Carta de Saudade
HÁ PALAVRAS ESCRITAS
Há palavras escritas
Que deixam saudade
Soltas que deixam amor, paixão
Que parecem que as beijamos
Que nos deixam a esperança
Tira-nos da escuridão
Solidão e abandono
Feliz de quem ama e sofre amando
Amar é sentir, sentir é viver
Viver de amor da paixão sentida
No corpo, na alma, sofrida e perdida.!
HOJE
Tenho experimentado uma saudade doída,
De um tempo que agora, de longe avistado
Me parecia feliz, tão cheio de vida,
Mas, outrora, era só um pedaço do passado.
A lua parecia mais cheia, o céu mais pomposo,
O sol me acalentava, luminoso.
Tanto cheiro, tanto sabor, tanta energia.
Existir era uma aventura, uma alegoria.
Ainda amo a mesma lua exuberante,
Mas ela, agora, me parece uma visitante passageira,
Um dia cheia, outra já minguante,
Não é mais aquela esperada companheira.
Pela vida, ainda sou agradecida,
Mas uma gratidão educada, sem paixão,
Um “tanto faz” existencial, uma exaustão.
Uma visão desfocada, descolorida.
De um lado, um passado expectante,
No meio, um presente entediante,
E o futuro, este amigo derradeiro?
Ah, não se sabe o paradeiro.
Mas aí, chega um novo amanhecer,
A chuva se foi, o sol surgiu faceiro,
O presente, rebelde, se impõe, lisonjeiro.
“Estou aqui”, ele parece dizer.
Então, me curvo a ele, este presente onde moro,
Deixo o passado pra lá, na memória,
O futuro, este desconhecido, ignoro.
E percebo a verdade da minha e de cada história.
O presente é o verdadeiro PRESENTE a agradecer,
É o que nos faz andar pra frente,
Todos os dias, do amanhecer ao anoitecer.
Amanhã pode até ser diferente, mas cada HOJE é que é da gente.
(Elizeth Cunha Valle)
Mulher
Mulher,sentido da vida,
Que desperta a velha saudade,
A que cura velhas feridas.
Mulher,verdadeiro caminho,
Sentido reto, sempre,
Capaz de retirar todos os espinhos,
Capaz de carregar vida no ventre.
Espinhos de uma carne ferida,
Onde a dor é imensa,
Mulher,das subidas e descidas,
Mulher, de virtude intensa.
Mulher, que um homem cativa,
Com seu jeitinho gracioso,
Malícia de menina ativa,
O teu beijo é precioso.
Mulher, criatura bela e rara,
Frágil, meiga ou guerreira,
De pele escura ou de pele clara.
Travessa ou séria como uma freira.
Mulher que tanto ama,
Mulher que muito grita,
Atitudes rebeldes e insanas,
O meu simples âmago irrita.
Irrita,pelo mundo não reconhecer,
O valor dessa nobre criatura,
O seu jeito meigo de ser,
Enche o mundo fútil, de ternura.
Lourival Alves
FOTOGRAFIA
Quando a saudade bater
E no seu peito apertar
Quando o desejo nascer
E não querer mais parar,
Quando a vontade surgir
Quando o coração gritar
Quando não poder resistir
E por fim se entregar,
Olhe naquela gaveta
Que tem na escrivaninha,
Embaixo do seu diário
E olhe a fotografia.
Aquela lembrança antiga,
Que ali ainda está,
É todo o necessário
Pra te fazer lembrar.
Lembrar de todo o desejo
a vontade, a sintonia,
Lembrar de toda aquela época
E de como eram os dias.
Tu vais poder olhar,
E o que te vai despertar
Ao ver a fotografia.
A ALMA DA SAUDADE ...
A alma da saudade é misto de rudeza
De ausência, do vão, pesar e agonia
Tal uma sensação cheia de surpresa
Lágrima, suspiros na presença vazia
Ao reviver, sofrimento, que tristeza!
Uma dor no peito em pranto desfia
E nos sentimentos aquela tal frieza
Que range, inquieta de noite de dia
No silêncio a saudade soluça tanto
Que imagino ser da tristura o canto
Ou, será a solidão sendo um bardo?
