Cartas
Como é que se começa uma carta para mãe? "Ei, mãe?" , "olá, mãe!", "como vai a senhora?"
Bom, acho que me dou melhor com um "oi."
Oi...
Sinto falta de dizer que a tua comida está sem gosto, mesmo sem ter a menor intenção de ofender. Era só um dia ruim e meu paladar estava péssimo.
Falta de sentar na varanda da tua casa e perguntar como quem não quer nada o que achou daquele meu sonho da noite passada... De ti, alimentando minha fé naqueles meus sonhos juvenis. - vai ficar tudo bem. - você dizia.
Sinto tanta saudade daquelas tuas convocações, reunindo as irmãs da igreja para orarem pelo meu coração. Daquele óleo que sempre passavam no auto da minha testa dizendo me ungir. De tuas queixas sobre meus dogmas e afins...E das vezes que deixava teu cheiro na minha roupa limpa? Não devo mais ter nenhuma peça com aquele cheiro de cuidado, de horas a fio no tanque, da gripe do dia seguinte por passar horas estendendo e buscando-as no varal.
Obrigada.
Eu só não consigo sentir saudade das músicas altas às sete da manhã, mas sorrio ao me recordar... Ter que sempre sair contigo para que me apresentasse aos teus amigos. - ah, essa é a minha menina. Sabiam que ela vai gravar um CD? Canta para eles, filha aquela tua música! Ela compõe também. Felipe, vá buscar o violão pra tua irmã. Ela chegou de Brasília há duas semanas. Vai morar comigo agora. Finalmente Deus me devolveu ela. Dias com esse joelho dobrado pedindo por essa Vitória. Olhem como ela é bonita, cresceu tanto. Só fico triste por terem cortado o cabelo dela. Era tão grande. - mas tudo bem, estamos nos conhecendo ainda. Hoje, não quero mais gravar aquele CD. Acho que devia te dizer. Há anos que não componho.
Eu gosto de escrever. A senhora não vai me ouvir nos rádios como sei que até hoje espera. Descanse disso. Mas quem sabe, se um dia resolver ir até uma livraria, me ache perdida numa prateleira. Vais saber que apesar de tudo, eu te amo. Sinto a sua falta todas as vezes que me pego lembrando da doçura dos teus olhos.
Desculpe não ter atendido.
Às vezes eu preciso preparar meu coração.
Te vi nas estrelas hoje mais cedo
E me fez escrever denovo
Terceira carta que te escrevo
Os versos mais sinceros
Palavras rompem qualquer sentimento
Viver sozinho por opniões
Faz de mim ser igual a milhões
Quer saber a hora vai chegar
E quando eu te ver vou te entregar
Aquelas cartas que escrevi
Depois dos meus sonhos
Pra que ligar se todo tempo que te vi foi aqui dentro
Porque não respode aquele emoji no seu celular
Vou viver sozinho por estar perdido sem voce
Aquela que tira meu sorriso e faz cada traço seu eu escrever..
CARTA PARA QUEM EU TANTO AMEI
Sabe, quando eu olho um casal de namorados que estão no seu primeiro namoro ou não necessariamente precisam ser namorados e os vejo muito apaixonados, eu fico pensando: "que pena eles terem se conhecido agora, poderia ter se conhecido um pouco mais na frente e maduros, todo esse amor, vai ser esmagado pela inexperiência, imaturidade e vontade de viver coisas novas". Isso talvez tenha acontecido com a gente.
E eu penso porque eu te amei tanto que eu chegava a não gostar do que eu sentia. Eu sei que pode parecer bobo, mas eu fiz planos, alguns tão absurdos que eu nem te contava, guardava comigo, para dizer em um momento exato.
No começo, quando você chegava, eu ia embora, não meu corpo, mas o meu eu normal, meu corpo estava ali, mas o que eu fazia, o que eu falava, era tudo diferente de quando você não estava.
Então chegamos ao ponto em que você sabia quando eu estava com raiva até pela resposta que eu dava ao seu "bom dia" no whatsapp.
E eu não sou aquela pessoa dos meus quinze anos que acredita em tudo que dizem. Às vezes eu não acredito nem em tudo que demonstram, que fazem e que eu vejo. Tem gente que faz tanta coisa e não sabe nem porque está fazendo e nos magoa, você sabe.
