Carta para uma Pessoa Especial

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⁠Falha -

Tentei,
o dia inteiro,
encontrá-la, mas falhei.

Revisitei importantes lembranças
— gestos, fotos, vídeos —
e,ainda assim,continuei vazio.

Abracei-o.
Beijei-o, e nada.

Mesmo diante da pessoa mais importante do mundo,
no dia mais importante do
ano,
eu não encontrei as palavras,
os encontros — a Poesia.
E falhei.

Mesmo com todos os motivos
e sentimentos;
mesmo com todo o orgulho e admiração, eu falhei na busca.

Tudo que consegui escrever
resume-se a isto:
Este lamento, esta culpa, esta falha.

Este vazio.

Todas as crianças são especiais.
Absolutamente todas.
Mas nós, adultos, falhamos.
Falhamos muito.
E, grosseiramente, estragamo-las.

Inserida por SilvioFagno

O Normal da Coisa -

⁠Eles não me deixarão
em paz.
E eu não vou conseguir
deixá-los também.
(Mas, certamente, eles ficarão
melhor que eu).

Agora é isto:
o normal da coisa.

E a coisa toda está fundamentada
na futilidade, superficialidade e mediocridade da grande maioria deles.

Eu precisaria ficar rico,
talvez,
para que algo diferente
aconteça.

Então,
precisarei somente de alguns
deles, e esses eu os
suportaria.
Eu posso suportar alguns
deles, certamente.
Eu não suporto muitos
ao mesmo tempo:

Uma vizinhança, uma cidade,
um país...
Uma geração e a próxima
sob os efeitos desta.

Inserida por SilvioFagno

Algumas pessoas nem sabem, mas são escolhidas para trazer à luz pessoas, que sem perceber estão se deixando ir para a escuridão
Pessoas que não sabem, mas com simples gestos de gentilezas e cuidado com o próximo, enche de esperanças pessoas que já estavam deixando de acreditar em um futuro melhor
Pessoas essas, que sem perceber regou diariamente a tão seca e sofrida raiz da planta que existe em mim e está me fazendo respirar, crescer e florescer...
Essa pessoa é você meu amigo!
Sabia que tinhas algo de muito bom em seu ser, só não podia imaginar que de uma forma tão simples conseguirias compartilhar o melhor que existe em você e transformar meus dias em luz!

Inserida por SilvaniaLemos83

Bendita Vírgula Maldita -

Não leia Bukowski! Não, leia Bukowski! Não leia Bukowski! Não, leia Bukowski! Não leia Bukowski! Não, leia Bukowski! Não leia Bukowski! Não, leia Bukowski! Não leia Bukowski! Não, leia Bukowski! Não leia Bukowski! Não, leia Bukowski! Não leia Bukowski! Não, leia Bukowski!

Inserida por SilvioFagno

Às vezes, grandes livramento vêm e não é questão de nível espiritual, mas de dar ouvidos ao que o Senhor fala mesmo usando uma jumenta.
Acho engraçado isso, e tem servo que se gloria , é um rebelde a ponto de ter que ouvir conselhos de jumenta, pois os princípios bíblicos não são suficientes.

Inserida por regismeireles

Ano (Novo?) -

Sei que quando o barulho dos fogos começar lá fora, algumas lembranças me levarão às lágrimas.
A gente passa o ano inteiro com restos de choro presos na garganta, no limite, por transbordar.
É, inegavelmente, somos partes deste ciclo que se encerra para um novo (mais repetitivo do que se imagina).
E, sendo partes, estamos sujeitos a, qualquer momento, parar no Tempo a cada jornada.
E para um homem como eu - cheio de traumas e receios e dúvidas, sem crenças religiosas, tentando fugir da superficialidade da massa, sem esperança na humanidade - não saber quem ou o quê me trouxe ou me permitiu chegar até este momento é, um tanto quanto, angustiante e, ao mesmo tempo, há um estranho alívio.
Eu também agradeço, mas eu não sei direito a quem ou a o quê.
Se você não tem essa dúvida, eu tenho dúvida sobre você; sobre mim; sobre ter certezas.
É tudo do Tempo e amanhã será mais um primeiro dia de mais um ano (novo?) a menos.
(Eu acho).

