Cartas de Amor com Humor
Tem dias que fico pensando em como pude conhecer você. Deus cruza caminhos não é por acaso, sim por um motivo. E esse motivo eu descobri a pouco tempo.
Sozinho consigo pensar o quanto você é importante para mim, maldita sensação de solidão quando você não está por perto. Ela some quando você esta em meu lado... meu amor por ti é inexplicável, palavras são poucas para descreve-lo....
Bruna.
Ah, Bruna...
Menina da fala doce,
Da valsa dos sonhos,
Do encanto envolvente,
Dos olhos de mel
Senhorita das minhas canções,
Dos sete vestidos de filó,
Das luvas de cetim
E do caminhar dançante
Mulher fonte súbita,
motivo dos sabiás,
dos sinos das catedrais
e da multidão suburbana
Mulher desejo,
que leva consigo, por onde passa,
o olhar atento do Don Juan,
e a atenção do analítico DaVinci
Mulher Surreal,
Deusa de ébano,
Perséfone pela manhã,
Afrodite no cair da noite
Éstu, ó Bruna:
Meu anseio mais ardente,
minha escolha mais difíciil,
meu orgulho, minha graça
És tu e não mais ninguém,
minha lenda francesa
de rendas e babados
e um laço nos cabelos
És tu, ó, delicadeza.
Meu ego, meu íntimo,
Minha moira,
Bruna.
Quanta falta você me fez
O tempo todo esta ao meu lado e eu esquecendo de você
Esquecendo de alguém que me deu a vida
Que me da todos os dias uma nova chance de ser uma pessoa melhor
Mas vem a tentação me colocando vontade diferente, interferindo na minha vida
As vezes a vontade é mais, acabo me deixando levar e acabo muitas vezes cedendo.
Como pude esquecer de você por muito tempo ? Um bem maior.
Sempre me ajudou quando precisei e quando nem merecia
E eu permanecendo esquecendo de você
Me desculpe meu Deus
Eu quero recuperar a minha fé por completo, me ajude agora também.
Renova-me a cada dia senhor
E me faça persistir no que é bom pra mim.
Deus esta comigo, com você e com todos nos.
Tenha fé.
Por: Silvia Godoi
Era um lugar tão bonito, tinha um gramado verde cobrindo todo o chão como um carpete novo, caia um sereno leve quase como uma carícia tênue e doce, com visão panorâmica avistava um pé de manga com várias frutas maduras tão maduras e doces que eu pude sentir seu sabor apenas com o olhar, a brisa acariciava os cabelos de forma amigável me lembrando dos afagos de amigos queridos, era o lugar perfeito mesmo para quem não acredita em perfeição, tão sozinho, tão tranquilo e silencioso...
Eis que de súbito o silencio é tomado por vozes e risos graciosos, tão contagiante que até o mais frio dos homens amoleceria, crianças, um monte delas, brotando da grama como sementes que cresciam depressa e parando de crescer com um tamanho aproximado de 4 ou 5 anos, brincando e correndo, faziam pipas com as folhas das arvores ou deitavam na grama e olhavam aquele lugar, sem maldade e sem ambição, sem nenhum plano pra amanhã ou contas a pagar, sem fumaça, sem perigo, sem marginais ou pessoas vazias.
Aquelas crianças me contavam seus milhares de sonhos sobre crescer e serem fantásticos, salvar o mundo, promover a paz mundial, deixar tudo sempre verde e bonito, quando dei por mim; era uma criança também, pequena e franzina como lembro olhos de jabuticaba e jeito ingênuo, sem maldade, sem medos, eu podia ser o que eu quisesse aquele mundo era tudo que eu mais queria.
Enquanto corria com as outras crianças, tentando imaginar um jeito de voar pelos céus, avistei uma garotinha sentada na beira do lago, tão sozinha quanto eu era antes, era magra e frágil, tinha olhos castanho claro, usava um vestido azul claro, tinha os cabelos cacheados e emaranhados com selvageria e graça, a pele clara e rosada como flores de pessegueiro, era uma garota linda e simples, mas exalava tristeza...
