Carta de Saudade
#Por #que #saímos #tão #depressa...
Sem ao menos uma xícara de café?
Abraço caloroso...
Momentos saudosos...
Agradáveis companhias...
Abraço que deixou de ser dado...
Não poderá ser resgatado...
Para mim, a mais dura prova...
Hoje é cena comum...
É ver tanta gente querida...
Virar saudade...
Ir embora da vida...
Por favor...
Não seja mais um...
Sandro Paschoal Nogueira
#Lutei #para #escapar #da #infância #o #mais #cedo #possível...
Imaginava como seria...
Que ironia...
Assim que consegui...
Querendo voltar correndo pra ela...
Descobri que já era tarde...
Como todos agora estou...
Avisado fui...
Não acreditei...
Agora é a saudade...
Dos caminhos por onde andei...
Do tempo em que tudo era fantasia...
Do tempo que me escondia...
para não me acharem...
Verdade seja dita:
Continuo a me esconder de muitos....
Mas já não é brincadeira...
A vida era um sonho onde não conseguia acordar...
Restava-me apenas esperar...
Um dia...quiçá...
Cheio de sonhos...
Não sei se poderei realizar todos...
Minhas asas já não são fortes...
Não consigo mais deitar no horizonte...
Tocar as nuvens...
Sussurrar aos ventos e me elevar às alturas...
Só através de pequenos desejos...
Porém, posso dizer às pessoas, que nada foi em vão... Que o amor existe...
Que Deus lhe guia...
Que a vida é bela...
Que é bom doar...
Que nunca devemos desistir...
Necessário é manter a esperança viva...
Confiar, aguardar...
Chorar faz parte...
Sorrir é arte...
Que eu "tô podendo"...
Até quando "não tô podendo"...
A vida é um espaço no tempo...
Que aquela sua estrela guia...
Sempre no céu estará lá...
Que eu sempre dei o melhor de mim...
E que valeu a pena...
Assim é...
E assim sempre será...
Sandro Paschoal Nogueira
FRÁGEIS ASAS ★
A poesia é um estilo
A vida é essencial
A morte é irremediável
A solidão é inútil
A mão suporta o tempo
Os ombros o mundo
Que a nossa revolta
Seja uma cascata dourada
E o caminho uma memória curta
Pois que frágeis são as asas
E nós que nem sabemos voar
Neste poema de vida
Da minha, da tua ou nossa existência
Onde a saudade deixa marcas de felicidade
Nas frágeis asas que nos deixam voar em sonhos
Eu sinto sua falta
Eu sinto falta do seu sorriso que me tirava o chão
Do jeito especial que você me fazia sentir
Ou dos nossos papos intermináveis sobre o futuro
Sinto falta de quão incríveis nós ficávamos juntos
E até hj eu me pergunto oq aconteceu?
Pq de repente viramos dois estranhos?
Eu sinto sua falta
Olhei pra trás outra vez
O que eu vi?
Eu não sei
Esses olhos refletem o céu?
De onde vem essa cor profunda?
Profunda como mar
E carregam histórias que te fazem recitar
Recita a beleza e inspira
Quase posso compreender
O reflexos desses olhos
São a saudade que teima em te doer
- Sobre sua saudade
"Hoje, eu pensei em escrever, mas não sabia pra quem.
Tentei encontrar nas minhas palavras, alguma que me fizesse bem.
Eu fujo da solidão, as vezes, procuro um alguém.
Que me liberte desse amor, que em um só olhar, me fez refém.
Eu busco o calor do Sol, mas aí a chuva vem.
Tento encontrar-lhe em outros braços, mas igual a você, não tem.
Lembrar-lhe sempre exultou-me a alma, mas hoje, já não me faz bem.
Desarrazoado, meu coração, te busca em outrem.
Parvo, desolado, ele te encontra em ninguém.
Hoje, ele tentou bater mais forte, mas não sabia por quem..."
"E eu ainda lembro o que o seu olhar me jurou.
Cada gota de lagrima, eu sabia, era um oceano de amor.
Provei o doce do teu beijo e o coração acelerou.
Minha vida, que era fria, no teu abraço, encontrou calor.
Minh'alma, que nunca fora completa, no palpitar do teu coração, se completou.
Mas quem diria, que seus olhos, fossem um par traidor.
Destruiram-me o coração, quando covarde, me abandonou.
Aquele tal oceano? Secou, transformou-se em um poço de dor.
O beijo que fora-me doce, minhas esperanças, envenenou.
Minha vida, perdera a cor.
Minh'alma, que estava completa, novamente se despedaçou.
Agora, aos poucos, esqueço-me o que é o amor.
Mas infelizmente, ainda me lembro, o que seu olhar me jurou..."
"Hoje eu vi a Lua e não lembrei do seu amor.
Ela que me recordava à ti, hoje nada despertou.
Meu coração não acelerou.