Inserida por SilvioFagno

A Tardezinha (A Hora da Saudade) -

Aqui estou, mais uma vez observando a Tardezinha.
Nem é dia nem é noite: é esse meio termo cinza, com pinceladas azuladas e alaranjadas entre o dia e a noite.
Para mim, é a hora mais nostálgica de um dia, e também a mais bela.
É a hora da brisa leve; o momento do olhar cuidadoso e paciente; o instante raro em que nasce a Poesia.
É a hora em que as aves diurnas se calam e os animais noturnos se manifestam.
O momento em que o sol vermelho se esconde atrás da cortina infinita do horizonte.
Talvez, seja o instante em que "Deus" pare para refletir; a hora em que o Tempo respira mais profundamente - a vida desacelera.
Avós e netos pelas calçadas; jovens de volta do Colégio; aquela série de TV favorita.
É a hora adolescente na velhice: de espírito sábio e gestos nobres.
Ela é a fotografia desfocada e, assim, poética; a pureza das crianças e dos palhaços; o amor adolescente passeando de mãos dadas na pracinha; a canção que traduz a essência dos namorados; as brincadeiras entre amigos; o elo que une o amor à amizade; o avesso da maldade; a rebeldia adolescente; o amor de pai e mãe; as brigas amorosas entre irmãos; a fé, sabedoria e bênção dos mais velhos.
Ela é o encanto dos olhos e do olhar; a leveza e espiritualidade da alma; é o misterioso e estranho e belo e sentimental contidos no íntimo do ser; é o lúdico e lírico; a balada de Rock; desenho animado na juventude; os sábados; dezembro por findar; livros, café e uma boa companhia nos dias frios; o sonho dos românticos; a taça de vinho, chocolate e o pensamento; o beijo roubado (tão esperado); cartas de amor escritas a mão; versos simples rabiscados no papel; a poesia dentro do poema; a nobre inspiração do Poeta.
Ela é esse meio tom entre a luz e a escuridão; o ponto de equilíbrio entre o céu e a terra.
Neste magnífico instante, nem é dia nem é noite: é a passagem. A hora da saudade.
O momento de voltar pra casa.

Inserida por SilvioFagno

Somos Começo, Meio e Fim -

Estamos aqui porque somos partes disso tudo. Somos começo, meio e fim.
Não podemos fugir dos fatos, do acaso, das escolhas e consequências. Somos partes fundamentais, mas não somos donos absolutos.
Atribuimos os resultados às nossas escolhas, mas não estamos protegidos do acaso desconhecido das forças que regem o Universo. Bem ou mal, elas se materializam, muitas vezes, no inesperado, no surpreendente, no inexplicável (às vezes lúdico, às vezes trágico).
Somos começo, meio e fim.
O sol nasce, aquece, ilumina e se põe; a flor nasce, perfuma, encanta e se vai. Mas a vida também é dos que sonham (infinitos sonhos). É do professor e do aprendiz; a vida é das crianças, dos jovens, dos palhaços, das senhoras e senhores.
A vida é do indispensável - do amor, da amizade, da poesia.
A vida e tudo aquilo que é parte dela, é imprescindível a ela.
No sopro que é, se totaliza; mesmo breve, se faz completa. E só porque há começo, meio e fim.
Um começo, um meio e um fim são inerentes à vida. Porque um começo, um meio e um fim é a síntese da síntese (ainda que fria), da vida.
A grandeza da vida é proporcional aos seus prezeres e mistérios.
Nascer é uma dádiva; viver, estar vivo é o sentido fundamental de nascer; e morrer é o completar natural de um ciclo, a ordem máxima da vida.
O que nos resta se não aceitar e adaptar-se a tudo isto, adiando ao máximo o tempo de morrer sozinho?
Não nos conformar é preciso, pois é questão de desejo e vontade de usufruir esse privilégio de estar vivo.
Afinal, somos do ontem, do hoje e do amanhã, mas pertencemos (na carne), somente ao agora - de fato, um presente.
Porque somos do Tempo, pertencentes a ele desde o começo, meio e fim.

(Sorte e boas escolhas!).

Inserida por SilvioFagno

De Pai Pra Filho -

Um dia, quando eu já não estiver mais aqui para ouvi-lo, talvez meu filho dirá: "meu pai sempre dizia: John, cuidado com as quinas!
Eu nunca entendi muito bem o que meu pai queria dizer sobre quinas.
Sei que ele falava das quinas de camas e mesas e cadeiras, mas também era sobre esquinas e ruas desconhecidas; era sobre medo e dor e solidão; sobre a sorte e estrelas cadentes.
Acho que meu pai falava mesmo era sobre o amor: ele sabia que se eu machucasse meu dedo numa 'quina' qualquer do mundo ele também choraria."

Inserida por SilvioFagno

É Triste -

Não me deslumbro com a falsa positividade da grande maioria das pessoas.
Se observarmos em volta, com alguma sensibilidade e um olhar um pouco mais cuidadoso, perceberemos, tão logo, que a vida, para a maioria, é triste.
De algum modo é triste.
E aqueles quem têm a sensibilidade à flor da pele, a alma leve, sentem muito mais tudo isso.
As pessoas andam presas a trabalhos maçantes, relacionamentos destrutivos, crenças escravistas.
Numa competição sangrenta e inútil que tem nos levados a exaustão física e mental.
Que tem ceifado amizades, amores, tempo.
(Sim, tempo).
Não temos tanto e eu não vejo com bons olhos alguma luz futura.
(Espero, ao menos, que os bons não percam a esperança.
Porque os maus nunca perdem).