Aproximei-me do lago com algo nas mãos, sentei ao lado da garotinha triste e lhe estendi o que trouxe para ela, uma pequena flor azul que peguei perto dali, os olhos dela brilharam de encanto como quem enxerga o sol depois de vários dias de chuva, ela era ainda mais doce de perto, segurei sua mão molhada do sereno que caia olhei graciosamente para aquela garotinha e disse:
- Quer conversar?
Ela apenas sorriu sem jeito, apertou minha mão e disse:
-Sim...
Meu corpo clama pelo teu.
Durante a noite e o dia,
Não lhe tiro da cabeça,
Me perco em tudo que fazia.
Nem a poesia é a mesma,
Ela queima inflama no meu eu,
Flameja intensamente,
Como meu corpo pelo teu.
Sou teu por inteiro,
Não te deixo esquecer,
Pois a poesia perde a vida,
E eu não existo sem você.
Cada minuto que passo sem ti,
É uma eternidade infundada,
Sem sentido, sem vida!
Quero você e mais nada.
Cada segundo do meu dia,
É teu! Não me sai da mente,
Nenhum instante...
Lindo isso que a gente sente.
Preciso sentir você,
Nem é mais uma vontade,
Eu preciso tê-la comigo,
Um minuto, uma vida, eternidade.
És tudo que tenho, tudo que quero,
Meu mundo gira em torno do teu,
Não sei falar sobre isso,
Este verso se perdeu.
Meu anjo lindo, meu amor,
Que me enlouquece de paixão,
E cada carinho que me faz,
Me embriaga o coração.
Eu sinto tanto por ti,
sem medo, sem engano!
E sem temor nenhum...
Digo e repito, te amo...te amo.
Quanta poesia inútil!
Esse poeta lhe escreveu,
Poderia resumir tudo,
Dizendo que sou teu!
Talvez eu já aceitei, por isso as lágrimas não rolam com tanta facilidade.
Por mais que eu não queira, eu saberei que serão as mais sinceras e verdadeiras.
No entanto, se eu aprendi a aceitei, por que ainda outras lágrimas escorrem?
Se for de saudade, que o coração chore no mesmo ritmo.
Porque no fim de tudo, as lágrimas secam, assim como os sentimentos:
aqueles que ficaram perdidos e se esvaneceram no ar.
A vida somente lhe propõe bons horizontes quando você aceita todas as formas que ela quer te proporcionar.
Seja na facilidade: quando você se senta e respira o ar qu está vivendo;
seja na dificuldade: quando ela coloca a prova sua força de vontade;
seja na derrota: quando ela testa seu espírito de luta;
seja na vitória: que é quando ela vê que você realmente é um vencedor.
Haverão por toda a nossa vida momentos, pessoas, sentimentos, acontecimentos... Bons, ruins. Que podem melhorar ou piorar. Depende muito do olhar.
Deus, somente abrange horizontes inestimáveis e incalculáveis a cada um que Ele concedeu vida. Cada um terá o seu momento. De cada vez. Não precisa ter pressa.
Se caminha com os pés. As coisas que o homem criou, são de facilidade e acomodam os mesmos, esquecendo de suas próprias capacidades de força.
Não duvide nunca de quem é e do que busca.
Aceite tudo da vida! Não é tão difícil, poxa! Ela se torna melhor dessa forma. Já vi tanta gente lamentar tanto e nunca ter sua verdadeira paz de espírito, porque não acredita na própria capacidade de solução.
Manter-se firme, não é difícil.
Tudo sempre dará certo para as pessoas que usam a mente e o coração abertos, com a força Dele. Assim como Ele também é com nós.
Você não precisará chama-lo, porque Ele já está com você, se você sempre acreditou Nele.
-Bruno Alves de Souza
Frustrado Estou perdido,
Sou refem do mundo mantido em cativeiro as portas abertas.
Faço de fato o que preciso mas a muito não o que quero.
Ser alguem pra alguem e ninguem pra si mesmo.
E que Deus me ajude em seu julgo...pois severo comigo Deus é.
E eu sem saber como servir-lhe e servir a eu mesmo...estou atado.
E atado eu, as atas estão frouxas. Me deixando poder correr e errar. E aprender o que ja sei que devo fazer. Mas nao quero.
