Cartas
Te desejarei na distância
na ausência
na falta
e mesmo que tua vinda seja apenas um sonho
sonharei contigo, todos os dias, até o fim
porque para mim, não existe outra
e longe de ti
solidão será minha companheira
porque não te amo pequeno
mas imenso, incontrolável, duradouro
feitio que me faz ser teu e incapaz de pensar em ser infeliz
pois a felicidade para mim
tem a graça do teu riso
o gingado do teu corpo
e a conexão perfeita com o teu nome..
Carta do dia (1-2-15) a Temperança: Você quer realmente ter uma vida boa? Então, comece a agir com mais moderação, ou seja, fuja dos extremos. Principalmente, na vida amorosa. Pois é nesse setor onde a maioria sofre. Também pudera, é tanta ilusão que o povo faz acerca do amor que até o que era pra ser bom se torna numa coisa ruim. Pois vamos ser sinceros, minha gente, se tem uma coisa que nos arrebenta por dento é, sem dúvida, um amor mal resolvida, ou pior, um amor não correspondido. Por isso, que é muito importante colocar moderação até para amar. Afinal, amar sem inteligência dói demais. Primeiro, é fundamental acabar com a ilusão de que a pessoa amada é a coisa mais importante da sua vida. Concordo, sim, que ela tem uma dose de importância. Mas não essa que você dá. No fundo, ela é uma pessoa comum como qualquer outra; a diferença é que você tem um pouco mais de intimidade com ela. Só isso. Mas daí achar que ela é maravilhosa e que é também a razão da sua existência é viajar na maionese. Menos, por favor. Procure colocar os pés no chão da realidade, pois assim você vai enxergar as coisas e pessoas como são de fato, vai ver que ninguém é insubstituível e que você pode e vai continuar firme e forte mesmo sem a presença da pessoa amada. Portanto, se você quer ter uma vida boa tempere suas relações. Quando ninguém é tão importante assim, a brincadeira fica mais gostosa.
Ler carta por carta resultaria num trabalho imenso porque ao longo desses meses eu já lhe escrevi tanto que poderia inclusive editar o material e publicá-lo em forma de um livro. Minhas lágrimas foram traduzidas nas palavras. A minha espera tem o mesmo sentimento de página virada, frente e verso, o escopo de desvendar o que nunca foi, na realidade, um mistério. Você não precisaria ler o meu diário, bastaria que olhasse com firmeza os meus olhos. Eles sorririam para você, deixando óbvio que todas as palavras apenas complicam as intenções.
”Eu queria saber como começar uma carta de despedida. Eu queria saber dar “adeus” a você. Já falei quase todos os nossos momentos juntos, já revivi na minha cabeça trilhões de vezes. E eu penso, em quem eu vou bater? Quem vai implicar comigo? Quem vai me deixar nervosa e depois arrancar um sorriso meu com um simples “oi”? Com quem eu vou gritar? Me diz, quem? É, essas perguntas sempre ficaram em mim. Com você passei momentos, que meu Deus, vão ficar guardados aqui. Ta sendo dificil te ver partir, ver que você não voltará mais. Doi saber que não vou te abraçar mais, não vou implicar com você e depois sair correndo. Você se tornou meio que uma parte de mim. Parece que vai ficar faltando alguma coisa aqui. Eu te quero feliz sempre. Sei que será feliz ai. Então, se cuida. Porque eu vou estar tentando cuidar de você aqui, de longe. Eu tenho muito mais a dizer, mas acho que você já sabe. Ei, amo você idiota e vou sentir sua falta. “
Carta para Minha Insônia - Você é rude e desconfortável, se incomoda com qualquer barulho, qualquer respiraçao, por mais silenciosa que seja. Você me deixa neurótica e sem nenhuma paciência . Vc faz com que minha mente nao pare de pensar nem se quer por um centavo de milésimo...pensamentos assombrados. Vc é inconveniente e não me deixa descansar. Realmente a nossa relaçao chegou ao fim. Nao apareça mais nas minhas noites , estou quebrando qualquer laço que tenhamos tido um dia. Adeus querida odiada Insônia! Fernanda Milano
Vasculhando na memória algum assunto, encontrei a carta que eu rabisquei na capa de um livro: “pra você”, era o destinatário. Não sei por que não mandei, talvez não quisesse passar a limpo o passado. Em letras garrafais eu te dizia: “acertei o caminho não porque segui as setas, mas porque desrespeitei todas as placas de aviso”. E achei curioso eu usar essa metáfora sem nem ao certo saber o que queria te dizer com isto. E, depois de repousadas aquelas palavras, percebi quanta coisa eu escrevi pra você, querendo dizer pra mim. Porque eu jamais chegaria aonde cheguei se só andasse em linha reta. Tive que voltar atrás, andar em círculos, perder dias, perder o rumo, perder a paciência e me exaurir em tentativas aparentemente inúteis pra encontrar um quase endereço, uma provável ponte: a entrada do encontro. Você tão ocupado com seus mapas, tão equipado com sua bússola, demorou tanto, fez sinais de fumaça e não veio. Você simplesmente não veio. Mas me ensinou a intuir caminhos certos, a confiar nos passos, a desconfiar dos atalhos. Porque eu estava do outro lado e só. Sem amparo. Mas caminhava. E você estava absolutamente equipado com seu peso. E impedido de andar por seus medos.