Mas, no tempo passa, que contraste!
Sem que nada da lembrança o afaste
A alma da saudade, por certo é fardo!...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08/03/2021, 17’34” – Araguari, MG
SE A SAUDADE FALASSE...
Talvez, já não mais te lembres, certo dia
Vi tu solidão, recordando ardentemente
Aquela minha sensação tão confidente
Nos momentos outrora de total alegria
No amor. Eu vaidoso, assim, me sentia
Comovido, sincero, simples e inocente
Que por certo do fado o bom presente
No sentimento a emoção, no ter, fazia
Então, silenciosamente num devaneio
Olhei o horizonte de lembrança cheio
Suspirei, comovi, ao notar tudo fugace
Tudo passa, num piscar de olhos, fato!
Deixe tudo andar, não seja um ingrato
- Ah martírio, se essa saudade falasse!...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
12/03/2021, 05’49” – Araguari, MG
Corações entrelaçados
Ao meu amor tão distante
Cuja saudade me traz agonia
Pelo desejo de tê-lo perto
Vivendo comigo todo dia
O teu coração e igual ao meu
Que deseja comigo estar
Ainda vamos meu amor
Nossos sonhos realizar
Daí então seremos um
Com uma história somente
Com nossos corações entrelaçados
Para viver eternamente
Não vejo a hora de acontecer
Este encontro finalmente
Pois só com você serei feliz
Para todo sempre e totalmente.
Anna Pallot
Não só bate
Coração se aperta também
Por saudade
Por vontade
Pelo que não entende
E mais ainda pelo sentimentos
Que tomam espaço sem pedir licença.
Não só se aperta
Coração se dilacera também
Em projetos de esperança
E teima, mesmo sozinho
Segue caminho
E pulsa, além de amor, sofrer.
"SAUDADE"
Saudade é o monstro que te come sem você ver;
é o vazio que te devora a alma...
é a noite que nunca some dos teus olhos
é a flecha que acerta o âmago do que te faz sofrer;
assume que nenhum método está funcionando...
e por isso você está com raiva de si mesmo,
assume que festas e baladas não estão remediando,
volta e meia está lá você de novo chorando no seu travesseiro;
assume que o tempo não está te curando,
você apenas deu um jeito de conviver com sua dor.
assume que saudade está te matando...
não. ela está te escravizando e isso chega a ser pior.
Não há misericórdia para nenhum coração,
que loucamente se entrega a amar alguêm.
você nunca encontrará o motivo e a razão
- a razão de uma saudade que rouba a razão de você.
Então, se dói...não busque anestesia,
Porque o veneno que te adoece é o mesmo que te cura, todavia...
O teu amor será sempre o teu maior tormento.
a tua maior recompensa, e o teu doce ferimento.
Soneto de saudade
Um sentimento tão especial
Que percorre todo o meu ser
Imenso, profundo e natural
Toque sublime em nosso viver
Saudade do tempo que já passou
Ou de alguém que não vemos mais
Marcas eternas a vida deixou
Boas lembranças de fatos reais
Saudade que invade minha alma
Mexe comigo e tira minha calma
Desperta a verdade em meu coração
Não importa qual foi o motivo
É essa saudade que me mantém vivo
E preenche o vazio do meu coração
Amanhecer.
Amanhece, eu sei
Não sei se dormi ou sonhei,
Manhã de apressada saudade
Esquecida do sentimento,
Agora lembrado, profundamente calado.
Não tenho certeza do dia.
Quero vê-lo. Está lindo!
Me cumprimenta gentilmente
Reverencia que não mereço.
Retribuo, durmo novamente e esqueço.
"Ô saudade!"
A saudade é um perfume forte que quase não se suporta a princípio, porém com o passar do tempo, aquilo vai suavisando e o que fica são doces nuances no ar. É assim que deve ser a tal saudade, de coisa boas ou pessoas queridas que fizeram parte de nossas vidas.
