Carta para a Pessoa Amada
São tantas coisas que ocupam o nosso tempo, tantos entretenimentos tecnológicos que roubam os nossos momentos em família, que vivemos esquecendo que em qualquer momento; alguém que a gente ama irá partir... Um dia, quem se ama será apenas uma lembrança, uma saudade, uma foto, uma história a se contar. Por isso; o momento de amar é agora, enquanto respiramos o mesmo ar, enquanto estamos juntos sob a mesma luz do sol, enquanto caminhamos pelos mesmos passos desta vida.
Não viva com a certeza que a pessoa Amada Sabe que você a Ama por que você já disse, pois o amor é como água doce que refresca a alma todos nos sabemos que tem, mas se não colocar no copo e beber a cede não passa e nos mata, regue sempre a Flor que você ama com gotas chamadas ações de amor
Na medida certa, a calmaria é sempre bem vinda e merece ser amada, aquela que é trazida por um abraço acolhedor, um amor genuíno, a que se encontra nos lugares com sabor de lar, nos beijos de um querer forte e recíproco, em cada pessoa singular, cuja presença traz sentido, daquela também alcançada na arte, na natureza, floras e bichos e, principalmente, a calmaria quando se percebe que vale à pena sonhar, que tudo acontece por um motivo e que Deus não vai mudar e será constantemente um amável abrigo.
“A poeira testifica a vontade do chão de ganhar os céus.
A flor se realiza em seu pólen pegando carona nas abelhas
para que seu fruto não nasça sem antes ter a sensação dos ares.
Tudo que existe anseia as alturas.
Assim, o pensamento em mim.
Meu pensamento criou asas,
fez minha alma voar.
Minhas palavras, essas sim, caminham.
Por isso no poema quando você é o tema
Nunca sei se vou ou se voo. “
"Queria ser um herói.
Não para ter poderes
equivalentes a mil sois.
Não.
Não para me tornar um juiz
e as vezes algoz.
Não.
Não pelo reconhecimento em ser belo, forte
ou super veloz.
Não.
Queria ser um super herói apenas por um motivo...
Nos heróis
as feridas não doem"
A Lua resolveu dar uma lição no sol
Apagando temporariamente o seu farol.
Quis mostrar como dois seres tão diferentes
pelo menos um dia, poderiam ser equivalentes.
Na sombra umbra que a terra fez
a Lua pode finalmente se mostrar
Penumbral, parcial até que total.
Mas o que realmente a Lua quis nos provar?
Que alguém mesmo sem luz própria
pode um dia também irradiar.
Ou quem sabe mostrar que a beleza não esteja contida apenas na luz
Ela pode existir também no apagar.
Que todo mundo tem uma sombra em algum lugar
Que foi a falta de luz quem fez a Lua reinar.
E que todos um dia, mesmo sem luz,
podem vir a se destacar.
Frankenstein’s
“Sou um conjunto de frações, habitam em mim partes a parte que não nasceram em mim e hoje medram num corpo que agora é meu.
Tenho um pouco de todos e todos um pouco de mim, vejo-me diluído. Esse eu sem nome, essa parte a parte que nasceu em mim e hoje floresce em outro corpo ainda sou eu.
Gasto-me em uma velocidade absurda, partes de mim estão por toda parte.
Sinto que só sou inteiro quando estou disperso.
Como um ramo novo arrancado da arvore e plantado em nova terra.
Como a arvore que viaja através de suas sementes, vivo nas entranhas alheias.
Logo, quem tenta encontrar a perfeição humana terá uma busca impossível, já não existem encaixes perfeitos em pedaços distintos."
Se soubesse criança como passa o tempo.
Voltavas a brincar.
Continuava sorrir.
Aproveitava o viver.
A vida adulta é pura lamúria.
Tudo tem cheiro de saudade.
Queria ter ainda a confiança do abandono.
Quando me esquecia nas mãos de Deus.
Hoje que cresci e assumi o controle, não vivo.
Tudo é se der,
tudo é quem sabe.
“Eu nunca pensei que estaria aquém,
zelando por casas desconhecidas,
reproduzindo histórias não vividas.
Cuidando do jardim que de um Zé alguém.
Nunca imaginei viver de conta gotas
de afeto.
Viver a base de decretos.
Uma vida que não me convém.