Vontade de escrever uma carta de amor. Escrever apenas: a gente se vê. Bem no meio do papel, vasto e branco todo o resto. Como toda essa vida interposta entre dois dias, o que não chegou e o que fez tudo mudar. A carta, o amor, a vastidão branca. A vontade interposta da vida. Mas a gente se vê, quem sabe.
Os pequenos gestos nunca são pequenos! São tudo! Gestos como escrever uma carta no impulso da amizade, gestos como observar a quantidade de ternura de um pai ou de uma mãe a tomar o filho pela mão, gestos como avaliar o calor que se concentra num abraço ou num beijo, ou saborear intensamente os minúsculos rituais que nos cercam e que por capricho se tornam invisíveis...
Hoje eu pensei em escrever para você, talvez uma carta que falasse das coisas que andam acontecendo desde que você chegou, me deu vontade de relatar que eu comecei a ver a vida com cor, comecei ouvir musica nos cantos dos passarinhos, comecei ver as nuvens desenhando seu rosto, eu não sei o que anda acontecendo, só sei que os dias estão mais bonitos, e que te chamar no meio do meu dia, faz um bem danado.
Adeus, meu amor. Estou escrevendo essa carta para dizer que hoje eu tomei a decisão de te deixar. Não podemos mais viver assim, nos destruindo a cada dia. Destruindo o sentimento e o respeito que construímos por tanto tempo. Essa despedida não vai ser fácil, mas espero que compreenda meus motivos. E saiba que sempre levarei no meu coração os bons momentos que passamos juntos.
Não queria me despedir sem deixar esta carta com você. Sabe, é triste quando um amor chega ao fim. É triste quando dois namorados se olham nos olhos e concordam que não dá para seguir em frente, que terminar é melhor que continuar juntos. Mas, por outro lado, é preciso muita maturidade para reconhecer e aceitar esse limite. Quero te agradecer por todos os momentos bons que passamos juntos e por tudo que me você me ensinou. Não importa quanto tempo passe, sempre vou lembrar de você e desejar que seja muito feliz.
Agora o meu presente que já se foi derrama sobre está carta o meu amor que transcende o tempo, o eu de agora, o eu depois, e eu de qualquer lugar que te ama cada vez mais você. Talvez eu tenha inveja do meu eu do futuro, por ele ter passado mais tempo com você do que eu agora, penso nas incríveis coisas que fizemos juntos, tantas risadas, abraços e aquale trocar de olhar sincero que grita que nós se amamos... Mas o que me resta agora é me emocionar e esperar um dia você ler essa carta, que faço com lágrimas de alegria muito amor e carinho. Que nosso amor ultrapasse as estrelas e faça o cosmos parecer piqueno de um modo que apenas nós entendemos... (Sim, uma carta quase perdida foi achada)
Espero que tenha a carta que te escrevi de folha frente e verso, porque eu tenho a foto da que você fez pra mim, mas gostaria dela em minhas mãos. Ainda me recordo de palavras como: "pode me ligar de madrugada falando que teve sonhos ruins; pode me roubar um beijo quando eu não estiver preparada; pode me abraçar sem eu pedir; pode fazer palhaçadas só para me fazer sorrir. E entre outras dizendo que eu poderia compartilhar meus medos, chorar na sua frente e que eu poderia fazer do teu abraço o meu lar, e... pra eu não parar de te amar, e essa foi a promessa que fiz, estou cumprindo e vou cumprir, NUNCA vou deixar de te amar, porque não existe ninguém que me fez tão bem quanto você. Te amo...