No entanto, eu acreditei, eu me doei, fui de peito aberto, me deixei vulnerável, baixei a guarda, permiti você entrar, você me fez não sentir medo de estar ali, pela primeira vez, eu senti que era diferente. Mas que nada, mais tarde, o encanto mais uma vez quebrado, o quadro com nossa foto virou estilhaço, meu coração também. Eu sangrei pela alma, escorreu por toda a sala, hoje eu nem sei bem o que fomos. Mas eu te amei tanto que me pergunto como foi possível, e às vezes, quando não estou me policiando e penso em nós, ainda acho que amo. Só que finjo pra mim mesma que não. É uma possível verdade que escondo até de mim.
(Lua Teles Pacheco)
ola
escrevo essa carta para quem quiser ler
muitas pessoas me avisaram que o mundo não seria facil, o jogo da vida é realmente muito dificil mas fazer oque estamos neste mundo para viver e aprender coisas novas.
sei que você tem problemas todos temos mais não vai ser por isso que vamos desistir seja forte nunca se esqueça que você esta neste mundo por um motivo proposital .
bjs
ass:karol belizario
--------- AMOR DE CARTA -----------
Acho algo digno de compartilhar
pois esse poema está repleto
de momentos que contigo,
tive a alegria de partilhar
Em tempos de whatsapp
tudo tem se tornado tão instantâneo
O amor se cronometrado
não chega sequer,
a um minuto digitado
E poucas letras,
a apertar em um teclado
Vivi a experiência de um amor
Um amor de cartas
Cartas essas escritas a punho
Muitos e não poucos foram os rascunhos
Os desenhos presentes
não eram tão assimétricos
Se comparado aos emojis
Mas tinham consigo uma identidade
era algo único,
demonstrava sentimento de verdade
A expressão a qual o papel carregava
não se limitava a meras frases elaboradas
ou de apelação emocional
Cada frase construía
uma ligação sentimental
Antes inexistente,
Mas agora atrelada a uma conexão
que trás a imagem da pessoa após cada reflexão
Cartas permitem eternizar momentos
de forma a tocar, sentir e visualizar
assim como livros
Só não terão graça se você não for capaz de imaginar,
Imaginar que alguém dispôs tempo a construir
algo que lhe faça sorrir,
ou até mesmo lembrar
momentos os quais são dignos de se eternizar
Das mais diversas formas pude me comunicar,
desfrutei de sentidos como ver, ler, ouvir e falar
Mas nenhum deles se compara ao tamanho de minha alegria
só de imaginar que ao escrever você sorria
Mas nesse amor de cartas
O importante não é dizer, é saber
Cartas coisas não se dizem, porque dizendo,
deixam de ser ditas pelo não-dizer, que diz muito mais
E o destino está para baralhar as cartas
Cartas quais jamais hei de jogar
Pois foram jogadas em um momento de alento
nas armadilhas do tempo
E tudo se tornou como correr de encontro ao vento
Talvez tenha sido verdade
Já não estar mais vivo
pois de abraços e risos calorosos
a um frio e solidão mórbido
Só posso dizer que até o presente momento
sua inteligência e humanidade
são escassos demais para encontrar nessa cidade
Você possui algo tão singular,
que de mim teve o prazer de desfrutar
uma admiração a qual
mulher nenhuma conseguiu despertar
Mas como nem tudo são flores,
ou melhor cartas
eu não soube valorizar
Posso lhe assegurar o tempo que contigo estive
me rendeu os mais belos versos,
que foram escritos, mas jamais lidos
As crônicas mais bem elaboradas,
porém jamais evidenciadas
Não me rendeu nenhum conto de fadas,
embora nossa história tenha sido minha preferida
Mas o amor literário
a mim foi como remédio a feridas.
CAMPOS DO JORDÃO, 2018
Uma carta, hoje, não necessariamente é escrita num papel. Ela se manifesta na exteriorização daquilo que se oculta em nosso íntimo a fim de revelar a nossa particularidade a alguém que nos gera apreço inestimável.
Cartas não podem "morrer em nós", elas precisam estar em nossa convivência para declarar toda a nossa afetividade a quem nos dá sentido de existir, motivo de sorrir.
CARTA DE PRINCÍPIOS
A idéia da formação de um partido só dos trabalhadores é tão antiga quanto a própria classe trabalhadora. Numa sociedade como a nossa, baseada na exploração e na desigualdade entre as classes, os explorados e oprimidos têm permanente necessidade de se manterem organizados à parte, para que lhes seja possível oferecer resistência séria à desenfreada sede de opressão e de privilégios das classes dominantes. Mas sempre que as lideranças dos trabalhadores e oprimidos se lançam à tarefa de construir essa organização independente de sua classe, toda sorte de obstáculos se contrapõe aos seus esforços.