Aqui sou feudo,
sou o vassalo e o rei.
Vivendo à custa do existir,
nas terras de um grão vizir.
Por isso planejei meus sonhos pro além,
enquanto aqui minha oportunidade não vem.
Se minhas terras já tem dono,
os meus céus ainda não tem.”
“A flor se realiza em seu pólen pegando carona nas abelhas
para que seu fruto não nasça sem antes ter a sensação dos ares.
A poeira testifica a vontade do chão de ganhar os céus.
Tudo que existe anseia as alturas.
Assim, o pensamento em mim.
Meu pensamento criou asas,
fez minha alma voar.
Minhas palavras, essas sim, caminham.
Por isso,
Não sei se por dom ou por oficio,
quando você é o tema
Nunca sei se vou ou se voo. “
"Soube que era saudade
quando houve perdão sem ocorrer pecado.
Quando notei que a lua não respeitou o dia.
Quando as asas antecederam o pássaro.
Quando o beijo chegou antes dos lábios.
Quando fiz duas porções para jantar só.
Quando houve dicotomia e minha alma se apresentou sem corpo.
Quando meu corpo sentiu o que meus olhos não enxergaram.
Quando fechei os olhos para enganar o meu cérebro.
Quando vi sua foto e a memória quis encarnar."
Meu amor. Um dia me olhaste,parecia buscar algo ou querer se aprofundar em meu interior,ou será téu olhar tão profundo que me fez pensar assim.... Será que eu confundi aquele olhar?! Não. Aquele olhar me revelou algo, me fez sentir, mais eu......
Mas não foi o bastante pra eu ser tão sincero e dizer, te amo . Se com um olhar me revelaste teu amor. Eu não tive coragem de te fazer feliz com uma frase tão pequena. Mais hoje tenho.
Te desejo, te quero e te amo meu amor.
Meu caminho
Sigo o mesmo caminho todos os dias
Tendo sol como companhia
Sigo assim...
Mesmo sem nuvens
Mesmo com chuva
Com pássaros
Ou sem trevos
Com flores
Ou sem espinhos
Apenas sigo
Meu caminho tão só
Se quiseres me acompanhar, eu aceito
Mas não espere diálogo
Nunca falo...
Se não quiser, entendo
Eu jamais interpelo...
Sigo assim...
O caminho
Eu
E minhas considerações...
Emoções , vontades
Sonhos e realidades
Em minha estrada a fora...
“Para que serve a poesia”?
Eu respondo;
“Poesia serve para rasgar a alma
Serve para se colocar para fora sentimentos incontidos
Serve para transferir para as letras algo do interior
Citando “Fernando Pessoa” em Autopsicografia
“O poeta é um fingidor “...
Tudo bem , nem sempre o que se escreve , está se sentindo
Porém, a poesia sempre fala algo de si
Intrínseco
Interno
Oculto
Mas sempre fala algo mesmo que subconsciente
Então eu que pergunto: “A poesia te serve?”
Deve servir sim...
Mas não sei se podem chamar algumas coisas que leio de poesias
Nem mesmo textos com sentido são...
Não vejo...
Não percebo...
Não entendo o que alguns escrevem...
Embora não critique a arte...
Mas não posso chamar de arte aquilo que não eleve a alma
Para ser arte precisa acrescentar algo
Se assim não o for não é arte
Se assim não for nem pensamento lógico o é...
Letícia Andrea Pessoa
CARPE DIEM
Sorver da vida a primitiva essência
é dentre todas a maior ciência...
Breve, breve serás antepassado,
mas antes disso deixa o teu recado,
pois, bem sabes, tens obrigação
de demonstrar que não vieste em vão.
Faça cada minuto do teu dia
de muito amor e muita ousadia:
Só assim, então terás vivido
sem sentires de nada arrependido.
somente nos arrependeremos
de quanto nos foi dado e não vivemos!
Colha os frutos na beira da estrada,
sinta os carinhos da pessoa amada,
transforme cada sonho em realidade,
vivendo tua vida de verdade.
Os dias serão belos e floridos
se os viveres em todos os sentidos.
Por que perder a oportunidade,
ficando para sempre na saudade,
se a vida te sorri exuberante
a ter ofertado surpresa a cada instante?