Inserida por SilvioFagno

Os Quases, Todos e Restos -

Caro leitor, cá estou, neste exato momento, precisamente, às 15h10, de uma tarde cinzenta, de uma segunda-feira de Carnaval, revendo, relendo, reavaliando minha vida e pensando em tudo que eu perdi durante esta trajetória.
Entendo que seria mais aconselhável pensar em tudo que ganhei, sim, eu sei.
Mas a verdade é que, neste momento, me ficaram, ironicamente, as coisas que eu perdi: os quases, todos e restos.
Quanto tempo perdido esperando quem nunca veio?!
Quantas noites perdidas sem sono (por medo, raiva, doenças etc.) ?!
E perdi dentes, unhas, cabelos;
E perdi a hora do almoço, da escola, de dormir;
E perdi o lance, a estratégia, o jogo;
Perdi a fala, a oportunidade, a conquista;
E perdi a vergonha, a moral, a dignidade;
E perdi a fome, a compostura, o sonho;
E perdi a calma, o controle, o chão;
Perdi o desejo, o sentido, a razão;
E perdi as chaves, a palavra, a memória;
E perdi a melhor parte do bolo, do filme, da festa;
Quase perdi a esperança.
Perdi animais de estimação que eram como partes da família.
E o que dizer dos ídolos, amigos e familiares que se foram para sempre?!
É, já nem lembro quantas e quantas vezes, de peito apertado, olhos marejados e gosto amargo da decepção e rejeição, eu me perdi e me encontrei, inteiramente, despedaçado.
É bem verdade que ganhei muitas coisas também. Apesar de que, perdemos (em quantidade), muito mais do que ganhamos e, de certo modo, às vezes, ganhamos quando perdemos e vice-versa.
O fato é que, apesar das perdas - muitas inevitáveis e algumas necessárias -, eu gostaria muito de poder olhar (não para trás), mas para o lado e enxergar (seguro e orgulhoso), um Amor – companheiro fiel, cúmplice, amigo e recíproco.
Pois, sendo assim, eu não o teria perdido também no caminho.

Inserida por SilvioFagno

Repetidas e Limitadas -

A quantidade de pessoas repetidas e limitadas que encontramos por aí é absurda.
É tão difícil cruzar uma alma elevada, profunda, especial quanto aceitar essa realidade.
Uma vez ou outra a gente acha que encontrou, mas não, não encontrou.
É só mais uma pessoa legal, com alguma coisa legal. Ainda assim, cópia da cópia da cópia (claro, com suas particularidades).
E não importa se são magras, bem-sucedidas, atléticas, baixas, gordas, amarelas, fortes, diplomadas.
Se julgam-se espertas, inteligentes, superiores, felizes.
Se frequentam igrejas ou não; academias ou não; baladas ou não.
Não importa o quanto são justas e honestas e solidárias... não importa.
Superficialidade e mediocridade juntas, em estado funcional, denunciam: trata-se de uma pessoa "normal" (fora os defeitos e virtudes).
E no fim, são todas iguais.
Assim sendo, nada mais acontece.

Inserida por SilvioFagno

O Peso -

O peso da idade é sentido nas costas, ombros, braços, pernas, ossos e articulações doloridas.
Na falta de força e resistência e vitalidade de outrora.
Os restos acumulados de esforços repetitivos, horas extras, noites maldormidas, estresse, e a fragilidade natural do corpo no passar dos anos denunciam: estamos ficando velhos (ainda que tenhamos um espírito jovem).
Mas o verdadeiro peso da idade sente-se mesmo é na consciência: na realidade de todas as decisões e escolhas feitas.

Inserida por SilvioFagno

O Calendário -

Em cima da mesa uma bandeja com ovos, uma cesta com algumas frutas, uma lata de óleo, remédios, pães e biscoitos.
Ainda na mesa à esquerda, uma garrafa de vinho tinto pela metade e uma de café cheia.
No centro facas e garfos e colheres dentro de um prato transparente, ao lado de um copo com água.
À direita um maço de cigarros, uma caixa de fósforos e um calendário na beira, meio que suspenso, quase para fora.
Nos rótulos informações nutricionais, composições químicas e advertências.
De tudo ali, o mais cruel, silencioso e implacável era o Calendário - que tudo conhecia, tudo abraçava, tudo devorava - tão certo e tão simples, no Tempo de ser: passado, presente e futuro.
Princípio, meio e fim.
Sendo apenas uma folha qualquer, numa mesa qualquer, numa tarde qualquer, de um dia qualquer, no cruel e silencioso e implacável Tempo de uma vida cronometrada (regressivamente).