Essa situação vivida milhares de vezes em todos os países do mundo vem acontecendo agora no Brasil. Começando a sacudir o pesado jugo a que sempre estiveram submetidos, os trabalhadores de nosso país deram início, em 12 de maio do ano passado (greve da Scania), à sua luta emancipadora. Desde então, o operariado e os setores proletarizados de nossa população vêm desenvolvendo uma verdadeira avalanche pela melhoria de suas condições de vida e de trabalho. A experiência dessas lutas tem como resultado um visível amadurecimento político da população trabalhadora e o crescimento, em quantidade e qualidade, de suas lideranças. Esse rápido amadurecimento político pode ser visto claramente no aprimoramento das formas de luta de que os trabalhadores têm lançado mão. O início das lutas é marcado por um período de greves brancas nas fábricas. Já os embates mais recentes, dos quais a greve geral metalúrgica do ABCD é o melhor exemplo, mostram a retomada, em toda a linha, das formas clássicas de luta: grandiosidade das assembléias gerais, a ação decisiva dos piquetes e dos fundos de greve. Os trabalhadores entenderam ao longo desse ano de lutas que as suas reivindicações mais sentidas esbarravam em obstáculos cada vez maiores e é por isso, dialética mente, que vão sendo obrigados a construir organizações cada vez mais bem articuladas e eficazes. Diante da força da greve do ABCD, os patrões e o governo precisaram dar-se as mãos para impedir o fim da política do arrocho salarial e o fim das estruturas semi fascistas que tangem os nossos sindicatos. Os patrões usam de todos os meios ao seu alcance para quebrar a unidade dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que se recusam a reconhecer os acordos obtidos no período das greves fabris. O governo desencadeia sua repressão: os sindicatos são invadidos e suas direções destituídas oficialmente, enquanto nas ruas a polícia persegue os piquetes e tenta impedir, pela violência, que os trabalhadores consigam local para se reunir. Por seu lado, o apoio que os metalúrgicos conseguem dos demais trabalhadores, embora seja suficiente para impedir que a repressão se aprofunde e faça produzir um recuo parcial, carece de maior conseqüência, devido, é claro, não à inexistência de um espírito de solidariedade, mas sim devido às limitações do movimento sindical e à inexistência de sua organização política. Tanto isso é verdade que as lideranças da greve são obrigadas a se escorar no apoio, muitas vezes duvidoso, de aliados ocasionais, saídos do campo das classes médias e da própria burguesia. Não puderam os trabalhadores expressar de modo mais conseqüente todo o seu apoio aos grevistas do ABCD, e essa impotência tenderá a continuar enquanto eles mesmos não se organizarem politicamente em seu próprio partido. É por isso que a idéia de um partido dos trabalhadores, ressurgindo no bojo das greves do ano passado e anunciado na reunião intersindical de Porto Alegre, em 19 de janeiro de 1979, tende a ganhar, hoje, uma irresistível popularidade. Porque se trata, hoje, mais do que nunca, de uma necessidade objetiva para os trabalhadores. Cientes disso também é que setores das classes dominantes se apressam a sair a campo com suas propostas de PTB. Mas essas propostas demagógicas já não mais conseguem iludir os trabalhadores, que, nem de longe, se sensibilizaram com elas. Esse fato comprova que os trabalhadores brasileiros estão cansados das velhas fórmulas políticas elaboradas para eles. Agora, chegou a vez do trabalhador formular e construir ele próprio seu país e seu futuro. Nós, dirigentes sindicais, não pretendemos ser donos do PT, mesmo porque acreditamos sinceramente existir, entre os trabalhadores, militantes de base mais capacitados e devotados, a quem caberá a tarefa de construir e liderar nosso partido.
Estamos apenas procurando usar nossa autoridade moral e política para tentar abrir um caminho próprio para o conjunto dos trabalhadores. Temos a consciência de que, nesse papel, neste momento, somos insubstituíveis, e somente em vista disso é que nós reivindicamos o papel de lançadores do PT. O povo brasileiro está pobre, doente e nunca chegou a ter acesso às decisões sobre os rumos do País. E não acreditamos que esse povo venha a conhecer justiça e democracia sem o concurso decisivo e organizado dos trabalhadores, que são as verdadeiras classes produtoras do País. É por isso que não acreditamos que partidos e governos criados e dirigidos pelos patrões e pelas elites políticas, ainda que ostentem fachadas democráticas, possam
Propiciar o acesso às conquistas da civilização e à plena participação política para o nosso povo. Os males profundos que se abatem sobre a sociedade brasileira não poderão ser superados senão por uma participação decisiva dos trabalhadores na vida da nação.