Realmente bela é a vista que se tem, essa do Lago Paranoá
Com certeza poucos lugares nesse mundão são como cá
O JK bem sabia que esse Lago logo precisava ser domado
Com uma barragem erguida por um povo desassombrado
Estes aos poucos foram chegando e o concreto armando
Muito trabalho duro e a nossa gente quase alquebrando
Digo quase porque com muita força a coisa prosseguiu
E eis que no tempo de só três meses a barragem surgiu
Esse grupo muito trabalhador muito mais tinha por fazer
A geração hidrelétrica deles precisava para poder aparecer
O rolar do suor com enorme esforço empreendedor geral
E a força do valor humano fez nascer uma usina no local
Com a inauguração da Capital a todos queriam longe dali
Algo que não se poderia aceitar pois eles ficariam por aqui
Anos difíceis se passaram e a Vila aos poucos se encorpou
O Paranoá já como cidade ao Distrito Federal se incorporou
Urbana, rural, clássica, abstrata ou simplesmente futurista
O Paranoá tem muita cultura a se desfrutar a perder de vista
Aqui o mais importante é que lugar como o nosso não há
Porque do pioneiro ao derradeiro somos todos Paranoá
Quem nunca ouviu uma historinha parecida com essa? Todos os dias um garoto arteiro, quando voltava da escola com seus amiguinhos jogava água na venta de um cachorro que ficava amarrado em uma casa sem muros e saía em disparada, fazendo troça do indefeso animal em meio aos risos dos seus coniventes acompanhantes que se divertiam aos bocados com a pilhéria do seu líder sádico e encapetado. Pobre cão que só podia latir...
Até que um dia o dono do cão, por uma distração qualquer, não afivelou bem a coleira que o prendia a corrente e saiu para trabalhar. Mas eis que no mesmo horário de costume o garoto arteiro e sua trupe, chegaram para a maldade de sempre, e de novo o endiabrado pequeno delinquente jogou a água que trazia em uma garrafa em sua mochila só para aquele intento, nas ventas do animal desgraçado.
Mas foi aí que o inesperado aconteceu, o cão se soltou da sua coleira e como já se é de esperar avançou imediatamente contra o seu algoz, o “valente” adolescente correu como um louco juntamente com seus parceiros de traquinagens, o cão feroz e magoado o mordeu por diversas vezes, mas de repente desistiu e voltou para o terreno do seu habitat. O pior para a imagem do infeliz animal foi o como as pessoas que estavam perto reagiram, ou quase reagiram... Diziam: “que coisa mais horrível esse cachorro brabo mordendo essas crianças indefesas”, “como podem deixar um bicho desses solto por aí?”, “nossa coitados alguém tem que parar essa fera” e por aí foi...
Em suma, o cão que era admoestado todos os dias por um longo tempo, sem condições de se defender, sendo humilhado, instigado e tripudiado, pareceu aos olhos daquelas pessoas que assistiram a cena, tal qual um lobo assassino em contrapartida as “crianças”, que o provocaram tantas vezes foram tidas como vitimas do cão enraivecido.
Assim como são os animais, às vezes são os homens! Pode acontecer de pessoas que são seviciadas psicologicamente, tem suas reputações maculadas, são atacadas pelas costas, caluniadas, difamadas, são objeto do incitamento contra elas, são linchadas moralmente, vitimas de preconceito ou criticadas negativamente sem um motivo justo por um longo período, a tudo suportando em silêncio, ter um ímpeto momentâneo e avançar descontroladamente contra seus detratores e depois terminar sendo vistas aos olhos de quem desconhece a motivação da ira presenciada como bestas feras e os verdadeiros hominizadores como inocentes presas do descontrolado ser que vociferava em sua frente.
Quem fala de felicidade sem dor, é porque passou ao largo da vida e nada fez, não evoluiu e não viveu.
Quem fala de felicidade sem luta, é porque foi acomodado e passivo em toda sua existência.
Quem fala de felicidade sem angústia, é porque nunca teve forças de desejar ser feliz.
Quem fala de felicidade natural, é porque jamais colocou seu coração para ir ao encontro dela e não esperar por sua chegada.
Quem fala de felicidade por milagre, é porque não pôs o seu destino em suas mãos e deixou de construir o seu próprio castelo interior.
Quem fala de felicidade como fim, é porque não se preparou para tê-la ao longo do tempo finito da vida.
