Carta para uma Pessoa Especial
Preserve o não saber e se espante em cada descobrir. Preze as incertezas e as dúvidas, suas e alheias, e assim livre o mundo de ditadores e extremistas. Aprecie a liberdade de quem não crê como você, dos que não querer ser nada mais, além do que já são. Só assim poderá medir o quanto precisa aprender.
A ignorância é a maior reveladora de nossas virtudes, pois só ela dá todo sentido ao que, no momento, não tem sentido algum.
Contemple o mais alaranjado por do sol,pois, ele pode te matar, como o piscar de um farol.
Um belo momento a se contemplar,
Pode em um segundo se revoltar.
Epraonde irá?
No momento que se encontrar,
Com algo que está além do seu imaginar.
Será que terá,
Uma decisão a tomar?
Como pode um por do sol ser tão bipolar?
Como águas que você está a velejar,
Tente aproveitar
Porque pode estar prestes a afundar,
Ne um oceano de lembranças
Que poderão te salvar,
E, ao mesmo tempo, te matar!
Bom Dia, Não sei o porque isso acontece, nem por que não consigo mudar meus pensamentos, até acho que sou só um Zé Ninguém que vive em busca de algo...
Só não entendo por que a vida tem que ser tão cruel assim; Quando penso em parar, ela vem e alimenta essa vontade, essa esperança e tudo começa de novo... Não sei quanto tempo isso pode durar mas sei que isso pode doer mais ou melhorar de uma vez...
O que eu posso dizer? Acho que não seja tão forte quanto imaginava, mesmo eu agindo diferente, sendo diferente ainda não é suficiente, Por que?
Talvez eu esteja trilhando em um caminho sem sentido, ou Não? e se esse for a melhor opção? Afs, tão confuso que nem consigo mais pensar direito Bom Não importa, vou até o final, e ver o porque o jogo dessa vida!
Mais um dia se foi, a noite começou e com ela veio os medos... Medo?
Fico me perguntando, será que eu fiz tudo certo hoje? Será que aproveitei meu dia, ou apenas enganei a mente me ocupando com coisas insignificantes?
Na verdade acho que eu estava mesmo era me escondendo da solidão, ou Não? Solidão, rsrs, uma profunda sensação de vazio e isolamento, sempre por que os seus sentimentos precisam de algo novo que as transforme.
Sempre ficamos nos perguntando, qual é o sentido de tudo isso? Será que o sentido da vida é só estar vivo?
Ou melhor qual a diferença entre estar vivo e viver? São perguntas que a solidão traz aos corações, e a sensação de medo, faz com que a alma fique totalmente perdida esperando ser encontrada...
E você? O que esta fazendo? Sua vida tem sentido? Suas escolhas estão corretas?
Decisões estão sendo tomadas neste exato momento. O ponto é: Você as está tomando por si mesmo ou está deixando que outros tomem por você?
COMO DEFINIR O AMOR....
Como definir o amor
se ele chega arrasando e transformando
a minha vida modificando
sem tempo para repensar.
Não há como definir
um sentimento que chega desta maneira
mudando uma vida inteira
de pensamentos, moralidades e sentimentalismo.
Definir o amor é como no rio entrar
e não saber nadar
ouvir música
sem o rádio ligar.
Definir essa coisa louca
que me domina
me apavora
me deixa a chorar
amar? amar?
Definir essa vontade louca
de te ter por perto
em teus braços
sinto-me protegida.
Definir esta sensação
que causa espanto a nação
que há tanta imaginação
causa insônia
saudade.
Definir?
Não sei o que há para definir
a saudade, a dúvida
Definir o amor...
sua forma de me olhar
a maneira de me admirar
como aumenta minha alegria
a ti dedico poesia.
Definir o amor
um minuto longe de ti
aumenta a saudade
a ansiedade
causando taquicardia....
nostalgia....
Definir o amor
sentimento que também me proporciona dor
ah, mas é tão bom te amar
sentir o teu cuidar...
Definir o amor
entre emoção e razão
agir sem pensar
ou pensar e agir...
como definir?