O instrumento capaz de propiciar essa participação é o Partido dos Trabalhadores. Iniciemos, pois, desde já, a cumprir esta tarefa histórica, organizando por toda parte os núcleos elementares desse partido.
1. A sociedade brasileira vive, hoje, uma conjuntura política altamente contraditória e, sob muitos aspectos, decisiva quanto a seu futuro a médio e longo prazos.
Vista do ângulo dos interesses das amplas massas exploradas, desde sempre marginalizadas material e politicamente em nosso país e principais vítimas do regime autoritário que vigora desde 1964, a conjuntura revela tendências extremamente promissoras de um futuro de liberdades e de conquistas de melhores condições de vida. Dentre as tendências auspiciosas, destaca-se a emergência de um movimento de trabalhadores que busca afirmar sua autonomia organizatória e política face ao Estado e às elites políticas dominantes.
Esse é, sem dúvida alguma, o elemento inovador e mais importante da nova etapa histórica que se inaugura no Brasil, hoje. Contudo, a par dos dados auspiciosos da conjuntura política, coexistem também perigosos riscos, que podem levar as lutas populares a novas e fragorosas derrotas.
Aqui, cabe destacar que o processo chamado de abertura política está sendo promovido pelo mesmos grupos que sustentaram e defenderam o regime hoje em crise. Com a evidente exaustão de amplos setores sociais com o regime vigente no País e com a crise econômica que abalou a estabilidade dos grupos dominantes que controlam o aparelho de Estado, os detentores do poder procuram agora, e até este momento com relativo êxito, reformar o regime de cima para baixo. Vale dizer, pretendem reformar alguns aspectos do regime, mantendo o controle do Estado, a fim de evitar alterações no modelo de desenvolvimento econômico, que só a eles interessa e que se baseia, sobretudo, na superexploração das massas trabalhadoras, através do modelo econômico de onde sobressai o arrocho salarial. Já está demais evidente que o novo governo militar pretende manter a continuidade dessa mesma política econômica ditada pelo capital financeiro internacional, agravada agora pelos planos de austeridade e recessão que já se esboçam. Isso significa que o sofrimento, a miséria material e a opressão política sobre a população trabalhadora tenderão a se manter e aprofundar.
O que significa estado de direito com salvaguardas? O que pretendem com anistia restrita? O que visam com a propalada reforma da CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] e da Lei de Greve, urdidas secretamente? Qual o sentido da diminuição das penas previstas na Lei de Segurança Nacional e a preservação do espírito que informa essa mesma Lei?
Esses e tantos outros fatos indicam que o regime busca reformar-se tentando atrair para seu campo de apoio setores sociais e segmentos políticos oposicionistas, com vistas a impedir que as massas exploradas explicitem suas reivindicações econômicas e sociais e, o que é mais importante, a sua concepção de democracia. Em poucas palavras, pretendem promover uma conciliação entre os de cima, incluindo a cúpula do MDB, para impedir a expressão política dos de baixo, as massas trabalhadoras do campo e da cidade.
2. Essas afirmações não ignoram o fato de que o MDB foi utilizado pelas massas para manifestar eleitoralmente seu repúdio ao arbítrio. Tampouco pretendem ignorar a existência, entre seus quadros, de políticos honestamente comprometidos com as lutas populares.
Isso, no entanto, não pode impedir e não nos impede de apontar as limitações que o MDB – partido de exclusiva atuação parlamentar – impõe às lutas populares por melhores condições de vida e por um regime democrático de verdadeira participação popular.
O MDB, pela sua origem, pela sua ineficácia histórica, pelo caráter de sua direção, por seu programa pró-capitalista, mas sobretudo pela sua composição social essencialmente contraditória, onde se congregam industriais e operários, fazendeiros e peões, comerciantes e comerciários, enfim, classes sociais cujos interesses são incompatíveis e onde, logicamente, prevalecem em toda a linha os interesses dos patrões, jamais poderá ser reformado. A proposta que levantam algumas lideranças populares de “tomar de assalto” o MDB é muito mais que insensata: é fruto de uma velha e trágica ilusão quanto ao caráter democrático de setores de nossas classes dominantes.
Aglomerado de composição altamente heterogênea e sob controle e direção de elites liberais conservadoras, o MDB tem-se revelado, num passado recente, um conduto impróprio para expressão dos reais interesses das massas exploradas brasileiras. Está na memória dos trabalhadores a conduta vacilante de parcelas significativas de seus quadros quando da votação da emenda Accioly, da lei antigreve e de outras medidas de interesse dos trabalhadores. Apegado a uma crítica formalista e juridicista do regime autoritário, o MDB tem-se revelado impermeável aos temas sociais e políticos que tocam, de fato, nos interesses das massas trabalhadoras.