Querida Claire, quero que saiba que é um prazer te escrever esta carta. Lembra da vez que você estava andando no corredor da livraria, e um maluco desengonçado tropeçou e te fez derrubar tudo que estava segurando na frente das suas amigas, que além de rirem do pobre garoto, riram também de você. Ele ficou todo sem jeito, achando que você iria surtar, chamá-lo de idiota e tudo o mais que servisse como xingamento, e segundos depois você fez exatamente o que ele achou que faria? Os pedidos de desculpas não foram o suficiente, você toda mesquinha, o xingou, fez a maior birra, e como se não bastasse falou que da próxima vez era melhor ele olhar por onde anda. Dois dias depois, você o viu sentado ao lado da sala de informática, sentou-se ao seu lado e pediu desculpas por tudo o que tinha falado. Ele seria um idiota se dissesse não pra um sorriso como o seu. A partir daí vocês ficaram amigos, muito amigos na verdade, e tanto você como ele, notaram que a cada dia sentiam-se um mais dependente da companhia do outro, e logo passaram a ser mais que amigos. Compartilharam felicidade, da mesma forma que compartilharam a tristeza, dividiram sorrisos, carinhos, segredos…tardes de domingos, fossem elas chuvosas ou ensolaradas. E quer saber o que eu acho disso tudo? Eu tive a sorte danada de ter sido aquele garoto maluco e desengonçado que você fez questão de perguntar se era cego, por não vê-la ali, com tantos livros nas mãos. Eu vi você evoluir de menina, para a mulher da minha vida.
Através da cruz Cristo promulgava ao mundo e para os homens uma carta de alforria quanto ao perdão de nossos pecados e com isso outorgando ao coração do homem um alivio tendo em vista que libertos do poder do pecado podemos caminhar em retidão seguindo as pisaduras d'ELe............Jesus é caminho!!
No começo o que era amor, transforma-se em algo individual, não correspondido, abandonado como cartas num oceano. Amar torna-se árduo, incompreensível. Definitivamente, não gosto de perdas, elas sempre fazem eu me sentir idiota novamente, amando alguém que esteve a dois passos de alcançar o pote de ouro e se jogou contra um raio.
Me escreva uma carta. Uma qualquer. Poder dispensar envelope se assim quiser. Não necessita laço nem barbante dado nó. Nem palavras rimadas ou difíceis. Não se preocupe com algumas pontuações, assim eu veria que (embora esses longos meses longe) não temos divisão alguma. Nem mesmo em palavras. Só peço para que não deixe de espirrar na carta um pouquinho do teu perfume do qual confesso que não sei ao certo se é doce ou cítrico - você sabe que sempre tive essa confusão -, mas sei que é seu. Certo que isso agravaria a saudade, e para não acontecer de senti-la ainda mais eu teria que andar com a carta pendurada no nariz o dia inteiro. Na cafeteria, na fila do banco, no restaurante. Peguei-me rindo agora que disse isso. Imagina quão inusitado e engraçado seria ver a reação de algumas pessoas que, porventura, me olhassem… Mas, pensando bem, até que não seria má ideia. Talvez, se, os que rissem, soubessem de perto a nossa história, clamariam feito italiano quando vê massa: “Mas que bela história! E que bela ideia!” E a cidade, quem sabe, adotaria esse ato. E as pessoas se acostumariam com a ideia de que cartas de amor podem ser cheiradas em público, já que por anos foram cautelosamente fungadas no canto da sala. O assunto se alastraria pelas ruas, bairros, e assim por diante. Preencheria as colunas dos jornais e seria assunto em reuniões de negócios, onde todos concordariam que o próximo passo seria ir à procura do remetente. E como justificativa diríamos, mesmo que com dentes cerrados, mesmo que balbuciando: 'Eu vim, porque o teu perfume foi embora.'
Eu li três vezes a carta de amor endereçada a mim, senti o que toda mulher sente quando recebe uma declaração de amor. E como você se sentiu? Uma princesa a espera do seu príncipe. E aí foi bom ouvir está declaração? Sim! E agora o que Você tem para mim dizer! Agora quero dizer que te amo e não consigo mais viver sem você!
Há quem ame colecionar. Colecionam moedas, livros, quadros, papéis de carta. Os mais ousados até colecionam coisas estranhas como calcinhas, mechas de cabelo. Tem quem colecione e se apaixone por todo tipo de coisa. Porém, numa infinidade de escolhas, consegui ser a pior: me apaixono por sorrisos e coleciono amores impossíveis.
Ontem J. veio me visitar. Em conversa reclamou que minha resposta à carta que ele me escreveu fora muito cruel. Fiquei assustada, pois não tive a intenção de magoá-lo, mas disse apenas o que penso sobre a amizade e a sua transformação com a ausência. E estava com razão, tudo ficou confirmado. Onde o amigo de há alguns anos atrás? O que agora tinha na minha frente era um conhecido apenas, que não sabia mais de mim e nem eu dele. Arrastamos a conversa pela noite adentro, o seu reencontro não me deu nenhuma emoção, está morto, ou, estamos mortos um para o outro. Nada fará reviver o que foi antes. Podemos começar uma amizade nova, como se fôssemos estranhos, mas o que passou está acabado, morto.