ÁS VEZES...
Ás vezes sinto que o barco parece a deriva e que em breve irá afundar;
que todas as forças contrárias irão me derrubar;
Ás vezes o vento parece tão forte, que não irei aguentar;
as lágrimas rolam por minha face, o sorriso está a naufragar;
Ás vezes tenho vontade apenas de mostrar-me humana;
minha alma tem sede e clama;
Ás vezes sinto qur há um lamaçal de pecado,
que o mal está a meu lado;
Ás vezes tento disfarçar toda a dor;
não demonstrar o sabor
da infelicidade.
Não me querem humana...de verdade.
Quero ragar o verbo nesta hora
esquecer a ingratidão de outrora
e a aparência que não me leva a nada
e voar como pássaro na alvorada.
Ah, ás vezes...sonho com a tal liberdade
a liberdade de mim mesma...ando sedenta
como lesma...
Ás vezes...Hoje!!!! Hoje!!!! Decido ser feliz!
A aparência vai embora e nesta hora
a solidão não vai me acompanhar... só a certeza
da paz a me alcançar....
Eis minha determinação!
MUNDO DOS ADULTOS
Eu tinha tanta ansiedade
Para crescer nesta vida
Havia em mim a necessidade
De ser livre na sociedade.
Não vivi o tempo da inocência
Da infantilidade e alegria
Havia flores no meu jardim
Mas acelerava em mim
A tão forte nostalgia.
Pulei fases, emoções
Deixei de viver paixões
Desacelerar as visões
E somente caminhar.
Hoje eu pude perceber
Que o mundo dos adultos
É atrás do vento correr
É serio demais a meu ver.
No mundo dos adultos
Não há tanta intensidade
Não há colo de mamãe
Rouba-se a verdade.
No mundo dos adultos
Só se pensa no futuro
O presente não se vive
Não se acredita mais.
Quero voltar a ser criança
A acreditar no amor
A ter mais esperança
E esquecer toda dor.
Quero voltar a ser criança
Brincar de pular corda, amarelinha
Passear e brincar de escolinha
A ter mais confiança.
Este mundo adulto
É muita correria
Não há tempo para amar
Para ir à doceria,
O mundo dos adultos
É sério demais, preciso me esconder
Esconder-me de mim mesma
Não posso mostrar o sofrer.
A criança pode chorar
Mas o adulto precisa segurar
O tal chamado equilíbrio
A sociedade deve mostrar.
No mundo dos adultos
Não tem animação
É só trabalho e estudos
Sem tempo para diversão.
Deixarei florescer em mim
A criança interior
Irei dançar na chuva sim
E viver intensamente o amor.
Serei adulta sim
Mas com a pureza da criança
Desacerar-me assim
E viver a esperança.
Estou no mundo dos adultos
Mas com a esperança renovada
Com mudança de meus mundos
Sentindo-me transformada.
Sinto que a maior das tempestades está acontecendo,ela veio devagar como um vento de fim de tarde,tudo isso para não preocupar-me,mas ela veio devagar para depois revelar a sua verdadeira intenção.
-Oh destruidora tempestade,vai-te e procura dar lição em quem realmente merece,procura revelar-te as pessoas de mal coração,a mim...a mim permanece aquele doce vento que eu tanto gostei quando veio.
Quero estar presente em sua vida em todos os momentos...
E se um dia você tropeçar, não te deixarei cair, e se por acaso estiver ao chão, lhe darei minhas mãos para te levantar, e se não conseguir, me deitarei ao seu lado pois não te abandonarei... Se alguém lhe atirar pedras, serei seu escudo, se vier o frio, serei seu cobertor, se estiver triste, te alegrarei, Não importa se o tempo não está a favor, o que importa é o que a alma deseja e o que o coração sente! Viva como ontem, Reflita no amanhã, mas pense no hoje!
Eu quero ser seu melhor amigo, quero aprender pra te ensinar, ser melhor que ontem... se for pra mim mudar que seja pra melhor, suas qualidades admiro, seus defeitos os amo... Te protegerei aonde estiver, até o meu ultimo suspiro! Amor Só se Diz Eu Te Amo quando é pra Valer!!!