Amplos setores das elites políticas e intelectuais das camadas médias da população têm afirmado que “não soou a hora” de se dividir a oposição articulada no interior do MDB, afirmando que a democracia não foi ainda conquistada. Rechaçamos com veemência tal argumento. Primeiro, porque em momento algum podemos aceitar a subordinação dos interesses políticos e sociais das massas trabalhadoras a uma direção liberal conservadora, de extração privilegiada economicamente. Segundo, porque não podemos aceitar que a frente das oposições se mantenha às custas do silêncio político da massa trabalhadora, único e verdadeiro sujeito e agente de uma democracia efetiva. Tampouco consideramos que a existência de partidos políticos populares venha a contribuir para romper uma efetiva frente da luta dos verdadeiros democratas. O PT considerem imprescindível que todos os setores sociais e correntes políticas interessados na luta pela democratização do País e na luta contra o domínio do capital monopolista uni fiquem sua ação, estabelecendo frentes inter partidárias que objetivem conquistas comuns imediatas e envolvam não somente uma ação meramente parlamentar, mas uma verdadeira atividade política que abranja todos os aspectos da vida nacional.
3. O Partido dos Trabalhadores denuncia o modelo econômico vigente, que, tendo transformado o caráter das empresas estatais, construídas pelas lutas populares, utiliza essas empresas e os recursos do Estado, em geral, como molas mestras da acumulação capitalista. O Partido dos Trabalhadores defende a volta das empresas estatais à sua função de atendimento das necessidades populares e o desligamento das empresas estatais do capital monopolista.
O Partido dos Trabalhadores entende que a emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores, que sabem que a democracia é participação organizada e consciente e que, como classe explorada, jamais deverá esperar da atuação das elites privilegiadas a solução de seus problemas.
O PT entende também que, se o regime autoritário for substituído por uma democracia formal e parlamentar, fruto de um acordo entre elites dominantes que exclua a participação organizada do povo (como se deu entre 1945 e 1964), tal regime nascerá débil e descomprometido com a resolução dos problemas que afligem o nosso povo e de pronto será derrubado e substituído por novas formas autoritárias de dominação – tão comuns na história brasileira. Por isso, o PT proclama que a única força capaz de ser fiadora de uma democracia efetivamente estável é a das massas exploradas do campo e das cidades. O PT entende, por outro lado, que sua existência responde à necessidade que os trabalhadores sentem de um partido que se construa intimamente ligado com o processo de organização popular, nos locais de trabalho e de moradia. Nesse sentido, o PT proclama que sua participação em eleições e suas atividade parlamentares se subordinarão a seu objetivo maior, que é o de estimular e aprofundar a organização das massas exploradas.
O PT não surge para dividir o movimento sindical, muito ao contrário, surge exatamente para oferecer aos trabalhadores uma expressão política unitária e independente na sociedade. E é
nessa medida que o PT tornar-se-á, inevitavelmente, um instrumento decisivo para os trabalhadores na luta efetiva pela liberdade sindical.
O PT proclama também que sua luta pela efetiva autonomia e independência sindical, reivindicação básica dos trabalhadores, é parte integrante da luta pela independência política destes mesmos trabalhadores. Afirma, outrossim, que buscará apoderar-se do poder político e implantar o governo dos trabalhadores, baseado nos órgãos de representação criados pelas próprias massas trabalhadoras com vistas a uma primordial democracia direta. Ao anunciar que seu objetivo é organizar politicamente os trabalhadores urbanos e os trabalhadores rurais, o PT se declara aberto à participação de todas as camadas assalariadas do País. Repudiando toda forma de manipulação política das massas exploradas, incluindo sobretudo as manipulações próprias do regime pré-64, o PT recusa-se a aceitar em seu interior representantes das classes exploradas. Vale dizer, o Partido dos Trabalhadores é um partido sem patrões! As tentativas de reviver o velho PTB de Vargas, ainda que, hoje, sejam anunciadas “sem erros do passado” ou “de baixo para cima”, não passam de propostas de arregimentação dos trabalhadores para defesa de interesses de setores do empresariado nacional. Se o empresariado nacional quer construir seu próprio partido político, apelando para sua própria clientela, nada temos a opor, porém, denunciamos suas tentativas de iludir os trabalhadores brasileiros com seus rótulos e apelos demagógicos, e de querer transformá-los em massa de manobra para seus objetivos.