Saudade
Num abraço gelado
A saudade vem
Vem fria e rápido
Rápido como um trem
Quebrando o calor da madrugada
O meu coração congela
Batendo saudades
Muitas saudades dela
Saudade essa que é incontrolável
Chega até a ser desconfortável.
Saudade desgraçada,
Saudades de você minha amada.
SGE
AGRADO ..
Quando a saudade me aperta o passado
de quando nostálgico me acho perdido
vejo que de tudo pouco me foi temido
e que todo o afeto me foi bem amado
Sempre no mais valioso e mais cuidado
tudo que a emoção valia me era podido
os desenganos, as venturas, tudo válido
tudo querido, um tanto e mais arrojado
Os sonhos que solevava o pensamento
no ponto supremo do prazer os erguia
chorava, ria, mas vivia cada momento
Que diversas somas nos faz a fantasia:
alegria, tristura, vida e morte. Sustento
de ternura, agrado e o saciar na poesia! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
24/03/2021, 14’58” – Araguari, MG
Saudade
Uma incessante necessidade
Que me enche de uma falsa verdade
Um pensamento recorrente
Traiçoeiro como uma serpente
Uma euforia
Um grito de agonia
Um insuportável pranto
Uma dor cheia de desencanto
Sinto falta daquele tempo
Sinto falta daquela pessoa
Eu apenas lamento
Não ter mais aquela época boa
Só te quero ao meu lado
Por que está tão longe
Preciso de teu afago
Quero o seu toque
Hoje a saudade me abraçou
É que eu sou de uma época
Que contava estrelas no céu
Onde o cheirinho de terra molhada
Era a alegria estampada no olhar
Que correr atrás de vagalume
Fechar o guarda chuva de propósito
Apertar às campainhas
Subir no pé de fruta
Sentar na beira do fogão a lenha
Era a maior riqueza do mundo
Que andar descalço não dava nenhum resfriado
No máximo bichinho de pé, oh coceira boa
Não tinha essa de marcar horário de ir para rua
A gente ia e todos estavam lá
Ah, se a gente soubesse que aquele dia seria a última brincadeira de infância
A gente teria pelo menos dado um adeus
Três beijinhos no rosto e um abraço de urso tipo quebra ossos
Ah, se a gente soubesse...
Bater o dedinho no móvel dói
Ralar os joelhos no chão dói
Cair da bicicleta dói
Mas, quanto dói uma saudade?
Poema autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 27/03/2021 às 00:45 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
A saudade sussurrou baixinho ao meu ouvido... falou seu nome..
Na mesma hora eu fiquei triste ..lembrei de tudo... saudade bandida porque fazes isso comigo ? Isso dói tanto , não sabes? Porque judiar assim de mim.. eu que queria tanto esquecer ... hoje doeu na alma.. apertou lá no fundo do peito ...eu que queria ser forte ..desabei ... fui ao chão... chorei ... a saudade , que maldade.. eu que não queria lembrar ..hoje lembrei ...
Caravelas
Origem profunda tem aquelas dores de saudade,
que do peito não se consegue arrancar,
que viajam aglomeradas em formas de angústias
através de dezenas de caravelas por um mar
de águas obstinadas de memórias em liberdade.
Memórias são como as águas barulhentas de uma cachoeira,
que desce encostas pedregosas a chorar,
porque memórias tem vida própria e tem lágrimas,
que ninguém consegue fazer calar.
Um dia um cavaleiro selou o seu cavalo e foi embora,
com a sua bagagem transbordante de ilusão,
e os olhos tristonhos de uma peregrina,
ficaram na longa estrada a esperar por ele em vão.
Ela começou a seguir persistente os rastros deixados pelo cavaleiro,
mas a pressa dele fez crescer asas no dorso de seu cavalo,
e o cavaleiro começou a voar no seu cavalo alado,
vencendo as barreiras invisíveis do tempo
para então alcançar novos tempos,
além das esferas inimagináveis de sua existência.
Pobre peregrina que exausta perambula com sua bagagem de esperança,
peregrinando vai noite e dia na tentativa de o cavaleiro encontrar.
Caos no peito, caos na alma, um assombro de medo faz seu coração palpitar,
medo de nunca mais poder o seu cavaleiro encontrar,
porque rumo às estrelas ele está velozmente a cavalgar.