A nossa vida não tinha dentro. Éramos fora e outros. Desconhecíamo-
nos. como se houvéssemos aparecido às nossas almas
depois de uma viagem através de sonhos. . .
Tínhamo-nos esquecido do tempo, e o espaço imenso empequenara-
se-nos na atenção. Fora daquelas árvores próximas,
daquelas latadas afastadas, daqueles montes últimos no horizonte
haveria alguma cousa de real, de merecedor do olhar aberto
que se dá às cousas que existem?. . .
Na clepsidra da nossa imperfeição gotas regulares de sonho
marcavam horas irreais. . . Nada vale a pena, ó meu amor longínquo,
senão o saber como é suave saber que nada vale a pena. . .
E nós não nos perguntávamos para que
era aquilo que não era para nada.
Nós sabíamos ali. por uma intuição que por certo não tínhamos.
que este dolorido mundo onde seríamos dois, se existia,
era para além da linha externa onde as montanhas são hábitos
de formas, e para além dessa não havia nada. E era por causa
da contradição de saber isto que a nossa hora de ali era escura
como uma caverna em terra de supersticiosos, e o nosso senti-la
era estranho como um perfil de cidade mourisca contra um céu
de crepúsculo outonal.
Não sei o que é isto, mas é o que sinto. . . Preciso dizer frases
confusas, um pouco longas, que custem a dizer. . . Não sentis
tudo isto como uma aranha enorme que nos tece de alma a
alma uma teia negra que nos prende?
SEGUNDA. - Não sinto nada... Sinto as minhas sensações
como uma coisa que se sente. . . Quem é que eu estou sendo?
. . . Quem é que está falando com a minha voz?. . . Ah.
escutai. ..
VI
Venho de longe e trago no perfil,
Em forma nevoenta e afastada,
O perfil de outro ser que desagrada
Ao meu actual recorte humano e vil.
Outrora fui talvez, não Boabdil,
Mas o seu mero último olhar, da estrada
Dado ao deixado vulto de Granada,
Recorte frio sob o unido anil...
Hoje sou a saudade imperial
Do que já na distância de mim vi...
Eu próprio sou aquilo que perdi...
E nesta estrada para Desigual
Florem em esguia glória marginal
Os girassóis do império que morri...
Minha alma é uma orquestra oculta; não sei que instrumentos tange e range, cordas e harpas, tímbales e tambores, dentro de mim. Só me conheço como sinfonia.
Todo o esforço é um crime porque todo o gesto é um sonho inerte.
As tuas mãos são rolas presas.
Os teus lábios são rolas mudas.
(que aos meus olhos vêm arrulhar)
Todos os teus gestos são aves. És andorinha no abaixares-te, condor no olhares-me, águia nos teus êxtases de orgulhosa indiferente.
E toda ranger de asas, como dos (...), a lagoa de eu te ver. Tu és toda alada, toda (...)
Chove, chove, chove...
Chove constantemente, gemedoramente (...)
Meu corpo treme-me a alma de frio... Não um frio que há no espaço, mas um frio que há em vir a chuva...
Todo o prazer é um vício, porque buscar o prazer é o que todos fazem na vida, e o único vício negro é fazer o que toda a gente faz.
Por todas as razões e mais uma. Esta é a resposta que costumo dar-te quando me perguntas por que razão te amo. Porque nunca existe apenas uma razão para amar alguém. Porque não pode haver nem há só uma razão para te amar.
Amo-te porque me fascinas e porque me libertas e porque fazes sentir-me bem. E porque me surpreendes e porque me sufocas e porque enches a minha alma de mar e o meu espírito de sol e o meu corpo de fadiga. E porque me confundes e porque me enfureces e porque me iluminas e porque me deslumbras.
Amo-te porque quero amar-te e porque tenho necessidade de te amar e porque amar-te é uma aventura. Amo-te porque sim mas também porque não e, quem sabe, porque talvez. E por todas as razões que sei e pelas que não sei e por aquelas que nunca virei a conhecer. E porque te conheço e porque me conheço. E porque te adivinho. Estas são todas as razões.