O PT não pretende criar um organismo político qualquer. 0 Partido dos Trabalhadores define-se, programaticamente, como um partido que tem como objetivo acabar com a relação de exploração do homem pelo homem. O PT define-se também como partido das massas populares, unindo-se ao lado dos operários, vanguarda de toda a população explorada, todos os outros trabalhadores – bancários, professores, funcionários públicos, comerciários, bóia- frias, profissionais liberais, estudantes, etc. – que lutam por melhores condições de vida, por efetivas liberdades democráticas e por participação política. O PT afirma seu compromisso com a democracia plena, exercida diretamente pelas massas, pois não há socialismo sem democracia e nem democracia sem socialismo. Um partido que almeja uma sociedade socialista e democrática tem que ser, ele próprio, democrático nas relações que se estabelecem em seu interior. Assim, o PT se constituirá respeitando o direito das minorias de expressarem seus pontos de vista. Respeitará o direito à fração e às tendências, ressalvando apenas que as inscrições serão individuais.
Como organização política que visa elevar o grau de mobilização, organização e consciência de massas; que busca o fortalecimento e a independência política e ideológica dos setores populares, em especial dos trabalhadores, o PT irá promover amplo debate de suas teses e
propostas de forma a que se integrem nas discussões:
• lideranças populares, mesmo que não pertençam ao Partido;
• todos os militantes, trazendo, inclusive, para o interior do debate partidário proposições de quaisquer setores organizados da sociedade, e que se considerem relevantes com base nos objetivos do PT. O PT declara-se comprometido e empenhado com a tarefa de colocar os interesses populares na cena política e de superar a atomização e dispersão das correntes classistas e dos movimentos sociais. Para esse fim, o Partido dos Trabalhadores pretende implantar seus núcleos de militantes em todos os locais de trabalho, em sindicatos, bairros, municípios e regiões.
O PT manifesta alto e bom som sua intensa solidariedade com todas as massas oprimidas do mundo.
A COMISSÃO NACIONAL PROVISÓRIA
1º de maio de 1979
PARTIDO DOS TRABALHADORES
Leitura: Fernando kabral 13
"Querido,
O amor que senti por você foi aquele de sentir dores musculares e ânsias de vômito. Borboletas no estômago e uma agonia insana. Eu me tornei patética, e te amei mais que a mim. Você era um poço de problemas, e eu tomei todos eles para mim só para te ver bem. Persisti, insisti e você virou as costas e foi em busca de quem nem ao menos sabia que sua comida favorita era lasanha. Larguei de mim, e me finquei em você. Tive que ficar no escuro pra perceber que a luz que eu via em você, eu já tinha.
Com amor, Anônima."
"Querido,
Você é o sexto homem que passou pela minha vida. Depois de você vieram mais alguns cafajestes, porque eu, teimosa como sou, continuei insistindo no amor. Você de alguma forma não marcou só minha vida. Mas meu coração. Fez eu esperar por você sentada e olhava com aqueles olhos castanhos que me conheciam tão bem e que imploravam para eu te esperar. Passei horas ao lado do telefone esperando você ligar. Sim, fui idiota a esse ponto. E aposto que você estava em alguma festinha, iludindo mais uma. Tentei em vão insistir em um amor que só eu sentia. Mas estapeei meu rosto e disse para mim mesma: Vá viver, mulher. E eu fui.
Com amor, Anônima."
"Querido,
Se eu pudesse livrar todas as mulheres de você, eu livraria. Você é o mestre em simetria perfeita, sabe escutar e dar o espaço que uma mulher merece. Aceitou meu caos de bom grado, e ainda me levou pra conhecer sua família. Mas eu, nunca fui o suficiente. Meu amor própio é muito, mas nem tanto. Antes que gerasse um pedido de casamento eu usei as palavras que mais dariam sentido "o problema sou eu, e não você." Fui embora com uma dor no coração, e com um cíumes horrendo da mulher que teria você ao lado todos os dias. Me desculpa, eu nunca gostei de me prender a nada. Sou mulher de imensidões, jamais de gaiolas.
Com amor, Anônima."
"Querido,
Encerro essas infinidades de cartas com você. Foi o último homem que passou pela minha vida, e sei que virão outros. Talvez diferente de todos, ou igual a você. Eu te odeio e eu te amo com a mesma intensidade. Essa sua coisa de dizer me amar, mas na verdade, precisar de mim quando não tem outra opção, me enlouquece. Eu queria sentar com você em uma sala de aula e lhe explicar o sentido da frase "Eu te amo" e o real significado de "Preciso de você", porque você é egoísta a ponto de não enxergar. Meu coração anda cansado, torturado pelos seus atos e suas palavras. Se quiser ir, vá. Mas não insiste em ficar, quando seu desejo é ir. Eu mal me aguento, quero inteiridade. Pessoas pela metade me incompletam. Me ame. Com garra, desejo e vontade. Mas não fica com essa negligência de precisar de mim. Minhas malas já estão na porta, me ame ou eu irei me amar, sem olhar para trás.