Em seu brilho, deleitava-me em prazer, hoje só me trouxe dor.
A cacimba em que, eu bebia de sua paixão, por vezes me afogou.
Parece-me que secou.
Já não me dispo das vestes do meu orgulho em seu ofurô.
Minh'alma regojizou.
Por ter se livrado dos grilhões do seu senhor.
Eu hoje vi a Lua, lembrei de tudo, lembrei de nós, da minha dor.
Lembrei dos olhos, lembrei do cheiro, do seu calor.
Lembrei de tudo, só não lembrei; Do seu amor..."
"Você não ama ninguém.
Carência, solidão, sei lá, quando bate, 'cê vem.
Eu que te amo tem muito tempo, já me arrependo de te amar ano que vem.
Tenho minhas dúvidas sobre o amor e minha maior dúvida; Você ama quem?
Será que nesse poço de indiferença, tem amor pra alguém?
Você não ama ninguém.
Por vezes, eu fui só um refúgio, porto de tranquilidade e pra ti não fui ninguém.
E quem não sabe o que é amor é capaz de amar alguém?
Viajo pela noite e me pergunto; Ela ama quem?
Como chuva de verão, com uma torrente, vez ou outra, ela vem.
E nas suas águas, vem o mau e inunda, quem só lhe quer bem.
Você não ama ninguém.
E na madrugada eu me pergunto novamente, uma vez ou até mais de cem.
Pergunta fria, que me feria, será que algum dia, ela amou alguém?
A resposta eu já sabia, tolice minha; Ela não ama ninguém..."
"O que são gotas de chuva, para quem já esteve no fundo do poço?
Era pintura, meu sentimento por ti, e o seu, mal era um esboço.
E volto eu, mais uma vez, com minhas palavras, um louco.
Que por ti, já fez de tudo e além do tudo, o mais um pouco.
No teu abraço até encontrei refúgio, mas não encontrei socorro.
Abram-se as cortinas da minha solidão, palmas para ele, meu coração, 'O Tolo'.
A peça que, me prega peça, o tempo todo.
Repito tudo isso, com amarguras, de novo.
As lagrimas da chuva, lavam as águas do meu rosto.
Eu fecho os olhos e é só você que ouço.
Me implorando mais um abraço, um beijo, um consolo.
E nessa corte, eu é quem sou o bobo.
Por crer que, à mim, voltaria com gosto.
Graças à ti, já não existe nem brasa, onde era fogo.
Já abri mão de nós, já não caio no seu jogo.
Espero que seja o fim, do nosso ciclo vicioso.
Rogo à Deus, para que, nunca mais me venha a sede, das águas do seu poço..."
"Eu era tempestade, você veio, sou calmaria.
E hoje? Sou tempestade.
Eu era frio, você veio, sou calor.
E hoje? Sou frio.
Eu era tristeza, você veio, sou felicidade.
E hoje? Sou tristeza.
Eu era escuridão, você veio, sou luz.
E hoje? Sou escuridão.
Eu era solidão, você veio, minha companhia.
E hoje? Sou solidão.
Eu era algo sem rima, você veio, sou poesia.
E hoje? Não tenho mais rima.
A saudade é minha sina.
Ah, aquela menina.
Você veio, você se foi.
Hoje só me resta na memória as lembranças do que eu era antes de nós dois..."
"E existe beleza no sofrimento?
Eu me pergunto a cada verso que escrevo.
Se existe beleza na solidão, então não há nada mais belo que, o todo que eu vejo.
Se existe, então só vejo beleza, quando me olho no espelho.
Solidão e sofrimento é tudo que eu vejo.
Sofro com o vento, pois, ele me traz seu cheiro.
O cheiro da pele e o macio negro dos seus cabelos.
O casal do desespero.
Solidão e desejo.
Fecho meus olhos e é só você que eu vejo.
A noite cai e com a penumbra, vem meu desalento.
No escuro do meu quarto me vem o questionamento.
Existe beleza no sofrimento?"
"E eu sempre achei que, a felicidade, à mim, nunca sorriria.
Mas ali estava ela, nos lábios dela, a felicidade eu via.
Ela me sorrira.
Não sei se, era ela ou minha felicidade que, eu vira.
Naquele momento, ambas se unira.
Eu sorria.
Pois minha felicidade, eu via.
Minha felicidade me olhava com olhos perdidos em alegria.
Queimava minh'alma, com um misto de desejo e malícia.
Quando em meus braços, minha felicidade aguerrida, de muitas decepções, sofrida.
Dos meus olhos e do meu aconchego, minha felicidade, partira.
E partira também, um coração que, já fora uma tarde quente e hoje é uma noite fria.
Não existe felicidade, da minha felicidade, a despedida.
Pode ser que, em meio as ilusões, mentiras e despedidas, a felicidade, à mim, nunca sorrira..."
"E do rosto dela, escorreu uma lágrima.