Quem fala de felicidade sem prantos, é porque não chorou pela falta tua e deixou de experimentar o que é amar alguém...
Eu que tudo sabia cada vez mais dúvidas surgiam
Eu que tudo sabia flertei com o impossível
Eu que tudo sabia fui sôfrego na luxuria do teu corpo
Eu que tudo sabia de nada me serviu diante do gesto teu
Eu que tudo sabia conheci contigo a reviravolta destoante
Eu que tudo sabia não me apercebi do teu ardil
Eu que tudo sabia me perdi no devaneio
Eu que tudo sabia flanei na avidez juvenil
Eu que tudo sabia estou desaprendendo a amar
Nossa como explicar porque te amo? Não sei mesmo, talvez nunca saiba por quê...
Não tem importância, afinal explicação para sentimento é evolução que a humanidade ainda não alcançou.
Ficar perto de você me impulsiona, tua ausência me aflige, teu sorriso me entusiasma, tua raiva me desorienta, tua rejeição me enfraquece.
Cheguei tarde? Não me fiz compreender? Sufoquei-te com o ardor do meu desejo? Não te dei chão? Dúvidas que atormentam esse ser desvairado, que não sabe por que lhe ama e nem porque não te tem.
No principio era só arroubo, desejo, movimentos do corpo. Cilada, doce cilada acabei por descobrir o que seria ser envolvido pela vontade imensa de tornar nós dois um só. É êxtase puro, dor que não cabe em mim, vontade de ir à luta e impotência da inércia.
Onde vai parar tanto bem querer? Sei que não faz pouco caso, mas o que me ofereces é ínfimo, talvez se te tivesse totalmente, ainda não seria o bastante...
Um dos significados da palavra mentira dentre outras conotações do mesmo quilate é o de ser uma “historia falsa”. Ela se dá quando um elemento ou mais, juntam-se sordidamente para difundir inverdades absolutas sobre fato (s), pessoa (s) ou situação (ões).
Winston Churchill costumava dizer que "a mentira roda meio mundo antes da verdade ter tido tempo de colocar as calças". Nada mais condizente com a realidade do que o pensamento do grande estadista britânico. A mentira é como um parasita que absorve as forças do parasitado, é como as escaras que se espalham no corpo, é como uma nuvem faminta de gafanhotos devorando a lavoura e é como uma lança que perfura o coração de um inocente.
A história falsa, muitas vezes é difundida por pessoas de reconhecida credibilidade pública e mau-caratismo oculto. Serve aos mais variados interesses inconfessáveis, tais como: motivação política, inveja, despeito, frustrações pessoais projetadas em outros indivíduos, rivalidade gratuita, fraqueza moral e outros mais.
Uma dúvida é recorrente aos que se dispuseram a analisar esse fenômeno humano, pois sabemos que só a nossa raça pratica atos dessa magnitude de incrível torpeza. Quem seria pior, o mentiroso contumaz ou aquele que sem conhecer a origem da falácia ouvida, presta sua chancela a versão enganosa que lhe foi oferecida e passa a se portar como um vetor da praga infamante inoculando mais e mais pessoas?
O néscio sofismático não merece sequer atenção quanto mais raiva. A ele deve dedicar o homem probo que vive em paz com sua consciência e com a certeza dos seus bons atos, o mais absoluto desprezo e orações pela redenção da sua alma oprimida
A busca pela felicidade é direito natural do homem e instinto lastreado pela racionalidade que somente ele tem. Felicidade é assentada na subjetividade, no anseio individual e coletivo, nos valores materiais e imateriais de uma sociedade. Felicidade não se alcança extemporaneamente, é exercício de persistência e constância diriam uns, ou acaso afirmariam outros. Há ainda os que asseguram, ela simplesmente não existe!
Para definir felicidade as dificuldades são imensas, elucubrar sobre os caminhos que levam a essa tal circunstância, é tarefa hercúlea e quase inglória. No entanto, a altura do monte não é fator para me desmotivar e sim a vontade de chegar ao topo e descortinar o horizonte o são para me fazer prosseguir.
Por essa razão digo que quaisquer que sejam os caminhos que levem a felicidade, é o mais curto deles aquele que começa em você e retorna a ti com a constatação de que é feliz, quem se respeita, quem se ama e se valoriza.