Com amor, Anônima."
Julia tu é linda ,Julia tu é perfeita
Essa mina me completa e isso virou um ceita
Tu é minha meta e eu vou ser só teu
Sou só Mais um amante que não cansa do beijo seu
Esse mundo ta perdido , ache o caminho do amor comigo
Julia Cypriano se vai demorar a escolha é sua
Só não me ame e depois me jogue na rua
Posso até ser lixo , mais o amor muda as pesoas
Se voce me escolher só vai ter memórias boas
Você sabe que eu to amando , mais não sabe o que esta chegando ,
O momento de se abrir , ou o momento de rir
O momento de amar ou o de chorar ,
Uma relação tem suas brigas
Agente melhora e ri
E nos amamos até cair.
- Soromenho , Leone / Cartas Para Julia .
Amy,
as estrelas aqui brilham com a indiferença dos longos invernos da Rússia, mas há uma luz que falta, que não encontro neste céu imenso. sinto que troquei o calor do teu abraço pela frieza da noite, mas o vazio do meu coração ainda ecoa o teu nome.
quando olho para a vastidão branca que me cerca, sinto-me tão pequeno quanto uma folha seca, caída, levada pelos ventos que gritam entre as árvores nuas. há uma estranha beleza nesta terra fria, mas ela não pode aquecer minha alma, como tuas mãos faziam.
escrevo-te no silêncio gélido, tentando lembrar o calor do sol em teu rosto e do sorriso que me devolvia o fôlego. mas, tudo o que resta aqui é o gelo, e no fundo de cada silêncio, ouço o teu nome ressoando, como se o vento o sussurrasse ao meu ouvido.
cuida-te, Amy, e pense em mim às vezes, como penso em ti por cada estrela distante e solitária.
R.D.
Amy,
por cada estrela que brilha sobre esta cidade, sinto um espinho cravar-se mais fundo em meu peito por tua ausência. as noites aqui são longas, o céu é vasto e frio, um manto escuro sobre uma terra que não me acolhe.
entre os brilhos distantes, me perco pensando em ti, como se cada estrela fosse uma palavra não dita, uma lembrança de um tempo que não volta.
o inverno russo é severo, e seu frio entra em meus ossos, como se quisesse tomar o que ainda resta de calor em mim, mas é a tua falta, Amy, que me fere mais fundo, que gela o meu coração de um modo que nem este inverno consegue. fecho os olhos e tento recordar teu rosto, teu sorriso, o som de tua voz.
são apenas sombras que dançam sob as luzes distantes. e, no entanto, essas lembranças me sustentam, me dão força, mesmo que dilacerem.
eu sigo aqui, neste lugar que parece ter esquecido o sol, onde os dias se arrastam como fantasmas e as noites me devoram. mas, em todos os instantes, é o teu nome que trago comigo, como uma chama que insisto em manter acesa, mesmo no meio da tempestade.
espero que estas palavras possam encontrar algum calor em teu coração, como um raio de luz atravessando uma janela em meio ao inverno.
com saudade,
R.D.
Amy,
se ao menos soubesses ler os silêncios que deixei entre as palavras talvez visse o amor que escondi.
as noites aqui são tão frias e vastas quanto os campos de neve que se estendem ao meu redor, às vezes, parece que o vento sussurra o teu nome, como se tentasse trazer de volta a lembrança do calor que deixei para trás quando parti de teus braços.
há algo nos céus daqui, uma escuridão que engole até mesmo as estrelas, deixando só um brilho pálido, e distante, tento encontrar consolo nesses pequenos pontos de luz, mas cada um parece mais um lembrete de que estou longe de ti, de que deixei para trás o que de mais precioso havia em meu mundo, a guerra não cessa, os dias e as noites se misturam e eu escrevo como quem tenta não ser esquecido.
sinto que as palavras são frágeis demais para dizer o que há dentro de mim, mas espero que possam atravessar o gelo que nos separa, assim como o meu coração atravessa cada uma dessas noites sombrias.
entre cada linha que escrevo, deixo espaço para o que não consigo dizer, na esperança de que um dia, ao lê-las, encontres o que sempre guardei.
com ternura,
R.D.
Eu me perdoo.