Ainda existem os campos floridos daquele lugar?
E onde estão as vinhas com seus rebentos a prosperar?
Ela se pergunta repetidamente, sem cessar,
pois está perdida tentando o cavaleiro encontrar.
Oh Paraiso, dê depressa o teu endereço,
esse deserto é incomplacente para quem vai ele atravessar!
A peregrina jura, que se o deserto em seus próximos pensamentos não findar,
embarcará no primeiro trem da vida que corre nos trilhos da alvorada,
rumo a outros cenários menos devastadores.
Já sentistes o badalar do relógio das horas da angústia?
Essa angústia devora uma mente cheia de pensamentos de solidão.
Acaso será mesmo tudo em vão?
Será em vão todas as esperas ancoradas,
adormecidas naquele porto sem compaixão?
Nuvens fugitivas ao soprar dos ventos primaveris alertam,
que logo o cavaleiro a peregrina vai encontrar,
Mas será? Será mesmo verdade?!
Até a primavera chora e se compadece por ela,
as flores percebem seus olhos cansados,
escondidos debaixo de suas pálpebras,
tanto exaustos que não conseguem mais se levantar.
Os seus pés decidiram que é hora de parar,
porque já não conseguem mais seus rastros pelos caminhos deixar.
O insistente balançar das árvores na floresta encantada
anunciam o tempo oportuno da viagem astral,
um túnel se abre através das infinitas vias do universo.
E quem foi que disse que aquelas caravelas da saudade
não navegam o mar encantado acima da terra?
Quem foi que disse que isso é assim, e só pode ser assim,
porque a lógica diz que assim o é?
A lógica também se engana e as vezes até se contradiz,
assim também o que está entrelaçado a um contratempo,
o próprio tempo se equivoca, se contradiz.
Há um cânion além das planícies quietas da serenidade,
suas paisagens convidam para um voo fantástico,
entre os paredões misteriosos e secretos que o ladeiam.
E como a cegonha faz quando está no pico mais alto do seu voo migratório,
assim voa também a alma que procura novas terras.
Caravelas ligeiras são os suspiros de uma saudade apressada,
Caravelas também são aqueles pensamentos,
que navegam obstinados num mar violento,
cujas velas são os desejos do coração humano.
Rozilda Euzebio Costa
TORTURA ...
Aqui – um soneto de amor enrabichado
Torturado, com saudade, cheio de emoção
Lembrando cada olhar e cada beijo dado
Em ti, que fez de teu servo o meu coração
Aqui – um ritmo poético e compassado
De um sentimento tão pleno de paixão
Afeto e promessas dum desejo arrojado
Onde minh’alma teve mais que sensação
Aqui – é um soneto de minha sofrência
De um passado no cerrado de carência:
Da tua atenção, teu abraço, o teu calor
Vai, aqui, a minha poesia falar-te, então,
Do quão de te sinto falta, falta de vazão
Da dor, que sinto no vazio do teu amor! ...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29/03/2021, 05’05” – Araguari, MG
Saudade de você...
Estava lembrando de você, tenho pensando em você todos os dias, a cada segundo, a cada minuto, a cada hora, você não saí da minha cabeça, todos os dias sinto a sua falta, sinto falta de tudo, daquela sua risada, daquelas suas brincadeiras, daquelas ligações, sinto falta daquele seu olhar de apaixonado, sinto falta daqueles "eu te amo", daquelas suas esperanças do nosso futuro juntos. Eu me odeio, me odeio por não ter ficado mais acordada naquelas noites, me odeio por não ter te dito mais vezes "eu te amo", me odeio por não ter te mandando mensagem mais vezes, me odeio por ter brigado com você por coisas tão insignificantes, me odeio por muitas vezes não ter deixado o meu orgulho de lado, me odeio por não ter me esforçado mais...Me odeio pelo simples fato de não ter me empenhado mais, de não ter feito tanta coisa...Tudo que eu queria era voltar no tempo e não cometer os mesmos erros que cometi, não queria te perder, eu só queria continuar sendo a sua garota...