
de sentimentos, assim podia me tornar
se em suas asas me deixasse levar.
No entanto, acordei e de um pesadelo
me livrei!!!
Alguns irmãos, são irmãos de ninguém...
Via ele, com e desejos de bem e alegria
Um arco-íris de mil cores atravessado no olhar
Dos irmãos que, naquele tempo, sabiam amar
Os pais, cuidavam de entregas e bem cuidar
Na dança dessa vivência, não cabiam verbos
Como abandonar, silenciar, machucar, desamar
Mas sim, doar, acolher, agasalhar, aprender, ensinar
Exemplos de escrúpulos, bravuras e bem semear
O tempo passante e implacável trouxe consigo
Decretos àquela numerosa família, que unida era
A opção de cada um construir seu território
E no umbral, talhado gravou: “Não entres. Virtudes ausentes!”
O abraço recusado
O beijo desviado
A mão sacudida para a outra não pegar
A mensagem desprezada
A visão disfarçada
Palavras desferidas para magoar
O encontro ignorado
O acordo distratado
Gargalhadas insanas a ecoar
O excesso de escolha
Coração em restolha
E maus conselhos a te guiar
Mundo gira, tempo passa e quando procuras,
Cadê aquele abraço?
Onde foi dado aquele beijo?
Quem pode me dar a mão?
Porque não recebo mensagens?
Alguém pode olhar para mim?
Mas eu falei isso?
Não lembro do que ri outrora.
Não sei mais o que faço agora.
Mas amanhã, quem sabe?
E os amanhãs se sucedem,
E o tempo passa, tempo ingrato que eterniza a agonia da solidão.
É o que mereces?
Talvez não, mas foi o que buscastes.
A isso se denomina eterna saudade,
Que por falta de maturidade,
Deixaste escorrer a oportunidade
De ter contigo a felicidade.
Por conta da ingratidão.
Você não precisa de ninguém te dar valor , sabe por que ? Por que você já tem ! A gente se decepciona sempre que espera que os outros reconheçam o que temos de melhor.. geralmente as pessoas não conseguem ver nem neles mesmo.
O que vale a pena é correr atrás dos sonhos , conquistar , se amar pelo que é.. independente das pessoas.
Pra receber amor temos que entender o que é o amor .. e isso começa pelo amor próprio. Você é importante! Você é inteligente! É capaz ! É tudo que desejar e lutar pra realizar!
Não espere que o mundo te aprove, mostre a ele que você nasceu pra vencer independente do que já viveu! As chateações , mágoas tem valor , elas servem pra nós fazer crescer em experiência como pessoas.
Deus te abençoe muitão!
Ela é super de boa, procura sempre ajudar
Sabe ser gentil, faz favores pra agradar
Mesmo contrariada, ela não sabe dizer não
Mas não gosta de ser cobrada, por quem ela sempre estende a mão.
Ela é da paz, não adianta provocação
Só perde a paciência com ingratidão
Não cometa o erro de esquecer o que ela já fez por você então...
Não confunda favor com obrigação.
Ela é calma mas não tem paciência pra explicar, vai preferir se calar
E achar que tudo o que fez, foi em vão
Vai perceber que não vale a pena agir com o coração
Os filhos são gerados naturalmente ou por opção. Depois, uns se tornam filhos por inteiro, outros por fração.
Há os que renegam suas origens e há os que lamentam sua concepção.
Mas, os mais cruéis são os que prescindem a sanguinidade e se reconhecem,
contrafeitos, apenas pelo registro numa certidão.