Me perdoo por não ser perfeita, por saber das minhas falhas, saber reconhecer e aceitar quem sou. Me perdoo por todas as vezes que eu tive medo, que eu deixei ele tomar conta de mim, e me impedir de avançar. Me perdoo pelas minhas inseguranças, pelas vezes que me senti insuficiente pras pessoas, pelas vezes que eu pensei que eu não fosse dar conta, pelas vezes que eu achei que qualquer um pudesse ser melhor do que eu. Me perdoo pelos meus erros, por ter feito escolhas erradas, por ter vacilado com quem não merecia, por eu ter magoado as pessoas que eu amei, por eu ter dito palavras duras, por eu ter tido atitudes das quais me arrependo. Me perdoo por eu ter pensado em desistir, por ter achado que não aguentava a barra, por eu ter me chamado de fraca, por eu ter me subestimado inúmeras vezes. Me perdoo por todas as vezes que não segui o meu coração, por todas as vezes que deixei de fazer algo por conta da opinião alheia. por todas as vezes que me coloquei pra baixo. Me perdoo pelas minhas paranóias, por todas as vezes que fiquei imaginando coisas, por todas as vezes que gastei horas me torturando, por todas as vezes que eu deixei o orgulho falar mais alto, por todas as vezes que eu sabia que era errado e assim mesmo fiz. Me perdoo por ter sido ingênua, ignorante, burra. Me perdoo por ter tirado aquela nota baixa, por ter quebrado regras, por ter desobedecido meus pais, por ter mentido pra salvar minha pele, por ter colocado a culpa no meu irmão. Me perdoo por ter cobrado muito de mim, por ter pensado que eu só tinha defeitos, por ter duvido do meu potencial, por ter me dito não, por ter me feito sofre, me perdoo por ter ignorado meus sentimentos. Me perdoo pelas coisas que ainda vou fazer e pelos novos erros que vou cometer.
Eu me perdoo.
Me perdoo, e quer saber de uma? Hoje, me orgulho de quem sou. Precisei passar por tudo isso, pra chegar aonde cheguei. E se hoje eu consigo olhar no espelho e gostar da pessoa que vejo, é Graças a mim, aos meus erros, meus acertos, e graças a estrada que eu segui.
28 jan 2023
Eu gosto tanto de você
Gosto da cor de seus olhos
Gosto da pinta que esconde debaixo do seu queixo
Gosto do seu jeito mandona
E de seu sorriso enquanto tira foto, que me arranca sempre boas risadas.
Essa é a verdade, mas na sua frente eu nego
Ou tento negar..
Você me disse que entre nós não haveria nada, sem sentimentos era o acordo
...Aceitei
Porem, antes daquela noite, muito antes daquela bela noite
Eu já planejava te contar, o quanto você mexeu comigo...
Eu não pude ser o primeiro amor seu
Não pude evitar que ferissem o seus sentimentos
Mas quero te fazer acreditar neles novamente
Nem que isso tome uma parte da minha vida...
Porque, como disse o Damon:
"... mesmo que não dure, mesmo que tudo dê errado e eu fique sozinho e miserável, a menor chance de uma vida perfeita com você é infinitamente melhor do que uma vida imortal sem você. "
Do modo mais simples te amarei: Com abraços com beijos com carinhos com muito amor real e forte e verdadeiro, com fidelidade e felicidade. Prometo não deixar faltar nada em nossas vidas, nem alimento sobre nossa mesa, nem calor durante nosso frio, nem fé sobre todas as circunstancias e principalmente: Não deixarei faltar amor, calor, paixão…
Eu te amo
Meus irmãos, considerem motivo de grande alegria o fato de passarem por diversas provações,
pois vocês sabem que a prova da sua fé produz perseverança.
E a perseverança deve ter ação completa, a fim de que vocês sejam maduros e íntegros, sem lhes faltar coisa alguma.
Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida.
Peça-a, porém, com fé, sem duvidar, pois aquele que duvida é semelhante à onda do mar, levada e agitada pelo vento.
Não pense tal homem que receberá coisa alguma do Senhor;
" Sempre desejei apresentá-la aos amigos, mostrar que além de linda você é especial, inteligente, iluminada. Não acho exagero e é o que penso e sinto. Tenho uma vontade louca de lhe abraçar sem motivos, sentir seu corpo junto ao meu a todo instante, confesso que quando estou sem você sinto-me vazio, oco, triste, como se faltasse um pedaço, por isso não foram poucas às vezes em que fiz questão lhe escrever, para que sentisse meu coração através da demonstração de amor e nela você tivesse a sensação de estar ao meu lado, andando de mãos dadas...