Nossa quão pesada é a luta contra um inimigo oculto
Difama lacera compursca se move sutilmente
Tem o fel a lhe bombear o coração com caráter diminuto
Criaturas magras de honorabilidade gentil
Força mortal que leva em ombros a intriga
Não haverá de serdes impune cairá teu ardil
Torpes seres que acusam sem provas reais
Fariseus maltrapilhos de alma renegada
Suas honras repousam sepultas em lodaçais
Levantar-se-á boa gente erguer-se-á barricada
Devaneiam se acham que não prosseguirei
Cairão mascaras revelar-se-ão faces negras
Alguns de todos os lados tombarão é triste
Ferido traído humilhado mesmo assim vencerei
Somos felizes ou infelizes na medida de nossos atos, desejos e principalmente ações. Filosoficamente estaríamos regidos pela Lei da Causa e Efeito, conceituada na premissa de que “nenhum efeito é quantitativamente maior e/ou qualitativamente superior à causa”. Logo por essa visão recebemos aquilo que nós mesmos impulsionamos com nossas escolhas.
O Caibalion ver a Lei da Causa e Efeito como a representação do “Todo”, e aquilo que atribuímos ser o acaso, é algo que foge da nossa compreensão. Mas nada deixa de estar interligado na temporalidade e na sequência retilínea do que tinha que ser diante daquilo que atraímos com as atitudes que empreendemos.
É praticamente se apoiar no ensinamento de que “você colhe o que planta”. Mas algumas vezes quando nos remetemos à proporcionalidade esperada em relação ao efeito, isso é claro para quem aceita a Lei como uma verdade, vem à constatação que nem sempre tudo vem na mesma dose das nossas atitudes pretéritas.
Como explicar ter alguém se portado de maneira ruim em determinado momento da sua vida, se reabilitado após longo sofrimento e conviver no presente constantemente com a aproximação de quem quer lhe fazer um mal que jamais levou a cabo contra outrem? Seria então licito supor que em uma só cena, o somatório de tuas más ações se confrontaria convosco na sua plenitude?
Respondidas ou não essas questões, no fundo paira a dúvida capital, porque logo comigo? Aí vem o aspecto da importância do saber discernir. Cada um de nós traz consigo sua porção má e sua porção boa. Se fostes em determinada passagem em teus antecedentes, mal para com alguém ou alguns, como foco principal do teu protagonismo, hás de ter em vida, seja nessa ou em outra (tudo depende do que crês naturalmente) a causa dos teus transtornos, aparentemente inexplicáveis...
Estar pois, em litígio com pessoas que fazem do manto da mentira como veste oculta, da manipulação de pessoas e fatos um habitue corrente e da inveja de ti sua obsessão, nada mais é, do que serdes nesse instante o coadjuvante da história de outro, que tal como tu, estará protagonizando seu próprio encontro com a desgraça que agora te atormenta.
Se queres então efeitos benfazejos em tua caminhada, coloques tua vida a serviço das boas causas, identificando-as como sendo elas, aquelas dignas aos olhos dos homens de bem.
O estado de ser leal; o propósito ou devoção de fidelidade a alguma pessoa, a uma causa, esse é o significado da palavra lealdade. (dicionário virtual)
Quando essa atitude se manifesta, o sujeito alcança um plano superior em questão de moral, é quase uma confirmação de que a corrupção dos costumes não consegue contaminar a todos.
Não existe meio termo, na conduta da lealdade ou se é ou não se é. Quem é leal coloca seus interesses e vaidades em segundo plano, pensa sempre no bem comum, age com responsabilidade, diligencia e firmeza.
Lealdade não é uma figura alegórica, e sim um hábito de quem tem carater elevado, personalidade marcante sempre trancendendo o lugar comum daqueles que que giram em torno de si próprio.
Para um homem ou mulher leal, não cabe se amesquinhar, buscar se resguardar das contendas em detrimento dos seus companheiros. Quem sabe ser leal apoia os seus, do começo ao fim, aconteça o que acontecer.
Quem não é verdadeiramente leal, trai com facilidade, omite-se sem piedade e se esconde nas nevoas dos anseios menores.
Buscar para si uma posição comoda diante de uma situação de conflito ou perigo, é conpuscar um esteio vital da lealdade, ou seja, a confiança mutua.