Inserida por SilvioFagno

Lucidez -

Eu vejo e sinto e pressinto, detalhadamente, a vida e seus sabores e dissabores.
Em cores e sons e sentidos.
Recordo e revivo, com intensidade e nitidez, tudo, ao extremo.
Sinto o Tempo presente no ranger dos ossos e suor da pele;
No medo do desconhecido;
Na poesia dos gestos simples e nobres do meu filho.
Ouço o som do agora no vento que me assanha os cabelos e, neste instante, ameniza o calor do sol, em um quase fim de tarde, de uma quarta-feira qualquer de novembro.
Tenho anseios presentes que deuses me antecipam em pensamentos complexos, desordenados que disparam sinais e alarmes de alerta constantes.
Por quê?
A vida me chega em realidade e sonhos lúcidos:
E é esse o grande desafio; o grande duelo.
Se não, o grande mal.

Inserida por SilvioFagno

Para os homens que acreditam

Você é meio louco né?
Que ótimo! Acreditar requer metade de loucura para buscar e metade de loucura para viver.
Eu sei, é difícil, você se entrega quando acredita que encontrou a pessoa certa, sonha, faz planos, imagina uma vida com ela, e quando resolve expor o que sente muitas vezes ela se assusta e se afasta. Normal, não tente entender uma mulher, apesar da maioria reclamar que todos os homens são iguais, quando aparece um diferente elas são bastante analíticas, ficam com medo de viver ou reviver uma ilusão.
Entenda você, não busque a mulher dos seus sonhos, ela só existe lá. Matenha o foco, seja inteiramente, intensamente você. Seja paciente, seja bondoso, seja verdadeiro, seja carinhoso, não olhe para o próprio umbigo, veja nela além do que os outros já viram, olhe-a nos olhos, toque-a no rosto, beije-a na alma, se ela for a pessoa certa haverá reciprocidade, se não for, entenda, não culpe-a, mas se afaste, você não merece ter um coração banhado em lágrimas de expectativas frustradas.
Se a tentativa não deu certo, volte à acreditar novamente.

Inserida por quesleijonas

Perto da Perfeição -

Recordo-me o dia
em que ela havia esquecido
sua garrafa d'água
aqui em casa.
E já depois das cinco horas da tarde
(bem perto daquele instante mágico),
numa quarta-feira chuvosa e fria,
enquanto eu preparava um café,
ela me aparece.

Vem até a cozinha,
onde estou,
e pega sua garrafa.

Olha o horizonte pela janela
enquanto jogamos algumas palavras fora
e se vira
em direção ao corredor.
Então,
de súbito,
eu a pego pelo braço
e a abraço.

Alguns segundos ali:
ela,
eu,
aquele abraço,
sua risada,
seu cheiro,
seus cabelos,
meus pensamentos e desejos,
a chuva e o frio,
o café quentinho,
a Tardezinha...

E ela se vai.

Me deixando a seria impressão de que eu cheguei muito perto da perfeição.

Inserida por SilvioFagno

Somos Escravos das Nossas Necessidades -

Eu precisaria ignorar tudo,
tudo que me faz escravo
pela pele,
pela vontade,
pelo desejo.
Junto com esse sentimentalismo escancarado,
descontrolado
por coisas e pessoas.

Isso,
durante,
talvez, uma semana,
duas, um mês, quem sabe.

E talvez assim,
eu encontrasse as respostas necessárias
para me ter de volta primeiro
e poder, enfim,
me dar por inteiro
e são.

Inserida por SilvioFagno

Dias Ruins -

Neste instante,
olho pela janela e verifico que
hoje
o sol se pôs sem cerimônia.

E o meu olhar está a fitar
o horizonte
sem graça.

(Salvo erro, claro)...

Há o canto e o voo
dos pássaros.
Há,
ainda,
uma bela mistura de cores
e luzes
e o que eu não vejo.

Mas hoje (triste),
o sol se pôs sem cerimônia.

E enquanto fecho olhos e janelas e cortinas,
abro-me para dentro:

Até os mais soberanos têm dias ruins.

Inserida por SilvioFagno

Só Amanhã Passa -

Ei...
Está em sua casa?
Preciso muito te ver.

Conversar,
saber o que tem lido,
quantos objetos quebrou
este mês.

Quero,
por um instante,
parar os meus olhos
nos teus
até você ficar sem graça
e dizer:
"o que foi?"

Olha...
a gente divide um chocolate,
uma canção,
talvez
um verso,
um pensamento,
ou poesia.
Aquela velha piada do Chaves,
naturalmente,
um sorriso ou gargalhada,
sei lá...

Mas
acho melhor
dividirmos caminho:

É que está longe demais
para te abraçar
e dizer que sinto muito...
muito a sua falta.

Desde ontem,
(e só amanhã
passa).

Inserida por SilvioFagno