Como filho d’águia, altivo e forte,
busca as alturas sem pensar na morte,
que algum dia virá, pois é sabido,
Mas até Lá, então, terás vivido...
Anjo Negro
Saído do submundo
Escravo de Hades
Domador do Cérberus
Anjo negro
Anjo do mal
De olhar profundo
De corpo escutural
Na porta do Tátaro guia á escuridão
Nas passagens estreitas e sombrias
Ao inferno fui enviada
Lá encontrei esse anjo e me apaixonei
Segui o exemplo de Perséfone
Ao submundo me rendi
Ao anjo negro me entreguei
Minha alma assim se transformou
Escuridão
Desejo
Paixão
O seu mundo no meu mundo se transformou
Anjo Negro
De asas negras
Rosto de um deus...
Letícia Andrea Pessoa
Hoje evocarei Lilith
Vestirei-me de teus beijos
Compadecerei-me de teus apelos mais mundanos
Escutarei tuas palavras ao meu ouvido
Palavras de amor
Ou palavras nem tanto audíveis
De outra forma não autorizaria
Apenas recusaria pelo meu pudor
Mas hoje estou tomada por algo não tão bom
Hoje me permanece um ser estranho
Não tão enfadonho como costumo ser
Te surpreenderei com meus gestos
E a ti nem os protestos me farão parar
Não adiantará pedires para que eu pare
Que eu deixe você respirar
Hoje quero você dominado
Calado a me escutar
Só te direi uma só frase
Depois vou te amar
A frase é ´´ Eu te amo``
O resto é por conta dessa louca que há em mim...
Leticia Andrea Pessoa
“Somente no recuo da maré é possível ver os presentes do mar deixados na areia.
Será o sol e as lembranças do verão que irão aquecer nossas manhãs de outono.
Serão os risos provocados e as demonstrações de afeto, que adoçarão a alma e nos ajudarão a suportar o dia do luto.
Por que a vida como tudo passa, mas algo de bonito sempre permanece”
Ecos de uma Nova Estação
É inverno, e sinto o frio se aproximar.
Há um sussurro gelado que dança nas folhas que restam,
como se as árvores se vestissem de ausências,
despindo-se de folhas, como almas diante do inevitável.
Suas sombras alongam-se,
guardiãs de um silêncio que só o inverno traz.
Os pássaros emigram,
levando sonhos e canções para terras distantes,
enquanto nós, aqui, envoltos em mantos e lembranças,
esperamos a temperatura cair,
como quem espera o nascer de um poema.
Os bancos do parque, agora vazios,
guardam histórias de verões passados,
memórias aquecidas pelos sorrisos que se foram,
tal qual lembranças escondidas em caixas de sapatos.
E há, sempre, a estátua do herói,
imóvel em seu bronze e sua glória,
silenciosa testemunha de nossa transição,
do calor para o gélido aconchego das novas manhãs.
Nas ruas, a pressa dos passos se transforma em lentidão,
como se o frio pedisse um compasso diferente,
um momento para refletir,
para sentir a terra e o tempo.
Internamente, ecos de uma nova estação.
Chove bastante aqui dentro,
venta forte e inverno-me.
Mas, ao invés de praguejar, varro as folhas caídas,
agradeço o beijo da brisa,
e tento preservar os galhos,
até o meu próximo florescer.
Ansiedade em Verso,
A cada esquina da mente, dançam sombras incessantes,
A ansiedade, sutil, tece seus fios de inquietação.
É um labirinto íntimo, sem jardim, sem findar,
Onde o pensamento se perde em constante aflição.
O coração bate descompassado, respiração ofegante,
Cada instante, um mar revolto, turbilhão interno.
Na ânsia de um não ter querer, sincero.
A vida, peça onde sou figurante,
Interpretando o papel da busca pelo eterno.
Há dias em que o sol não aquece, apenas brilha,
E as noites são abismos de silêncio e dor.
A alma cansada, curva-se, vacila,
Na esperança de um alívio, um gesto de amor.
Mas, na tormenta, encontro força oculta,
Nos versos que escrevo, busco compreensão.
Na luta contra a maré, a alma exulta,
Descobrindo na poesia, a chave da libertação.
Assim, navego nas águas do ser, profundo,
Entre medos e sonhos, perda e ganho.
Na jornada de viver, só neste mundo,
Tentando, dia após dia, encontrar meu tamanho.