Quem é leal não se acovarda, não espera “para ver como as coisas ficarão”, coloca-se de imediato ao lado do outro e da sua classe. Enfrenta com coragem os desafios que se apresentam, pois sabe que seu (s) companheiro (s) faria (m) o mesmo por ele.
Lealdade vem acompanhada de: confiança, desprendimento, fraternidade, grandeza, altivez, sacrificio, agape, bons costumes, principios morais, dignidade e renuncia.
Quem trai alguém, não o está somente traindo ao amigo, mas a si mesmo. O traidor violenta a sua própria excencia.
Ser leal então é revesti-se com a capa da honra, é beber do cálice da verdadeira amizade, quase um sinal da santificação do espirito é se colocar em degraus muito próximos do lar celestial. Se fores genuinamente bom, serás sempre leal.
Busco abrigo corro sem destino
Uma tempestade desaba repentina
Tanta sordidez humana mas que sina
Querem o mal por puro desatino
Extemporânea fustiga implacável
Vaidades glórias inservíveis
Pensam desvairados ser intangíveis
Mas como entender o inimaginável
Medo algum nos impõe
Retroagimos por pura cautela
Trovões estão a cair mas tudo se recompõe
Não há tempestade eterna
Poderosa contudo jamais vitoriosa
Vamos sair puros da baderna
Existem momentos em que você não gostaria de ser um animal irracional, a centésima parte da poeira cósmica que já somos ou até simplesmente não existir? Lealdade, coerência com os bons princípios que defendamos e amizade verdadeira, mais parecem com trechos extraídos de uma obra de ficção e quase irreais.
Não sou movido a rancores, não sou refratário de divergências do passado e muito menos banco o “santinho de pés de barro” enquanto a minha postura usual. Mas de uma coisa tenho certeza, não traio, não falseio a verdade e tenho lado e posições definidas
Prezo o companheirismo igualmente ao ar que respiro, fazendo do adágio popular que diz “amigo meu não tem defeito”, uma norma de conduta para com aqueles que abraço como amigos.
Sei também que não vivemos em um mundo ideal e sim no que é possível, até mesmo porque coabitamos entre iguais, ou seja, centenas de milhões de uma raça de fragilidades corpóreas e espirituais. Contudo, nem sempre o mal pode ser majoritário, nem sempre devemos fazer da dúvida sobre o caráter das pessoas na qual acreditamos um ato compulsivo e constante.
Essa seria a maneira adequada de se agir diante daqueles que compartilhamos ideias, labor e projetos. Todavia a todo instante como a uma “conspiração do além”, surgem aqui e ali, de onde menos esperamos atos cometidos por nossos “amigos”, que caíram até exageradamente para os que são declaradamente oponentes.
As alternativas apresentadas no inicio, são todas impossíveis, resta-nos mesmo enfrentar o dia-a-dia com aqueles que se escondem por de traz de um capuz de mesuras, sorriso largo e insistentes juras de afeto fraternal.
Triste não é? Sim e não... Por quê? Obviamente triste por nos trazer enormes decepções para com aqueles que devotamos os melhores dos nossos sentimentos por agirem traiçoeiramente e como chacais humanos. E não devido ao fato de que essas são atitudes altamente humanas...
Traição dói no inicio, afeta no meio e nos ensina ao final. No Brasil recentemente, na revolução de 1964, o então presidente João Goulart comunicava-se insistentemente com o seu chefe do estado maior das Forças Armadas, marechal Castelo Branco, indagando sobre a situação nos quartéis e este informava ao presidente “que reinava a mais absoluta tranquilidade em todo território nacional”, ele era na verdade o mentor intelectual do movimento militar e já estava preparado inclusive para pedir exílio a duas embaixadas em caso de fracasso da revolução...
Se na própria história e nas escrituras cristãs constatamos traições, pois o que dizer do mais celebre deles o Judas Eucariotes, de Joaquim Silvério dos Reis, do Cabo Anselmo, Brutus e tantos outros que vem desde a aurora dos tempos.
O que vale na verdade é seguir acreditando, contraditório isso? Talvez! Pois quando todos esquecerem que para ser acreditado é preciso acreditar, a verdade haverá sucumbido totalmente e com ela a verdadeira amizade.