Mas há mais uma: porque não pode existir outra como tu.
Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
Contudo, contudo,
Contudo, contudo,
Também houve gládios e flâmulas de cores
Na Primavera do que sonhei de mim.
Também a esperança
Orvalhou os campos da minha visão involuntária,
Também tive quem também me sorrisse.
Hoje estou como se esse tivesse sido outro.
Quem fui não me lembra senão como uma história apensa.
Quem serei não me interessa, como o futuro do mundo.
Caí pela escada abaixo subitamente,
E até o som de cair era a gargalhada da queda.
Cada degrau era a testemunha importuna e dura
Do ridículo que fiz de mim.
Pobre do que perdeu o lugar oferecido por não ter casaco limpo com que aparecesse,
Mas pobre também do que, sendo rico e nobre,
Perdeu o lugar do amor por não ter casaco bom dentro do desejo.
Sou imparcial como a neve.
Nunca preferi o pobre ao rico,
Como, em mim, nunca preferi nada a nada.
Vi sempre o mundo independentemente de mim.
Por trás disso estavam as minhas sensações vivíssimas,
Mas isso era outro mundo.
Contudo a minha mágoa nunca me fez ver negro o que era cor de laranja.
Acima de tudo o mundo externo!
Eu que me aguente comigo e com os comigos de mim.
"Construí minha casa na areia, desde então deixei de existir. Fui ludibriado pela beleza do mar. Quis tornar o transitório permanente, ter o imponderável todo dia a minha frente. Não cogitei que o mar não aceitasse concorrentes.
Notei que o mar na areia apagou meu passo. E qualquer rabisco ou rastro que faço, num toque das águas desfaço.
O desenho só durou até ser tocado. O castelo se desfez quando foi alcançado. Meu pedido de socorro foi encoberto ao ser encharcado. E nada que não existiu pode ser contado.
No mar é onde hoje jaz o meu legado.
O mar não perdoa ninguém."
Mais do que outras artes, são a Literatura e a música propícias às subtilesas de um psicólogo. As figuras de romance são - como todos sabem - tão reais como qualquer de nós. Certos aspectos de som tem uma alma alada e rápida, mas suscetíveis de psicologia e Sociologia porque - bom é que os ignorantes o saibam - as sociedades existem dentro das cores, dos sons, das frases, e há regimes e revoluções, reinados, políticas e - há-os em absoluto e sem metafísica - no conjunto instrumental de sinfonias, no todo organizado das novelas, nos metros quadrados de um quadro complexo, onde gozam, sofrem e misturam as atitudes coloridas de guerreiros, de amorosos ou de simbólicos.
Quando se quebra uma chávena da minha coleção japonesa, eu sonho que mais do que um descuido das mãos de uma criada tenha sido a causa, ou tenham estado os anseios das figuras que habitam as curvas daquela de louça; a resolução tenebrosa de suicídio que as tomou não se causa espanto: serviram-se da criada, como um de nós de um revólver. Saber Isto é estar além da ciência moderna, e com que precisão eu sei disso.
Diário de Bernardo Soares - pag. 341
Fernando Pessoa - Livro do desassossego
CONSELHO
Cerca de grandes muros quem te sonhas.
Depois, onde é visível o jardim
Através do portão de grade dada,
Põe quantas flores são as mais risonhas,
Para que te conheçam só assim.
Onde ninguém o vir não ponhas nada.
Faze canteiros como os que outros têm,
Onde os olhares possam entrever
O teu jardim como lho vais mostrar.
Mas onde és teu, e nunca o vê ninguém
Deixa as flores que vêm do chão crescer
E deixa as ervas naturais medrar.
Faze de ti um duplo ser guardado;
E que ninguém, que veja e fite, possa
Saber mais que um jardim de quem tu és —
Um jardim ostensivo e reservado,
Por trás do qual a flor nativa roça
A erva tão pobre que nem tu a vês...
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