Não entendi muito bem o porquê de, naquele momento, ela voltara.
Não sabia ao certo por que me chamava.
E do rosto dela, eu sequei uma lágrima.
Olhava em meus olhos, não entendi o porquê chorava.
Uma vez que, foi ela quem decidiu partir pra longe de mim, não quis ser minha morada.
E do rosto dela, escorreu uma lágrima.
Por perdão ela implorava, me dizia que estava arrependida, até ajoelhara.
Me disse que estava mudada, que só de mais uma chance precisava.
E do rosto dela, eu sequei uma lágrima.
Talvez ela tenha visto em mim algo divino que, seria capaz de perdoa-la.
Não consegui abrir mão das minhas mágoas, ela estava enganada.
E do rosto dela, escorreu uma lágrima.
Nessa noite ela partiu aos prantos, jurando que não mais voltara.
Rogo para que, ao menos, tais juras não sejam falsas, pois minhas verdades, são amargas.
E do meu rosto, eu sequei uma lágrima..."
"Quando deixei minha terra.
O chão que ali deixei, não olhei para traz.
Sertanejo deixa o sertão, para viver longe de casa.
Sem amor e sem caminho, com o pé arrastando no chão.
Com o coração cheio de emoção e saudade.
Carrego no corpo o violão.
Sentindo fome, não teme o amanhã, que logo vem. Ao anoitecer se encosta em qualquer lugar que lhe faz bem. Lá vem o dia, o sol nasceu . Sem destino, caminho, pela vida afora outra vez."
Moça sinto falta do beijo na boca
Seus olhos me hipnotizam a noite toda
Vivendo longe dos seus abraços
Me vejo sem chão e isolado
Quando estamos longe um do outro
Não tem palavras que possa ameniza nosso sentimento
Faltando algo uma parte de nós
As vezes brinco com as palavras alivia a alma
Mas nunca acalma a vontade de está com quem
Te ama
O céu de um azul perfeito.
Nós últimos dias estive pensando em como seria voltar no tempo. Acordar em um simples dia é ver minha amorosa mãe, ouvindo os sons de instrumentos musicais de sopro. Fazendo seu Maravilhoso bolo de cenoura, com o leve gosto de Manteiga.
Sinto falta da minha Infância. Quando eu apenas Sentia o doce cheiro de frutas maduras, e tudo estava bom.
Sinto falta de sair correndo pelos campos, com pequenas gotas de água, caindo em meu corpo, e o cheiro de terra molhada que tanto me alegrava.
Eu amava Deitar Debaixo das Árvores de Carvalho Branco, e ficar olhando o céu de um azul perfeito. Com aquela maravilhosa luz débil, de cor azulada.
O Herói
Eu tive um, mas ele não está mais entre nós
Não era jovem, não voava, não possuía nenhum superpoder
Era simples e costumava dizer que basta pouco para ser feliz
Era diferente de todos os Heróis que eu conheci
Lutou pelo seu sustento desde cedo e foi aprendiz de si mesmo
Meu Herói foi um lutador...ele não tinha medo da dor
Trabalhou, trabalhou e trabalhou
Não tinha tempo para reclamar
Desiludiu-se mais de uma vez com a política italiana
Teve câncer e três infartos
Gostava da vida, de conversar e do mundo
Aceitou-me desde o inicio do jeito que eu sou
Foi, sem dúvida, um dos meus melhores amigos
Meu Herói foi um homem que viveu de verdade.
NEM SAUDADES, NEM PRANTO (soneto)
Não há mais saudades, nem mais pranto
Secaram as lágrimas quando eu te perdi
E nesta seguidão tanta, seco, chorei tanto
E já sem encanto, tanto era amor por ti!
O coração se cansou, enxuto num canto
Lembres-te? que sofri, contanto resisti
Beijar-te... e beijei-te com tal acalanto
No entanto, no desdém, rudeza senti
Porém, esqueçamos toda essa história
As lembranças hoje estão na memória
Se tudo passa, você por mim já passou
Os sentimentos já não têm mais sonhos
Nem o silêncio os momentos medonhos
Se por nada sobrou. Adeus! Tudo acabou!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/03/2020, 05’55” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
MATER (soneto)
Como quisesse voltar a poder outrora
Aos tratos maternais, carinhos tais,
Suspensos, e eu sentado no cais,
Da desdita, vendo a saudade a fora.
Abriu as asas e partiu pra jamais
Reaver. Longe céus, perto agora,
A dor na recordação então chora,
Chora e chora, muito, mais e mais.
E logo, o pesar então poeta aturdido,
A condolência saudosa de carinho,
Ímpar, mãe, eterna doce habitação.
E por um largo espaço andei perdido,
No capricho de ter de novo o ninho,
Ver-te, e tomar-te a divinal benção!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, agosto
Cerrado goiano
Olavobilaquiando